Cardio

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Marcadores: ღ♥ஜ(¸.•"´Biomecânica
Componentes do Sistema Cardiovascular
Os principais componentes do sistema circulatório são: coração, vasos sangüíneos, sangue, vasos linfáticos e linfa.
CORAÇÃO
O coração é um órgão muscular oco que se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda. Em uma pessoa adulta, tem o tamanho aproximado de um punho fechado e pesa cerca de 400 gramas.
O coração humano, como o dos demais mamíferos, apresenta quatro cavidades: duas superiores, denominadas átrios (ou aurículas) e duas inferiores, denominadas ventrículos. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito através da válvula tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdo através da válvula bicúspide ou mitral.A função das válvulas cardíacas é garantir que o sangue siga uma única direção, sempre dos átrios para os ventrículos.
1 - Coronária Direita
2 - Coronária Descendente Anterior Esquerda
3 - Coronária Circunflexa Esquerda
4 - Veia Cava Superior
5 - Veia Cava Inferior
6 - Aorta
7 - Artéria Pulmonar
8 - Veias Pulmonares
9 - Átrio Direito
10 - Ventrículo Direito
11 - Átrio Esquerdo
12 - Ventrículo Esquerdo
13 - Músculos Papilares
14 - Cordoalhas Tendíneas
15 - Válvula Tricúspide
16 - Válvula Mitral
17 - Válvula Pulmonar

Imagem: ATLAS INTERATIVO DE ANATOMIA HUMANA. Artmed Editora.
As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se alternadamente 70 vezes por minuto, em média. O processo de contração de cada câmara do miocárdio (músculo cardíaco) denomina-se sístole. O relaxamento, que acontece entre uma sístole e a seguinte, é a diástole.

a- A atividade elétrica do coração

Imagem: AVANCINI & FAVARETTO. Biologia – Uma abordagem evolutiva e ecológica. Vol. 2. São Paulo, Ed. Moderna, 1997. Nódulo sinoatrial (SA) ou marcapasso ou nó sino-atrial: região especial do coração, que controla a freqüência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior e é constituído por um aglomerado de células musculares especializadas. A freqüência rítmica dessa fibras musculares é de aproximadamente 72 contrações por minuto, enquanto o músculo atrial se contrai cerca de 60 vezes por minuto e o músculo ventricular, cerca de 20 vezes por minuto. Devido ao fato do nódulo sinoatrial possuir uma freqüência rítmica mais rápida em relação às outras partes do coração, os impulsos originados do nódulo SA espalham-se para os átrios e ventrículos, estimulando essas áreas tão rapidamente, de modo que o ritmo do nódulo SA torna-se o ritmo de todo o coração; por isso é chamado marcapasso.
Sistema De Purkinje ou fascículo átrio-ventricular: embora o impulso cardíaco possa percorrer perfeitamente todas as fibras musculares cardíacas, o coração possui um sistema especial de condução denominado sistema de Purkinje ou fascículo átrio-ventricular, composto de fibras musculares cardíacas especializadas, ou fibras de Purkinje (Feixe de Hiss ou miócitos átrio-ventriculares), que transmitem os impulsos com uma velocidade aproximadamente 6 vezes maior do que o músculo cardíaco normal, cerca de 2 m por segundo, em contraste com 0,3 m por segundo no músculo cardíaco.
b- Controle Nervoso do Coração
Embora o coração possua seus próprios sistemas intrínsecos de controle e possa continuar a operar, sem quaisquer influências nervosas, a eficácia da ação cardíaca pode ser muito modificada pelos impulsos reguladores do sistema nervoso central. O sistema nervoso é conectado com o coração através de dois grupos diferentes de nervos, os sistemas parassimpático e simpático. A estimulação dos nervos parassimpáticos causa os seguintes efeitos sobre o coração: (1) diminuição da freqüência dos batimentos cardíacos; (2) diminuição da força de contração do músculo atrial; (3) diminuição na velocidade de condução dos impulsos através do nódulo AV (átrio-ventricular) , aumentando o período de retardo entre a contração atrial e a ventricular; e (4) diminuição do fluxo sangüíneo através dos vasos coronários que mantêm a nutrição do próprio músculo cardíaco.
Todos esses efeitos podem ser resumidos, dizendo-se que a estimulação parassimpática diminui todas as atividades do coração. Usualmente, a função cardíaca é reduzida pelo parassimpático durante o período de repouso, juntamente com o restante do corpo. Isso talvez ajude a preservar os recursos do coração; pois, durante os períodos de repouso, indubitavelmente há um menor desgaste do órgão.
A estimulação dos nervos simpáticos apresenta efeitos exatamente opostos sobre o coração: (1) aumento da freqüência cardíaca, (2) aumento da força de contração, e (3) aumento do fluxo sangüíneo através dos vasos coronários visando a suprir o aumento da nutrição do músculo cardíaco. Esses efeitos podem ser resumidos, dizendo-se que a estimulação simpática aumenta a atividade cardíaca como bomba, algumas vezes aumentando a capacidade de bombear sangue em até 100 por cento. Esse efeito é necessário quando um indivíduo é submetido a situações de estresse, tais como exercício, doença, calor excessivo, ou outras condições que exigem um rápido fluxo sangüíneo através do sistema circulatório. Por conseguinte, os efeitos simpáticos sobre o coração constituem o mecanismo de auxílio utilizado numa emergência, tornando mais forte o batimento cardíaco quando necessário.
Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático secretam principalmente noradrenalina, razão pela qual são denominados neurônios adrenérgicos. A estimulação simpática do cérebro também promove a secreção de adrenalina pelas glândulas adrenais ou supra-renais. A adrenalina é responsável pela taquicardia (batimento cardíaco acelerado), aumento da pressão arterial e da freqüência respiratória, aumento da secreção do suor, da glicose sangüínea e da atividade mental, além da constrição dos vasos sangüíneos da pele.
O neurotransmissor secretado pelos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático é a acetilcolina, razão pela qual são denominados colinérgicos, geralmente com efeitos antagônicos aos neurônios adrenérgicos. Dessa forma, a estimulação parassimpática do cérebro promove bradicardia (redução dos batimentos cardíacos), diminuição da pressão arterial e da freqüência respiratória, relaxamento muscular e outros efeitos antagônicos aos da adrenalina.
Em geral, a estimulação do hipotálamo posterior aumenta a pressão arterial e a freqüência cardíaca, enquanto que a estimulação da área pré-óptica, na porção anterior do hipotálamo, acarreta efeitos opostos, determinando notável diminuição da freqüência cardíaca e da pressão arterial. Esses efeitos são transmitidos através dos centros de controle cardiovascular da porção inferior do tronco cerebral, e daí passam a ser transmitidos através do sistema nervoso autônomo.
Fatores que aumentam a freqüência cardíaca Fatores que diminuem a freqüência cardíaca
Queda da pressão arterial
inspiração
excitação
raiva
dor
hipóxia (redução da disponibilidade de oxigênio para as células do organismo)
exercício
adrenalina
febre Aumento da pressão arterial
expiração
tristeza


