APOFISITE CALCÂNEA (ENFERMIDADE DO ROMPIMENTO)
 
O que é a apofisite calcânea?
Na região do calcanhar, existe um osso chamado calcâneo. Na criança, este osso apresenta uma placa de crescimento ou apófise, que é responsável pelo crescimento do osso.

A apofisite calcânea é a inflamação desta placa de crescimento, sendo a causa mais comum das dores no calcanhar em crianças, pré adolescentes e adolescentes.
É conhecida também, por enfermidade do crescimento, osteocondrite ou doença de Sever.
Como ocorre?
A inflamação da placa de crescimento, nessa região, ocorre por traumatismos, através de repetidas pancadas no calcanhar, ou pelo uso de calçados impróprios, por falta de amortecedores no calcanhar ou por falta de suporte para os arcos plantares. 

Como é diagnosticada?
O médico realizará um exame físico, procurando dor na região posterior e lateral do calcanhar.
Em casos mais sérios de apofisite calcânea, o médico precisará de Raio X para confirmar possíveis danos à placa de crescimento.
Como é tratada?
A criança precisará de repouso e poderá realizar atividades que não causem dor no calcanhar. O uso de calçados com bons amortecedores e com suporte para os arcos é ainda mais importante, nesta fase.
Amortecedores extras e palmilhas, feitas sob medida para sustentação dos arcos, podem regredir a inflamação.
Antibióticos e anti-inflamatórios também podem ser indicados.

Quando a criança pode retornar a sua atividade ou esporte?
O objetivo do tratamento é que a criança retorne às suas atividades diárias e ao esporte, o mais breve e seguro possível. Se o retorno for precoce, existe o risco de piorar a lesão e causar danos permanentes ao paciente. Como cada caso é diferente do outro, o retorno ao esporte dependerá da ausência de inflamação e de dor, não existindo um protocolo ou número exato de dias, para este retorno.
Geralmente, quanto mais tempo levar para procurar um médico, após o início da inflamação, mais tempo será necessário, para recuperá-la.
Para ter alta, a criança precisa conseguir caminhar, correr e pular apenas com o pé lesionado, sem sentir dor; caso ela não consiga, o repouso deve ter início imediato e durar de 3 a 4 dias.

Como a apofisite calcânea pode ser evitada?
O uso de calçados apropriados pode evitar a inflamação. O calçado não deve ser muito apertado na região do calcanhar, além de oferecer amortecedores e bom suporte para os arcos do pé.

CALOS
O calo é uma lesão hiperqueratósica que se forma por excesso de pressão local, em geral sobre uma proeminência óssea.

Os calos são muito comuns na região das cabeças dos metatarsos, associados à metatarsalgia. A sobrecarga também pode ocorrer pelo uso de calçados de saltos ou em pé cavos. Além disso, os calos se desenvolvem por uso de calçados com formato
inadequado para os pés, causando hiperpressão local, podendo ocasionar até deformidades nos dedos.


Tratamento:

A metatarsalgia pode ser tratada com palmilhas e alteração dos calçados. O importante é tratar a causa (hiperpressão) e não apenas a consequência (calosidade).

Pode-se proceder a remoção da hiperqueratose com uma lâmina de bisturi, até atingir um tecido viável. No entanto, deve-se eliminar a causa da pressão (calçado inadequado ou proeminência óssea).

DISTENSÃO DE TENDÕES FIBULARES
O que é a distensão de tendões fibulares? 

Uma distensão é uma lesão na qual fibras musculares ou tendões são estirados ou rompidos. Os músculos fibulares estão na parte externa da perna e seus tendões se ligam ao pé. Esses músculos e tendões ajudam a movimentar o pé externamente.
Como ocorre?
Durante uma torção em que o pé é virado para dentro, movimento chamado de inversão, os tendões fibulares podem ser distendidos ou rompidos. Eles também podem se lesionar quando o pé é forçado para cima de encontro à canela. A distensão dos tendões fibulares pode resultar de corridas em ladeiras ou uso de calçados que exijam muito da parte externa do calcanhar.

Quais são os sintomas?
Dor e edema na parte externa da canela e do tornozelo.

Como é diagnosticada?
O médico examinará o tornozelo e a perna e fará movimentos com eles para testar os músculos e os tendões. Raios-x podem ser tirados, para saber se há fratura no tornozelo ou em um dos ossos do pé.

