Novas regras da lingua portuguesa

Domingo, 29 de Junho de 2008
NOVAS REGRAS DA LÍNGUA PORTUGUESA


Ministério da Educação já prepara a próxima licitação dos livros didáticos, que deve ocorrer em dezembro, pedindo a nova ortografia


O Brasil começa a se preparar para a mudança ortográfica que, além do trema, acaba com os acentos de vôo, lêem, heróico e muitos outros. A nova ortografia também altera as regras do hífen e incorpora ao alfabeto as letras k, w e y (veja quadro). As alterações foram discutidas entre os oito países que usam a língua portuguesa - uma população estimada hoje em 230 milhões - e têm como objetivo aproximar essas culturas.


Não há um dia marcado para que as mudanças ocorram -especialistas estimam que seja necessário um período de dois anos para a sociedade se acostumar. Mas a previsão é que a modificação comece em 2008.


O Ministério da Educação prepara a próxima licitação dos livros didáticos, que deve ocorrer em dezembro, pedindo a nova ortografia. "Esse edital, para os livros que serão usados em 2009, deve ser fechado com as novas regras", afirma o assessor especial do MEC, Carlos Alberto Xavier.


Tecnicamente, diz Moreira, a nova ortografia já poderia estar em vigor desde o início do ano. Isso porque a CPLP definiu que, quando três países ratificassem o acordo, ele já poderia vigorar. O Brasil ratificou em 2004. Cabo Verde, em fevereiro de 2006, e São Tomé e Príncipe, em dezembro.


António Ilharco, assessor da CPLP, lembra que é preciso um processo de convergência para que a grafia atual se unifique com a nova. "Não se pode esperar resultados imediatos." A nova ortografia deveria começar, também, nos outros cinco países que falam português (Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste). Mas eles ainda não ratificaram o acordo.


O que muda

Entre 0,5% e 2% do vocabulário brasileiro será alterado com as mudanças


HÍFEN
Não se usará mais:

1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r - ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"
2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"


TREMA
Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados


ACENTO DIFERENCIAL

Não se usará mais para diferenciar:

1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)

2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)

3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")

4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo)

5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)


ALFABETO
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"


ACENTO CIRCUNFLEXO

Não se usará mais:

1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"

2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"


ACENTO AGUDO

Não se usará mais:

1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"

2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem


GRAFIA
No português lusitano:

1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo"

2. será eliminado o "h" de palavras como "herva" e "húmido", que serão grafadas como no Brasil -"erva" e "úmido"

A linguagem dos gatos

O SWING DO BICHANO
Linguagem corporal dá dica do que se passa no coração e na mente do animal

1>>>Balançar a cauda - Ao fazer isso, um gato não está demonstrando alegria. Muito pelo contrário. Significa que está incomodado com alguma coisa ou pronto para o ataque
2>>>Massagear - O gato pressiona superfícies e movimenta as patas. Em geral, demonstra satisfação e contentamento. Filhotes fazem isso enquanto mamam
3>>>Rolar - Indica tanto que o gato não tem a intenção de atacar quanto que está submisso, embora a submissão felina indique mais afeição que obediência
4>>>Esfregar-se - Expressa afeição e demarcação de território. O contato quase direto com a pele faz com que o cheiro do bichano fique impregnado onde quer que ele se esfregue
5>>>Movimentar orelhas - A posição dos órgãos indica a vontade de participar das situações. Altas e viradas na direção do que está acontecendo, indicam interesse. Baixas e viradas para o lado oposto do movimento ou som demonstram indiferença
6>>>Miar - Há dezenas de miados. Variam de acordo com a situação e a intenção. Os mais longos e crescentes costumam indicar felicidade, os mais agudos e estridentes podem ser sinal de uma briga com outro gato
7>>>Ronronar - Quando afagados, os gatos ronronam para demonstrar deleite e reciprocidade
8>>>Morder - Serve para demonstrar afeto, agredir ou brincar. A que indica afeto costuma ser a mais delicada e ocorre enquanto o gato recebe carinho ou sente prazer com a companhia

cinésioterapia

A CINESIOTERAPIA NA MÃO E PUNHO




Baseada no princípio da fisioterapia não ser uma ciência estática, a mesma vem sofrendo constantes mudanças no que diz respeito aos métodos de tratamento. Assim, muitos métodos que outrora foram importantes e amplamente utilizados, vem sendo abolidos ou associados a outras técnicas. Dessa forma, muitos tratamentos que envolviam o uso de correntes elétricas caíram em desuso e a própria massagem vem sendo encarada com fria objetividade científica. Desse modo, a cinesioterapia começou a ganhar um espaço de destaque junto a fisioterapia (GARDINER, 1995).




Considerando que a cinesioterapia, juntamente com movimento passivo, mobilização e manipulação é uma das técnicas mais utilizadas durante o trabalho do fisioterapeuta. Afirma-se que os princípios básicos desses métodos de terapia permanecem, contudo, a prática e a experiência associadas aos progressos dos conhecimentos relativos a fisiologia, com o decorrer do tempo, alteram as técnicas empregadas (GARDINER, 1995).




De acordo com Xhardez (1990), “a cinesioterapia é, etimologicamente, a arte de curar que utiliza todas as técnicas do movimento”. A cinesioterapia, cujo campo de ação cresceu muito nos últimos anos, dirige-se a um grande número de doenças, afecções, deficiências gerais ou específicas e as suas seqüelas.




4.1 OS OBJETIVOS GERAIS DA CINESIOTERAPIA




As metas de tratamento pelo exercício são: promover a atividade quando e onde seja possível minimizar os efeitos da inatividade; corrigir a ineficiência de músculos específicos ou grupos de músculos e reconquistar a amplitude normal de movimento da articulação sem perturbar a obtenção do movimento funcional eficiente; e encorajar o paciente a usar a habilidade que ele reconquistou no desempenho de atividades funcionais normais, e assim acelerar sua reabilitação (GARDINER, 1995).




4.2 ABORDAGENS CINESIOTERÁPICAS




A cinesioterapia pode ser classificada em ativa e passiva. Em se tratando dos movimento ativo, este pode ser conseguido pela contração muscular em resposta à uma ordem apresentada de maneira adequada a habilidade do paciente em responder. Já o movimento passivo resulta da aplicação de forças externas quando os músculos são incapazes de se contraírem ou quando eles relaxam voluntariamente para permitir o movimento ou a sustentação (GARDINER, 1995).




