MÚSCULOS DO PÉ

Região Plantar Medial
Região Plantar Lateral
Abdutor do Hálux
Flexor Curto do Hálux
Adutor do Hálux
Abdutor do Mínimo
Flexor Curto do Mínimo
Oponente do Mínimo

ABDUTOR DO HÁLUX

Pé - Região Plantar Medial
Inserção Proximal: Calcâneo
Inserção Distal: Falange proximal do hálux
Inervação: Nervo Plantar Medial (L5 – S1)
Ação: Flexão e abdução do hálux

FLEXOR CURTO DO HÁLUX

Pé - Região Plantar Medial
Inserção Proximal: Cubóide e cuneiforme lateral
Inserção Distal: Falange proximal do hálux
Inervação: Nervo Plantar Medial e Lateral (L5 – S1)
Ação: Flexão da MF do hálux


ADUTOR DO HÁLUX

Pé - Região Plantar Medial
Inserção Proximal: 2º, 3º e 4º metatarsal
Inserção Distal: Falange proximal do hálux
Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3)
Ação: Adução do hálux

ABDUTOR DO MÍNIMO

Pé - Região Plantar Lateral
Inserção Proximal: Calcâneo
Inserção Distal: Falange proximal do 5º dedo
Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3)
Ação: Abdução do 5º dedo

FLEXOR CURTO DO MÍNIMO
Pé - Região Plantar Lateral
Inserção Proximal: Cubóide
Inserção Distal: Falange proximal do 5º dedo
Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3)
Ação: Abdução do 5º dedo

OPONENTE DO MÍNIMO

Pé - Região Plantar Lateral
Inserção Proximal: Calcâneo
Inserção Distal: Falange proximal do 5º dedo
Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3)
Ação: Abdução do 5º dedo

EXTENSOR CURTO DOS DEDOS

Pé - Região Dorsal
Inserção Proximal: Calcâneo
Inserção Distal: Falange proximal do 5º dedo
Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3)
Ação: Abdução do 5º dedo

EXTENSOR CURTO DO HÁLUX

Pé - Região Dorsal
Inserção Proximal: Calcâneo
Inserção Distal: Falange proximal do 5º dedo
Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3)
Ação: Abdução do 5º dedo

FLEXOR CURTO DOS DEDOS
Pé - Região Plantar Média
Inserção Proximal: Calcâneo
Inserção Distal: Falange proximal do 5º dedo
Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3)
Ação: Abdução do 5º dedo


QUADRADO PLANTAR

Pé - Região Plantar Média
Inserção Proximal: Calcâneo
Inserção Distal: Falange proximal do 5º dedo
Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3)
Ação: Abdução do 5º dedo


LUMBRICAIS

Pé - Região Plantar Média
Inserção Proximal: Calcâneo
Inserção Distal: Falange proximal do 5º dedo
Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3)
Ação: Abdução do 5º dedo

INTERÓSSEOS PLANTARES

Pé - Região Plantar Média
Inserção Proximal: Calcâneo
Inserção Distal: Falange proximal do 5º dedo
Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3)
Ação: Abdução do 5º dedo


INTERÓSSEOS DORSAIS

Pé - Região Plantar Média
Inserção Proximal: Calcâneo
Inserção Distal: Falange proximal do 5º dedo
Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3)
Ação: Abdução do 5º dedo


ESTABILIDADE E EQUILÍBRIO

Quando um objeto está equilibrado, todas as forças que atuam sobre ele são iguais e ele está em um estado de equilíbrio.


Centro de Gravidade (CG)

É o ponto de equilíbrio de um objeto no qual o peso em todos os lados é igual. Também é o ponto no qual os planos do corpo se cruzam. ponto no qual a soma dos torques produzidos pelos pesos dos segmentos corporais é igual a zero. É o ponto de equilíbrio

Base de apoio (BA)

É aquela parte do corpo que está em contato com a base de sustentação.


TIPOS DE EQUILÍBRIO

Equilíbrio estável ocorre quando um objeto está em uma posição que para movê-lo seria necessário elevar seu CG.

Equilíbrio instável ocorre quando apenas uma força leve é necessária para mover um objeto.

Existe equilíbrio neutro quan­do o CG de um objeto não é elevado nem abaixado quando é movido.


Relação entre equilíbrio, estabilidade e movimento.

Quanto mais baixo o CG, mais estável o objeto.
CG e a LG precisam permanecer dentro da BA para que um objeto permaneça estável.
A estabilidade aumenta à medida que a BA é amplia­da na direção da força.
Quanto maior a massa de um objeto, maior a estabili­dade.
Quanto maior o atrito entre a face de sustentação e a BA, mais estável o corpo será.
As pessoas têm um equilíbrio melhor enquanto se movimentam se estiverem focalizadas em um objeto estacionário em vez de em um objeto móvel.

ESTABILIDADE E EQUILÍBRIO
Estabilidade: É definida mecanicamente como a resistência a aceleração tanto linear quanto angular ou a resistência a romper o equilíbrio.

Equilíbrio: capacidade de controlar a estabilidade.


Fatores que afetam a estabilidade:

massa corporal – Maior massa, maior o grau de estabilidade

Atrito – Maior atrito, maior grau de estabilidade

localização horizontal do CG – Quanto mais distante dos limites da base de suporte, maior grau de estabilidade

Tamanho da base de sustentação – Maior base, maior grau de estabilidade

Altura do CG – Maior altura, menor grau de estabilidade


TIPOS DE EQUILÍBRIO

1. EQUILÍBRIO ESTÁVEL : Se o CG de um corpo é levemente movimentado e o corpo tende a retornar a sua posição original

2. EQUILÍBRIO INSTÁVEL : se o CG não tende retomar à posição anterior, mas procura uma nova posição, o corpo pode cair
3. EQUILÍBRIO NEUTRO : quando o CG é deslocado ele permanece no mesmo nível, isto é, nem cai nem retorna à posição anterior


ESTABILIDADE E EQUILÍBRIO
A sensação de equilíbrio é essencial para a coordenação das respostas motoras, movimentos dos olhos e ajustes posturais. A perturbação do sentido do equilíbrio provoca vertigem, náuseas, reações desordenadas de equilíbrio e sinais autonômicos como palidez, sudorese, vômito, hipotensão, e logo nos tornamos conscientes dessas sensações.

O mecanismo de equilíbrio está baseado em uma cooperação intrínseca entre o sistema vestibular; informações proprioceptivas e táteis; visão e integração sensorial dentro do SNC; percepção visual e espacial; tônus muscular efetivo que se adapte rapidamente a alterações; força muscular e flexibilidade articular.


MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO

1. Sistema vestibular: sustenta a cabeça em uma posição vertical

Reflexos cervicais : mantêm a cabeça alinhada com o corpo;
Reflexos vestibulares e cervicais também atuam sobre os músculos dos membros para amortecer quedas e estabilizar o corpo em relação à superfície de apoio;
Reflexo vestíbulo-oculomotor : ajuda a manter o campo visual no plano horizontal.

2. Formação reticular da ponte e bulbo : a formação reticular é um agregado central de núcleos difusamente organizados. Dois grupos desses núcleos, na ponte e no bulbo, estão envolvidos no controle da postura. Esses núcleos projetam-se através do tracto reticuloespinhal medial e lateral para todos os níveis da medula espinhal.

As conecções da formação reticular permitem a coordenação da postura e movimento pela integração de informações sensoriais vestibulares e de outras fontes com comandos do córtex cerebral.


3. Cerebelo

4. Visão

5. Propriocepção

6. Receptores cutâneos


A seguir veremos alguns dos principais desvios posturais, que possivelmente iremos encontrar em nossos avaliados.

Vista Anterior:
Escoliose - é um desvio lateral da coluna vertebral que pode ser classificada em:
Escoliose Simples - quando apresenta uma única curvatura em uma das regiões da coluna vertebral, e pode ser:

1. Escoliose Torácica destro convexa
2. Escoliose Torácica sinistro convexa
3. Escoliose Lombar destro convexa
4. Escoliose Lombar sinistro convexa

Escoliose Total - quando apresenta uma única curvatura em mais de uma região da coluna vertebral, e pode ser:
1. Escoliose Total destro convexa
2. Escoliose Total sinistro convexa

Escoliose Dupla - quando apresenta duas curvaturas opostas em regiões diferentes da coluna vertebral, e pode ser:
1. Escoliose Torácica destro convexa Lombar sinistro convexa
2. Escoliose Torácica sinistro convexa Lombar destro convexa

Escoliose Tripla - quando apresenta três curvaturas, sendo uma em cada região da coluna vertebral, e pode ser:
1. Escoliose Cervical destro convexo Torácica sinistra convexa - Lombar destro convexo.
2. Escoliose Cervical sinistro convexa Torácica destro convexa Lombar sinistro convexa.

Geno Varo - é um afastamento dos joelhos em relação ao plano sagital.
Geno Valgo - é uma aproximação dos joelhos em relação ao plano sagital.
Pé Abduto - é a projeção dos pés para fora em relação ao plano sagital.
Pé Aduto - é a projeção dos pés para dentro em relação ao ao plano sagital.
Pé Plano - é a diminuição ou perda total do arco plantar.
Pé Cavo - é o aumento da curvatura do arco plantar.

Vista Lateral:

Hiperlordose Cervical - é a acentuação da curvatura da coluna cervical.
Hipercifose Torácica - é a acentuação da curvatura da coluna dorsal.
Hiperlordose Lombar - é a acentuação da curvatura da coluna lombar.
Costa Plana - é a diminuição ou inversão de uma ou mais curvaturas da coluna vertebral.
Geno Recurvato - é uma hiperextensão dos joelhos, projetando-os para trás em relação ao plano coronal.
Geno Flexo - é a projeção dos joelhos para frente em relação ao plano coronal.
Pé Eqüino - estando o indivíduo em posição ortostática os calcanhares não tocam o solo.
Pé Calcâneo - estando o indivíduo em posição ortostática a porção anterior dos pés não toca o solo.

Vista Posterior:

Pé Varo - é a projeção do tendão calcâneo para fora da linha média do corpo.
Pé Valgo - é a projeção do tendão calcâneo para dentro da linha média do corpo.

Na impossibilidade de dispor de um simetrógrafo, é possível realizar a avaliação apenas com observação do avaliado nas diferentes posições descritas, postando-se o avaliador a mais ou menos 3 metros do avaliado; esta não é a forma ideal, mas pode dar uma boa noção dos desvios mais evidentes.

Análise da Marcha
A fase de apoio no solo começa, com o contato inicial do pé (calcanhar-solo, porém em algumas condições patológicas outras partes do pé podem tocar o chão antes do calcanhar) e termina quando o pé (normalmente a cabeça dos metatarsos e os artelhos ) deixa o solo (denominada impulsão).

A fase de oscilação inicia-se com a impulsão e termina no calcanhar-solo. Nas velocidades comuns da marcha, a fase de apoio ocupa 60% de um único ciclo da marcha e 40% a fase de oscilação. Na caminhada , pode-se considerar um tempo de 1 a 2 seg para um ciclo típico, mas na corrida não se considera uma fase de apoio dos dois pés no chão.

Analisando a atividade muscular, descobriu-se que durante a marcha os músculos utilizados realizam contrações excêntricas e resistem a uma força de estiramento (gravidade,momento). Este esquema foi considerado mais econômico do ponto de vista de gasto energético que a corrida.


Músculos ativados: dorsoflexores de tornozelo, gastrocnêmio e sóleo, quadríceps, Ísquio-tibiais , Glúteo máximo, flexores de quadril (observado: grácil, porção do adutor mágno, adutor longo, mas não ativa o reto femoral ) e ílio psoas (pouca atividade, mais para a fase de impulsão);
abdutores (após o contato do calcanhar);
adutores (início e fim da fase de apoio); eretores da espinha (quando toca o solo do mesmo lado da perna); reto abdominal; músculos dos pés (em geral e mais ativos em pessoas de pés chatos); deltóides posterior e médio, subescapular, grande dorsal , redondo maior (aumentavam sua ação de acordo com a velocidade da marcha).

A MARCHA:

A terminologia marcha é descrita como referência às atividades de um membro. A maior unidade empregada à marcha é chamada de ciclo da marcha. No ato normal de caminhar, um ciclo de marcha começa quando o calcanhar do membro de referência contacta a superfície de sustentação, e este ciclo termina quando o calcanhar do mesmo membro contacta novamente o solo.