ANAMINESE
• Identificação
• Queixa Principal
• H. D. A
• Interrogatório Sintomatológico
• Antecedentes Pessoais e Familiares
• Hábitos de Vida
• Condições Sócio-Econômicas e Culturais
IDENTIFICAÇÃO
• Nome
• Idade
• Sexo
• Cor
• Estado Civil
• Profissão
• Local de trabalho
• Naturalidade
• Residência
Queixa Principal
• Dor (investigar início, intensidade, localização, duração, periodicidade, fatores que melhoram ou pioram, extensão.
• Deformidades (investigar localização, mecanismo, progressão, associação dolorosa
• Incapacidade Funcional (investigar causa, localização, extensão, diminuição da amplitude articular, sinais dolorosos associados, debilidade muscular)
• Alguns sintomas (tontura, falta de tato, dispnéia, deformidade, incapacidade, etc.
H. D. A
• Determine o sintoma
• Marque a época do início
• Use o sintoma guia como fio condutor da história
• Estabeleça relações com outras queixas
• Verifique se a história referida tem início, meio e fim
I. S
• Sintomas Gerais ( febre, astenia, alteração de peso, sudorese, calafrios, pruridos, alteração de revestimento cutâneo, alteração do desenvolvimento físico)
A. P. e F
• Pessoais ( antecedentes fisiológicos e patológicos
• Familiares ( saúde dos pais, irmãos, cônjuge, filhos)
HÁBITO DE VIDA
• Alimentação
• Habitação
• Ocupação atual e anterior
• Atividades Físicas
• Vícios
• Condições Sócio- Econômicas e Culturais
• Vida Conjugal
• Ajustamento familiar
Objetivos do Exame Físico
• Procurar sinais que significam desvios da estrutura, da função e ainda problemas secundários
• Avaliar as forças residuais
• Pontos importantes a serem avaliados (pele, olhos, ouvidos, sistema respiratório, exame neurológico, etc.)
EXAME FÍSICO
• Inspeção
• Palpação
• Percussão
• Ausculta
• Testes Específicos
• O exame físico deve ser feito com boa iluminação, em local adequado e dispondo de instrumentos adequados para cada tipo de avaliação.
MATERIAL
• Estetoscópio
• Esfigonomanômetro
• Lanterna
• Termômetro
• Abaixador de língua
• Martelo Neurológico
• Diapasão
• Fita Métrica
• Alfinete
• Algodão
• Tubos de Ensaio com água quente e fria
INSPEÇÃO
• Pode ser panorâmica ou localizada
• Deve ser feito com boa iluminação
• A região a ser examinada deve estar desnuda
• Deve-se ter conhecimento das superfícies corporais
• Inspeção frontal e tangencial
PALPAÇÃO
• Quase sempre anda junto com a inspeção
• Recolhe dados através do tato e da pressão
• Alguns tipos de palpação (com a parte dorsal da mão, com a parte ventral da mão, por digitopresão)
• Deve ter cuidado com a intensidade dada
PERCUSSÃO
• Som maçiço ( regiões desprovidas de ar)
• Som submaciço ( presença de ar em quantidade restrita)
• Som timpânico ( quando se percute os intestinos e o fundo do estômago)
• Som claro (quando se golpeia o tórax)
AUSCULTA
• Estetoscópio - Componentes (olivas auriculares, armação metálica provida de mola, tubos de borracha, receptores)
• Ausculta Cardíaca – ausculta bulhas cardíacas, sopros e ruídos do coração
• Ausculta Respiratória – ausculta ruídos normais e patológicos oriundos do pulmão

COLUNA LOMBAR
• Inspeção
• Palpação Óssea
• Palpação dos Tecidos Moles
• Exame Neurológico
• Testes Especiais

PALPAÇÃO ÓSSEA
• Face Anterior
- cicatriz umbilical (L3 - L4)
- promontório sacro (L5 - S1)

• Face Posterior
- processos espinhosos
- face posterior do cóccix
- E.I.P.S
- cristas ilíacas
- tuberosidade isquiática

PALPAÇÃO DOS TECIDOS MOLES
• Rafe mediana
- Ligamentos supra espinhosos
- Ligamentos Interespinhosos
- Músculos para-vertebrais

• Crista ilíaca
- músculos glúteos

• Região Ciática
- Nervo ciático

• Parede Anterior do Abdome
- Músculos abdominais

EXAME NEUROLÓGICO
• Permite avaliar a força de cada grupo muscular
• Indica grau de hipotonia muscular

Divisão:
• Teste Musculares (Tabela de Oxford)
• Teste de Sensibilidade (L1, L2 E L3)

TESTES MUSCULARES
• Flexão
• Extensão
• Rotação
• Elevação da Pelve
• Inclinação Lateral