Dentre os tipos de movimentos ativos destacam-se: movimento ativo puro, sem que o fisioterapeuta precise auxiliá-lo, o paciente executa por ele mesmo o movimento, ou seja, sem nenhuma ajuda exterior. Assim, a única resistência eventual será a luta contra a gravidade; movimento ativo assistido e ativo passivo: nesses movimentos o paciente executa o movimento, contudo, um dispositivo mecânico ou o fisioterapeuta podem auxiliar o membro a mobilizar de uma forma mais (ativo-passivo) ou menos (ativo-assistido) importante; movimento ativo dirigido: com a ajuda do fisioterapeuta, o paciente executa o movimento numa direção indicada, com a finalidade de perceber a forma certa como o movimento deve ser realizado; movimento ativo controlado: um exemplo desse movimento, é o exercício frente ao espelho, no qual o paciente, por si mesmo, executa o exercício e simultaneamente controla seu movimento (XHARDEZ, 1990). No movimento ativo associado, ocorre o balanço simultâneo dos dois braços, com o membro são impulsionando o membro doente tendo como exemplo de tal movimento. Assim, o paciente executa o movimento que o auxilia a mobilizar uma outra articulação; movimento ativo ou ativo passivo sob a água: diferente dos outros movimentos, o paciente ajudado pela pressão ascendente e eventualmente pelo calor da água, executa movimentos na água; movimento ativo sob tração: com a finalidade de evitar qualquer pressão ou fricção na articulação mobilizada, o paciente executa o movimento e simultaneamente exerce-se uma tração longitudinal; movimento ativo ritmado: em vista do movimento ritmado ocasionar o relaxamento reflexo do músculo frenador antagonista, o paciente executa o movimento oscilatório que requer um esforço menor; movimento de estiramento: pequenos estiramentos progressivos leves e sem movimentos bruscos são executados pelo paciente, permitindo desse modo, aumentar a mobilidade articular estirando os tecidos; movimento ativo contra resistência: o paciente executa o movimento, contudo, afim de intensificar o trabalho muscular ou para dirigir o movimento, opõe-se uma resistência (XHARDEZ, 1990).




Além da classificação da cinesioterapia em movimentações ativas, existe também a classificação em movimentações passivas, tais como: movimento passivo puro, onde o movimento é realizado por uma força exterior (o fisioterapeuta, o paciente, um dispositivo mecânico), no qual o movimento não é executado pelo paciente; movimento passivo sob tração: manualmente ou por aparelho, o movimento é executado passivamente. Assim, uma tração simultânea é efetuada no eixo do membro ou da articulação; movimento passivo de estiramento: esse movimento é executado pelo fisioterapeuta, que exerce pequenos estiramentos suaves, progressivos, sem movimentos bruscos, com o objetivo de aumentar a mobilidade articular, estirando os tecidos; movimento ativo-passivo: esse movimento é mais passivo do que ativo, é um meio de progressão (XHARDEZ, 1990).




4.3 TIPOS DE CONTRAÇÕES MUSCULARES RECRUTADAS NA CINESIOTERAPIA




As contrações podem ser: dinâmica ou isotônica e estática ou isométrica. A contração dinâmica ou isotônica: é feita através do trabalho que modifica o comprimento do músculo. Portanto, há uma modificação do ângulo da articulação no qual age o músculo. Essa contração pode ser subdividida em contração isotônica concêntrica e contração isotônica excêntrica. Na contração isotônica concêntrica, o músculo se contrai e os dois pontos de inserção se aproximam. É um trabalho positivo motor. Já na contração isotônica excêntrica, o músculo se alonga, e os dois pontos de inserção se afastam. É um trabalho negativo resistente (XHARDEZ, 1990).




A Contração estática ou isométrica: é o trabalho muscular que não dá lugar a nenhuma modificação da articulação sobre a qual o músculo age. É uma tensão interna, e ocorre um bloqueio momentâneo da circulação do músculo (XHARDEZ, 1990).




4.4 TONIFICAÇÕES MUSCULARES




As tonificações são divididas em: ativo sem resistência ou ativo puro e ativo com resistência. Ativo sem resistência ou ativo puro: é a primeira etapa da tonificação de um músculo. Nessa etapa, o movimento à realizar deve ser bem assimilado pelo paciente e executado lentamente. Também é importante observar se o paciente não compensa com o movimento mais fácil. Na tonificação ativo com resistência, o paciente progressivamente, retoma à força e pode-se intensificar o trabalho muscular opondo-lhe resistência. Esta pode ser manual ou mecânica. A manual é feita pelo fisioterapeuta ou pelo próprio paciente, e na mecânica a resistência ao movimento se faz pela instalação de um dispositivo mecânico, tal como peso: peso-roldana, molas, halteres, elásticos, etc. Pode-se utilizar também a contra-resistência da água, fixando, por exemplo, as mãos nas extremidades dos membros (XHARDEZ, 1990).




4.5 ALONGAMENTO




No âmbito da cinesioterapia torna-se muito importante falar sobre alongamento, pois para que haja amplitude de movimento normal é preciso que haja mobilidade e flexibilidade dos tecidos moles que circundam a articulação, ou seja, músculos, tecido conectivo e pele, e mobilidade articular. Imobilização prolongada, mobilidade prolongada, mobilidade restrita; doenças do tecido conectivo ou neuromusculares, processos patológicos nos tecidos devido à trauma e deformidades ósseas congênitas e adquiridas são as condições que podem levar ao encurtamento adaptativo dos tecidos moles ao redor de uma articulação e perda subseqüente da amplitude de movimento (KISNER E COLBY, 1992).




Desse modo, alongamento pode ser descrito como qualquer manobra terapêutica elaborada para aumentar o comprimento de (alongar) estruturas de tecidos moles que foram patologicamente encurtadas e dessa forma garantir o aumento na amplitude de movimento. O alongamento pode ser passivo ou ativo (KISNER E COLBY, 1992).




4.6 MOBILIZAÇÃO ARTICULAR




Sabe-se que a principal função da mão é segurar, e que o movimento nas suas inúmeras articulações permite que ela se amolde, assumindo uma vasta variedade de formas e tamanhos com os quais entra em contato. Assim , a capacidade de opor o polegar em supinação é imprescindível para que possa segurar bem (GARDINER, 1995).