O ciclo da marcha divide-se em duas fases: a primeira de apoio e balanço e a segunda de dupla sustentação. Na marcha normal a fase de apoio constitui 60% do ciclo da marcha e é definida como o intervalo em que o pé do membro de referência está em apoio com o solo; a fase de balanço constitui 40% do ciclo da marcha, e é onde o membro de referência não contacta o solo. A dupla sustentação refere-se aos dois intervalos num ciclo da marcha em que o peso corporal está sendo transferido de um pé para o outro, e ambos os pés estão em contato com o solo, ao mesmo tempo.


IV - DETERMINANTES DA MARCHA:

Durante um ciclo completo, o centro de gravidade é deslocado duas vezes em seu eixo vertical. O pico se dá durante o meio da postura na fase estática quando a perna sustentadora de peso está vertical e seu ponto mais baixo quando as duas pernas estão sustentando peso com posição de apoiar o calcanhar e a outra em ponta de dedos.


IV.1 - Rotação e inclinação pélvica:

A rotação pélvica visa diminuir a ondulação vertical, na qual a pelve oscila sobre um eixo da coluna lombar. O grau de compensação da pelve durante o passo também diminui o ângulo entre a pelve e a coxa e a perna e o solo. Por outro lado, a inclinação pélvica é uma queda da pelve do lado do balanceio. A perna de apoio está aduzida e a perna em movimento levemente aduzida, e fletida no quadril e joelho para se erguer do solo.


IV.2 - Flexão do joelho na fase de apoio:

O joelho durante a fase de apoio está completamente estendido quando o calcanhar toca o solo, o que inicia a fase de apoio para a perna Quando o corpo se desloca sobre o seu centro de gravidade o joelho flete, o corpo passa sobre o pé e o joelho gradualmente reestende até a extensão total no fim da fase de apoio.

O movimento conjugado entre o joelho e o tornozelo relaciona-se com a ondulação da pelve. No apoio do calcanhar, o tornozelo promove 90º de dorsiflexão e gradualmente flete em sentido plantar para se aplanar no solo quando o corpo se aproxima do centro de gravidade.


V - A ATIVIDADE MUSCULAR NA MARCHA:

Os músculos acionadores, estabilizadores e desaceleradores possuem um papel de grande importância para a realização da marcha.

Os músculos eretores da espinha elevam a pelve e os glúteos estabilizam o quadril, durante o desvio lateral da pelve. Os flexores do quadril iniciam a fase de movimento ocasionando um pêndulo nos músculos da coxa e perna.

O quadríceps exerce uma grande atividade muscular durante a marcha, assim como os abdominais, isquios-tibiais, gastrocnêmios, solear, psoas, piramidal, quadrado lombar.

Podemos observar que todos os músculos, até de cadeias musculares mais distantes, são solidários para a realização da marcha, e mais, que o estado psicossocial do indivíduo altera a marcha.


A biomecânica é bem ampla, temos a cinemática que se preocupa com o movimento , o que chamamos de CINESIOLOGIA. Tem a dinâmica que é a biomecânica propriamente dita, que se preocupa com as forças atuantes sobre o corpo.


Ergonomia:
ERGO = que significa trabalho NOMOS = que significa regras

"Estudo entre o homem e o seu trabalho, equipamentos e meio ambiente"

Distâncias entre aparelhos; Padrões (medições que seguem o padrão) para a prática de exercícios e na vida diária do individuo;


Músculos formas de fortalecimento:

Gluteo máximo – o que causa o encurtamento dele:

uma deformidade em extensão por rotação lateral do quadril levando a retroversão da pelve.

Logo, para fortalecer o glúteo máximo devemos fazer aquilo que o encurtamento dele produz: extensão e rotação lateral, essa é a melhor forma de trabalhar esse músculo.


Psoas maior e ilíaco – é flexor de coxa, seu encurtamento vai puxar as vértebra 2ª até L5 para baixo diminuindo o espaço dos discos intervertebrais. Estimular muito o psoas maior e o ilíAco, pode comprimir os músculos intervertebrais, aumentando a lordose e trazendo a pelve para frente.

O psoas faz tanto um movimento na região lombar quanto na região do quadril, se ele agir só na lombar faz uma lordose e se agir no quadril, uma flexão. Mas se ele for tensionado a um ponto a produzir flexão com a lordose ele pode criar uma retificação na lombar sem que haja perda da lordose, as costas vão para traz, o bumbum retifica. Quando se tem uma lordose com uma cifose mais acentuada por ação do psoas então temos a ANTEROPULSÃO PÉLVICA.

PERÍODO DE EQUILÍBRIO - PROPULSÃO

Psoas Maior

Inserção Superior: Processo transverso das vértebras lombares, corpos e discos intervertebrais das últimas torácicas e todas lombares

Inserção Inferior: Trocânter menor

Ação: Flexão da coxa, flexão da coluna lombar (30° - 90°) e inclinação homolateral

Ilíaco

Inserção Superior: 2/3 superiores da fossa ilíaca, crista ilíaca e asa do sacro

Inserção Inferior: Trocânter menor

Ação: Flexão de quadril, anteroversão da pelve e flexão da coluna lombar (30° - 90°)

Tibial Anterior


Inserção Proximal: Côndilo lateral da tíbia e ½ proximal da face lateral da tíbia e membrana interóssea

Inserção Distal: Cuneiforme medial e base do 1º metatarsal

Inervação: Nervo Fibular Profundo (L4 - S1)

Ação: Flexão dorsal e inversão do pé

Fibular Terceiro

Inserção Proximal: 1/3 distal da face anterior da fíbula

Inserção Distal: Base do 5º metatarsal

Inervação: Nervo Fibular Profundo (L5 - S1)

Ação: Eversão do pé

Fibular Longo


Inserção Proximal: Cabeça, 2/3 proximais da superfície lateral da fíbula e côndilo lateral da tíbia

Inserção Distal: 1º metatarsal e cuneiforme medial

Inervação: Nervo Fibular Superficial (L4 - S1)

Ação: Flexão plantar e eversão do pé
Fibular Curto

Inserção Proximal: 2/3 distais da face lateral da fíbula

Inserção Distal: Base do 5º metatarsal

Inervação: Nervo Fibular Superficial (L4 - S1)

Ação: Flexão plantar e eversão do pé

Gastrocnêmio Medial

Inserção Proximal: Côndilo medial do fêmur

Inserção Distal: Calcâneo

Inervação: Nervo Tibial (S1 - S2)

Ação: Flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo
Gastrocnemio Lateral

Inserção Proximal: Côndilo lateral do fêmur

Inserção Distal: Calcâneo

Inervação: Nervo Tibial (S1 - S2)

Ação: Flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo
Solear

Inserção Proximal: 1/3 intermédio da face medial da tíbia e cabeça da fíbula

Inserção Distal: Calcâneo (tendão dos gastrocnêmios)

Inervação: Nervo Tibial ( L5 - S1)

Ação: Flexão plantar do tornozelo

Tensor Da Fáscia Lata

Inserção Proximal: Crista ilíaca e EIAS

Inserção Distal: Trato íleo-tibial

Inervação: Nervo do Glúteo Superior (L4 - S1)

Ação: Flexão, abdução e rotação medial do quadril e rotação lateral do joelho
Sartório

Inserção Proximal: Espinha ilíaca ântero-superior

Inserção Distal: Superfície medial da tuberosidade da tíbia (pata de ganso)

Inervação: Nervo Femoral (L2 - L3)

Ação: Flexão, abdução e rotação lateral da coxa e flexão e rotação medial do joelho
Quadríceps

Inserção Proximal:

Reto Anterior: Espinha ilíaca ântero-inferior

Vasto Lateral: Trocânter maior, linha áspera, linha intertrocantérica e tuberosidade glútea

Vasto Medial: Linha áspera e linha intertrocantérica

Vasto Intermédio: 2/3 proximais da face anterior e lateral do fêmur e ½ distal da linha áspera

Inserção Distal: Patela e, através do ligamento patelar, na tuberosidade anterior da tíbia

Inervação: Nervo Femoral (L2 - L4)

Ação: Extensão do joelho e o reto femoral realiza flexão do quadril. O vasto medial realiza rotação medial e o vasto lateral, rotação lateral

Bíceps Femoral

Inserção Proximal:

Cabeça Longa: Tuberosidade isquiática e ligamento sacro-tuberoso

Cabeça Curta: Lábio lateral da linha áspera

Inserção Distal: Cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia

Inervação: Nervo Isquiático (L5 - S2), exceto L5 para a cabeça longa

Ação: Extensão do quadril, flexão do joelho e rotação lateral da coxa
Semitendíneo

Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática

Inserção Distal: Superfície medial da tuberosidade da tíbia (pata de ganso)

Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2)

Ação: Extensão do quadril, flexão e rotação medial do joelho
Semimembranáceo

Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática

Inserção Distal: Côndilo medial da tíbia

Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2)

Ação: Extensão do quadril, flexão e rotação medial do joelho

ADUTORES

Grácil

Inserção Proximal: Sínfise púbica e ramo inferior do púbis

Inserção Distal: Superfície medial da tuberosidade da tíbia (pata de ganso)

Inervação: Nervo Obturatório (L2 – L3)

Ação: Adução da coxa, flexão e rotação medial do joelho
Pectíneo

Inserção Proximal: Eminência ílo-pectínea, tubérculo púbico e ramo superior do púbis

Inserção Distal: Linha pectínea do fêmur

Inervação: Nervo Femoral (L2 - L4)

Ação: Flexão do quadril e adução da coxa
Adutor Longo

Inserção Proximal: Superfície anterior do púbis e sínfise púbica

Inserção Distal: Linha áspera

Inervação: Nervo Obturatório (L2 - L4)

Ação: Adução da coxa

Adutor Curto

Inserção Proximal: Ramo inferior do púbis

Inserção Distal: Linha áspera

Inervação: Nervo Obturatório (L2 - L4)

Ação: Adução da coxa
Adutor Magno

Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática, ramo do púbis e do ísquio

Inserção Distal: Linha áspera e tubérculo adutório

Inervação: Nervo Obturatório (L2 - L4) e Nervo Isquiático (L4 à S1)

Ação: Adução da coxa



MÚSCULOS DO QUADRIL

Glúteo Máximo

Inserção Medial: Linha glútea posterior do íleo, sacro, cóccix e ligamento sacrotuberoso

Inserção Lateral: Trato íleotibial da fáscia lata e tuberosidade glútea do fêmur

Inervação: Nervo Glúteo Inferior (L5 - S2)

Ação: Extensão e rotação lateral do quadril
Glúteo Médio

Inserção Superior: Face externa do íleo entre a crista ilíaca, linha glútea posterior e anterior

Inserção Inferior: Trocânter maior

Inervação: Nervo Glúteo Superior (L4 - S1)

Ação: Abdução e rotação medial da coxa
Glúteo Mínimo

Inserção Superior: Asa ilíaca (entre linha glútea anterior e inferior)

Inserção Inferior: Trocânter maior

Inervação: Nervo Glúteo Superior (L4 - S1)

Ação: Abdução e rotação medial da coxa. As fibras anteriores realizam flexão do quadril





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Terça-feira, 13 de Novembro de 2007
Ciclo da Marcha

Perry (1992), Norkin in O'Sullivan (1993), Rossi in Sizínio (1998) e Hoppenfeld (1999) definem que o ciclo da marcha é o período que ocorre entre o toque de calcanhar de uma extremidade e o subseqüente toque de calcanhar da mesma extremidade. Sendo que cada extremidade passa por uma "fase de apoio"; que consome aproximadamente sessenta por cento do ciclo, e uma "fase de balanço" responsável pelos outros quarenta por cento.



O ciclo da marcha é dividido em duas fases: acomodação de posição e oscilação. A fase de posição é subdividida em cinco períodos discretos: 1. Apoio do calcanhar; 2. Aplainamento do pé; 3. Acomodação intermediária; 4. Impulsão do calcanhar; e 5. Impulsão dos dedos. Esta fase ocupa sessenta por cento do tempo durante um ciclo de marcha normal (Rossi in Sízinio, 1998 e Gross, Fetto e Rosen, 2000).


Passo e passada

O comprimento do passo é definido como a distância entre o ponto onde o calcanhar de um membro contacta com o solo, e o ponto em que o calcanhar do membro contralateral contacta com o solo. Enquanto que o comprimento da passada é a distância entre o ponto onde o calcanhar de um membro contacta o solo e o ponto em que este mesmo calcanhar volta a tocar o solo (Perry, 1992; Norkin in O'Sullivan, 1993; Kottke e Lehmann, 1994 e Gross, Fetto e Rosen, 2000).