REFLEXOS SUPERFICIAIS
• Abdominal – D.D, e percute com o martelo neurológico cada quadrante do abdome
• Cremastérico – d.d, e percute a face interna da coxa
• Anal – toque a pele perianal

REFLEXOS PATOLÓGICO
• Sinal de Babinski
– percorra com a ponta afiada do martelo neurológico toda a planta do pé desde o calcâneo até a porção anterior do pé
- Resposta: negativo (hálux e dedos se moverão em flexão plantar) e positivo (hálux se estenderá e deods se afastam em flexão plantar)


TESTES ESPECÍFICOS
• Teste da elevação da perna retificada
• Teste de elevação retificada da perna sadia
• Teste de Hoover
• Teste de Kernig
• Teste de Milgram
• Teste de Naffziger
• Valsalva
• Teste de Patrick
• Sinal de Beevor


Tema da avaliação dos dispensados em Educação Física do 2º Bimestre: “Dores nas costas”
Professores: Lígia e Mauricio
Ensino Médio e 9º ano

Como prevenir as famosas dores nas costas?

Para iniciarmos a discussão faremos um breve resumo de alguns conceitos importantes relacionados à nossa coluna e principalmente a nossa postura a fim de entendermos um pouco melhor sobre as famosas e constantes dores nas costas.
A coluna vertebral é o eixo central do corpo capaz de sustentar, amortecer e transmitir o peso corporal. É exigida em quase todos os movimentos e ainda funciona como um duto de feixes nervosos, ligando diversos órgãos e outras partes do corpo ao cérebro.
A coluna vertebral (ráquis) é constituída pela superposição de uma série de ossos isolados denominados vértebras. Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se com o osso do quadril (Ilíaco). A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacrococcígea.
São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas.
A freqüência de problemas clínicos ou cirúrgicos é alta. Pesquisas mostram que 50 a 80% dos adultos serão vítimas, no decurso de suas vidas, de alguma forma de dor decorrente de afecções da coluna vertebral, muitas vezes, por uma postura errada durante o trabalho ou o repouso.
Alguns hábitos da vida moderna também contribuem para o surgimento de dores musculares e sérios problemas na coluna vertebral. Dentre as várias agressões ao nosso corpo merece destaque a forma como nós estamos sentando em sala de aula, no sofá, computador carregando suas mochilas, etc. A má postura pode ser a principal causa de várias lesões na coluna.
Cuidar da postura no trabalho, na escola, no lazer e em casa, fazer caminhada e alongamentos são atitudes que promovem a saúde e ajudam a combater as lesões posturais.


1 - DESVIOS POSTURAIS
Uma boa postura é a atitude que uma pessoa assume utilizando a menor quantidade de esforço muscular e, ao mesmo tempo, protegendo as estruturas de suporte contra traumas. Os desvios posturais tais como a lordose cervical, cifose dorsal, lordose lombar e escoliose podem levar ao uso incorreto de outras articulações, tais como as dos ombros, braços, articulações temporo-mandibulares, quadris, joelhos e pés. Manter posturas erradas por tempo prolongado pode acarretar alterações posturais ocasionando enrijecimento das articulações vertebrais e encurtamento dos músculos. Esses defeitos estruturais causam alterações das curvaturas normais da coluna vertebral, tornando-a mais vulnerável as tensões mecânicas e traumas.
Lordose
É o aumento anormal da curva lombar levando a uma acentuação da lordose lombar normal (hiperlordose). Os músculos abdominais fracos e um abdome protuberante são fatores de risco. Caracteristicamente, a dor nas costas em pessoas com aumento da lordose lombar ocorre durante as atividades que envolvem a extensão da coluna lombar, tal como o ficar em pé por muito tempo (que tende a acentuar a lordose).
A flexão do tronco usualmente alivia a dor, de modo que a pessoa frequentemente prefere sentar ou deitar.

Hiperlordose








É aumento da curva na região cervical ou na região lombar, ou seja, acentuação da concavidade cervical e/ou lombar no plano sagital, associada a uma anteversão da pelve.
Estudos comprovam que a anteversão da pelve está associada a um desequilíbrio dos músculos abdominais e glúteos, que estão enfraquecidos e na musculatura lombar que se apresentará encurtada. A hiperlordose cervical, é caracterizada pela proeminência da cabeça associada à hipercifose, caracterizando um pescoço mais alongado à frente. A retificação da lordose cervical caracteriza-se pela diminuição da lordose e consequentemente um pescoço reto, com diminuição da mobilidade cervical.

Cifose

É definida como um aumento anormal da concavidade posterior da coluna vertebral, sendo as causas mais importantes dessa deformidade, a má postura e o condicionamento físico insuficiente.

Hipercifose


É aumento da curvatura da região dorsal, ou seja, é o aumento da convexidade posterior no plano sagital, podendo ser flexível ou estrutural. O aumento da curvatura cifótica, promove alterações anatômicas ocasionando o dorso curvo, gibosidade posterior, encurtamento vertebral e pode ocorrer déficit respiratório, por reduzir a capacidade de sustentação da coluna vertebral e também a diminuição da expansibilidade torácica.





Escoliose


É um desvio assimétrico, lateral da coluna vertebral, resultado da ação de um conjunto de forças assimétricas que incidem sobre a coluna. Possui várias classificações, são elas: Idiopática (causa desconhecida) - infantil juvenil e adolescente Congênita - falha na formação dos ossos e na segmentação, Neuromuscular - poliomielite, paralisia cerebral, distrofia muscular e outros traumas - fraturas, cirurgias e queimaduras, Fenômenos irritativos - tumores medulares, hérnia de disco e posturais -“falsa escoliose”.
A escoliose pode apresentar suas curvas em uma única curvatura ou mais. Apresentam convexidades para a esquerda ou para a direita, abrangendo uma ou mais regiões da coluna. Quando apresentam curvas compensatórias formam um “S” ou um “S invertido”. A escoliose quando infantil, sua curvatura pode evoluir até 18 anos provocando alterações anatômicas quando não detectadas a tempo.