A manutenção da atual amplitude de movimento numa articulação ou então o seu aumento são os principais objetivos da mobilização. Movimentos passivos em relaxamento, relaxamento incluindo movimentos acessórios, técnicas de mobilização passiva, exercícios ativos assistidos, livres e resistência com ajuda ou atividades gerais, todos desempenham um papel na mobilização articular em um caso ou outro. É importante salientar que o efeito mobilizador não resulta tanto da escolha de um exercício em particular, mas depende principalmente da forma como ele é realizado. Dessa forma, o movimento da amplitude total em velocidade natural, com ênfase no limite da amplitude e repetido muitas vezes com intervalos freqüentes, parece ser muito eficiente, contudo, às vezes também são usados um movimento mais rápido ou uma contração mantida por algum tempo (GARDINER, 1995).




Com relação às técnicas de mobilização articular enfatizando a avaliação dos resultados, é muito importante medir a amplitude atual do movimento articular antes do princípio do tratamento e em intervalos específicos subseqüentes, a fim de permitir a avaliação do progresso. Desse modo, se esse processo não for satisfatório, deve-se então modificar ou mudar o método de tratamento; caso ele ainda não surta efeito, deve-se proceder a uma investigação mais detalhada da causa da limitação (GARDINER, 1995).

eletrotermofototerapia

Eletrotermofototerapia - Ondas Curtas

ONDAS CURTAS

A diatermia é uma técnica que consiste em elevam a temperatura dos tecidos pela passagem de uma corrente de alta freqüência e ondas curtas através de uma região do corpo. O calor é produzido pela resistência dos tecidos à passagem da corrente elétrica.

Os aparelhos de diatermia por ondas curtas têm três componentes básicos: suprimento de energia, circuito oscilador e o circuito de paciente.

As freqüências permitidas para operações de diatermia por ondas curtas são 13, 66, 27, 33, 40 e 98 MHz. Os comprimentos de onda correspondente as freqüências permitidas são 22, 1, 7.5 metros.

A freqüência da oscilação de ondas curtas é estabelecida pela Convenção de Atlantic City, em 1942, a fim de prevenir transtornos em outras atividades de transmissão.
1 - DEFINIÇÃO

Diatermia

É a aplicação de energia elétrica de afta freqüência que se usa para produzir calor nos tecidos corporais (aumentam a temperatura em até 40 a 45°)

Alta Freqüência

Uso terapêutico de oscilações eletromagnéticas com freqüência superior a 300.000 Hz e possuem a características de não despolarizarem as fibras nervosas.

Ondas Curtas

É uma forma de eletroterapia de alta freqüência, sendo considerada as correntes com as seguintes freqüências e comprimentos de onda:

• 27,12 MHz, com longitude de onda de 11 M (mais comum)
• 13,56 MHz com longitude de onda de 22 M
• 40,68 MHz com longitude de onda de 7,5 M

2 - BASES FÍSICAS


Efeito Joule

Quando uma energia passa através de um condutor, parte da energia elétrica se converte em calor. "A quantidade de calor produzida em um condutor é proporcional ao quadrado da intensidade da corrente, e a resistência e ao tempo que dura a passagem da corrente".

Produção de Calor:

As moléculas muito próximas (nos tecidos muito densos), aumentam a temperatura mais facilmente, pois os movimentos rápidos das moléculas aumentam o atrito e conseqüentemente produzem calor organicamente. Pode ser exemplificado pelo tecido ósseo muscular.

Ausência de Fenômenos Eletrolíticos:

Devido à alta velocidade de condução das correntes de alta freqüência, não existe a possibilidade de eletrólise.

Produção de Corrente de Ondas Curtas

A transformação de corrente alta doméstica de 120v e 60 Hz em 500V e 45 MHz é conseguida através de uma fonte de energia que alimenta um oscilador de radiofreqüência, que em seguida passa por um amplificador de potência que gera uma potência necessária para os eletrodos, este amplificador é ligado a um depósito ressonente de saída (sintonizador) que sintoniza o paciente à parte de um circuito, o que permite transmitir o máximo de energia a ele.
Quanto mais curta é a longitude de onda, maior a freqüência e maior a penetração.

Campo Eletromagnético

Segundo estudo de Faraday e Maxwell descobre-se que todo campo elétrico gera um campo magnético e vice-versa, e as ondas eletromagnéticas se propagam na velocidade da luz (3X 108M/seg). v = (. F.


3 - MÉTODOS DE TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA AO PACIENTE.

Qualquer aparelho que gera corrente elétrica gera também um campo elétrico e campo magnético. A produção e a predominância destes campos depende de algumas características, como tipo de eletrodos, colocação dos eletrodos. A aplicação de ondas curtas.
Pode ser transferida através de campo de condensação ou eletrostático ou campo indutivo ou eletromagnéticos.

4 - EFEITOS FISIOLÓGICOS

Todas as correntes de alta freqüência penetram mais profundamente no corpo do que a radiação infravermelha, por conseguir o paciente ser submetido a diatermia nunca deve ter uma sensação de calor tão intensa quanto aquela produzida pela energia infravermelha.

No caso do aquecimento mais moderado, nota-se aumento gradual na vascularização que pode ajudar na resolução de um processo patológico valioso recurso físico para o alívio sintomático da dor, seja ela proveniente de lesões agudas ou mesmo decorrentes de processos por um período de tempo suficientemente longo para possibilitar que ocorra a troca de calor.

A temperatura que será produzida nos tecidos de um organismo vivo será modificada por fatores fisiológicos, como a distribuição da temperatura preexistentes e alterações no fluxo.


Efeito Fisiológico sobre os Vasos Sanguíneos e Linfáticos

O principal efeito é a vasodilataçâo, que é decorrente de um efeito físico básico, a dilatação dos corpos. Quando qualquer corpo sofre intervenção do calor; ocorre uma vibração molecular, que promove um afastamento, levando o corpo a se expandir.

A vasodilataçâo inicialmente ocorre nas arteríolas e capilares, que em caso de permanência atinge através, vasos linfáticos e veias.