A largura da passada é determinada pela distância entre a linha média de um pé e a linha média do outro. Na média estes valores são cento e cinqüenta e seis centímetros para o comprimento da passada e a metade desse valor para o comprimento do passo. A largura da passada é oito centímetros (( três centímetros e meio), conforme figura 1.




Figura 1: Representação esquemática das dimensões da passada: comprimento do passo e da passada, largura da passada e ângulo do pé.


A MARCHA:

A terminologia marcha é descrita como referência às atividades de um membro. A maior unidade empregada à marcha é chamada de ciclo da marcha. No ato normal de caminhar, um ciclo de marcha começa quando o calcanhar do membro de referência contacta a superfície de sustentação, e este ciclo termina quando o calcanhar do mesmo membro contacta novamente o solo.

O ciclo da marcha divide-se em duas fases: a primeira de apoio e balanço e a segunda de dupla sustentação. Na marcha normal a fase de apoio constitui 60% do ciclo da marcha e é definida como o intervalo em que o pé do membro de referência está em apoio com o solo; a fase de balanço constitui 40% do ciclo da marcha, e é onde o membro de referência não contacta o solo. A dupla sustentação refere-se aos dois intervalos num ciclo da marcha em que o peso corporal está sendo transferido de um pé para o outro, e ambos os pés estão em contato com o solo, ao mesmo tempo.

IV - DETERMINANTES DA MARCHA:

Durante um ciclo completo, o centro de gravidade é deslocado duas vezes em seu eixo vertical. O pico se dá durante o meio da postura na fase estática quando a perna sustentadora de peso está vertical e seu ponto mais baixo quando as duas pernas estão sustentando peso com posição de apoiar o calcanhar e a outra em ponta de dedos.

IV.1 - Rotação e inclinação pélvica:

A rotação pélvica visa diminuir a ondulação vertical, na qual a pelve oscila sobre um eixo da coluna lombar. O grau de compensação da pelve durante o passo também diminui o ângulo entre a pelve e a coxa e a perna e o solo. Por outro lado, a inclinação pélvica é uma queda da pelve do lado do balanceio. A perna de apoio está aduzida e a perna em movimento levemente aduzida, e fletida no quadril e joelho para se erguer do solo.

IV.2 - Flexão do joelho na fase de apoio:

O joelho durante a fase de apoio está completamente estendido quando o calcanhar toca o solo, o que inicia a fase de apoio para a perna Quando o corpo se desloca sobre o seu centro de gravidade o joelho flete, o corpo passa sobre o pé e o joelho gradualmente reestende até a extensão total no fim da fase de apoio.

O movimento conjugado entre o joelho e o tornozelo relaciona-se com a ondulação da pelve. No apoio do calcanhar, o tornozelo promove 90º de dorsiflexão e gradualmente flete em sentido plantar para se aplanar no solo quando o corpo se aproxima do centro de gravidade.

V - A ATIVIDADE MUSCULAR NA MARCHA:

Os músculos acionadores, estabilizadores e desaceleradores possuem um papel de grande importância para a realização da marcha.

Os músculos eretores da espinha elevam a pelve e os glúteos estabilizam o quadril, durante o desvio lateral da pelve. Os flexores do quadril iniciam a fase de movimento ocasionando um pêndulo nos músculos da coxa e perna.

O quadríceps exerce uma grande atividade muscular durante a marcha, assim como os abdominais, isquios-tibiais, gastrocnêmios, solear, psoas, piramidal, quadrado lombar.

Podemos observar que todos os músculos, até de cadeias musculares mais distantes, são solidários para a realização da marcha, e mais, que o estado psicossocial do indivíduo altera a marcha.

Marcha Normal

O pé é uma estrutura extremamente complexa que deve executar uma série de funções biomecânicas importantes, principalmente durante a fase de apoio da marcha. A fase de apoio dura aproximadamente 0.63 segundos, permitindo assim uma mínima quantidade de tempo, para que ocorram estas atividades.

As funções que o pé deve desempenhar durante a fase de apoio são: 1. base de suporte, 2. adaptação para acomodação em qualquer terreno, 3.absorvedor de choque, 4. Alavanca rígida para uma propulsão eficiente e 5.mecanismo de absorção da rotação transversa da perna. O sincronismo destas importantes funções é fundamental para o desenvolvimento da marcha normal.

Fases da marcha. O ciclo da marcha normal para cada membro consiste numa fase de balanço (aproximadamente 38% do ciclo).

Fase de balanço. A fase de balanço é iniciada pela retirada do hálux e concluída com o toque de calcanhar. Duas importantes atividades acontecem durante esta fase. Primeiramente, logo após a retirada do hálux, o membro inferior inicia uma rotaçào interna durante todo o período da fase de balanço. Em segundo lugar, embora o pé inicialmente entre em pronação para auxiliar na liberação do hálux, durante a metade final desta fase o pé entra em supinação, de modo que o calcâneo sofre uma invasão de aproximadamente 2º no toque de calcanhar.

Fase de apoio. Durante a fase de apoio, várias funções do pé apresentam um papel importante no ciclo de marcha normal. Para fins didáticos, divide-se esta fase em: a) período de contato; b) médio apoio, e c) impulsão.

Período de contato. O período de contato inicia com o toque de calcanhar e termina com a retirada do hálux da outra perna. Este período constitui os primeiros 15 a 25% da fase de apoio. Antes do toque de calcanhar, o calcâneo sofre uma inversão de aproximadamente 2º. No toque de calcanhar, o membro inferior continua a sua rotação interna ao longo de todo o período de contato. Para permitir que o pé mantenha essa linha de progressão, a articulação subtalar entra em pronação para absorver a rotação interna da perna. A pronação da articulação subtalar produz simultaneamente em paralelismo nos eixos da articulação transtarsal e cria uma adaptação flexível para acomodação em diferentes terrenos. A pronação da articulação subtalar tem um efeito direto e indireto na redução do choque, gerado por ocasião do toque de calcanhar. A pronação da articulação subtalar cria um encurtamento do suporte da perna, que diretamente diminui o impacto das forças. Indiretamente, a pronação permite que a tíbia rode internamente em uma velocidade mais rápida e mais distante que a do fêmur. Assim, a articulação do joelho pode flexionar-se mais rapidamente para absorver as forças de choque, como resultado de um encurtamento global do membro inferior. No final do contato, o calcâneo sofre uma eversão de aproximadamente 4 a 6º, e a pronação torna-se completa.

Período de médio apoio. O período de médio apoio inicia com o término da pronação da articulação subtalar. O membro inferior inicia a rotação externa, e a articulação subtalar entra em supinação para permitir que o pé permaneça em sua linha de progressão. Quando a articulação subtalar entra em supinação, os eixos da articulação transversal convergem, e o pé é transformado de uma estrutura flexível para um braço rígido para uma eventual propulsão.

No ponto médio da fase de médio apoio (ou aproximadamente 50 a 60% da fase de apoio), o calcâneo já se moveu da posição de eversão para a neutra. A posição neutra pode ser descrita como a congruência da cabeça do tálus dentro da pinça, com a bissecção do calcâneo perpendicular ao solo. As cinco cabeças dos metatarsos devem também estar em um plano perpendicular á bissecção do calcâneo. Durante a última metade da fase de médio apoio, a articulação subtalar prossegue a supinação e o calcâneo sofre uma inversão de aproximadamente 2º, antes da fase de retirada do calcanhar. A contínua convergência dos eixos da articulação transtarsal aumenta a rigidez do pé.

Período de impulsão. O período de impulsão da marcha inicia com o levantamento do calcanhar e termina com a retirada do hálux. Esta fase é a continuação do período de médio apoio, com uma rotação externa do membro inferior, supinação da articulação subtalar e convergência dos eixos articulares transtarsais. Na fase de retirada do hálux, o calcâneo já sofreu inversão de aproximadamente 4 a 6º.

Para resumir, durante a fase de apoio, a articulação subtalar age como torque conversor, pela absorção da rotação do membro inferior, enquanto o pé mantém sua linha de progressão. A pronação e supinação da articulação subtalar direcionam os planos dos eixos da articulação transtarsal para um paralelismo ou convergência. Assim, o pé é transformado de uma estrutura acomodativa e flexível no toque de calcanhar para um braço rígido, para uma efetiva propulsão na retirada do hálux. Finalmente, o mecanismo de absorção de choque é produzido através da pronação da articulação subtalar tanto pelo efeito direto quanto indireto.

Normalmente, o pé é um mecanismo eficiente. Entretanto, qualquer retardo ou demora de um destes três períodos da fase de apoio altera a eficiência e produz uma marcha anormal. sugiro leitura da anatomia do pé.

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Segunda-feira, 24 de Setembro de 2007
Deformações Posturais


Hipercifose
- HIPERCIFOSE
É aumento da curvatura da região dorsal, ou seja, é o aumento da convexidade posterior no plano sagital, podendo ser flexível ou estrutural.
O aumento da curvatura cifótica, promove alterações anatômicas ocasionando o dorso curvo, gibosidade posterior, encurtamento vertebral e pode ocorrer déficit respiratório, por reduzir a capacidade de sustentação da coluna vertebral e também a diminuição da expansibilidade torácica.
















- HIPERLORDOSE


É aumento da curva na região cervical ou na região lombar, ou seja,acentuação da concavidade cervical e/ou lombar no plano sagital, associada a uma anteversão da pelve.
Estudos comprovam que a anteversão da pelve está associada a um desequilíbrio dos músculos abdominais e glúteos, que estão enfraquecidos e na musculatura lombar que se apresentará encurtada.
A hiperlordose cervical, é caracterizada pela proeminência da cabeça associada a hipercifose, caracterizando um pescoço mais alongado à frente. A retificação da lordose cervical, caracteriza-se pela diminuição da lordose e consequentemente um pescoço reto, com diminuição da mobilidade cervical.






- ESCOLIOSE
É um desvio assimétrico, lateral da coluna vertebral, resultado da ação de um conjunto de forças assimétricas que incidem sobre a coluna.
Possui várias classificações, são elas: Idiopática (causa desconhecida) - infantil, juvenil e adolescente, Congênita - falha na formação dos ossos e na segmentação, Neuromuscular - poliomielite, paralisia cerebral, distrofia muscular e outros, Traumas - fraturas, cirurgias e queimaduras, Fenômenos irritativos - tumores medulares, hérnia de disco e posturais -“falsa escoliose”.
A escoliose pode apresentar suas curvas em uma única curvatura ou mais. Apresentam convexidades para à esquerda ou para à direita, abrangendo uma ou mais regiões da coluna.
Quando apresentam curvas compensatórias formam um “S” ou um “S invertido”.
Foram definidas por Cobb como sendo Primárias (maiores – as primeiras) ou secundárias ( menores – curvas de compensação).
A curva primária é a que determina as alterações da estrutura óssea, ligamentar, nervosa e muscular no segmento da coluna onde ela se localiza, portanto é a curva em que devemos dar maior ênfase em nossos alongamentos e exercícios de compensação.
A escoliose quando infantil, sua curvatura pode evoluir até 18 anos provocando alterações anatômicas quando não detectadas a tempo.




- COSTA PLANA
Este desequilíbrio se caracteriza por retificação das curvas fisiológicas, ou seja, diminuição das angulações das lordoses lombar e cervical e das cifoses dorsal e sacral. Diante deste desequilíbrio, as curvaturas responsáveis pela dissipação das forças proveniente da ação da gravidade são diminuídas, e conseqüentemente ocorrerá em determinados pontos da coluna, uma maior incidência de sobrecarga, ocasionando dores, perda da mobilidade e um desequilíbrio postural geral como forma de compensação.







ALTERAÇÕES DOS JOELHOS:

- GENOVARO

É conhecido como “pernas curvas” ou “pernas de cowboy”, consiste numa angulação externa da articulação do joelho, com o eixo do fêmur e da tíbia desviando-se medialmente. Pode desequilibrar os arcos plantares ocasionando o pé supinado, tendão calcâneo varo.

JOELHO VARO:
Fortalecer: glúteo máximo, trato ílio-tibial e bíceps femoral(ou da coxa)
Alongar: Grácil, sartório, semitendinoso e semimembranoso.

Fonte: OLSON, 1998;

Exercícios: Abdução de quadril no puxador duplo, andar no bordo interno dos pés,alongamento passivo com medicine-ball entre os tornozelos.

COXA VARA:
Fortalecer: Piriforme, obturador int., quadrado da coxa, gêmeos(sup e inf.) e glúteos médio e mínimo (fazer rotação externa do quadril)
Alongar: Pectíneo e adutores longo, curto e magno.