2 - COMO PROTEGER NOSSA COLUNA
A coluna tem a capacidade de armazenar traumas ao longo do tempo, sem apresentar nenhum sintoma. Por isso, quando a dor aparece é sinal que a coluna pode estar num grau já avançado de desgaste e problemas em suas estruturas. Se existe dor nas costas, deve-se tentar mudar os hábitos errados que produzem lesões nas estruturas da coluna. O excesso de peso do material escolar levado diariamente para a escola tem sido uma das principais causas de problemas e desvios na coluna durante a infância e adolescência. Então aí vão algumas dicas para a prevenção:
 Quando deitar de barriga para cima, coloque um travesseiro embaixo dos joelhos e outro embaixo da cabeça;

 Evitar dormir de bruços, pois além de forçar a coluna, dificulta a respiração;

 Ao levantar-se, vire-se de lado, apoie-se nos braços, levando as pernas para fora da cama;

 Ao elevar um objeto pesado do chão, abaixar-se com as pernas flexionadas;

 Usar um colchão ortopédico ou semi-ortopédico, de acordo com o peso e a altura de cada pessoa;

 O travesseiro não deve ser muito fino nem muito macio, para não alterar a curvatura da coluna;
 o ideal é que seja da altura entre a cabeça e o ombro;

 Ao ficar de pé, contraia os músculos da barriga e das nádegas periodicamente; utilize esta técnica de relaxamento quando quiser aliviar dores;

 Ao trabalhar em frente a uma mesa, ou digitando no computador, manter as costas retas, encostadas ao encosto da cadeira; manter as pernas debaixo da mesa, evitando cruzá-las.

 Ao realizar alguma atividade em pé, repouse alternadamente um dos pés sobre um objeto;

 Procure posicionar ao seu alcance os objetos que esteja manuseando;

 Ao dirigir horas seguidas, é importante manter as costas retas, perfeitamente apoiadas no encosto;

 Não carregar mochilas ou sacolas, com o peso de um só lado. A mochila deverá ser apoiada nos dois ombros e as sacolas, divididas nas duas mãos;

 Leve para a escola somente o material que for utilizar evite carregar peso desnecessário;
 Evite ficar parado com peso nas costas ou mãos sem necessidade, sempre que possível os coloque em algum lugar;
 Ajuste as alças da mochila na mesma altura e de acordo com seu tamanho;
 Use-a sempre nas costas jamais de lado ou na frente do corpo;
 Evite correr e saltar com a mochila nas costas;
 O peso da mochila não deve ultrapassar 10 do seu peso corporal;
 Adote se possível o uso das mochilas com rodinhas, conhecidas como mochiletes, ajustando-as a sua altura e revezando a lado de puxá-las;

 Ao caminhar, manter as costas retas, abdome contraído, olhar para frente. O sapato deve ter salto de base larga e leve e no máximo 4 cm de altura;

 Nas atividades domésticas, evitar trabalhar com o tronco totalmente inclinado;

 Ao trabalhar agachado, flexione os joelhos e mantenha as costas retas;

 Ao Ler evite permanecer com o pescoço inclinado para baixo por longos períodos;
 Evite assistir TV deitado;
 Use calçados adequados para praticar esportes. Evite usar calçados com saltos acima de três centímetros por longos períodos em especial durante a infância e adolescência;
 Faça exercícios físicos e constantes alongamentos para manter a musculatura do corpo forte e flexível principalmente dos que sustentam a coluna;
3 - A IMPORTÂNCIA DOS ALONGAMENTOS NO NOSSO DIA-A-DIA.
Alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, que promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem O seu comprimento. O principal efeito dos alongamentos é o aumento da flexibilidade, que é a maior amplitude de movimento possível de uma determinada articulação. Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por aquele músculo e, portanto, maior sua flexibilidade.
Segundo Bruna Joaquim Carneiro, professora de educação física e nutricionista, o alongamento é uma prática fundamental para o bom funcionamento do corpo, proporcionando maior agilidade e elasticidade, além de prevenir lesões.
Essencial para o aquecimento e relaxamento dos músculos, deve ser uma atividade incorporada ao exercício físico, mas também pode ser praticado sozinho. Os alongamentos podem ser feitos sempre que se sentir vontade, uma vez que relaxam o corpo e a mente e são excelentes na prevenção das famosas lombalgias. Quando feitos de maneira adequada os alongamentos trazem os seguintes benefícios:
-reduzem as tensões musculares;
-relaxam o corpo;
-proporcionam maior consciência corporal;
-deixam os movimentos mais soltos e leves;
-previnem lesões;
-preparam o corpo para atividades físicas;
- Ativam a circulação;
- Previnem as lombalgias e auxiliam no combate aos principais problemas de coluna como “bico de papagaio” e hérnia de disco.
No caso de estudantes eles podem ser feitos até no intervalo das aulas, o alongamento ajuda na respiração, facilitando a circulação sanguínea o que aumenta o raciocínio. A respiração é fundamental: quando se respira fundo aumenta-se o relaxamento muscular. É a respiração que dá o ritmo ao exercício e por isso deve ser lenta e profunda. Devem-se respeitar os seus limites, forçar o alongamento pode causar lesões nos músculos e tendões. Não se preocupe em alongar até ao limite, aos poucos você vai ganhar flexibilidade.
Regularidade e relaxamento são ingredientes obrigatórios para um bom alongamento. prenda a introduzi-lo em sua rotina. É possível alongar enquanto se faz outras coisas como ler ou ver TV.
Os alongamentos conseguem esse resultado por aumentarem a temperatura da musculatura e por produzirem pequenas distensões na camada de tecido conjuntivo que revestem os músculos.
Tanto uma vida sedentária, como a prática de atividade física regular intensa, em maior ou menor grau, promovem o encurtamento das fibras musculares, com diminuição da flexibilidade. Quanto à atividade física, esportes de longa duração como corrida, ciclismo, natação, entre outros, fortalecem os músculos, mas diminuem a sua flexibilidade. Nos dois casos, a conseqüência direta desse encurtamento de fibras é a maior propensão para o desenvolvimento de problemas em ossos e músculos.
Provavelmente, a queixa mais freqüente encontrada tanto entre sedentários, como entre atletas, é a perda da flexibilidade provocando dores lombares, por encurtamento da musculatura das costas e posterior das coxas, associado a uma musculatura abdominal fraca. Com a prática regular de alongamentos os músculos passam a suportar melhor as tensões diárias e dos esportes, prevenindo o desenvolvimento de lesões musculares.
É importante alongar adequadamente a musculatura antes e também depois de uma atividade física. Isso prepara os músculos para as exigências que virão a seguir, protegendo e melhorando o desempenho muscular. Pela sua facilidade de execução, a maioria dos alongamentos pode também ser feitos, praticamente, a qualquer hora. Ao despertar pela manhã, no trabalho, durante viagens prolongadas, no ônibus, em qualquer lugar. Sempre que for identificada alguma tensão muscular, prontamente algum tipo de alongamento pode ser empregado para trazer bem estar.
BONS ESTUDOS!

COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral é formada por um conjunto de ossos interligados, chamados vértebras.
A coluna do adulto apresenta 7 vértebras cervicais, 12 vértebras dorsais, e 5 vértebras lombares.
O sacro, parte do fim da coluna que se articula com a bacia, é formado pela fusão de 5 vértebras, e o cóccix, pequena saliência no fim da coluna, é formado pela fusão de 4 vértebras.
A coluna cervical e a coluna lombar apresentam curvas de convexidade anterior, chamadas de lordoses, e a coluna dorsal apresenta uma curva de convexidade posterior, chamada cifose.
1º-vértebras cervicais / 2º - vértebras dorsais/ 3º - vértebras lombares / sacro (no final da coluna) / cóccix = rabinho no final do sacro (chamado cauda eqüina)/ lordose = patologia no inicio e antes do sacro em forma de (s )/ cifose = nas vértebras dorsais.

VÉRTEBRA
Embora as vértebras apresentem variações de tamanho e formato, a maioria é semelhante em sua estrutura básica, consistindo de um corpo vertebral e um arco posterior.
O arco posterior é uma ponte óssea que se prende de ambos os lados do corpo vertebral, formando um anel, cuja abertura central é o canal vertebral, onde ficam alojadas a medula e as raízes nervosas.
O arco posterior é formado pelos pedículos e lâminas, e apresenta proeminências ósseas que servem para a insersão dos músculos e ligamentos.
Na junção dos pedículos com as lâminas, o arco posterior também apresenta os processos articulares inferiores e superiores.
DISCO INTERVERTEBRAL
O disco é uma estrutura com função principal de amortecimento, colocada entre duas vértebras adjacentes.
O disco intervertebral, com seu núcleo borrachoso, contido por uma capa externa (anel fibroso), é semelhante a uma almofada, que funciona absorvendo os impactos aplicados na coluna, pelos movimentos que realizamos.
LIGAMENTOS
Os principais são os ligamentos longitudinais anterior e posterior, os ligamentos inter e supra-espinhoso, e os ligamentos das cápsulas articulares.

Estruturas nervosas
A medula espinhal é parte do sistema nervoso central, sendo o prolongamento do cérebro por onde transitam todos os estímulos sensitivos, que vão do corpo para o cérebro, e todas as ordens de motricidade, que o cérebro envia para o corpo.
Lesões da medula provocam as paralisias parciais ou completas, como a paraplegia, perda de função das pernas, ou a tetraplegia, perda de função dos braços e pernas.
As raízes nervosas são os prolongamentos da medula, que saem da coluna entre as vértebra vizinhas, e formam os nervos, como o nervo ciático, que se distribuem por todo o corpo.
Distribuição das raízes nervosas no corpo