A terapia por ondas curtas, aumenta a irrigação sanguínea da área e eliminação da linfa, o que aumenta a capacidade de reabsorção do tecido. Estudos de Barth e Kern indicam que um calor brando por tempo curto favorece a vasodilataçâo ; ao contrário, tempos prolongados e intensidades elevadas promovem vasoconstrição.

Efeitos Fisiológicos sobre o Sangue

1 - Troca dos níveis de glicemia:

Após aplicação direta sobre as glândulas endócrinas, onde ocorreu hiperglicemia nos primeiros 35', sendo seguida de hipoglicemia, que dura várias horas, não sendo clara a correlação deste fenômeno com o aumento de metabolismo.

2 - Aumento do aporte de leucócitos nos tecidos adjacentes:

Decorre do aumento do fluxo sanguíneo local que aumenta a demanda de 02, nutrientes e leucócitos, levando a um aumento da capacidade de fagocitose. Todo este mecanismo traduz-se em aumento de metabolismo.

3 - Tempo de coagulação diminuída e diminuição da viscosidade do sangue:

A diminuição da viscosidade do sangue é decorrente de uma alteração física do calor. ) O calor quando incide sobre um corpo diminui a coesão intermolecular, fluidificando os líquidos).

Efeitos Fisiológicos sobre o Metabolismo

O aumento do fluxo sanguíneo local proporciona o aumento de 02 e nutrientes das regiões e acelera a retirada de catabólicos, favorecendo a exceção.

Efeitos Fisiológicos sobre o Sistema Nervoso

Ao nível do SNC as aplicações locais (na hipófise) podem influenciar a atividade das glândulas com a elevação do fluxo sanguíneo e disseminação para outras áreas até atingir o SNC, onde esta localizado o centro hipotalâmico responsável pelo controle de temperatura corporal.
Já no sistema nervoso periférico, as fibras nervosas periféricas têm sua velocidade e condução aumentada em conseqüência do calor.

Efeitos Fisiológicos do tecido Muscular

Relaxa a musculatura, facilita a transmissão nervosa e através da vasodilataçâo promove a captação da toxina no trabalho muscular.

Destruição Tecidual

Este efeito só será ativado no caso de calor excessivo, que irá irritar o tecido, promovendo uma coagulação por desnaturação da proteínas (queimadura).

Diminuição da Dor.

Inibição nas terminações nervosas sensitivas;
Relaxamento muscular em decorrência do aumento do fluxo
sanguíneo local, que favorece o aumento de metabolismo e drenagem de
catabólicos.

Diminuição da Pressão Arterial

Em situações normais, quando o calor incide sobre um corpo, primeiro ocorre vasodilatação, seguida de diminuição da viscosidade do sangue.

Efeitos Gerais

1 - Cansaço e necessidade de dormir: ocorre em aplicações gerais e prorrogadas, em decorrência do aumento de temperatura geral.
2 - Efeitos acumulados: a energia de ondas curtas poderá ser acumulada também por pequenas doses; é o que ocorre facilmente com os terapeutas que manuseiam os equipamentos de diatermia, que são os mesmos sintomas dos técnicos que trabalham com ondas de radiodifusão, estes são: depressão, ansiedade, cansaço cefaléia, insônia.


5 - DOSIMETRIA

a) Calor muito Débil - imediatamente abaixo do limiar de sensibilidade imperceptível.
b) Calor Débil - imediatamente perceptível
c) Calor Médio - Sensação dará de calor
d) Calor Forte - no limite de tolerância


6- TEMPO DE APLICAÇÃO

De um modo geral, preconiza-se 20 a 25 minutos de aplicação.


7 - INDICAÇÕES

* Afecções traumáticas do tecido mole;
* Cervicalgia;
* Dorsalgia;
* Lombalgia;
* Sacralgia;
* Epicondilite;
* mialgia;
* Tendinite,
* Fibrose;
* Sinovite;
* Tenoreaginite
* Capsulite;
* Periostite;
* Bursite;
* Miosite;
* Ostite;
* Tenossinovite
* Espasmo muscular;
* Miogelose;
* Ciatalgia;
* Lombociatalgia;
* Neuralgia;
* Cervicobraquialgia
* Neurite;
* Processos inflamatórios crônicos;
* Neuropatias, especialmente ciática;
* Artrite crônica;
* Contusões, etc.


- CONTRA INDICAÇÕES

* Neoplasma
* Marcapasso
* Gravidez
* Tuberculose
* Febre
* Artrite e artrose
* Implantes metálicos
* Transtornos de sensibilidade (relativo)
* Transtornos circulatórios (flebites, arteriosclerose -relativo)
* Cardiopatas descompensados
* Fase aguda das patologia
* Período menstrual
* Tecidos expostos a radioterapia
* Hemorragia
* Região dos olhos (opacifica o cristalino - humos aquoso)
* Áreas com tecido adiposo muito espesso (maior que 3 cm de espessura)
* Hemofilia
* Fármacos anti-coagulantes.



ONDAS CURTAS PULSÁTIL

No ondas curtas contínuo a produção de calor ocorre pelo atrito provocado por uma corrente de alta freqüência, sofrendo resistência ao tentar passar por alguns tecidos, com este atrito e constante, a produção de calor é intensa.

No ondas curtas pulsátil esta vibração não é contínua e o calor que seria somado se dispersa nos intervalos de pausa.

Efeitos Terapêuticos

Os efeitos alcançados pelo ondas curtas pulsátil são mais evidentes, produzindo excelente resposta:

* Em acelerar a cicatrização de feridas
* Reabsorção rápida de hematomas e edemas
* Analgesia rápida
* Potente estimulador da circulação periférica.



CONCLUSÃO

O nosso corpo possui energia bioelétrica, e essa energia, aliada à energia dos equipamentos, aumenta a probabilidade de reparação tecidual.

Como foi exposto, a Eletroterapia atua de diversas formas auxiliando no tratamento fisioterapêutico. Conhecer seus meios, efeitos, indicações e contra-indicações é de vital importância para os estudantes e profissionais fisioterapeutas.

Esperamos Ter oferecido um conteúdo que propicie aos leitores esse conhecimento.

Postado por Luciane às 11:40 PM 0 comentários Links para esta postagem

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Eletrotermoterapia - Ultra Som

l - INTRODUÇÃO

A eletroterapia em suas diversas modalidades é largamente utilizada pelos fisioterapeutas no tratamento de vários distúrbios.