Como é tratada?
O tratamento pode incluir:

• Aplicação de compressas de gelo sobre o tornozelo, por 20 a 30 minutos, sendo que a cada 8 minutos de gelo deve-se fazer uma pausa de 3 minutos. Pode ser feita a cada 3 ou 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça;
• Elevação do tornozelo, para diminuir o edema. Colocar um travesseiro sob o pé;
• Uso de uma faixa elástica envolta no tornozelo, para diminuir o edema;
• Uso de tornozeleira;
• Fisioterapia.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente. Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando os itens listados abaixo forem realizados, progressivamente:

• Dobrar e esticar totalmente o tornozelo, sem sentir dor;
• A perna e o tornozelo recuperarem a força normal, em comparação aos não lesionados;
• Não houver edema;
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar;
• Correr em linha reta, a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar;
• Fazer viradas bruscas, a 45º;
• Fazer viradas bruscas, a 90º;
• Fazer o “8” com 18 metros;
• Fazer o “8” com 9 metros;
• Pular com ambas as pernas e somente com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como prevenir a distensão de tendões fibulares?
A melhor maneira de prevenir essa distensão é mantendo os tornozelos e os músculos fibulares fortes, usando calçados para esporte de alta qualidade e tornozeleiras, aquecendo-se antes e depois do esporte.
Na corrida, escolher superfícies planas e evitar pedras e buracos.

Exercícios de reabilitação para a distensão de tendões fibulares:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir objetivos como analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito em casa e sem a supervisão de um profissional.
Esses exercícios podem ter início quando for confortável para o paciente suportar o seu peso sobre as duas pernas.


1 - Alongamento Com a Toalha:
Sentar sobre uma superfície firme, com a perna lesionada estendida à frente do corpo.
Laçar o pé com uma toalha e puxá-la, suavemente, em direção ao corpo, mantendo os joelhos estendidos.
Manter essa posição por 30 segundos e repetir 3 vezes.
Para um bom alongamento, é necessário sentir, apenas, um desconforto, não devendo permitir uma dor aguda.





2 - Alongamento em Pé da Panturrilha:
Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito. 

A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são. 

Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede. 

Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado. 

Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.


3 - Exercícios Com a Faixa Terapêutica: 
A - Resistência a dorsiflexão:

Sentado com a perna lesionada estendida e o pé perto de uma cama, enrolar a faixa ao redor da planta do pé.

Prender a outra extremidade da faixa no pé da cama.

Puxar os dedos do pé, no sentido do corpo. Lentamente, retornar à posição inicial.

Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
B - Eversão com resistência:

Sentado, com ambas as pernas estendidas e a faixa laçada em volta de ambos os pés. 

Lentamente, virar o pé lesionado para cima e para fora.

Manter essa posição por 5 segundos. 

Fazer 3 séries de 10.




4 - Elevação Dos Dedos do Pé: 

Em pé, tirar os dedos do chão. 

No início pode-se balançar para trás sobre os calcanhares, de maneira que os dedos dos pés saiam do chão, para facilitar o exercício.

Manter essa posição por 5 segundos e fazer 3 séries de 10.




5 - Equilíbrio Sobre Uma Perna: 

Ficar em pé, sem apoiar em nada e tentar equilibrar-se sobre a perna lesionada. Não deixar que o arco do pé aplaine-se, nem que os dedos do pé se dobrem.

Começar com os olhos abertos e, posteriormente, tentar fazer o exercício com os olhos fechados. 

Manter a posição sobre uma única perna por 30 segundos. 

Repetir 3 vezes.




6 - Pular Corda: 
Pular corda com as duas pernas, por 1 minuto, depois apenas sobre a perna lesionada, por 1 minuto. 

Se ficar fácil, aumentar o tempo.

 
DOR NA CANELA (TIBIALGIA)
 
O que é a tibialgia ou dor na canela? 
É a dor na parte da frente da perna, abaixo do joelho e acima do tornozelo. Pode atingir a tíbia (o osso da canela) ou os músculos de ambos os lados dela. A dor na canela também é chamada talas na canela.
Como ocorre?
Geralmente ocorre por desgaste. Esse problema pode surgir através de fraturas de estresse na tíbia ou na fíbula ou por irritações nos músculos ou tecidos na parte inferior da perna. Pode ocorrer em corredores que aumentam a distância ou a intensidade da corrida ou mudam a superfície pela qual correm. Durante a marcha, o pé fica um pouco na posição horizontal quando toca o solo, se o pé assume uma posição mais horizontal que o normal, acontece uma pronação acentuada, que pode contribuir para a dor na canela.
Quais são os sintomas?
Dor na parte inferior da frente da perna, que pode ser durante o descanso, o exercício ou ambos.