Principais Músculos
Membros Superiores
Bíceps Braquial (anterior do braço)
Origem: processo coracóide, tuberosidade supraglenóide.
Inserção: Tuberosidade do rádio
Ação principal: flexão do antebraço
Tríceps Braquial (posterior do braço)
Origem: corpo do úmero
Inserção: olécrano
Ação principal: extensão do antebraço
Flexor superficial dos dedos (anterior do antebraço)
Origem: epicôndilo medial do úmero
Inserção: falanges médias dos dedos
Ação principal: flexão falanges médias
Extensor dos dedos (posterior do antebraço)
Origem: epicôndilo lateral do úmero
Inserção: falanges médias e distais do II a V
Ação principal: extensor dos dedos
Atuam na Cintura Escapular:
Peitoral maior (região peitoral)
Origem: clavícula, costela, esterno.
Inserção: tubérculo maior do úmero
Ação principal: flexão do braço
Peitoral menor (região peitoral)
Origem: costelas
Inserção: processo coracóide
Ação principal: baixa o ombro
Subclávico (região peitoral)
Origem: 1ª costela
Inserção: clavícula
Ação principal: baixa a clavícula
Serrátil Anterior (região peitoral)
Origem: costelas
Inserção: borda medial da escápula
Ação principal: protrai a escápula
Grande Dorsal (superficial posterior do tronco)
Origem: processo espinhoso da T6 à T12, vértebras lombares e sacrais, crista-iliaca.
Inserção: sulco intertubercular
Ação principal: extensor do braço
Trapézio (superficial posterior do tronco)
Origem: occipital, vértebras torácicas.
Inserção: clavícula, espinha da escápula.
Ação principal: elevação e retração da escápula
Deltóide (ombro)
Origem: clavícula, acrômio, espinha da escápula.
Inserção: tuberosidade deltóidea
Ação principal: flexão, extensão, abdução do braço.
Subescapular (ombro)
Origem: fossa subescapular
Inserção: tubérculo maior do úmero
Ação principal: rotação medial do braço
Membros Inferiores
Iliopsoas (fossa ilíaca)
Origem: fossa ilíaca e asa do sacro
Inserção: tendão do psoas maior
Ação principal: flexão da coxa
Glúteo Máximo (região glútea)
Origem: ílio e sacro
Inserção: tuberosidade glútea, fêmur.
Ação principal: extensão da coxa
Glúteo Médio (região glútea)
Origem: ílio
Inserção: trocanter maior
Ação principal: abdução e rotação medial da coxa
Tensor da fáscia lateral (região glútea)
Origem: crista ilíaca
Inserção: tracto iliotibial
Ação principal: rotação medial e flexão da coxa
Sartório (ântero-lateral da coxa)
Origem: espinha ilíaca ântero-superior
Inserção: face medial da tíbia
Ação principal: flexão e rotação lateral da coxa
Quadríceps femoral (ântero-lateral da coxa)
Reto femoral + vasto lateral + vasto intermédio + vasto medial
Origem: espinha ilíaca e parte superior do fêmur
Inserção: tuberosidade da tíbia
Ação principal: extensão da perna
Bíceps Femoral (posterior da coxa)
Origem: tuberosidade isquiática
Inserção: cabeça da fíbula
Ação principal: flexão da perna
Tibial Anterior (anterior da perna)
Origem: 2/3 da tíbia
Inserção: cuneiforme medial do 1º metatarso
Ação principal: dorsiflexão e inversão do pé
Tríceps Sural (posterior da perna)
Gastrocnêmios + sóleo
Origem: côndilos femorais e cabeça da fíbula
Inserção: calcâneo
Ação principal: flexão plantar do pé
Tronco
Reto do abdômen (parede do abdômen)
Origem: cartilagens costais inferiores
Inserção: crista do púbis
Ação principal: flexão do tronco
Oblíquo externo (parede do abdômen)
Origem: costelas inferiores
Inserção: crista ilíaca (Une-se lado direito e esquerdo pelo ligamento inguinal)
Ação principal: flexão lateral e rotação do tronco
* Os músculos da parede abdominal, quando contraídos, podem aumentar a pressão intra-abdominal, atuando na micção, defecação, parto, tosse, respiração, vômito, proteção das vísceras e manutenção da postura.
Intercostais internos (parede do tórax)
Origem e Inserção: espaços intercostais
Ação principal: movimentos respiratórios
Diafragma (parede do abdômen)
Origem e Inserção: costelas e vértebras
*Separa a cavidade torácica abdominal. Apresenta três amplas aberturas onde passam o esôfago, a aorta e a veia cava inferior.
Ação principal: principal músculo da respiração, além de quê, quando contraído pode atuar na defecação, micção e parto, pelo aumento da pressão intra-abdominal.
Esplênio da cabeça, Esplênio do pescoço, Eretor da espinha e Transverso espinhal (profundos do dorso)
Origem: desde a nuca
Inserção: região sacral
Ação principal: movimentam a coluna vertebral e a cabeça
Pescoço
Esternocleidomastóideo
Origem: processo mastóideo temporal
Inserção: esterno e clavícula
Ações principais: contração unilateral: roda a cabeça para o lado oposto
Contração bilateral: flexiona a coluna cervical
Escalenos
Origem e inserção: região lateral do pescoço
Ação principal: elevam as costelas e atuam na respiração
Cabeça
Corrugador do supercílio (face)
Origem e Inserção: medialmente ao supercílio
Ação principal: enruga o supercílio
Orbicular do olho (face)
Origem e Inserção: na espessura das pálpebras
Ação principal: fecha a rima da pálpebra
Orbicular da boca (face)
Origem e Inserção: envolve a boca
Ação principal: fecha os lábios
Bucinador (face)
Origem e Inserção: bochecha
Ação principal: reforça a bochecha durante a mastigação
Masseter (face)
Origem: arcos zigomáticos
Inserção: ramo da mandíbula
Ação principal: mastigação
Temporal (face)
Origem: região temporal
Inserção: arco zigomático e mandíbula
Ação principal: mastigação
Frontal (face)
Origem e Inserção: osso frontal
Ação principal: elevação da sobrancelha
Zigomático (face)
Origem: zigomático
Inserção: maxilar superior
Ação principal: eleva o lábio superior (sorriso)
Metoniano (face)
Origem e Inserção: maxilar inferior
Ação principal: oclusão do lábio inferior
Occipital (crânio)
Origem e Inserção: osso occipital
Ação principal: traciona o couro cabeludo
Órgãos Anexos
- Bainhas Fibrosas e Sinoviais dos Tendões: Nos dedos das mãos e dos pés, os tendões longos são recobertos por bainhas fibrosas, formadas por tecido conjuntivo fibroso denso que se inserem nos ossos dos dedos e constituem túneis osteofibrosos. Estas bainhas fibrosas são revestidas por bainhas sinoviais de duas camadas, entre as quais existe líquido semelhante ao sinovial das articulações sinoviais. As bainhas fibrosas e sinoviais facilitam o deslizamento dos tendões, diminuindo o atrito e mantendo-os em posição.
- Bolsas Sinoviais: São sacos de tecido conjuntivo revestidos internamente por membranas lisas e contendo líquido sinovial. São encontradas em pontos onde os tendões estão em contato com ossos, ligamentos ou outros tendões. Diminuem o atrito, facilitando o deslizamento dos tendões.
- Fáscia de Revestimento: São membranas de tecido conjuntivo fibroso que separam os músculos entre si e os revestem. Nos membros, as fáscias enviam prolongamentos entre os grupos musculares, constituindo septos intermusculares. Entre suas várias funções destacam-se as de proporcionar origens e inserções musculares, fornecer vias de passagem de vasos e nervos, permitir o deslizamento de uma estrutura sobre outra e conter músculos, que ao se contraírem, poderia se abaular excessivamente.