Nos últimos anos houve grande evolução no conhecimento dos efeitos fisiológicos de correntes da aplicação dos agentes eletrofísicos nos tecidos.

Dentre os diversos aparelhos utilizados na eletroterapia, abordaremos neste trabalho o TENS, Ultra-som e o Ondas Curtas. O TENS atua através de mecanismos pelos quais pode inibir a dor. O Ultra-som de seus efeitos térmicos e mecânicos age principalmente no processo de cicatrização e reparo das lesões. Já o Ondas Curtas tem como um importantes efeito o aquecimento do tecido ocasionando diversas alterações que atuam acelerando o processo de cura.

Esperamos com este trabalho oferecer maiores esclarecimentos a respeito da Eletroterapia e suas inúmeras aplicações e benefícios.

- ULTRA-SOM

III.1 - DEFINIÇÃO

Movimento ondulatório na forma de onda mecânica. A onda do Ultra-som tem natureza longitudinal, isto é, a direção da oscilação é a mesma que a da propagação. Tais tipos de ondas requerem de um meio para sua propagação (não se propagam no vácuo) e causam compressão e expansão do meio.

III.2 - BASES FÍSICAS

a) Tipos de ondas

Transversais - Ex.: corrente elétrica
Longitudinais - Ex.: onda sonora

b) Natureza do som

As ondas sonoras são ondas longitudinais da matéria, que consiste em um movimento de vais e vem das moléculas, produzem assim uma energia vibratória que mobilizam um milhão de moléculas à medida que se propagam entre os tecidos. O meio que recebe as ondas deve possuir um determinado grau de elasticidade a fim que as partículas resistam a deformidades e mantenham a movimentação das moléculas. À medida que se movem as partículas promovem zonas de compreensão rarefação.

c) Freqüência

É o número de oscilações das moléculas que determina a freqüência da passagem do som.
Que é expressa em MHz. O número de oscilações produzidas pelo CRISTAL de PzT, localizado dentro do cabeçote do aparelho é que determina a freqüência do aparelho. Existem aparelhos que oferecem 2 cabeçotes diferentes, um com uma freqüência de 1 MHz e outro com uma freqüência de 3 MHz.

d) Propriedade Acústica do Tecido

As ondas podem penetrar com mais facilidade em alguns meios em que outros, isto é, modificado de acordo com a constituição tecidual (impedância acústica), pois cada tecido possui densidade diferentes. Sendo assim, quando a onda sônica passa pêlos tecidos ela poderá ser "refletida", "refraladas" ou "absorvida". - Reflexão: ocorre nos limites entre os diferentes tecidos (interfaces). A quantidade de energia refletida depende da impedância acústica específica de cada tecido. Quando a onda bate ela retorna à partir da superfície onde foi projetada, depende também do ângulo de incidência - Refração (Transmissão): é quando a onda do ultra-som pode continuar propagando-se a um novo meio. Se incide em ângulo reto e continua na mesma direção. - Absorção: Os tecidos por onde as ondas Ultra-som passam absorvem sua energia. As ondas de elevada freqüência são absorvidas mais rapidamente que as de baixa freqüência, ou seja, um cabeçote de 1 MHz é absorvido entre 5 á 10 cm de profundidade e de cabeçote de 3 MHz é absorvida a mais ou menos 5 cm de profundidade.
e) Piezeletricidade

E quando aplicamos pressão mecânica sobre de determinados materiais e ele desenvolve cargas elétricas em sua superfície. Tal efeito também ocorre no sentido inverso, ou seja, quando aplicamos correntes elétricas alternadas sobre determinados materiais eles são capatazes de vibrar e portando produzir ondas ultra-sônicas. São os cristais.

f) Principais Geradores

Cristais antigos: Quartzo
Cristais modernos: PZt cerâmico (tetànio de piomozirconato, chumbo, zircônio e tetànio)

g) Freqüência do som

Audíveis: 20 à 20.000 Mz
Infrasom: abaixo de 20 Hz
Ultra som: acima de 20.000 Hz

III.3 - TIPOS DE ULTRA SOM

Quanto a freqüência

a) de 1 MHz: ultra som profundo - 5 à 10 cm de profundidade
b) de 3 MHz: Ultra som mais superficial - 1,5 á 3 cm de profundidade

Quanto ao tipo de onda

a) contínuo: não possui interrupções no fluxo longitudinal das ondas
b) intermitente ou pulsátil: seriam intercepções no fluxo contínuo de ondas ultra-sònicas, onde as seriam intercaladas com pausas, de forma que o efeito térmico é minimizado por um atrito menos constante (a vibração é interrompida por pausas), sendo assim o efeito mecânico do Ultra som intermitente é superior.


III.4 - EFEITOS

• Efeito térmico

O atrito a atividade das células promove calor o calibre dos vasos o fluxo sanguíneo nutrição tecidual a retirada de catabólitos favorece a regeneração tecidual

• Efeito Mecânico

Efeito Mecânico a permeabilidade da membrana acelera a absorção dos fluidos

Devido a ação mecânica entre os tecidos é que ocorre liberação de aderência, devido a separação de aderências, devido a separação das fibras de colágenos, remodelagem das camadas intracelulares, absorção do excesso de íons de Ca++. Mais presente no ultra-som intermitente.

• Diminuição da dor

Devido ao efeito térmico, que aumenta a irrigação sanguínea local, leva ao aumento do metabolismo e conseqüente retirada de catabólitos, levando a uma descompressão das terminações nervosas de dor local.

III.4.1 - Técnica

a) Subaquática
b) Bolsa de água (indireta)
c) Gel (direta)

III.5 - CUIDADOS

a) Limpar a região
b) Usar gel ou medicamentos à base de gel (o ultra-som se propaga muito bem na água ou ambiente aquoso e é bloqueado na presença de gordura (vaselina, óleos, pomadas, bálsamos)).
c) Deslizar o cabeçote em movimentos circulares
d) Manter contato perfeito em ângulo de 90°
e) Ligar e desligar o aparelho, mantendo o cabeçote em contato com a área.
f) Na técnica indireta, passar gel na pele e na bolsa de água.
g) Não de haver bolhas de ar dentro da bolsa de água desgaseificada.