Como é diagnosticada?
O médico examinará a parte inferior da perna, procurando por sensibilidade. Ele poderá querer analisar a marcha do paciente, para perceber se acontece a pronação acentuada.
Ele também poderá pedir um raio-x ou uma ressonância nuclear magnética da perna para verificar se houve fratura por estresse.

Como é tratada?
• Fazer compressas de gelo sobre o músculo distendido por 20 a 30 minutos, a cada 3 a 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça.
• Fazer massagem com gelo: Congelar água em um copo descartável e rasgar a parte de cima. Esfregar o gelo na área lesionada por 5 a 10 minutos, 3 vezes por semana.
• Tomar medicamento antiinflamatório, prescrito pelo médico.
• Usar suportes para os arcos, feitos sob medida (Orthotics) para corrigir a pronação acentuada, prescritos pelo médico.
• Fazer exercícios de reabilitação.
Durante a recuperação da lesão, o esporte, realizado costumeiramente antes dela, terá que ser mudado para uma que não piore a condição. Por exemplo: Nadar ou andar de bicicleta ao invés de correr. Quando voltar a correr, usar calçados de qualidade e correr sobre superfícies macias.



Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno ao esporte ou à atividade aconteça o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe a possibilidade de piora da lesão, que pode levar a um dano permanente.
Como cada indivíduo é diferente do outro, a velocidade de recuperação também é. Por isso, o retorno ao esporte será determinado pela recuperação da lesão da perna, não existindo um protocolo ou um tempo exato para isto acontecer.
Geralmente, quanto mais rápido o médico for consultado após a lesão, mais rápida será a recuperação.
Para retornar, seguramente, ao esporte ou à atividade é necessário:
• Possuir total alcance de movimento da perna lesionada, em comparação à não lesionada.
• Possuir total força da perna lesionada, em comparação à não lesionada.
• Poder correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Poder correr em linha reta, a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar.
• Poder fazer viradas bruscas, a 45º.
• Poder fazer viradas bruscas, a 90º.
• Poder fazer o “8”, com 18 metros.
• Poder fazer o “8”, com 9 metros.
• Poder pular com ambas as pernas e depois, apenas com a perna lesionada, sem sentir dor.
Como posso evitar a dor na canela?
• A dor na canela normalmente ocorre através de desgaste, por isso reiniciar a atividade gradualmente.
• Utilizar calçados com amortecimento apropriado.
• Correr sobre superfícies macias.
• Aquecer e alongar os músculos da parte da frente da perna e a da panturrilha.


Exercícios de reabilitação para a dor na canela:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

Iniciar esses exercícios quando a dor diminuir, pelo menos por volta de 25% em relação à dor máxima.


1 - Alongamento da Panturrilha: 

A – Alongamento Com a Toalha:

Sentar sobre uma superfície firme, com a perna lesionada estendida à frente do corpo. 

Laçar o pé com uma toalha e puxá-la, suavemente, em direção ao corpo, mantendo os joelhos estendidos. 

Manter essa posição por 30 segundos e repetir 3 vezes.

Para um bom alongamento, é necessário sentir, apenas, um desconforto, não devendo permitir uma dor aguda.
B – Alongamento da panturrilha em Pé:

Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura
do peito. 

A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são. 

Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede. 

Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.  Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.





2 - Alcance de Movimento Ativo do Tornozelo: 
Pode ser feito sentado ou deitado. 

Com a perna esticada e o joelho apontando para o teto, movimentar o tornozelo para cima e para baixo, para dentro e para fora e em círculos.

Não dobrar o joelho enquanto estiver fazendo esse exercício. 

Repetir 20 vezes em cada direção.


3 - Alongamento do Compartimento Anterior: 

Em pé, de cabeça erguida, manter o lado são do corpo junto a uma parede e apoiar a mão contra ela.

Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega, sem arquear a coluna. 

Manter a posição por 30 a 60 segundos e repetir
3 vezes.

4 - Exercícios Com a Faixa Terapêutica:
A - Resistência a dorsiflexão:
Sentado com a perna lesionada estendida e o pé perto de uma cama, enrolar a faixa ao redor da planta do pé. Prender a outra extremidade da faixa no pé da cama.
Puxar os dedos do pé, no sentido do corpo. Lentamente, retornar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

B - Resistência à flexão plantar:
Sentado com a perna lesionada estendida, laçar a planta do pé com o meio da faixa.
Segurar as pontas da faixa com ambas as mãos e, suavemente, empurrar o pé para baixo apontando os dedos do pé para frente, tencionando a faixa terapêutica (thera band), como se estivesse acelerando o pedal de um carro.