Por Fernanda Rodrigues - Terapeuta Natural

Introdu��o:
Este kit n�o tem o prop�sito de formar ningu�m em massagem, somente auxiliar o profissional habilitado nos procedimentos do dia a dia. Ele � composto por:
� 6 pecas de bambu
� 1 kg de creme de massagem
� �leo Flan
� 1 � Emuls�o Nutritiva
� 1 � Sais Esfoliante
� 1 � Sabonete Liquido
� 1 Guia Pratico da Massagem de Bambu
Bambu Massagem
A massagem � feita com bambus de diferentes tamanhos e al�m de relaxar ou de despertar a energia, ainda promove uma drenagem linf�tica O bambu representa para os chineses for�a, beleza, leveza e flexibilidade. Imagine uma massagem realizada com bambus de diferentes tamanhos que variam de acordo a parte do corpo. Essa � a Bamboo Massage, uma t�cnica criada pelo franc�s Gil Amsallen e adaptada para as necessidades do Brasil pelo terapeuta hol�stico alem�o Horst Gutbrod. A massagem � indicada para reduzir tens�o, deixar a pele flex�vel, aliviar a tens�o em m�sculos e tend�es, reestruturar a silhueta al�m de estimular o fluxo de sangue e linfa, diminuir a celulite, revitalizar e relaxar o corpo e a mente.
"A bamboo massage estimula as gl�ndulas e por promover uma drenagem linf�tica auxilia na diminui��o da celulite, e dependendo do trabalho que for feito, pode ajudar da remodelagem da silhueta", A t�cnica da massagem com bambu funciona da seguinte forma: as varas de bambu agem como se fossem o prolongamento dos dedos, e por isso, d� a possibilidade de alcan�ar todas as regi�es do corpo. A massagem associa t�cnicas de massagens como shiatsu, ayurv�dica e drenagem linf�tica. "Da ayurv�dica, que � uma massagem indiana, utilizamos os �leos de acordo com o estado de esp�rito da pessoa.
Por isso, antes de iniciar a massagem ela responde um pequeno question�rio que vai identificar o �leo ideal para ser usado na massagem. Por exemplo, se vamos usar um �leo para relaxar ou despertar a energia.
Contra Indica��o: Infec��o aguda, neoplasia, trombose, insufici�ncia card�aca, estado febril, hipotens�o arterial, hipertens�o arterial, altera��es na pele ( tumores e etc), per�odo menstrual e gestantes.
Legenda dos Bambus:
1 � Mais fino
2 � Grosso e pequeno
3 � Grosso e Grande
Observa��o: As hastes de bambu servem para nos auxiliar nos procedimento de massagem modeladora; drenagem linf�tica, Shiatsu, Reflexologia Podal � lembrando que iremos substituir as m�os e colocar o mesmo movimento com as hastes....ent�o deixe a criatividade fluir.
Passo a Passo
1 � Higienizar as m�os do profissional
2 - Higienizar o corpo do cliente � com uma r�pida esfolia��o ( misture o sabonete com os sais e esfolie todo o cliente ). Remova com toalha ou banho.
3 � Aplique a emuls�o nutritiva por todo os corpo e escolha o creme ou o �leo flan para dar inicio a massagem
P�S � esquerdo / direito
1. Rolamento na sola do pe com press�o com haste 2 � 6x
2. Com hastes 1 realizamos a drenagem na parte superior do pé - 6x
3. Repassamos 3x o bambu entre os dedos
4. Movimento com a haste 1 para dissolver os cristais da sola do pe e dos dedosOBS.: o mesmo no pe direito.
Pernas / Coxa / Joelho � esquerda para direita
1. Deslizamento superficial do dorso do pe a virilha com as duas hastes 3 bombeando na inquinal - 6x;
2. Repetir o mesmo movimento com a haste 1 - 6x
3. Com as duas hates 1 drenagem no joelho jogando para o popl�teo e bombeando com a haste 3 como se fosse uma alavanca.
4. Rolamento com as hastes 2
OBS.: o mesmo na perna / coxa direita.
Abd�men
1. Deslizamento superficial rorando haste 2 -6x
2. Movimento perist�ltico haste 2 -6x
3. Movimento press�o e descompress�o drenando haste 1 -6x
4. Drenagem na cisterna p�er haste 2 -6x
5. Alongamento com os as duas hastes do centro para as extremidades 6x
M�os /Bra�os - Esquerdo e depois Direito
1. Seguramos a m�o do cliente e com a haste 1 realizamos drenagem na parte posterior da m�o -6x
2. Com a haste 2 realizamos rolagem dentro da m�o -6x
3. Repassagem entre os dedos com a haste 1 -6x cada
4. Deslizamento / drenando da m�o ate o ombro com as duas hastes 1 - 6x
5. Rolagem com as hastes 2 - 6x da m�o pulso até ombro;
Colo e Rosto
1. Deslizamento da parte interna do busto ao ombro em movimentos alternados indo ate o ombro com as hastes 1 - 6x
2. Amassamento do trap�zio do ombro para o pesco�o e vice e versa com as hastes 1 - 6x
3. Repassagem da nuca com as hastes 1 - 6x
4. Alongamento do pesco�o com a haste 3 - 3x
5. Amassamento da cartilagem da orelha de cima para baixo com haste 1 - 6x;
6. Com as hastes 1 realizamos um breve drenagem facial;
7. Pressionamos levemente as duas hastes 1 bambu no queijo e no terceiro olho;
8. Viramos o rosto da cliente para lateral ( caso queira poder� associar as tolhas aromatizadas abaixo da cabe�a do cliente ), encostamos no ombro, alongar ombro e orelha e deslizar as hastes 1 de ombro a orelha � 6x cada lado
Dec�bito Dorsal
P�s
1. Relagem com as duas hastes 2 na sola do pe - 6x cada
2. Amassamento do tend�o de Aquiles � haste 1 � 6x
3. Percuss�o dos p�s de baixo para cima com as haste 3 - 6x
OBS.: Caso saiba poder� associar pontos de reflexologia podal
Perna / Coxa direita e depois esquerda
1. Deslizamento superficial do dorso do tornozelo ate o gl�teo jogando para inquinal. Come�amos o moveimento com as hastes 1 e finalizamos com as hastes 3 - 6x com cada haste