III.6 - PRECAUÇÕES

a) Queimaduras: devido ao efeito térmico encacerbado por altas intensidades, algumas também delegam ao uso do cabeçote parado, por delimitar potenciais de pico em uma pequena área.
b) Hiperdosificaçâo: por produzir diversas lesões e estas levam a fibrosos.
c) Cavitação: é um deslocamento dos tecidos. E ocorre em doses excessivas. Na verdade ocorre um aumento da absorção ao nível das interfaces, produzindo um aumento do efeito Piezelétrico, destruindo principalmente a mitocôndria, que liberará gases, formando caversas gasosas.
d) Alteração no aparato: um acoplamento errado do cabeçote pode produzir reflexão superficial, não atingindo a terapia os níveis ideais de profundidade.


III.7 - CONTRA-INDICAÇÃO

a) Ouvido
b) Olhos
c) Ovários e testículos
d) SNC
e) Zonas de crescimento ósseo
f) Útero grávido
g) Neoplasias
h) Processo infeccioso
i) Cicatrizes em pós-operatório imediato e mediato/somente após 10 dias
j) Tromboses, flebites
k) Área cardíaca
l) Áreas tratadas com radioterapia


III.9 - DOSIMETRIA E TEMPO DE APLICAÇÃO

Vai depender da natureza da lesão e do quadro do paciente: agudo ou crônico.

O tempo pode variar de 5 a 8 minutos de acordo com a área. Para dedos pode ser aplicado em 3 minutos.




ULTRA-SOM Tópico:Eletrotermoterapias

Introdução:

O ultra-som pode ser aplicado de forma contínua ou intermitente (pulsátil), dependendo do tipo de enfermidade em tratamento.


A forma contínua produz 50% de efeito térmico e 50% de efeito mecânico, e o ultra-som pulsado produz ação mecânica sem produzir calor (atérmico). No ultra-som contínuo, temos: feixe ultra-sônico/feixe ultra-sônico/feixe ultra-sônico, sem ocorrer pausa entre os feixes. No ultra-som pulsado, temos: feixe ultra-sônico/pausa/feixe ultrasônico. Ocorre pausa entre os feixes de ondas ultra-sônicas, permitindo que os tecidos tenham tempo de dissipar o calor recebido, não havendo no local energia térmica acumulada ou residual, logo, produzindo praticamente efeito mecânico (atérmico) no local.

Considerando que podemos tratar uma gama imensa de enfermidades com o ultra-som, há necessidade de adequar o método e a forma de tratamento. Para tanto, lançamos mãos dos diversos acessórios, o que facilitará a terapia, resultando melhor efeito e segurança para o paciente. Importante é a sensação leve de calor referida pelo paciente ou até mesmo sensação dolorosa, o que nos servirá de parâmetro, para uma boa dosagem.

A fase da enfermidade, a profundidade da lesão e o conhecimento do meio-valor é de vital importância, pois através desses parâmetros é que a dosimetria será feita diferenciada e individualizada. A freqüência do ultra-som é um fator determinante na absorção de calor pelo tecido, como ocorre com o ultra-som de 3 MHz, em que a energia ultra-sônica é praticamente absorvida no nível superficial, enquanto a absorção do ultra-som de 1 MHz ocorre mais profundamente.


Definição

São ondas sonoras longitudinais, não audíveis ao ouvido humano. Essas ondas ultra-sônicas são produzidas a partir da transformação da corrente elétrica comercial em corrente de alta freqüência, que ao incidir sobre um cristal de quartzo ou de zirconato - titanato de chumbo (ZTP), provoca compressão e expansão alternada do cristal.

Esta ação mecânica (pressão), sobre o cristal, provoca a emissão de ondas ultra-sônicas com freqüência igual à corrente recebida ou corrente que incide sobre o cristal dentro do transdutor (efeito piezoelétrico). O cristal sintético (ZTP) é mais resistente a altas temperaturas e mais maleável, aumentando com isto a durabilidade e a emissão do feixe. Transdutor é um dispositivo capaz de transformar uma forma de energia em outra, no caso, elétrica em mecânica.

As ondas ultra-sônicas produzem uma ação mecânica vibratória nas células, podendo ter uma freqüência de 870 KHz a 1 MHz (ação mais profunda) e 3 MHz (ação mais superficial). Elas podem ser contínuas ou pulsadas. As contínuas possuem 50% de ação mecânica e 50% de ação térmica. As pulsadas produzem mais ação mecânica. No ultra-som contínuo, prevalece mais o efeito térmico e no pulsado, o efeito atérmico.


Tipos de Ondas e Propriedades do Ultra-Som

As ondas longitudinais estão na direção da propagação das ondas ultra-sônicas e são transportadas em meios líquidos não viscosos.

Ondas transversais são ondas que se propagam em meios sólidos (em torno do periósteo) e a movimentação de partículas ocorre perpendicularmente à direção da propagação do feixe de ondas ultrasonoras.

Ondas estacionárias decorrem da sobreposição das ondas ultra-sônicas refletidas do músculo/osso ou tecidos moles/ar, sobre as ondas incidentes (meios com impedâncias diferentes). Pode ocorrer superaquecimento e destruição de células epiteliais e sanguíneas e para poder minimizá-las, movimenta-se continuamente o transdutor.

São refratadas nas áreas limítrofes de diferentes impedâncias acústicas, desviando sua direção, chamado de ângulo de refração.

As ondas ultra-sônicas sofrem reflexão quando na impedância acústica dos meios em que elas estiverem passando forem diferentes. São refletidas ao incidirem sobre estruturas, como osso, pele sem acoplamento, ou ainda, estruturas lisas e compactas, como os metais e principalmente o ar. As ondas sofrem reflexão de 99,73% ao incidirem diretamente no ar/pele e para evitar esta reflexão, usa-se uma substância acopladora transdutor/pele (gel). Nas estruturas ósseas, aproximadamente 30% das ondas US são refletidas. A reflexão nos tecidos moles/ar é de 99,73% (aquecimento local).

As ondas ultra-sônicas são absorvidas pelos tecidos e transformadas em calor, ocorrendo principalmente em nível molecular, sendo as proteínas os tecidos que mais absorvem. No tecido ósseo, aproximadamente 70% das ondas incidentes são absorvidas. A absorção depende da impedância do meio, da freqüência do ultra-som e da quantidade de proteína dos tecidos. A vibração, atrito e fricção molecular (energia cinética) são absorvidos pelos tecidos e transformados em calor.