- GENOVALGO

Consiste em uma angulação medial do joelho e desvio para fora do eixo longitudinal da tíbia e do fêmur. Nos casos mais estruturados, as pontas distais do fêmur e da tíbia são rodadas para fora pela tração do bíceps femural e tensor da fáscia femoral, e o corpo distal da tíbia desenvolve uma torção interna compensatória. No desequilíbrio do arco plantar ocasiona o pé pronado e plano.


JOELHO VALGO:
Fortalecer: Grácil, sartório, semitendinoso e semimembranoso, glúteo máximo, trato ílio-tibial e bíceps femoral.
Alongar: glúteo máximo, trato ílio-tibial e bíceps femoral.

E manutenção do peso ideal é desejável.


COXA VALGA:
Fortalecer: Pectíneo e adutores longo, curto e magno.
Alongar: Piriforme (colocar o pé oposto em cima da coxa perto do joelho), obturador int., quadrado da coxa, gêmeos(sup e inf.) e glúteos médio e mínimo (fazer rotação interna do quadril)

E manutenção do peso ideal é desejável.












- GENOFLEXO
Apresenta uma flexão da articulação do joelho, ou seja, ocorre uma limitação da extensão completa do joelho.


















- GENORECURVADO

Curvamento para trás da articulação do joelho, ou seja, ocorre uma hiperextensão da articulação do joelho.















ALTERAÇÕES DOS PÉS:

- PLANO OU CHATO
É a diminuição do arco plantar e está sempre associado a um talus valgus. Provoca rotação medial dos eixos tibiais e femorais e conseqüentemente a tendência a um joelho valgo direcionando as patelas para o sentido medial.





- CAVO
Caracteriza-se pelo aumento do arco longitudinal, sua origem ainda não é definida,pode ser proeminente de uma doença paralítica, desequilíbrios posturais e musculares durante o período de crescimento, doenças neurológicas ou deformidades da coluna, mas não se sabe como isto ocorre.



- SUPINADO OU VARO
Apresenta a queda lateral do arco transversal, o tendão calcâneo se torna varo. Pode estar associado ao pé cavo e/ou a um joelho genovaro. Devemos estabelecer equilíbrio dos músculos dorsais e plantares e os exercícios devem estar associados a outras deformidades.



- PRONADO OU VALGO

Apresenta queda medial do arco transversal, o tendão calcâneo se torna valgo. Pode estar associado ao pé plano e/ou a um joelho genovalgo. Os exercícios devem seguir os mesmos princípios do pé supinado.







- CONVERGENTE
É caracterizado pela rotação medial do tornozelo, o hálux se aproxima da linha medial. Os exercícios devem priorizar a inversão da rotação do tornozelo e estabelecer um equilíbrio dos músculos da perna e plantares.






- ABDUTO
Rotação lateral do tornozelo e o hálux se aproxima da linha lateral. Os exercícios seguem os mesmos princípios do pé convergente, priorizando a eversão da rotação do tornozelo.













- CAVO
Caracteriza-se pelo aumento do arco longitudinal, sua origem ainda não é definida,pode ser proeminente de uma doença paralítica, desequilíbrios posturais e musculares durante o período de crescimento, doenças neurológicas ou deformidades da coluna, mas não se sabe como isto ocorre.










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Domingo, 23 de Setembro de 2007
Cintura Pélvica



INTRODUÇÃO

A Cintura Pélvica é freqüentemente comparada com o ombro, já que é uma articulação triaxial, capaz de funcionar em todos os três planos, e é também o elo proximal de seu membro. Em contraste com o ombro que é feito para dar mobilidade, a cintura pélvica é uma articulação estável, feita para sustentação de peso.

O osso do quadril é formado por três outros ossos (íleo, ísqueo e púbis) que se fundem. Os dois "ossos do quadril" articulam-se entre si anteriormente ao nível da sínfese púbica. Posteriormente, eles articulam-se com o sacro. O anel ósseo assim formado e o cóccix compõem a cintura pélvica também conhecida como pelve.

1. ANATOMIA

Cada metade da cintura pélvica consiste de três ossos: o íleo, ísqueo e púbis.

Eles estão separados, no início da vida, mas no adulto estão unidos formando uma sólida estrutura denominada osso coxal ou osso do quadril. A bacia pélvica está fechada posteriormente pelo sacro, situado entre os dois quadris, com os quais se articula. A articulação formada pelo sacro e o íleo é cartilaginosa, sustentada por três dos mais fortes ligamentos do corpo humano, os ligamentos sacro ilíacos anterior e posterior e pelo ligamento interósseo. A possibilidade de movimentos da articulação sacrilíaca é muito reduzida, pela presença de circunvoluções de encaixe recíproca nas duas superfícies articulares. As articulações do sacro com os dois ossos do quadril são tão imóveis que, praticamente, toda estrutura da cintura pélvica pode ser considerada como um só osso.

O dimorfismo sexual é nítido em relação com a cintura pélvica, com efeito, quando se compara a pelve masculina com a pelve feminina, esta diferença na morfologia da cintura pélvica está ligada à função de gestação e sobretudo ao parto.

2. MÚSCULOS QUE ATUAM NA ARTICULAÇÃO DO QUADRIL

A articulação do quadril é envolvida por músculos poderosos e bem equilibrados que não somente movimentam os membros, como também ajudam a manter a posição do tronco. Os vinte e dois músculos que atuam sobre a articulação do quadril podem ser classificados como se segue:



MÚSCULOS

3 flexores Psoas, ilíaco, reto femoral
1 flexor-adutor Pectíneo
4 adutores Grácil, adutor longo, adutor breve e adutor magno
3 extensores Bíceps femoral (porção longa), semimembranáceo, semitendíneo. Eles tem o dobro da ação dos flexores.
1 extensor rotador externo Glúteo máximo
1 abdutor Glúteo médio
1 flexor-abdutor-rotador externo Sartório
2 rotadores internos Tensor da fáscia lata, glúteo mínimo
6 rotadores externos Piriforme, obturador externo, obturador interno, gêmeo superior, gêmeo inferior, quadrado da coxa.



2.1. - Característica Articular da Pelve

Uma articulação triaxial do tipo bola-e-soquete (esferóide) , sustentada por uma cápsula articular forte que é reforçada pelos ligamentos iliofemoral, pubofemoral e isqueofemoral. As duas articulações do quadril são ligados entre si através do osso pélvico e ligadas à coluna vertebral através do sacro e articulação lombossacral.

2.2. - Característica Articular do Acetábulo

A parte óssea côncava, acetábulo, é formada pela fusão dos ossos íleo, ísqueo e púbico, e é aprofundada por um anel de fibrocartilagem, o lábio do acetábulo está localizado na face lateral da pelve e dá vista para o lado, para a frente e para baixo. A cartilagem articular tem formato de ferradura, sendo mais espessa na região lateral. A porção central da superfície acetabular é não articular.

2.3. - Característica da Cabeça Femoral

A parte óssea convexa e a cabeça esférica do fêmur, que fica ligada ao colo do fêmur. Projeta-se anteriormente, medialmente e superiormente.

1. OS MOVIMENTOS GLOBAIS DO QUADRIL

Em primeiro lugar, tais movimentos serão observados supondo-se o ilíaco fixo e que é o fêmur que se desloca em relação a ele.

1. O movimento que aproxima as faces anteriores da coxa do tronco se chama FLEXÃO.

2. A flexão passiva é um pouco mais ampla do que a ativa, já que os músculos flexores se deixam relaxar e comprimir.

3. A amplitude da flexão é maior quanto mais fletido estiver o joelho e mais limitada quanto mais estendido estiver o joelho, por causa da tensão dos músculos isquiotibiais.

4. A flexão do quadril ocasiona, freqüentemente, uma retroversão da pelve.

5. Movimento que aproxima as faces posteriores da coxa e do tronco se chama EXTENSÃO.

6. Em geral, a extensão é muito limitada, muitas vezes confundida e/ou aumentada por uma lordose lombar.

7. Na "grande arabesque" e acrescentada à extensão uma rotação externa do quadril, uma anteversão e uma rotação da pelve sobre a coxofemoral oposta para dar impressão de uma extensão.

8. A amplitude da extensão é maior quanto mais estendido estiver o joelho e mais limitada quanto mais fletido estiver o joelho. Por causa da tensão do músculo reto-femoral.

9. Movimento no qual a coxa se desloca medialmente se chama ADUÇÃO.

10. A adução supõe um deslocamento prévio do outro membro inferior, para poder realizar-se em um plano puramente frontal, podendo ser efetuada com uma leve flexão e também podendo realizar-se com uma extensão.

11. Movimento que aproxima as faces laterais da coxa e do tronco se chama ABDUÇAO.

12. A abdução com posição de rotação neutra ou interna não ultrapassa os 40º, já que a parte superior do colo se choca contra o teto do acetábulo.

13. Com uma rotação externa, vê-se que é a parte anterior ou inferior do colo que se encontra face ao acetábulo; a abdução pode, então, ser muito mais ampla. 14. Observam-se também movimentos de rotação do quadril, que fazem girar o fêmur sobre seu eixo, como um parafuso: não se deve confundir com as rotações do joelho.

15. ROTAÇÃO INTERNA: o pé orienta-se medialmente. é necessária uma boa rotação interna para executar a posição "sentado entre os joelhos" sem forçar a rotação externa do joelho.

16. ROTAÇÃO EXTERNA: o pé orienta-se lateralmente; é solicitada pelos bailarinos clássicos para o "en dehors" é necessária uma boa rotação externa para realizar a posição de lótus sem danificar os joelhos e os tornozelos a rotação externa, realizada a partir da posição de quadril fletido, é mais ampla, já que nesse caso o ligamento iliofemoral se encontra relaxado.

17. mais freqüente é que se somem vários movimentos de quadril e que se realizem em direções mistas, como por exemplo: abdução + rotação externa, ou flexão + abdução.

18. Se o fêmur é o ponto fixo e o ilíaco se desloca sobre ele, pode-se descrever os movimentos do ilíaco. Para isso, observam-se os deslocamentos da espinha ilíaca ântero-superior. Esta pode ser levada:

19. Para frente, ANTEROVERSÃO (que se prolonga na coluna lombar por uma tendência à lordose.

20. Para trás, retroversão (que se prolonga na região lombar por uma tendência ao endireitamento da lordose.

21. Lateralmente: INCLINAÇÃO LATERAL EXTERNA

22. Medialmente: INCLINAÇÃO LATERAL INTERNA

23. Ambos os movimentos (inclinação lateral interna e externa) tendem a levar a região lombar a uma inclinação lateral.

24. Em ROTAÇÃO INTERNA e em ROTAÇÃO EXTERNA.

3.1 Movimentos do Fêmur

A cabeça convexa desliza na direção oposta ao movimento fisiológico do fêmur.

3.2 Movimentos Fisiológicos da Pelve - Direção - Deslizamento no Acetábulo

Quando o membro inferior está fixado, como ocorre quando o indivíduo está em pé ou durante a fase de apoio da marcha, o acetábulo côncavo move-se na cabeça convexa do fêmur, movendo-se assim na mesma direção que a pelve.




1. Inclinação anterior da pelve Anterior
2. Inclinação posterior da pelve Posterior
3. Inclinação lateral da pelve Posterior
4. Pelve elevada Inferior
5. Pelve deprimida Superior
6. Rotação da pelve para a frente Anterior
7. Rotação da pelve para trás Posterior




3.3. - Os Movimentos de Enrolamento e de Endireitamento da Pelve

- O movimento ocorre entre a sacro ilíaca L5 e S1;

- A bacia se enrola em direção a cabeça, para frente e para cima;

- Ao passar pela 12ª vértebra torácica o movimento leva as últimas costelas para baixo e para trás, o tórax se alarga o esterno e bacia se aproxima em direção do umbigo;

- Movimento se difunde pela coluna dorsal e lombar, até a 6ª vértebra torácica.

Concluindo: no enrolamento, a bacia vai para frente e para cima; no endireitamento, a bacia vai para trás e para baixo.

3.4 - Os Macromovimentos da Cintura Pélvica

Como as confusões são freqüentes, devemos lembrar rapidamente uma importante diferença nos movimentos do sacro. Movimentos lombossacrais acompanham os deslocamentos da cintura pélvica no espaço. Nesses "macromovimentos" o sacro é levado para baixo. Por outro lado, movimentos sacroilíacos do sacro em relação aos ilíacos equilibram os efeitos da gravidade sobre L5. Não se deve confundir as duas fisiologias. Um sacro pode muito bem encontrar-se vertical através de uma retroversão da bacia, mas encontra-se basculado para frente em relação aos ilíacos.