C - Inversão com resistência:
Sentar com as pernas estendidas, cruzar a perna não lesionada sobre o tornozelo lesionado.
Enrolar a faixa no pé lesionado e em seguida laçar pé bom, para que a faixa terapêutica (thera band) fique com uma ponta presa.
Segurar a outra ponta da faixa terapêutica (thera band) com a mão. Virar o pé lesionado para dentro e para cima.
Retornar à posição inicial. Fazer 3 séries de 10.

D - Eversão com resistência:
Sentado, com ambas as pernas estendidas e a faixa laçada em volta de ambos os pés.
Lentamente, virar o pé lesionado para cima e para fora.
Manter essa posição por 5 segundos. Fazer 3 séries de 10.






5 - Elevação dos Calcanhares:
Segurar em uma cadeira e suspender o corpo sobre os dedos dos pés, tirando os calcanhares do chão, ficando nas pontas dos pés.
Manter esta posição por 3 segundos e, lentamente, voltar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
À medida que o exercício ficar fácil, levantar, apenas, o lado lesionado.




6 - Elevação dos Dedos dos Pés: 
A- Sentado:

Em uma cadeira com os pés nivelados ao solo, suavemente elevar os dedos do pé lesionado, mantendo o calcanhar no chão. 

Manter por 5 segundos. 

Fazer 3 séries de 10 repetições.



B - Em pé:

Tirar os dedos do chão. 

No início pode-se balançar para trás sobre os calcanhares, de maneira que os dedos dos pés saiam do chão, para facilitar o exercício.

Manter essa posição por 5 segundos e fazer 3 séries
de 10.
 
 
DOR NO ARCO PLANTAR
 
O que é a dor no arco plantar? 

Existem dois arcos no pé. O arco longitudinal, que corre pelo comprimento do pé e o arco transversal, que corre pela largura dele. Os arcos são sustentados por ligamentos, que mantêm os ossos dos pés no lugar. A dor do arco pode ocorrer em um ou ambos os arcos, mas é mais comum nos arcos longitudinais.
Como ocorre?
Normalmente ocorre como resultado de desgaste por atividades, como corridas, caminhadas e saltos. As pessoas que possuem pés chatos ou pronação acentuada nos pés (os pés são mais horizontais que o normal e tendem para dentro), são mais propensas à dor do arco.
A dor do arco, normalmente, aparece vagarosamente. Entretanto, pode ocorrer repentinamente se os ligamentos forem distendidos ou rompidos durante atividades esportivas severas, como: corrida em velocidade ou salto.

Quais são os sintomas?
Dor no arco plantar.

Como é diagnosticada?
O médico examinará o pé e irá procurar por dor ou sensibilidade no arco do pé.

Como é tratada?
O tratamento pode incluir:
• Compressas de gelo sobre o arco do pé por 8 minutos, parar por 3 minutos e repetir o ciclo até completar 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça. Sempre proteger a pele com um lenço ou outro pano, para evitar queimaduras.
• Medicamentos antiinflamatórios, se prescritos pelo médico.
• Uso de faixas ou suporte para o arco no sapato, feitos sob medida e prescritos pelo médico.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando os itens listados abaixo forem realizados, progressivamente:

• Possuir total alcance de movimento do pé lesionado, em comparação ao não lesionado.
• Possuir total força do pé lesionada, em comparação ao não lesionado.
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Correr em linha reta, a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar.
• Fazer viradas bruscas, a 45º.
• Correr, desenhando, no chão, um "8" de 18 metros.
• Fazer viradas bruscas, a 90º.
• Correr, desenhando, no chão, um "8" de 9 metros.
• Pular com ambos os pés e depois, apenas com o pé lesionado, sem sentir dor.
Como previnir a dor no arco plantar?
• Usando sapatos de tamanho adequado e suportes próprios.
• Alongar os pés e arcos antes e depois das atividades.
• Uso de órteses tempo integral ou apenas para fazer esporte.

Exercícios de reabilitação para a dor no arco:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.
Iniciar alongando suavemente os músculos do pé, realizando o alongamento com a toalha. Quando esse alongamento for muito fácil, deve-se tentar o restante dos exercícios.


1 - Alongamento Com a Toalha:

Sentar sobre uma superfície firme, com a perna lesionada estendida à frente do corpo. 

Laçar o pé com uma toalha e puxá-la, suavemente, em direção ao corpo, mantendo os joelhos estendidos. 

Manter essa posição por 30 segundos e repetir 3 vezes.