A transmissão das ondas ultra-sônicas ocorre em maior quantidade quando as impedâncias acústicas dos dois meios estiverem mais próximas (casamento de impedância) e quanto mais diferentes forem as impedâncias, maior será a reflexão. As ondas ultra-sônicas, ao passarem de um meio para outro (meio diferente do que ele estiver passando), poderão ocasionar reflexão, refração, absorção, ocorrendo cada um desses atenuadores em diferentes graus, dependendo das impedâncias e índices de absorção de cada meio.


Efeitos do Ultra-Som - Térmico

Este efeito é decorrente da absorção das ondas ultra-sônicas pelo tecido e sua transformação em calor. Este fator decorre também da vibração celular e de suas partículas, provocando atrito entre si, produzindo o efeito térmico. O ultra-som de feixe contínuo produz maior quantidade de calor. Feixe ultra-sônico (vibração molecular ==> fricção ==> Atrito de partículas -->, calor).

A produção de calor é maior nas áreas limítrofes músculo/osso, devido à reflexão das ondas ultra-sônicas, das ondas estacionárias (refletem e sobrepõem-se) e da formação das ondas transversais (movimentos de partículas perpendiculares ao feixe: osso).


- Atérmico

Produz ações fisiológicas não decorrentes da ação térmica


- Hiperemia – Vasodilatação

Resulta da ação do US sobre os plexos terminais nervosos, que, ao serem estimulados, produzem vasodilatação reflexa dos capilares e arteríolas. Concomitante a isso acontece o aumento do metabolismo e do fluxo sangüíneo, produzindo também hiperemia. Produz estimulação nervosa aferente, provocando depressão pós-excitatória da atividade do sistema nervoso ortossimpático, produzindo relaxamento muscular e vasodilatação.

O ultra-som produz aumento da permeabilidade da membrana celular ao cálcio, que devido ao aumento intracelular rompe o mastócito (degranulação mastocitária) liberando histamina - vasodilatação. Os movimentos peristálticos, dos vasos, aumentam em dez vezes ao serem estimulados pelo ultra-som.

- Ação antiinflamatória

Auxiliada pela aceleração da reabsorção de edema e pela defesa.


- Melhora do retorno venoso e linfático

O aumento da permeabilidade celular, aumento da circulação e a micromassagem produzida pelo ultra-som, influenciam e auxiliam o retorno venoso e linfático, favorecendo a reabsorção de edemas e de irritantes tissulares (menor efeito nociceptivo). Reduz o tempo da fase inflamatória, acelerando a fase proliferativa.


- Mecânico
As ondas ultra-sônicas, ao penetrarem nos tecidos, provocam uma vibração celular (micromassagem), produzindo o aumento da permeabilidade de sua membrana, acelerando assim, a velocidade de difusão iônica através dela.

As correntes acústicas provocam o aumento da permeabilidade da membrana celular, ativando o segundo mensageiro, aumentando a síntese de proteína e o aumento da secreção dos mastócitos. Altera os movimentos dos fibroblastos e aumenta absorção de cálcio. Os fatores de crescimento dos macrófagos são aumentados, contribuindo com a aceleração do processo de reparo. Acelera os processos osmóticos, regulando os desequilíbrios em nível celular, nos casos de lesões ou enfermidades.


- Químico

O ultra-som atua como catalisador, acelerando as reações químicas, e aumentando a condutibilidade das reações. Produz pH alcalino pelo aumento da circulação e das trocas.


- Ação tixotrópica ou coloidoquímica

Transforma colóide gelem sol o que aumenta a elasticidade dos tecidos que carecem de água, favorecendo a hidratação tecidual.


- Fibrinolítico

Fator decorrente da ação tixotrópica ou coloidoquímica que transforma colóide gel em sol, hidratando os tecidos, favorecendo a extensibilidade dos tecidos conjuntivos (colágeno), pelo aumento da viscoelasticidade. Decorre também da ação térmica e pela micro massagem (vibração).


- Regenerador

Ativa a formação de novos capilares (angiogênese) e o aumento da síntese de colágeno pelos fibroblastos expostos ao ultrasom.Nafase proliferativa e de remodelação, o ultra-som auxilia na reorganização (arranjo e alinhamento) do colágeno,o que se deve ao efeito piezoelétrico.

Os movimentos do transdutor, no sentido das fibras, aceleram esta orientação. Aumenta o metabolismo celular e o transporte de íons cálcio.


- Analgésico

Decorre da diminuição da excitabilidade das fibras nervosas aferentes sensitivas, através do aumento do seu limiar de despolarização, provocando diminuição dos estímulos dolorosos e agindo sobre a membrana plasmática do neurônio, diminuindo a atividade da bomba de sódio e potássio.

A analgesia também é produzida pelo aumento da defesa, pelo relaxamento muscular (menor atividade ortossimpática), pela melhora da circulação, pela regeneração tecidual.

As ações térmicas e da micromassagem produzem ações analgésicas. Um fator importante na ação analgésica do ultra-som é a reabsorção de edema, acelerando desta forma a drenagem de subprodutos (irritantes) algesiógenos como as prostaglandinas. A normalização do pH local tem influência direta na analgesia.


- Relaxante

A diminuição do tonos muscular decorre da micromassagem, do efeito térmico (calor) e da diminuição da atividade do sistema nervoso ortossimpático, que provocam relaxamento.


- Paravertebral reflexo

Em nível paravertebral segmentar, estimula os dermátomos. No caso, o que interessa é o estímulo mecânico, que é conseguido com potência baixa ou ondas ultrasônicas pulsadas. A estimulação PVR produz reflexamente aumento da circulação segmentária.


- Efeito antiacidótico

Decorre da estimulação da circulação dos fluidos tissulares, fazendo com que o pH local torne-se menos ácido. Diminui as isquemias (angiogênese), o que aumenta a circulação local e a reabsorção do ácido lático.


- Angiogênese

Favorece o desenvolvimento de novos capilares, através da ativação de células endoteliais.