Nos macromovimentos, as coisas são bem conhecidas. O sacro, nesse caso, é solidário à cintura pélvica. A força é ascendente (resistência no chão) e a coluna lombar compensa os movimentos de anti e póstero-flexão intervendo as curvas.

Na antiversão, cujo eixo teórico transversal está na horizontal passando pela sínfese púbica, o sacro mergulha para frente e horizonta-se em póstero-flexão para estabelecer a gravidade. Ela lordosa-se.

Nas retroversões os movimentos são inversos. O sacro verticaliza-se a coluna lombar é levada em anteflexão. Ela entra em cifose.

Na inclinação lateral da cintura pélvica, o sacro segue a inclinação., Para restabelecer o equilíbrio, a coluna inclina-se lateralmente, situando-se a concavidade do lado mais alto.

Enfim, nas rotações da bacia em torno de um quadril, o sacro leva a coluna lombar numa rotação semelhante à da cintura pélvica. Com exceção da coluna cervical, no plano dos macromovimentos, toda rotação vertical situa-se no segmento D8/D12. Ela só é possível em um único sentido. É nesse nível que é compensada a obliqüidade horizontal da bacia

3.5 - Os Micromovimentos da Cintura Pélvica

Em terapia manual são esses micromovimentos que vão em particular nos interessar. Para entender os micromovimentos do sacro, devemos rapidamente relembrar os movimentos dos ilíacos. Em relação ao sacro, os ilíacos giram como um volante em torno de um centro teórico situado ao nível do ligamento interósseo. Na rotação anterior, o braço menor desce enquanto a maior recua. Na rotação posterior os deslocamentos são inversos. Nesse mecanismo, devemos considerar o sacro como uma peça fixa. O movimento é devido a uma força ascendente, a resistência do chão. É o ilíaco que é levado. Esses sãos os movimentos iliossacros.

Os movimentos do sacro em relação ao ilíaco são totalmente diferentes. A força é descendente e o sacro é tributário da coluna lombar, a qual é ligado. É um segmento da coluna, a cujas leis submete-se, e aqui devemos considerar os dois ilíacos como segmento fixo. São movimentos sacro ilíacos. Ao nível da articulação L5 e S1 as curvas invertem-se. O sacro então levado em um movimento de báscula antero-posterior em torno de um eixo transversal. O centro de flutuação do sacro entre os ilíacos estando ao nível do corpo da segunda sacra, todos os eixos do movimento passam por esse ponto.

Deve-se entender bem essa mudança de eixo. Apesar de formado por 5 vértebras soldadas, o sacro é um segmento da coluna e deve seguir a fisiologia. Seus micromovimentos são ligados ao da coluna lombar e, em particular, aos de L5. Nos movimentos, como ao nível de todas as articulações, as curtas invertem-se. Quando L5 se coloca em flexão (póstero-flexão), o sacro coloca-se em extensão e mergulha para frente. Quando L5 coloca-se em extensão (antero-flexão), ele coloca-se em flexão e endireita-se. O eixo desse movimento está forçosamente situado ao nível dessa vértebra única que o sacro é, fisiologicamente.

Tendo em conta a suspensão ligamentar, L5 desloca-se sobre a subjacente S1, mas essa, isto é, lado sacro desloca-se igualmente em relação a ela.

4. A IMPORTÂNCIA DA PELVE

Proteção das vísceras;

- Estabilizaçáo do tronco;

- A pelve com os membros inferiores ajuda na marcha;

- A pelve e o tronco mantém o centro de gravidade que é o centro de equilíbrio de toas as forças;

- Qualquer movimento feito com a pelve o que se movimenta primeiro é a sacro ilíaca (L5 S1) o movimento vai sempre iniciar e terminar no centro articular;

- Participa do movimento de enrolamento e endireitamento, juntamente com o tronco e a cabeça, com isso essas elipse é de grande importância para a formação do sistema reto.

5. RELAÇÕES FUNCIONAIS ENTRE QUADRIS E PELVE NA CADEIA CINÉTICA

5.1 - Mudanças no ângulo do quadril e coluna lombar com o movimento da Pelve.

a. Inclinação pélvica (IP) anterior

As espinhas ilíacas ântero-superiores da pelve movem-se anteriormente e inferiormente e assim aproximam-se da face anterior do fêmur à medida que a pelve roda para a frente ao redor do eixo transverso das articulações. Isto resulta em flexão do quadril e aumento da extensão da coluna lombar (hiperextensão).

(1) Os músculos que provocam esse movimento são os flexores do quadril e extensores da coluna.

(2) Quando em pé, com a linha da gravidade do tronco caindo anteriormente ao eixo das articulações dos quadris, o efeito é uma IP anterior. A estabilidade é proporcionada pelos músculos abdominais e extensores do quadril.

b. Inclinação pélvica posterior

As espinhas ilíacas póstero-superiores da pelve movem-se posteriormente e inferiormente, aproximando-se assim da face posterior do fêmur à medida que a pelve roda para trás ao redor das articulações dos quadris.

Isso resulta em extensão do quadril e flexão da coluna lombar:

(1) Os músculos que provocam esse movimento são os extensores do quadril e flexores do tronco.

(2) Quando em pé e a linha de gravidade do tronco cai posteriormente ao eixo das articulações do quadril, o efeito é uma inclinação pélvica posterior. A estabilidade pode ser proporcionada pelos flexores de quadril e extensores da coluna.

c. Deslocamento pélvico

Quando o indivíduo está em pé, um deslocamento translatório para a frente da pelve resulta em extensão do quadril e extensão dos segmentos lombares inferiores da coluna. Ocorre uma transferência posterior compensatória do tórax sobre a coluna lombar alta com aumento na flexão desses segmentos espinhais. Isso é visto freqüentemente em posturas desleixadas. É necessário pouca ação muscular; a postura é mantida pelos ligamentos iliofemorais no quadril e ligamento longitudinal anterior na coluna lombar baixa e ligamentos posteriores da coluna lombar alta e torácica.

d. Ritmo lombo-pélvico

Movimentos coordenados da coluna lombar e pelve que ocorrem durante a inclinação máxima do tronco para a frente (como quando se toca os dedos do pé). À medida que a cabeça e a porção superior do tronco iniciam a flexão, a pelve desloca-se posteriormente para manter o centro de gravidade equilibrado sobre a base de suporte. O tronco continua a inclinar-se para frente, sendo controlado pelos músculos extensores da coluna, até aproximadamente 45 graus. Os ligamentos ficam então tensionados e as facetas são aproximadas orientada no plano frontal, provendo estabilidade para as vértebras, e os músculos se relaxam. Quando todos os segmentos vertebrais chegam no final da amplitude e são estabilizados pelos ligamentos posteriores e facetas, a pelve começa a rodar para frente (inclinação pélvica anterior), sendo controlada pelos músculos glúteo máximo e isquiotibias. A pelve continua a rodar para frente até que seja alcançado o comprimento máximo dos músculos. A amplitude de movimento (AM) final na inclinação para frente é ditada pela flexibilidade nos vários músculos extensores da coluna e fáscias, assim como dos músculos extensores do quadril. O retorno à posição ereta começa com os músculos extensores do quadril que rodam a pelve posteriormente através de uma ação muscular reversa (inclinação pélvica posterior), depois os extensores da coluna estendendo a coluna da região lombar para cima. Ocorrem variações na sincronização normal dessa atividade devido a maus hábitos, comprimento restrito em músculo ou fáscia, ou trauma e propriocepção deficitária.

e. Inclinação pélvica lateral

O movimento pélvico no plano frontal resulta em movimentos opostos em cada articulação do quadril. No lado que é elevado (elevação pélvica), ocorre adução; no lado que é deprimido (depressão pélvica) ocorre abdução. Quando o indivíduo está em pé, a coluna lombar flexiona-se lateralmente para o lado da pelve elevada (a convexidade da curva lateral é no sentido do lado deprimido).

(1) Forças musculares para inclinação pélvica lateral incluem o quadrado lombar no lado da pelve elevada e tração muscular reversa do glúteo médio no lado da pelve deprimida. (2) Com uma postura assimétrica desleixada, a pessoa transfere o peso do tronco para um membro inferior e permite que a pelve caia do outro lado. A sustentação passiva é feita pelo ligamento iliofemoral o trato iliotibial do lado elevado (perna de apoio).

f. Rotação pélvica

A rotação ocorre ao redor de um membro inferior que está fixado no solo. A perna livre balança para a frente e para trás com a pelve. Quando o lado da pelve que não está sendo sustentado move-se para frente, é chamada de rotação pélvica para a frente. O tronco roda concomitantemente para o lado oposto, e o fêmur no lado estabilizado roda internamente. Quando o lado da pelve que não está sendo sustentado roda para trás é chamada de rotação posterior; o fêmur do lado estabilizado roda concomitantemente para fora (externamente), e o tronco roda para o lado oposto.

5.2 - Movimentos e posturas do membro inferior afetam pelve e coluna

a. A flexão ativa do quadril resultará em inclinação pélvica anterior e aumento na extensão lombar, a menos que a pelve seja estabilizada pela musculatura abdominal. O oposto ocorre em extensão ativa do quadril.

b. Retração em músculos ou articulações do quadril fará com que as forças de sustentação de peso e os movimentos sejam transmitidos para a coluna em vez de serem absorvidos na pelve. Extensores de quadril retraídos aumentarão a flexão lombar a se coxa estiver fletida. Flexores de quadril retraídos provocarão um aumento na extensão lombar quando a coxa se estender. Contraturas de flexão no quadril com extensão incompleta do quadril durante a sustentação de peso aumentarão também a sobrecarga no joelho, já que esse não pode travar com os quadris fletidos a menos que incline o corpo para a frente. Adutores retraídos provocam inclinação pélvica lateral oposta e inclinação do tronco em direção ao lado de retratação pélvica lateral oposta e inclinação do tronco em direção ao lado de retração durante a sustentação de peso. O oposto ocorre com os abdutores retraídos.

c. Uma perna encurtada unilateralmente irá causar inclinação pélvica lateral (depressão no lado encurtado) e inclinação do tronco para o lado oposto ao lado encurtado (convexidade da curva lombar lateral em direção à perna encurtada). Isso pode levar uma escoliose funcional ou eventualmente estrutural. Causas de encurtamento de uma perna podem ser assimetrias de membro inferior unilaterais com pé plano, geno valgo, coxa vara, retração em músculos do quadril, ossoinominato rodado anteriormente, má postura em pé ou assimetria no crescimento ósseo.

5.3 - O quadril e a marcha

a. Durante o ciclo normal da marcha, o quadril move-se em uma amplitude de movimento de 40 graus (10 graus de extensão na fase terminal do apoio para 30 graus de flexão no meio do balanço e contato inicial). Ocorre também alguma inclinação pélvica lateral e rotação (aproximadamente 8 graus) que requerem abdução/adução e rotação interna/externa do quadril. A perda de algum desses movimentos afetará a homogeneidade do padrão da marcha.

b. Controle muscular durante a marcha

(1) Flexores do quadril controlam a extensão do quadril no final da fase de apoio, e então contraem-se concentricamente para iniciar o balanço. Com a perda da função flexora percebe-se um desvio súbito posterior do tronco para iniciar o balanço. As contraturas nos flexores de quadril impedem a extensão completa durante a segunda metade do apoio; o passo é encurtado. A pessoa aumenta a lordose lombar ou anda com o tronco curvado para frente.

(2) Extensores do quadril controlam o momento flexor no contato inicial do pé, então o glúteo máximo inicia a extensão do quadril. Com a perda da função extensora, ocorre um desvio súbito posterior do tronco durante o contato do pé, para transferir o centro de gravidade do tronco posteriormente ao quadril. Com contraturas no glúteo máximo, ocorre certa diminuição no balanço terminal à medida que o fêmur vai para frente, ou a pessoa pode compensar rodando a pelve mais para frente. O membro inferior pode rodar para fora devido ao componente de rotação externa do músculo, ou colocar uma maior tensão sobre o trato iliotibial através de sua inserção, levando à irritação no joelho lateralmente com atividades excessivas. (3) Os abdutores do quadril controlam a inclinação pélvica lateral durante o balanço da perna oposta. Com a perda de função, ocorre desvio lateral do tronco sobre o lado fraco durante o apoio, quando a perna oposta oscila. Esse desvio lateral também ocorre em um quadril doloroso, já que ele minimiza o toque na articulação do quadril durante a sustentação de peso. O tensor da fáscia lata também funciona como um abdutor e pode ficar retraído e afetar a marcha com uma utilização imprópria.