Para um bom alongamento, é necessário sentir, apenas, um desconforto, não devendo permitir uma dor aguda. 

Quando esse alongamento for muito fácil, deve-se iniciar o alongamento da panturrilha em pé.


2 - Alongamento em Pé da Panturrilha:
Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.
A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.
Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.
Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.



3 - Alongamento da Aponevrose Plantar:
Em pé, com o ante pé lesionado na borda de um degrau e o médio pé e calcanhar sem apoiar em nada, tentar alcançar o fundo do degrau com o calcanhar até sentir o alongamento do arco do pé.
Manter por 30 segundos.
Relaxar e repetir 3 vezes.


4 - Rolamento Sobre Lata Congelada: 
Descalço, deslizar o pé lesionado para frente e para trás, rolando do calcanhar ao arco mediano, uma lata de refrigerante congelada.

Repetir por 5 minutos. 

Esse exercício é particularmente benéfico se feito logo pela manhã.


5 - Levantamento Dos Dedos do Pé Sentado:
Em uma cadeira com os pés nivelados ao solo, suavemente elevar os dedos do pé lesionado, mantendo o calcanhar no chão.
Manter por 5 segundos.
Fazer 3 séries de 10 repetições.


6 - Apanhar a Toalha: 
Com o calcanhar no chão, apanhar a toalha com os dedos do pé e largar.

Repetir de 10 a 20 vezes.

7 - Exercícios Com a Faixa Terapêutica:
A - Resistência a dorsiflexão:
Sentado com a perna lesionada estendida e o pé perto de uma cama, enrolar a faixa ao redor da planta do pé. Prender a outra extremidade da faixa no pé da cama.
Puxar os dedos do pé, no sentido do corpo. Lentamente, retornar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

B - Resistência à flexão plantar:
Sentado com a perna lesionada estendida, laçar a planta do pé com o meio da faixa.
Segurar as pontas da faixa com ambas as mãos e, suavemente, empurrar o pé para baixo apontando os dedos do pé para frente, tencionando a faixa terapêutica (thera band), como se estivesse acelerando o pedal de um carro.

C - Inversão com resistência:
Sentar com as pernas estendidas, cruzar a perna não lesionada sobre o tornozelo lesionado.
Enrolar a faixa no pé lesionado e em seguida laçar pé bom, para que a faixa terapêutica (thera band) fique com uma ponta presa.
Segurar a outra ponta da faixa terapêutica (thera band) com a mão. Virar o pé lesionado para dentro e para cima.
Retornar à posição inicial. Fazer 3 séries de 10.

D - Eversão com resistência:
Sentado, com ambas as pernas estendidas e a faixa laçada em volta de ambos os pés.
Lentamente, virar o pé lesionado para cima e para fora.
Manter essa posição por 5 segundos. Fazer 3 séries de 10.



ENTORSE DO TORNOZELO
 
O que é a entorse do tornozelo? 

A entorse de tornozelo é uma lesão que causa um estiramento ou ruptura de um ou mais ligamentos da articulação do tornozelo. Ligamentos são fortes faixas de tecido que conectam os ossos das articulações e uma de suas funções é restringir o movimento da articulação.
As entorses podem ser classificados: graus I, II ou III, dependendo de sua gravidade:
• Entorse grau I: Dor, com dano mínimo ao ligamento.
• Entorse grau II: Porção maior do ligamento é danificada, que gera uma leve frouxidão da articulação.
• Entorse grau III: Ruptura completa do ligamento e a articulação fica bastante instável.
Como ocorre?
É gerada por uma virada forçada do tornozelo. Na maioria das entorses, o pé vira para dentro ou para baixo, causando uma lesão na parte externa do tornozelo.

Quais são os sintomas?
• Dor contínua e localizada, variando de suave a intensa e independente de descarga de peso,
• Edema,
• Equimose,
• Impossibilidade de movimentar o tornozelo.


Como é diagnosticada?
O médico revisará o mecanismo de lesão e examinará o tornozelo, levando em conta os sintomas. Podem ser pedidos Raios-X.

Como é tratada?
O tratamento pode incluir:
• Compressas de gelo sobre o tornozelo, por 8 minutos, seguidos de 3 minutos de pausa. Esse ciclo deve ser repetido até completar 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça. Sempre proteger a pele com um lenço ou outro pano, para evitar queimaduras.
• Elevação de tornozelo, colocando um travesseiro embaixo do pé.
• Uso de faixa elástica envolta no tornozelo, para evitar que o edema piore.
• Uso de tornozeleira.
• Uso de muletas, até que seja possível andar sem sentir dor.
• Uso de medicamento antiinflamatório ou analgésico, prescrito pelo médico.
• Fisioterapia.
Em alguns casos de entorses graves com instabilidade, a cirurgia é necessária, neste caso, o tornozelo ficará engessado por 4 a 8 semanas.


