FISIOTERAPIA ORTOPÉDICA

É a área da Fisioterapia que trata dos indivíduos portadores de alguma alteração ortopédica.


A Abordagem Fisioterápica:

Avaliação :

a) Anaminese

b) Planejamento terapêutico

c) Avaliação dos efeitos do tratamento de acordo com as mudanças nos sinais e sintomas do paciente (reavaliação)

d Exame físico


Aplicação do tratamento.

A avaliação do tratamento deve ser feita no 1º encontro com o paciente, pois é nessa avaliação que o Fisioterapeuta vai analisar o quadro do paciente para poder aí traçar um planejamento terapêutico, cujo vai ser decidido que tipo de tratamento o paciente deve seguir, mas deverão ser feitas outras avaliações no decorrer do tratamento para verificar se o paciente está respondendo ou não ao tratamento ou se este pode ser feito de uma outra forma mais adequada.

Nesta 1ª avaliação o Fisioterapeuta deve fazer a Anaminese que nada mais é do que um entrevista com o paciente para saber um pouco do seu histórico, como e quando começaram os sintomas da patologia, dentre outras coisas. E também deve se realizar um exame físico para Ter a base do efetivo tratamento, a partir das condições do paciente, caso este esteja com dores fortes, o exame físico fica para depois que as dores forem amenizadas.

Com todos esses dados e mais os exames complementares (caso seja necessário) e o diagnóstico do médico, o Fisioterapeuta vai decidir a princípio que tratamento deve ser seguido e quais recursos fisioterápicos será aplicado, como por exemplo:

* Sonidoterapia (ultra-som)
* Termoterapia
* Hidroterapia
* Mecanoterapia
* Cinesioterapia ...

Tudo deve ser registrado para posteriores avaliações dele e de outros profissionais se necessário.


Alterações Ortopédicas:

São causadas por má formação congênita, vícios posturais e acidentes, gerando na coluna vertebral e no aparelho locomotor distúrbios estruturais e funcionais no sistema músculo-esquelético, ocasionando dores, má postura, alterações na marcha e alterações reumáticas futuras (nos idosos).

As alterações podem ser:

* Hiperlordose cervical
* Hiperlordose lombar
* Joelhos varos
* Joelhos flexos
* Joelhos recurvatos
* Pés planos
* Pés cavos
* Escoliose
* Hipercifose dorsal ...

Das quais estas 2 últimas falaremos mais detalhadamente:

Escoliose:

A coluna vertebral consiste em um empilhamento de vértebras que são classificadas em 5 regiões: Cervicais, Torácicas, Lombares, Sacrais e Coccígenas. A coluna possui também curvaturas que servem para proporcionar maior distribuição de forças, maior mobilidade articular, maior equilíbrio do corpo e amortecem também os impactos entre as vértebras, evitando assim lesões vertebrais. São as curvaturas:

A espinha dorsal é uma estrutura mecânica que sustenta o indivíduo, fazendo também com que este fique de pé ou sentado, se incline ou se agache, gire ou se torça. E a postura é a espinha ereta, imóvel sendo sustentada por uma base plana, o sacro.

Uma postura adequada é aquela com uma lordose razoavelmente pequena na espinha lombar. A cabeça também deve ser equilibrada diretamente acima do sacro para assegurar um equilíbrio perfeito e sem esforço. A postura pode ser influenciada por hábito, treinamento e condicionamento dessa posição.

Uma postura inadequada é aquela onde o indivíduo tem uma curvatura excessiva nas costas, e a espinha lombar tiver uma lordose excessiva, causando assim a dor.

Agora podemos falar sobre o que é a Escoliose:

É uma curvatura que resulta de uma pélvis não-nível em uma espinha flexível, um desvio da coluna vertebral para um lado.

Se divide em:

Escoliose Funcional: que é uma curvatura lateral da espinha, mas é temporária, sem mudanças ósseas na espinha. Ocorre quando a pessoa está ereta e desaparece quando ela se deita.

Escoliose Estrutural: que é uma escoliose espinhal observada com uma pélvis nível, indicando assim que mudanças ósseas na espinha estejam causando a curvatura.

Escoliose Ciática: um paciente pode ter dor na perna causada pela espinha lombar. Essa dor na perna proveniente das cotas é denominada dor ciática. A escoliose ciática é quando as costas não se curvam e também pode estar inclinada para um lado. A perna não se dobra na altura do quadril e portanto não permite que o paciente se abaixe com a perna esticada.


Cifose:

A cifose é menos comum que a escoliose, mas alguns tipos são mais perigosos, porque têm mais tendência a progredir, e, em alguns casos, a comprimir a medula espinhal, levando à parapelgia.

A forma geral da cifose pode ser:

* Deformidade de dorso curvo gradual --à é uma deformidade da adolescência e que resulta de acunhamento dos corpos vertebrais durante a fase de crescimento e é, geralmente, confinada à coluna torácica.
* Deformidade aguda ou dorso curvo -à as causas mais comuns são da tuberculose da coluna e cifose congênita. Qualquer processo patológico que cause destruição ou ausência de parte ou de todos os corpos vertebrais produzirá uma cifose.

Há uma variedade de síndromes que podem produzir cifose; a mais comum é osteoporose senil, onde há colapso gradual dos corpos vertebrais com uma curvatura aumentada, e nestes pacientes pode haver dor significante pelo colapso do osso esponjoso dos corpos.

Pode-se descrever cifose como a curva torácica normal exagerada, e pode ser de natureza postural ou estrutural:

a) Cifose Postural: ocorre por um envolvimento geral da coluna torácica e, geralmente, devido a posições habituais erradas.

Essa alteração é mais vista no período do crescimento rápido na adolescência.

Os objetivos da Fisioterapia devem incluir fortalecimento muscular através de exercícios para musculatura abdominal e extensores da coluna.

b) Cifose Estrutural: pode ser à tuberculose da coluna, acunhamento congênito da vértebra a alterações epifisárias na placa de crescimento dos corpos vertebrais. Esta última alteração é mais comum na adolescência e se localiza na região torácica inferior.