5.4 - Desequilíbrios nos músculos do quadril e seus efeitos

Os músculos funcionam através do hábito. Uma má mecânica devido a um comprimento inadequado ou excessivo e desequilíbrio de forças provoca dor no quadril, joelho ou coluna. Desenvolvem-se síndromes de uso excessivo, sobrecargas em tecidos moles e dor articular em resposta a sobrecargas anormais contínuas.

a. Trato iliotibial (IT) retraído com um tensor da fáscia lata (TFL) retraído ou um glúteo máximo retraído

Freqüentemente estão associados com disfunções posturais de uma postura com inclinação pélvica anterior, postura desleixada ou dorso plano.

(1) Postura de inclinação pélvica anterior, desequilíbrios da musculatura do quadril

- TFL e trato IL retraído

- Limitação geral na rotação externa do quadril

- Porção posterior do glúteo médio e piriforme fraca e alongada

- Rotação medial do fêmur excessiva durante a primeira metade do apoio com sobrecargas maiores sobre as estruturas medias do joelho.

- Compensações associadas no membro inferior incluindo rotação medial do fêmur, geno valgo, torção lateral da tíbia, pé chato, e hálux valgo.

(2) Postura desleixada, desequilíbrios na musculatura do quadril

- Reto femoral e isquiotibiais retraídos

- Limitação geral dos rotadores do quadril

- Iliopsoas fraco e alongado

- Porção posterior do glúteo médio fraca e retraída

- Glúteo máximo fraco e mal desenvolvido

- Compensações associadas no membro inferior incluindo extensão do quadril, às vezes rotação medial do fêmur, geno recurvato, geno varo, pé valgo.

(3) Dorso plano; desequilíbrios

- Retração no reto femoral, trato IT, e glúteo máximo

- Variações das duas posturas acima.

b. Uso excessivo dos músculos flexores do quadril biarticulares (TFL, reto femoral e sartório) em vez do iliopsoas

Pode provocar má mecânica do quadril ou dor no joelho devido ao excesso de uso desses músculos à medida que cruzam o joelho.

c. Uso excessivo do TFL em vez do glúteo médio

Leva a dor lateral no joelho devido à tensão no trato IT, ou rotação medial do fêmur com sobrecargas na parte medial do joelho devido ao aumento do efeito de arco.

d. Uso excessivo dos músculos isquiotibias em vez do glúteo máximo.

O glúteo máximo torna-se retraído e a amplitude de flexão do quadril diminui; ocorre compensação com flexão excessiva da coluna lombar sempre que se flete a coxa. A retração no glúteo máximo também provoca aumento da tensão no trato IT com dor associada no joelho lateral. O excesso de uso dos músculos isquiotibiais provoca retração muscular assim como desequilíbrios musculares com o músculo quadríceps femoral no joelho. Os isquiotibiais dominam a função estabilizadora tracionando posteriormente a tíbia para estender o joelho em atividades em cadeia fechada. Isso altera a mecânica do joelho e pode levar a síndrome de uso excessivo nos tendões dos isquiotibiais ou dor anterior no joelho devido a desequilíbrios na tração do quadríceps.

e. Músculos laterais do tronco para abdutores do quadril.

Isso resulta em mobilidade excessiva do tronco e aumento na sobrecarga na coluna lombar.

5.5 - Equilíbrio e Controle Postural

A cápsula articular é suprida abundantemente com mecanorreceptores que respondem a variações, carga e movimento para controle da postura, equilíbrio e movimento. Ocorrem contrações musculares reflexas de toda cadeia cinética, conhecidas como estratégias de equilíbrio, em uma seqüência previsível, quando o equilíbrio na posição em pé é perturbado e recuperado. Patologias articulares, restrições nos movimentos ou fraqueza muscular podem prejudicar o equilíbrio e o controle postural.

5.6 - Comprometimentos/Problemas Gerais

1. Dor experimentada na virilha e referida ao longo da coxa anteriormente e joelho no dermátomo L-3;

2. Rigidez após o repouso;

3. Limitação nos movimentos com uma sensação terminal capsular firme. Inicialmente a limitação é somente na rotação interna, nos estágios avançados o quadril é fixado em adução, não apresenta rotação interna ou extensão além da posição neutra, e fica limitada a 90 graus de flexão.

4. Marcha antálgica geralmente com uma claudicação de glúteo médio (abdutora) compensatória;

5. Extensão de quadril limitada impedindo a extensão completa do joelho na posição em pé ou durante a marcha levando a aumento nas sobrecargas no joelho 6. Extensão limitada do quadril levando a aumento nas forças extensas sobre a coluna lombar e possível dor lombar;

7. Comprometimento do equilíbrio e controle postural

6. PATOLOGIAS VINCULADAS À PELVE

Qualquer patologia da coordenação motora, seja ela qual for sempre se traduz por um desequilíbrio da unidade ilíaca atingindo a articulação da bacia, a sacro ilíaca, L5, S1 e coxo femoral.

6.1 - Bursite troncatérica

A dor é experimentada sobre o quadril lateralmente e possivelmente descendo lateralmente pela coxa até o joelho onde o trato iliotibial faz atrito com o trocanter. Pode ser sentido desconforto após ficar de pé assimetricamente por longos períodos com o quadril afetado elevado e aduzido e a pelve caída sobre o lado oposto. A deambulação e subida de escadas agravam a condição.

6.2 - Bursite do psoas

A dor é sentida na virilha ou coxa anteriormente e possivelmente na área patelar. É agravada durante atividades que requerem flexão de quadril excessiva.

6.3 - Bursite isquioglútea (assento de alfaiate ou tecelão)

A dor é sentida ao redor das tuberosidades isquiáticas, especialmente na posição sentada. Se o nervo ciático adjacente está irritado devido a edema, podem ocorrer sintomas de dor ciática.

6.4 - Tendinite ou tração muscular

O uso excessivo ou trauma de qualquer músculo na região do quadril pode ocorrer devido a distensão excessiva enquanto o músculo está se contraindo (geralmente em posição alongada) ou devido ao uso repetitivo sem deixar que o tecido lesado cicatrize entre as atividades. Problemas comuns incluem distensões de flexores e adutores de quadril e isquiotibiais. Pouca flexibilidade e fadiga podem predispor o indivíduo a sofrer uma distensão e lesão durante uma atividade ou evento esportivo, quedas súbitas, como ao escorregar no gelo, podem causar distensões.

NOTA: Exercícios para Desequilíbrio de Força ou Flexibilidade Muscular Não importando a causa, o desequilíbrio de força ou flexibilidade muscular no quadril pode levar a falhas na mecânica lombo-pélvica, assim como a falhas na mecânica do quadril, o que predispõe a dor ou perpetua a dor em coluna lombar, região sacro-ilíaca ou quadril. Uma mecânica deficiente em quadril devido a desequilíbrio de força e flexibilidade muscular pode também afetar o joelho e quadril em atividades de apoio de peso, causando assim síndromes de uso excessivo ou sobrecarga nessas regiões. As técnicas de exercício terapêutico desta seção são sugestões para correção de desequilíbrios, assim como para progredir o paciente através das fases subagudas de cicatrização e fase crônica de reabilitação do tratamento. A escolha dos exercícios e intensidade de demanda deve basear-se nas metas de tratamento e resposta dos tecidos.

7. CONSCIENTIZAÇÃO POSTURAL

A imagem que cada um tem de seu próprio corpo e de seu movimento é modificada sem cessar, à medida que ela se exerce e que o corpo se modifica com o tempo. O momento essencial para a estruturação espacial é aquele em que essa imagem se forma.

Inicialmente, a imagem orientada é global, ela se diferencia e se torna precisa progressivamente, com a maturação e a experimentação.

A maturidade e a experimentação permitem cada vez mais dissociação, velocidade de reequilíbrio, tensão. O aumento da tensão seria conseqüência da aceleração que permite ao homem uma concentração cada vez mais importante, o que possibilitaria estruturas cada vez mais evoluídas e eventuais sínteses que permitem mudar certos estados em função da escolha e da reflexão.

Temos três planos para refletir: o mecânico, o espaço-tempo, a relação com o outro.

Se formos levados a considerá-los como solidários, é por experimentação. Na realidade, é fácil entender o aspecto global do movimento no recém-nascido, pois ela não diferencia "si próprio" e sua "mãe" e nem o objeto que seu reflexo de preensão lhe permite manter. No entanto, na reeducação de casos graves, no estágio em que o indivíduo não é mais capaz de constituir compensações que teriam sido imperceptíveis para nós, somos levados a perceber que a deterioração de um desses aspectos também deteriora os dois outros.

Postura é o termo usado para denotar o alinhamento dos segmentos corporais entre si e geralmente refere-se à posição em pé. No entanto, pode ser igualmente importante que o fisioterapeuta considere a "postura" na posição sentada e deitada, pois ela também podem apresentar diferenças do normal. Em certos casos, a postura anormal em pé pode não ser aparente quando o individuo está sentado ou deitado e isso pode indicar deformidade postural e não estrutural. É difícil prescrever uma postura normal, pois duas pessoas não têm as mesmas medidas em todas as dimensões dos braços, pernas e tronco. As pessoas da mesma estatura podem Ter variações no comprimento dos membros inferiores e do tronco. Além disso, há variações nas quantidades de tecido adiposo e sua distribuição, no volume muscular e em seu peso relativo e no peso dos ossos. Além dessas variações anatômicas, cada indivíduo usa o corpo de maneira diferente, dependendo da personalidade e das reações ao meio ambiente. Também é interessante notar as variações entre as diferenças raças e mesmo entre as pessoas que vivem em partes diferentes do mesmo pais. A postura das pessoas que vivem em regiões montanhosas pode ser diferente das pessoas que vivem nas cidades ou regiões planas.

Para proporcionar uma postura balanceada, a linha de gravidade deve passar pela base de sustentação. O peso do corpo dever ser distribuído igualmente entre os dois lados da base e também entre as partes anterior e posterior. Se isso não ocorrer, o indivíduo tem que se ajustar para manter um equilíbrio com a distensão conseqüentes dos tecidos moles e músculo. O corpo está em equilíbrio se uma linha se uma linha vertical através do centro de gravidade cai dentro da base de sustentação e, quanto mais perto do centro da base, menor é a pressão sobre os músculos e outros tecidos moles.

Uma boa postura deve ser aquela em que todas as atividades do corpo possam ser realizadas com um mínimo de esforço e a partir da qual os sistemas do corpo (respiratório, circulatório, digestivo, etc.) possam funcionar normalmente.

Tem havido uma tendência para dar muita importância à postura do pé, quando, de fato, o individuo muito raramente fica parado em pé por algum período de tempo. Há um intercâmbio continuo de atividade entre os vários grupos musculares, de acordo com as posições assumidas. No entanto, é importante que o fisioterapeuta estude a postura na posição em pé, pois os desvios dos parâmetros normais provocam estresse nas posições de trabalho e ineficiência nas atividades de trabalho.

Os estudos interessantes no estudo das pessoas com relação ao trabalho que desenvolvem ou outras atividades físicas devem consultar alguns dos livros sobre ergonomia.

Manutenção da Postura

Existem muitos fatores que se inter-relacionam para controlar a postura do corpo. As contrações musculares para ajustar uma posição são geradas em resposta à entrada sensorial por mecanismos reflexos complexos. Os receptores sensoriais que retransmitem as alterações na posição do corpo estão situados em vários tecidos dentro do corpo e são relacionados para resposta necessária na atividade postural normal.

1. Receptores cutâneos, particularmente os de toque e pressão, respondem ao contato entre o corpo e outra superfície. São particularmente importantes nos pés, respondendo a variações de pressão e textura de superfícies em partes diferentes dos pés.

2. Os receptores articulares reagem a alterações na posição da articulação. As terminações do tipo 1, que são receptores de adaptação lenta nas estruturas capsulares, parecem ser importantes no sentido posicional estático e, portanto, no controle da postura.

3. Os órgãos neurotendinosos de Golgi respondem ao estiramento passivo dos tendões.

4. Olhos - os estímulos aferentes dos olhos passam para o cérebro para se integrarem com a informação recebida de outras fontes.

5. Labirintos dos ouvidos (canais semicirculares) - impulsos aferentes relativos à posição da cabeça são retransmitidos para o cérebro.