Por quanto tempo perdurarão os efeitos?
A duração da recuperação depende de alguns fatores:
• Idade.
• Saúde.
• Gravidade da lesão.
• Lesões prévias naquela articulação.

Quando retornar ao esporte ou atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível.
O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente. Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando os itens listados abaixo acontecerem, progressivamente:
• Possuir total arco de movimento do tornozelo lesionado, em comparação ao não lesionado.
• Possuir total força do tornozelo lesionado, em comparação ao não lesionado.
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Correr a toda velocidade, em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Puder fazer viradas bruscas, a 45º, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.
• Puder fazer o “8”, com 18 metros, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a
total velocidade.
• Puder fazer viradas bruscas, a 90º, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.
• Puder fazer o “8”, com 9 metros, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.
• Puder pular com ambas as pernas e, depois, apenas com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como prevenir a entorse do tornozelo?
• Usar sapatos apropriados e de tamanho ideal, durante o exercício.
• Alongar antes e depois de atividades atléticas ou de recreação.
• Evitar mudanças bruscas de posição e de direção.
• Enfaixar os tornozelos ou usar tornozeleiras durante esportes vigorosos, especialmente, se já houver uma lesão antiga.


Exercícios de reabilitação para entorse do tornozelo:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir objetivos como analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito em casa e sem a supervisão de um profissional.


1 - Alongamento Com a Toalha:

Sentar sobre uma superfície firme, com a perna lesionada estendida à frente do corpo. 

Laçar o pé com uma toalha e puxá-la, suavemente, em direção ao corpo, mantendo os joelhos estendidos. 

Manter essa posição por 30 segundos e repetir 3 vezes.

Para um bom alongamento, é necessário sentir, apenas, um desconforto, não devendo permitir uma dor aguda. 

Quando esse alongamento for muito fácil, deve-se iniciar o alongamento da panturrilha em pé.


2 - Alongamento da Panturrilha em Pé:
Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.
A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.
Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.
Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.



3 - Alongamento do Músculo Soleo:
Em pé, de frente para parede com as mãos na altura do peito, com os joelhos levemente dobrados e o pé lesionado para trás, gentilmente apoiar na parede até sentir alongar a parte inferior da panturrilha.
Virar o pé lesionado levemente para dentro e manter o calcanhar no chão.
Manter essa posição por 30 segundos e repetir 3 vezes.


4 - Arco do Movimento do Tornozelo:
Pode ser feito sentado ou deitado.
Com a perna esticada e o joelho apontando para o teto, movimentar o tornozelo para cima e para baixo, para dentro e para fora e em círculos.
Não dobrar o joelho enquanto estiver fazendo esse exercício.
Repetir 20 vezes para cada direção.



5 - Exercícios Com a Faixa Terapêutica:
A - Resistência a dorsiflexão:
Sentado com a perna lesionada estendida e o pé perto de uma cama, enrolar a faixa ao redor da planta do pé. Prender a outra extremidade da faixa no pé da cama.
Puxar os dedos do pé, no sentido do corpo. Lentamente, retornar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

B - Resistência à flexão plantar:
Sentado com a perna lesionada estendida, laçar a planta do pé com o meio da faixa.
Segurar as pontas da faixa com ambas as mãos e, suavemente, empurrar o pé para baixo apontando os dedos do pé para frente, tencionando a faixa terapêutica (thera band), como se estivesse acelerando o pedal de um carro.

C - Inversão com resistência:
Sentar com as pernas estendidas, cruzar a perna não lesionada sobre o tornozelo lesionado.
Enrolar a faixa no pé lesionado e em seguida laçar pé bom, para que a faixa terapêutica (thera band) fique com uma ponta presa.
Segurar a outra ponta da faixa terapêutica (thera band) com a mão. Virar o pé lesionado para dentro e para cima.
Retornar à posição inicial. Fazer 3 séries de 10.

D - Eversão com resistência:
Sentado, com ambas as pernas estendidas e a faixa laçada em volta de ambos os pés.
Lentamente, virar o pé lesionado para cima e para fora.
Manter essa posição por 5 segundos. Fazer 3 séries de 10.





6 - Elevação dos Calcanhares:
Segurar em uma cadeira e suspender o corpo sobre os dedos dos pés, tirando os calcanhares do chão.
Manter esta posição por 3 segundos e, lentamente, voltar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 5 séries.
À medida que o exercício ficar fácil, levantar, apenas, o lado lesionado.