- Correntes acústicas

As microcorrentes acústicas ou correntezas acústicas, formadas pela circulação de fluidos (próximas às células), influenciam na mudança da permeabilidade celular pela alteração osmótica, aumentando as trocas metabólicas pela ativação do cálcio, podendo também ativar a formação de colágeno e secreção de agentes cicatrizantes.

O cálcio extracelular é considerado como um catalisador químico nas alterações da permeabilidade da membrana celular, servindo como segundo mensageiro, que informa o processo metabólico sobre as mudanças no local, de maneira que as respostas regeneradoras ocorram.


Tempo de Aplicação

Como regra geral, o tempo de tratamento com ultra-som é de 5 minutos por área, sendo que, em áreas corporais grandes, a região será dividida pela área de radiação efetiva do transdutor, que é informada na ficha técnica do transdutor do próprio equipamento.


Métodos O ultra-som pode ser aplicado de vários métodos:

- Método de deslizamento: É usado em áreas planas, sem acidentes ósseos e que suportem a pressão do transdutor. A pele deverá estar íntegra, pois o transdutor fica em contato direto da pele e com leve pressão sobre ela.

- Método subaquático: É usado nos em que o paciente refira-se à dor à pressão do transdutor, em áreas irregulares, lesões de pele ou em local de difícil acesso como extremidades.

- Método do balão: É usado em áreas irregulares, com acidentes ósseos, ou que não suportem a pressão direita do transdutor.

- Método do refletor: Tratamento de epicondilite que possua áreas adjacentes altamente sensíveis.

- Método paravertebral reflexo: Usado para estimular reflexamente áreas que não possam ser estimuladas diretamente.


Campos Acústicos São dois os campos acústicos: - Campo próximo ou zona de Fresnel: Caracteriza-se por ser a de maior interferência. É a região próxima ao transdutor onde acontecem picos e depressões do feixe.

- Campo distante ou zona de Fraunhofer: Caracteriza-se pela menor interferência. É a região alem do campo próximo, onde o feixe é mais uniforme e colimado.

Terapia Combinada

É a aplicação simultânea do ultra-som com 0,5 W/cm2 (cátodo) pólo negativo, combinado com uma corrente de baixa freqüência ou de média freqüência.

Com a terapia combinada busca-se produzir um efeito diferente dos conseguidos com a técnica individual do ultra-som, interreferencial e diadinâmicas. Através da terapia combinada, consegue-se também localizar pontos de aplicação com intensidade baixa, o que não seria possível individualmente com a estimulação elétrica em separado.

A terapia adequada para diagnóstico, quando a fase não for aguda e existir dificuldade de encontrar o ponto de aplicação. O ultra-som complementa o efeito da eletroterapia, reduzindo a adaptação do tecido ante o estímulo elétrico, não sendo necessário elevar a intensidade, evitando assim, sensações desagradáveis devido a intensidades altas.


Indicações

* Acidose tissular (reumatismo muscular);
* Artralgias;
* Artrose;
* Anquilose;
* Bursite (fase crônica);
* Braquialgia;
* Ciatalgia;
* Contusão;
* Cervicalgia;
* Contratura de Dupuytren;
* Contraturas;
* Dorsalgia;
* Distensão;
* Deficiência circulatória leve;
* Edema;
* Entorse;
* Epicondilite (fase crônica);
* Esporão de calcâneo;
* Fibrose;
* Fibromialgia;
* Lombalgia;
* Lipodistrofia gelóide;
* Mialgia;
* Neuralgia;
* Neuroma de coto doloroso;
* Raynaud;
* Sudeck (fases I e III);
* Tendinites;
* Úlceras varicosas.



Contra-Indicações

* Baço;
* Cérebro;
* Dermatomiosite;
* Diabete;
* Endoprótese;
* Epifíse óssea em cresicmento;
* Fígado;
* Flebite;
* Gânglio cervical superior;
* Gânglio estrelado;
* Infecção renal/urinária;
* Lupus eritematoso sistêmico;
* Miosite ossificante;
* Órgãos reprodutores;
* Osteoporose;
* Paralisias;
* Processo inflamatório agudo;
* Região pré-ordial;
* Sobre a coluna;
* Tuberculose;
* Tumores;
* Varizes.



Conclusão

O ultra-som é onda sonora e portanto, mecânica do campo gravitacional. Elétrico é, apenas, o equipamento gerador das ondas. A freqüência empregada em terapia vai de 0,8 a 1.0 MHz. Como a velocidade do som em tecidos biológicos é cerca de 1,5 x 103m 6-1, o comprimento de onda é cerca de 1,5 x 10-3 metros (0,15 cm). O mecanismo íntimo de ação do ultra-som é a vibração de estruturas através do impacto mecânico das ondas de som. Os choques geram calor, e a elevação da temperatura tissular é o agente terapêutico.

A intensidade do ultra-som é determinada pela potência do gerador e pela área da cabeça emissora, dividindo a potência pela área. A queda do nível de energia depende e muito, do meio condutor, no ar, cai rapidamente. Por esse motivo, para transmitir suficiente potência para os tecidos biológicos, e necessário colocar as partes em água, ou usar um lubrificante pastoso como vaselina ou óleo mineral.

Finalmente, o ultra-som é um instrumento muito auxiliar para um profissional da área de saúde e pode ser um fator essencial a um tratamento fisioterápico, porém, tendo que ser conhecido para ser utilizado. Pois procedido desta forma e também, conhecendo os seus efeitos e as suas conseqüências de melhora podem vir a ser um importante e esclarecedor passo em uma reabilitação ou tratamento.



Referências Bibliográficas:

MACHADO, Dr. Clauton M. Eletrotermoterapia Prática. Editora Pancast. Sã Paulo, 2002.

ROBINSON, A. J. & SNYDER, L. Eletrofisiologia Clínica. Editora Artmed. Porto Alegre, 2001.

THOMSON, Ann; SKINNER, Alison; PIERCY, Joan. Fisioterapia de Tidy. Editora Santos. São Paulo, 1994.

Trabalho realizado por: Sandra - Josiane - Valéria - Simone - Thatiani

Orientador: Prof. Blair José Rosa Filho


**Este artigo encontra-se publicado no site FisioWeb WGate - Referência em Fisioterapia na Internet - www.fisioweb.com.br

fonte:http://www.wgate.com.br/fisioweb/bases_eletro.asp