6. Fusos musculares - anteriormente, se pensava que os fusos musculares desempenhavam um papel importante no controle postural, mas agora parece provável que eles não estão envolvidos na apreciação da posição dos membros e estão mais relacionados com a monitorização da extensão da contração muscular.

Em certo tempo, pensava-se que não havia relaxamento completo de todas as unidades motoras em um músculo e que sempre havia uma atividade rotacional de algumas unidades motoras que resulta no "tono muscular". Contudo, agora foi demonstrado por estudos eletromiográficos que um músculo pode ficar completamente relaxado sem nenhuma atividade motora. No entanto, um músculo normal tem resistência à deformação, conferida por suas propriedades elásticas e viscosas e isso pode dar o chamado "tono", que é diferentes da textura de um músculo flácido.

É importante compreender que uma pessoa pode ser diferente em um dos sentidos que contribuem para o controle da postura e ainda ser capaz de manter uma postura normal. Isso requer a adaptação dos outros sentidos para compensar a perda. A eficiência dessa compensação varia de um indivíduo para outro.

A perda de uma parte do corpo, por exemplo, um braço ou perna, requer uma alteração na postura, para trazer a linha de gravidade para dentro da base de sustentação.

CONCLUSÃO

Em seu conjunto, o corpo é, um volume que se move em um campo definido, orientado. Ao caminhar, ele desloca esse campo no espaço externo, mas esse espaço é particular a cada pessoa de acordo com sua morfologia, o chamado de espaço motor. Portanto, o corpo é construído de forma a organizar as complexas unidades de coordenação entre si - tronco, cabeça, mãos e pés-, por um tensionamento que mantém a forma e permite o movimento.

É na cintura pélvica que estão os músculos responsáveis por diversas ações no corpo humano, como os urogenitais feminino e masculino. Ela se relaciona com a perna na marcha, com apoio e estabilidade do tronco, na proteção das vísceras.

Concluímos que se é nela que se encontra o centro articular; a pelve se globaliza em relação aos movimentos corporal. Isto nos permite explicar a participação da mesma no enrolamento e endireitamento do nosso corpo, na postura em pé para relacionarmos com a vida.



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Fonte: www.wgate.com.br/fisioweb

Blair José Rosa Filho



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Doenças Ortopédicas Congênitas






Introdução

Neste trabalho, abordaremos as principais características das doenças congênitas, ou seja, as doenças que afetam os recém-nascidos. Explicaremos as diversas patologias ortopédicas que acometem as crianças e suas formas de tratamento relacionados as mesmas. São elas:

• Pé torto eqüinovaro congênito;
• Pé plano / pé chato;
• Escoliose congênita;
• Joelho varo;
• Joelho valgo ou geno valgum;
• Torcicolo muscular congênito;
• Luxação congênita do quadril;
• Coxa valga;
• Coxa vara;
• Pé escavado ou pé cavo;

Temos o objetivo: descrever a incidência de cada patologia, suas etiologias, o tratamento clínico, tratamento fisioterápico, testes específicos para o pé plano ou pé chato, seus objetivos de tratamento e os tipos de órteses mais adequados a essa deformidade.

Portanto, abordaremos estes assuntos mais detalhadamente.

Pé torto eqüinovaro congênito

O pé torto eqüinovaro congênito é uma patologia complexa CUJB etiologia não foi ainda totalmente elucidada.

É a deformidade mais freqüente que envolve as articulações do tornozelo, subtalar e mesotársica. O pé apresenta-se com flexão plantar adução e inversão. Anatomicamente, o defeito primário é a subluxação medial e plantar do complexo articular talocalcâneo-navículo-cuboídeo que ocorre durante o desenvolvimento embrionário. Podendo ser unilateral ou bilateral.
Incidência

A incidência do pé torto congênito é de 2,17 casos para cada 1.000 nascidos vivos.

Etiologia

A etiologia do pé torto congênito ainda não foi descoberta. A grande variabilidade dessa anomalia no que se refere ao grau de deformidade, resistência ao tratamento clínico, presença de outras malformações associadas, acúmulo familiar e consangüinidade entre os pais nos conduzem a aceitar uma etiologia multifatorial.

Várias teorias surgiram com relação a etiologia, tais como:

- Teoria esquelética: o defeito primário estaria na deformidade dos ossos do retropé, principalmente o tálus;

- Teoria muscular: pesquisas com microscopia eletrônica revelaram alterações importantes nas fibras musculares dos pacientes portadores de pé torto congênito;

- Teoria neurológica: alterações primárias nos nervos periféricos seriam responsáveis pela ocorrência das deformidades;

- Teoria vascular: as anomalias arteriais em fetos e embriões seriam responsáveis por uma "crise vascular", determinando uma área de necrose na região no nó de Henry;

- Teoria da "parada do desenvolvimento: o pé permaneceria em seu estado embrionário desde o terceiro mês de gestação.

Todas essas teorias tentaram explicar o aparecimento do pé torto congênito, entretanto nenhuma delas conseguiu explicar todos os casos. Portanto, mais uma vez aceitamos que a etiologia do pé torto seja multifuncional.

O pé torto pode aparecer como deformidade isolada ou acompanhado de outras malformações. E podemos dividi-lo em quatro grupos:

- Idiopático: Ocorre como deformidade isolada sem qualquer acometimento de outras estruturas músculo-esqueléticas. Pode ser uni ou bilateral.

- Teratológico: deformidade associada a alterações neuromusculares.
Geralmente bilateral.

- Sindrômico: quando faz parte de uma síndrome bem definida, por exemplo: Freeman-Sheldon, Down, Picre-Robin, Larsen etc. Geralmente bilateral.

- Postura!: é o "falso pé torto", ou seja, o pé apresenta-se na posição de eqüinovaro, porém é redutível e não apresenta as deformidades estruturais clássicas. Pode ser uni ou bilateral.


Tratamento clínico

Se for diagnosticado precocemente, o tratamento pode ser conservador. Neste caso realiza-se o estiramento passivo gradual, corrigindo-se o pé lentamente para a posição correia e a seguir, se possível, o pé é levado para a posição abduzida e evertida. Essas posições podem ser mantidas em talas de metal ou com aparelho gessado. Acredita-se que esta conduta apresenta as seguintes vantagens:

- O joelho em flexão relaxa o músculo tríceps sural e facilita a correção do eqüinismo;
- Facilita a confecção do gesso quando é realizada no sentido proximal para distal: fixando-se o joelho, podemos trabalhar melhor o pé;
- Evita que o gesso saia em casa, principalmente quando a adução está corrigida.

Quando se usa o aparelho gessado, ele é mantido por aproximadamente 3 meses (no início ele é trocado semanalmente e, depois, a cada 2 ou 3 semanas). Este aparelho mantém o quadril e o joelho fletido em um ângulo de 90° .


Tratamento Fisioterápico

Após o nascimento, quando a condição é leve e o pé está relativamente móvel, pode-se realizar o alongamento passivo. É muito importante, fixar a extremidade da tíbia e manter o joelho fletido durante os alongamentos para evitar danos nas epífises (lateral, distai e fibular) e na articulação do joelho.

Quando se usa a bandagem adesiva, para manter a posição correia, e será aplicada pelo fisioterapeuta e deve ser trocada de 2 a 3 vezes por semana. Também devemos ter cuidado com a circulação, para evitarmos feridas.

Se a deformidade não puder ser corrigida conservadoramente, será necessária a cirurgia. No pós-cirúrgico o membro será mantido com gesso por 2 ou 3 meses. Após a retirada do gesso, deve-se realizar movimentos passivo e ativos de abdução e eversão e fortalecimento de dorsiflexores e eversores.

Caso a criança já ande, devemos ensinar bom padrão de marcha, e caso ela ainda não ande, devemos observá-los quando começar a andar.



Pé plano / Pé chato

O pé plano, vulgarmente chamado de pé chato é uma deformidade que provoca um enorme desperdício de energia, que mais cedo ou mais tarde cobrará seu preço.

Até os três anos, o pé da criança tem um grau maior de mobilidade que o pé do adulto, devido à maior elasticidade ligamentar peculiar do início da vida. Este fato, aliado ao alargamento da base de sustentação da criança no início da marcha, facilita a queda do calcâneo em valgo, fazendo com que o arco longitudinal desapareça.

O músculo tibial posterior, é o principal responsável por esta condição, e ele já está fraco por falta de uso até o momento, fica com sua força mais diminuída ainda, devido ao desvio sofrido por sua inserção. As funções de sustentar o arco desaparecem.

A clínica pode refletir um cansaço mais fácil aos esforços, uma dor na face medial e posterior da perna ou mesmo a falência total dos pés numa certa época da vida. Eles ficam rígidos, dolorosos e sem capacidade de exercer sua função primordial que é a marcha.

Outra situação dúbia é a queda fácil e freqüente. O equilíbrio depende da maturidade do indivíduo, e nele participam visão, audição, coordenação motora, orientação espacial, esquema corporal e outros fatores de difícil "mensuração". Não é fácil, por isso, quantificarmos o papel do pé plano nessa condição.

O diagnóstico, portanto, é essencialmente baseado nos achados do exame físico. Os pés devem ser inspecionados com o paciente andando normalmente, correndo, andando nas pontas dos pés e nos calcanhares. Podendo utilizar também o podoscópio, indispensável para examinar o pé apoiado.


Tratamento clínico

Os casos de pé chatos postural é indolor em crianças, em geral não requerem tratamento, mas é preciso aconselhar quanto ao uso do calçado adequado para que a criança mantenha os pés bem livres, andando descalça em solo irregular e limpo ou com calçados bem leves, como o tênis, dando condições para musculatura trabalhar livre e naturalmente. Nos adultos, o tratamento depende da causa e da presença de alguma anomalia estrutural. O pé chato doloroso devido a estresse ocupacional pode ser tratado pelo fisioterapeuta e pelo aconselhamento. Se o paciente for obeso, deve ser orientado no sentido da dieta. Se houver deformidade fixa, os calçados ortopédicos ou as palmilhas podem trazer alívio. Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para aliviar a dor e, se possível, restaurar a função.


Tratamento fisioterápico

Nas crianças, se o pé tiver boa mobilidade, deve-se fortalecer os músculos que sustentam o arco, principalmente o tibial anterior e posterior e flexor longo e curto dos dedos. Se as articulações estiverem rígidas, junto com o fortalecimento, realiza-se exercícios ativos do pé e tornozelo (flexão plantar, caminhar na areia, pisar em bolinhas, cabo de vassouras rolando para frente e para trás, colocar uma toalha no chão e fazer com que a criança puxe a toalha com os dedinhos). Realizar alongamentos e mobilizações passivas.

Nos adultos deve-se aliviar a dor com repouso e técnicas específicas (água morna, massoterapia, banho de contraste, tens, hidromassagem para os pés). Quando a dor diminuir, utilizar exercícios ativos e resistidos, do pé e tornozelo. Além disso, não podemos esquecer da correção geral da postura e da marcha.



Escoliose congênita

Escoliose é o termo que designa um desvio da coluna vertebral no plano frontal. É uma patologia que aparece e progride, principalmente, em pacientes em fase de crescimento, sendo, portanto, uma doença da infância e adolescência.

A maioria das curvaturas congênitas aparece e é visível ao nascimento. Entretanto, algumas anormalidades congênitas leves podem não aparecer durante o crescimento. Em geral, o uso de colete nestas curvaturas é ineficiente e, se houver progresso da curva, será necessária à cirurgia.


Tratamento clínico-conservador

Se a curva for leve (menor que 20 graus), será adequada uma consulta clínica anual para radiografia e fotografias clínicas.

Quando a curva for de etiologia apropriada e não grave o suficiente para a cirurgia, o tratamento com colete será o de escolha. O uso do colete também pode ser indicado para segurar a coluna de uma criança até que esta atinja a idade adequada para cirurgia. O tratamento é feito com colete de Milwaukee, combinado com exercícios específicos. Em muitos casos, o colete deve ser usado por um período de 23 horas por dia, sendo retirado apenas para o banho.

As principais indicações para a cirurgia são as seguintes: compressão medular, progressão da curva, dor intensa, dificuldade respiratória e estética.

O principal procedimento cirúrgico é a fusão espinhal com ou sem instrumentação com haste de Harrington.


Tratamento fisioterápico

Primeiramente devemos retirar a dor do paciente com recursos antálgicos como: crioterapia, criomassagem, tens, calor superficial (infravermelho) ultra-som etc.