7 - Elevação Dos Dedos do Pé:
Em pé, tirar os dedos do chão.
No início pode-se balançar para trás sobre os calcanhares, de maneira que os dedos dos pés saiam do chão, para facilitar o exercício.
Manter essa posição por 5 segundos e fazer 3 séries
de 10.


8 - Equilíbrio Sobre Uma Perna:
Ficar em pé, sem apoiar em nada e equilibrar-se sobre a perna lesionada.
Não deixar que o arco do pé aplaine-se, nem que os dedos do pé se dobrem.
Começar com os olhos abertos e, posteriormente, tentar fazer o exercício com os olhos fechados.
Manter a posição sobre uma única perna por 30 segundos.
Repetir 3 vezes.


9 - Pular Corda:
Pular corda com as duas pernas, por 1 minuto, depois apenas sobre a perna lesionada, por 1 minuto.
Se ficar fácil, aumentar o tempo.


10 - Tábua de Equilíbrio:
Esse exercício é importante para restaurar o equilíbrio e a coordenação do tornozelo.
Subir em uma tábua de oscilação e equilibrar-se apoiando sobre ambas as pernas e depois, sobre a perna lesionada.
Fazer isso por 2 a 5 minutos, 3 vezes ao dia.
Uma cadeira pode ser colocada em frente ao paciente, para ajudar a equilibrar-
 
FASCIÍTE PLANTAR
 
O que é fasciíte plantar? 

A fáscia plantar é um tecido tendinoso muito resistente, que vai desde a tuberosidade medial do calcâneo até as falanges proximais, na parte de baixo do pé, e tem a função de dar suporte ao pé. 

A Fasciíte plantar é a inflamação desta fáscia. Essa é a causa mais comum das dores em calcanhares nos adultos.  Provavelmente acontece por uma fissura degenerativa na origem da fáscia, na região do calcanhar. É mais comum em mulheres e em pessoas com excesso de peso.
Como ocorre?
Existem algumas possíveis causas de fasciíte plantar, incluindo:
• Uso de sapato de salto alto.
• Excesso de peso.
• Aumento do tempo de caminhar, de subir e descer escadas ou de ficar em pé.
Quando se usa sapato de salto alto, incluindo botas de cowboy, por um longo período de tempo, a fáscia pode se encurtar e a dor, nesse caso, acontece quando ela é alongada, o que normalmente acontece ao caminhar descalço após levantar-se da cama pela manhã.
Se uma pessoa fica acima do peso ideal, existe maior probabilidade de adquirir fasciíte plantar, porque o tecido de amortecimento, que normalmente existe embaixo do osso do calcanhar e diminui o impacto, pode ficar gasto e mais fino, causando dor.
Corredores podem adquirir fasciíte plantar, quando aumentam as distâncias ou a freqüência dos treinos, e ainda se os calçados estão gastos e não proporcionam amortecimento suficiente para os calcanhares.
Pessoas que tem o arco do pé excessivamente diferente do fisiológico têm chances de sofrer de fasciíte plantar.

Quais são os sintomas?
A aparição dos sintomas é lenta e não está relacionada à quedas ou torções.
O principal sintoma de fasciíte plantar é a dor no calcanhar ao andar e ao ficar em pé. Essa dor normalmente ocorre ao se levantar e apoiar completamente o pé no chão, pois na posição de descanso, a fáscia está relaxada e ao colocar o pé no chão e dar os primeiros passos, a fáscia é alongada.

Como é diagnosticada?
O médico perguntará se a parte de baixo do pé ou do calcanhar está sensível e se existe dor ao alongar a sola do pé. Talvez seja necessário um raio-x do calcanhar.

Como é tratada?
• Quando o calcanhar estiver dolorido, o paciente deve descansar o máximo que puder.
• O médico poderá prescrever medicamentos antiinflamatórios, para diminuir a dor e a inflamação. O paciente deve também fazer compressas de gelo por 8 minutos e descansar 3 minutos, até completar 30 minutos.
• O uso de calçados para atletismo (tênis) pode ser usado, para melhorar o amortecimento do pé. O uso de palmilhas também é recomendado, para melhorar o amortecimento do calcanhar.
• O médico poderá encaminhar o paciente para a fisioterapia, que tem o objetivo de alongar a fáscia plantar e fortalecer a musculatura da parte inferior da perna, que estabiliza o tornozelo e o calcanhar.
• Uma tala pode ser moldada para panturrilha, perna e pé (goteira) e deve ser usada enquanto o paciente dorme, com o objetivo de manter os pés alongados durante a noite. Outro tratamento possível é a aplicação de cortisona no calcanhar. A cirurgia raramente é necessária.