Após a retirada da dor do paciente, poderemos começar com os exercícios. Se houver rigidez articular devemos realizar exercícios ativos assistidos ou ativos livres da coluna e dos membros superiores e inferiores. Os exercícios devem ser direcionados para o sentido contrário ao da curvatura. É muito importante realizar fortalecimento muscular do tronco e dos membros. Todos os exercícios podem ser realizados com ou sem o colete. Sem esquecer devemos também reeducar a postura e a marcha.



Joelho varo

O joelho varo ou geno varum é geralmente encontrado no recém-nascido, e envolve o fêmur e a tíbia. Onde a tíbia está aduzida em relação ao fêmur. Alguns autores ressaltam que esta deformidade é de maior ocorrência entre os 14 e 36 meses de vida. O varismo fisiológico corrige-se espontaneamente nos primeiros dois ou três anos de vida, e geralmente não requer tratamento ortopédico.

O fato que mais chama a atenção dos pais é a deformidade. Queixas como dor, desequilíbrio postura! e retardo do início da marcha são pouco freqüentes havendo no entanto uma associação entre o joelho varo fisiológico e o início da deambulação.

O varismo pode ser diagnosticado através do goniómetro (aparelho utilizado para mensurar a amplitude articular dos movimentos). E é medido com a criança em posição ortostática, com os pés aduzidos entre si e em rotação neutra. O goniómetro é colocado no vértice de deformidade e seus braços devem coincidir com os eixos longitudinais do fêmur e da tíbia, com base em medidas clínicas realizadas com o goniómetro. Em 1993, foi observado que o alinhamento femoro-tibial só é alcançado aos 14 meses de idade.


Tratamento clínico

Nas deformidades mais acentuadas, o objetivo do tratamento ortopédico é mudar a distribuição das forças compressivas que de forma anormal atuam sobre a epífise medial retardando o seu crescimento. Portanto, recomenda-se o uso de calçados com cunhas laterais no solado, e para as deformidades mais graves, o uso de órteses noturna ou diurnas, bem como de gesso e cunhas sucessivas.


Tratamento fisioterápico

Inicialmente devemos usar os recursos antálgicos para retirar a dor do paciente, se ele tiver dor.

Podemos utilizar calor superficial, hidroterapia, eletroterapia, crioterapia, etc.

Após a utilização dos recursos antálgicos, podemos começar a com movimentos passivos a ativos, alongamento da musculatura adutora (medial e fortalecer a musculatura abdutora lateral).



Joelho valgo ou geno valgum

Pode ser encontrado também como joelho valgo fisiológico e geralmente ocorre em crianças na faixa etária compreendida entre dois e sete anos aproximadamente. O limite da anormalidade de valgo é de 10°, sendo tolerada normalidade mais acentuada nas meninas por apresentarem diâmetro bitrocantérico maior. A obesidade também aumenta este tipo de valgismo.

A criança com valgismo fisiológico tem um comportamento físico normal, embora o aspecto estético dos joelhos chame a atenção dos pais. Nos casos mais acentuados, a criança anda com dificuldade e se queixa de cansaço nas pernas, ocorrendo nos esforços e, principalmente, quando corre batendo um joelho no outro.

O valgismo clínico é medido com a criança na posição ortostática. O goniómetro deve ser centrado no joelho com seus braços coincidindo com os eixos longitudinais da coxa e da perna. Avalia-se o valgismo medindo a distância intermaleolar com a criança em ortostatismo e os joelhos em contato entre si. O valor do comprimento até 10cm é considerado normal.


Tratamento clínico

Nas crianças mais novas, o joelho valgo deve ser observado, pois apresenta grande probabilidade de correlação espontânea. Nos casos com angulação igual ou maior que 10cm, são indicadas botas ortopédicas com cunhas mediais. E para as deformidades maiores, o uso de tutores noturnos ou quição diurnos é recomendado, bem como gesso e cunhas. A correção deve ser progressiva e lenta.


Tratamento fisioterápico

Devemos começar o tratamento utilizando os recursos antálgicos. Logo após podemos realizar movimentos passivos a ativos, alongamento da musculatura e ligamentos da face lateral do membro inferior e fortalecimento intensivo da musculatura da face medial (adutores). Após o reequilíbrio muscular realizar a reeducação da postura e da marcha.



Torcicolo muscular congênito

O torcicolo congênito caracteriza-se por uma retração unilateral do esternocleidomastóideo que ocasionará um mau colocamento da cabeça em flexão, inclinação lateral e rotação do lado oposto à retratação, devido a má posição da cabeça pode ocorrer um desconforto ocular em virtude do desequilíbrio dos músculos extra-oculares.

Após ter eliminado o torcicolo ligado a uma má formação osteoarticular, será preciso distinguir dois tipos de torcicolo no recém-nascido:

1. O verdadeiro torcicolo muscular congênito deve-se provavelmente a um mau posicionamento uterino (compressão e isquemia muscular) onde o desvio característico da cabeça estará freqüentemente associado a uma assimetria facial e mesmo do crânio. Existirá, então, uma verdadeira distrofia do esternocleidomastóideo, e será detectada rapidamente após o nascimento. O tratamento conservador poderá ser efetuado diretamente, mas quase sempre a cirurgia será necessária.

2. O torcicolo do bebé caracteriza-se pela presença, no músculo esternocleidomastoidiano, de uma tumefação de forma ovóide a nível de 1/3 inferior. Este tumor aumentará até o segundo mês, e depois será absorvido, podendo a posição da cabeça corrigir-se sozinho, mas podendo também se definir e agravar. Uma retração do trapézio superior pode vir associada.

O tratamento pode ser conservada e cirúrgica. No conservador recorrerá sobretudo à cinesioterapia e ao cuidado de posicionamento. E no cirúrgico, consistirá numa secção alargada do músculo que ocorrerá a partir de um ano e meio a dois anos. O recurso será a cinesioterapia intensiva, pós-operatória.


Tratamento fisioterápico

No tratamento pré-operatório podemos fazer massagem flexibilizante + termoterapia; mobilização passiva suave e estiramento no sentido correto;
movimentos ativos; correção da postura noturna e após a mobilização, num aparelho gessado; tonificação analítica dos músculos corrigidos a de formação;
educação da postura.

Devemos também orientar aos pais para mudar a criança regularmente de posição e evitar as posições agravantes.

No tratamento pós-operatório, a assimilação dos exercícios será melhor e o tratamento mais rápido e eficaz. Após a retirada do aparelho gessado em supercorreção será feita: massagem cicatricial; mobilização passiva, suave e progressiva várias vezes ao dia em todos os eixos; mobilização ativa no sentido corretor sem, e depois com resistência. Para os mais novos indicamos jogos e solicitações diversas e para os mais velhos indicamos: participação voluntária e mais analítica. Reequilibrar toda a musculatura pericervical; reeducação da assimetria facial; ensinar os movimentos, posição, situações que ajudam a solicitação do pescoço no sentido corretor.

A reeducação e longa e dura aproximadamente dez meses, diária e depois três vezes por semana.



Luxação congênita do quadril

É um defeito mais freqüente em meninas, caracterizado pela perda de contatos normais entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, com a cabeça se luxando progressivamente e com maior freqüência para trás (anteroversão da bacia e rotação interna do membro).

Deve-se com maior freqüência às más formações congênitas hereditárias do acetábulo e/ou da cabeça do fêmur (coxa valga), da cápsula e dos ligamentos. Pode ser unilateral ou bilateral.

A gravidade poderá apresentar-se em 3 etapas no nascimento: um quadril simplesmente frouxo, um quadril luxável e instável (sinal de Barlow) e um quadril luxado.

Associado ao conhecimento dos antecedentes familiares e das condições mecânicas obstétricas, e à pesquisa de problemas posturais associados, uma pesquisa sistemática por ocasião dos exames neonatais dos sinais clássicos (limitação da abdução, sinais de Nelaton, de Ortolani ou de Hoffa, confirmados por RX) e um diagnóstico precoce devem permitir a aplicação de um tratamento simples de abdução não forçada (manutenção das coxas em abdução ou gesso de abdução progressiva) com freqüência é suficiente.

A incidência aponta uma ocorrência de uma luxação congênita do quadril (LCQ) para cada 700 nascidos.


Tratamento

O tratamento é basicamente ortopédico, e era utilizado o método de Lorenz de redução manual sob anestesia, seguido de imobilização gessada em três tempos, foi abandonada devido ao risco de osteocondrites. Já o método de Sammerville é de tração lenta e progressiva para fazer com eu a cabeça desça ao nível do acetábulo e ligá-la corretamente no acetábulo evitando a osteocondrite femural. Este método obedece a três grandes princípios: lentidão, progressividade e controle. Passando por diferentes etapas:

• 45 dias - tração longitudinal c/ progressividade.

• 3 a 4 meses - gesso pélvico-podálico em abdução, rotação interna do quadril e flexão do joelho.

• Cirurgia complementar de correção femural ou de acetábulo.

• Após aproximadamente 8 meses: O resultado é normalmente bom.


Tratamento fisioterápico

• Durante tração e durante o gesso:

- Evitar a posição sentada, controlar as lesões cutâneas e os edemas.
- Fazer exercícios respiratórios e de manutenção da mobilidade articular e da força dos membros superiores.

• Gesso de abdução com quadris livres:

- Mobilização passiva, sem dar em flexão, extensão abdução e rotação interna.
- Colocar o paciente em decúbito ventral 1h por dia.

• Após a retirada do gesso:

- Recuperar a amplitude articular.
- Tonificar o músculo glúteo médio.
- Modelar reciprocamente o núcleo cefálico e do acetábulo pela imobilização.
- Posicionamento manual suave.
- Hidrocinesiologia
- Mobilização passiva, suave, mais ativa assistida depois ativa do quadril, joelho e pé.
- Fortalecer os músculos glúteos médio, psoas, glúteo máximo, quadríceps, tríceps, ísquios tibiais.
- Fortalecer o pé.


Coxa valga

É uma deformação unilateral ou bilateral do quadril, caracterizada por um aumento do ângulo cervicodiafisário do fêmur (+ de 130°) com o membro inferior em abdução e rotação externa.

A coxa valga pode ser congênita, essencial do adolescente (onze a doze anos), muitas vezes conseqüência de uma subluxação do quadril e caracterizada pelo fato de que a pessoa manca (Trendelenburg) e quadril dolorido, ou pode ser sistemática; osteomielite, paralisia cerebral, ocasionando com freqüência a luxação paralítica).

A marcha será instável, os pés afastados e em rotação interna com sinal de Trendelenburg.

O tratamento será cirúrgico em caso de luxação ou de subluxação (barbatanas, osteostomia de varização).

Seus principais sintomas são o cansaço rápido, a claudicação (mancar) e dores nas sobrecargas.

Nos jovens as dores são raras, desde que uma boa função muscular possa compensar a anomalia da estrutura esquelética.

Tratamento fisioterápico

• Conservador

Termoterapia, hidroterapia, massagem descontraturante e antálgica se houver dores.
Mobilização ativa do quadril e colocação em carga.


Postura da carga em decúbito lateral.

Reequilíbrio das forças musculares: glúteo médio, glúteo mínimo, adutores em curso interno e concêntrico.

Cinesioterapia e orientação de atividades de vida diária de coxartrósico desde o aparecimento dos menores sinais de coxartrose.

• Pós-cirúrgico

Termoterapia, Tens, massagem, laser, calor superficial entre outros.

Fazer exercícios respiratórios.

Iniciar com exercícios ativos livres e os exercícios resistidos, só são iniciados quando a consolidação da osteotomia for confirmada no RX. Realizar correção da postura geral e da marcha.



Coxa vara

Esta é caracterizada por uma diminuição do ângulo entre o colo e a diálise femural que é em média 120 a 140 graus. Pode ocorrer unilateralmente ou bilateralmente.

Ocorre uma distorção do eixo diafisário e uma torção do colo em tono do seu eixo, com o membro inferior estando em abdução, rotação interna e retraído.

Poderá ocasionar por isso diversas deformações na coluna (escoliose, lordose lombar se for bilateral), dos joelhos e dos pés (pé chato valgo) e mancar.

Sua etiologia pode ser congênita (vara), raquítica, epfisiólise da cabeça femural ou sintomática: fratura mal reduzida, coxalogia, artrite deformante , osteomielite.

O tratamento pode ser cirúrgico nos casos mais graves (osteotomia de valorização), podendo o cinesioterapeuta intervir na ocasião do tratamento conservador da epilisiolise da cabeça femural e para uma melhora funcional nos casos não operados.