Quanto tempo durarão os efeitos?
Com o passar do tempo o paciente perceberá que a intensidade da dor pode variar de um dia para o outro.
Se o tratamento tiver início logo que a dor aparecer, o sintoma poderá cessar após algumas semanas.



Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:
• Possuir total alcance de movimento da perna lesionada, em comparação a não lesionada.
• Possuir total força da perna lesionada, em comparação a não lesionada.
• Puder correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Puder correr a toda velocidade em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Puder fazer viradas bruscas a 45º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.
• Puder fazer o “8” com 18 metros, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.
• Puder fazer viradas bruscas a 90º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.
• Puder fazer o “8” com 9 metros, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.
• Puder pular com ambas as pernas e depois somente com a perna lesionada, sem sentir dor.


Como prevenir a fasciíte plantar?
A melhor maneira de evitá-la é usando calçados de boa qualidade e do tamanho apropriado. Isso é particularmente importante durante o exercício ou durante longas caminhadas sobre superfícies duras por longos períodos de tempo.
Também é importante:
• Evitar que o calcanhar receba repetidos choques.
• Manter um peso saudável.


Exercícios de reabilitação para a fascíite plantar:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.


1 - Alongamento Com a Toalha:

Sentar sobre uma superfície firme, com a perna lesionada estendida à frente do corpo. 

Laçar o pé com uma toalha e puxá-la, suavemente, em direção ao corpo, mantendo os joelhos estendidos. 

Manter essa posição por 30 segundos e repetir 3 vezes.

Para um bom alongamento, é necessário sentir, apenas, um desconforto, não devendo permitir uma dor aguda. 

Quando esse alongamento for muito fácil, deve-se iniciar o alongamento da panturrilha em pé.


2 - Alongamento em Pé da Panturrilha:
Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.
A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.
Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.
Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.



3 - Alongamento da Aponevrose Plantar:
Em pé, com o ante pé lesionado na borda de um degrau e o médio pé e calcanhar sem apoiar em nada, tentar alcançar o fundo do degrau com o calcanhar até sentir o alongamento do arco do pé.
Manter por 30 segundos.
Relaxar e repetir 3 vezes.


4 - Rolamento Sobre Lata Congelada: 
Descalço, deslizar o pé lesionado para frente e para trás, rolando do calcanhar ao arco mediano, uma lata de refrigerante congelada.

Repetir por 5 minutos. 

Esse exercício é particularmente benéfico se feito logo pela manhã.


5 - Levantamento Dos Dedos do Pé Sentado:
Em uma cadeira com os pés nivelados ao solo, suavemente elevar os dedos do pé lesionado, mantendo o calcanhar no chão.
Manter por 5 segundos.
Fazer 3 séries de 10 repetições.


6 - Apanhar a Toalha: 
Com o calcanhar no chão, apanhar a toalha com os dedos do pé e largar.

Repetir de 10 a 20 vezes.

7 - Exercícios Com a Faixa Terapêutica:
A - Resistência a dorsiflexão:
Sentado com a perna lesionada estendida e o pé perto de uma cama, enrolar a faixa ao redor da planta do pé. Prender a outra extremidade da faixa no pé da cama.
Puxar os dedos do pé, no sentido do corpo. Lentamente, retornar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

B - Resistência à flexão plantar:
Sentado com a perna lesionada estendida, laçar a planta do pé com o meio da faixa.
Segurar as pontas da faixa com ambas as mãos e, suavemente, empurrar o pé para baixo apontando os dedos do pé para frente, tencionando a faixa terapêutica (thera band), como se estivesse acelerando o pedal de um carro.

C - Inversão com resistência:
Sentar com as pernas estendidas, cruzar a perna não lesionada sobre o tornozelo lesionado.
Enrolar a faixa no pé lesionado e em seguida laçar pé bom, para que a faixa terapêutica (thera band) fique com uma ponta presa.
Segurar a outra ponta da faixa terapêutica (thera band) com a mão. Virar o pé lesionado para dentro e para cima.
Retornar à posição inicial. Fazer 3 séries de 10.

D - Eversão com resistência:
Sentado, com ambas as pernas estendidas e a faixa laçada em volta de ambos os pés.
Lentamente, virar o pé lesionado para cima e para fora.
Manter essa posição por 5 segundos. Fazer 3 séries de 10.