2. Rolamento com as hastes 2
3. Bombeamento do popl�teo com as hastes 3
OBS.: o mesmo na perna / coxa direita.
Costas
1. Deslizamento superficial do meio da coluna para as laterais passando pela nuca, trap�zio e ombro com as hastes 1 ap�s 2 e 3 - 6x cada
2. Vibra��o de baixo para cima no meio da coluna com a haste 2 (somente uma)
3. Amassamento do trap�zio com haste 2 � 6 x
4. Posicionamos a m�os por tr�s das costa e trabalhamos o omoplata com as hastes 15 � finalizamos com um leve deslizamento de m�os � 6x
5. Alongamento com os bra�os - 6x
6. Sentar e alongar pesco�o.
OBS.: Caso saiba poder� associar press�o nos meridianos com as hastes 1
Associa��o dos Bambus na Massagem Modeladora
(Massagem Modeladora com Bambuterapia)
Momentos da Associa��o: nas partes onde mais trabalhamos tais como coxa, abd�men e gl�teo.
Coxa
1. Deslizamento profundo com uma das hastes 3 no interno / central e externo-30x
2. Rolamento com as duas m�os fechadas segurando as hastes 2; alternado interno, central e externo - 30x
Abd�men
1. Deslizamento superficial do centro pra as laterais;
2. Rolamento com as duas m�os fechadas segurando as hastes 2;
3. Com a haste 3 abaixo da cintura puxando levemente de baixo para cima e modelando
Dec�bito dorsalCoxa Parte Posterior
1. Deslizamento profundo com uma das hastes 3 � jogando para inguinal
2. Rolamento com as duas mãos fechadas segurando as hastes 2; alternado interno, central e externo - 30x � jogando para inguinal
Gl�teo
1. Deslizamento com press�o da prega gl�tea para inguinal - 30x
2. Posicionamos a haste 3 abaixo da prega gl�tea de damos uma leve press�o trazendo o gl�teo para inguinal � 30x
Massagem Relax Tropical
Vivemos em um clima tropical com uma diversidade da natureza viva, porem os dias agitados, o corre corre, n�o nos permite o contato com a natureza, para refletir, respirar um ar puro, ouvir o canto dos p�ssaros e o bailado das arvores. O nosso dia a dia � fonte viva de buzinas, g�s carb�nico, filas, tr�nsitos e mal da tempo de relaxar e o despertador toca novamente e tudo recome�a. É por isso que o estresse � considerado a maior doen�a que ataca a humanidade.
No momento de estresse o nosso organismo da uma descarga de adrenalina e os �rg�os que mais sentem s�o o aparelho circulat�rio e o respirat�rio, n�o � a proposta do meu trabalho, mais com isso tamb�m conseguimos verificar que a celulite tamb�m, � proveniente do nosso inimigo estresse. No aparelho circulat�rio a adrenalina promove a acelera��o dos batimentos card�acos (taquicardia) e uma diminui��o do tamanho dos vasos sang��neos perif�ricos.
Assim, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigena��o, principalmente, dos m�sculos e do c�rebro j� que ficou pouco sangue na periferia, o que tamb�m diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais; j� no aparelho respirat�rio, a adrenalina promove a dilata��o dos br�nquios (broncodilata��o) e induz o aumento dos movimentos respirat�rios (taquipn�ia) para que haja maior capita��o de oxig�nio, que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulat�rio, tamb�m devidamente preparado pela adrenalina.
Diante deste fato, busquei na terapia complementar associa��es de t�cnicas que pudessem promover o relaxamento atrav�s do toque e do equil�brio da energia vital , com objetos que recebi da M�e Natureza, representando o elementos Terra e Madeira, vejamos:
Elemento Terra (caba�a / pedra redondas de cachoeira) que ira trabalhar a energia do P�ncreas / Ba�o / Estomago, diminuindo assim o grau de preocupa��o e ansiedade;
Elemento Madeira (bambú / cuia) que trabalham a energia do f�gado e da ves�cula biliar, diminuindo assim o sentimento de raiva, angustia,esgotamento entre outros. � necess�rio , compor o ambiente de maneira que o cliente sinta-se na mata, para isso utilizaremos o recurso da aromaterapia com o lemongrass ou Capim Lim�o, por pertencer ao clima tropical e ter um tom terroso, alem de trabalhar dores musculares e emocionalmente tratar de depress�o, estresse e exaust�o nervosa; a musicoterapia com sons de p�ssaros, mata, �guas e na harmoniza��o folhas secas no ch�o, esteira de palha, flores, plantas, �gua corrente (fonte), cristais e etc...e a cromoterapia com a cor violeta por ter a��o calmante e por reduzir medos angustia e irrita��es.
Alem disso, � necess�rio energizar os objetos da m�e natureza no campo magn�tico alfa (altura da testa), agradecendo aos reinos vegetal, mineral e animal por nos permitirem proporcionar ao pr�ximo (cliente) o bem estar f�sico, mental e espiritual � pronunciando em Tupi assim: TEMBIAPUR�/ TEMBIAPUR� AGUIGEVEPE.
Benef�cios: reduzir o estresse ativar a circula��o perif�rica, relaxar a musculatura e diminuir as tens�es musculares, restaurando e revitalizando a sa�de do corpo por inteiro, trazendo maior integra��o corpo da mente e do esp�rito, conseq�entemente reduz os sinais de cansa�o, n� na garganta, Tristeza, Prostra��o, Bruxismo (ranger os dentes), Dor na coluna, Dor de cabe�a,Grande agita��o, Afli��o, p�nico, sentimento de medo e agressividade constante, constante crises de tens�o e angustia, Afastamento de suas atividades de trabalho, Incapacidade de dom�nio sobre as emo��es, Impot�ncia na resolu��o de problemas , Altera��o do desempenho de suas fun��es normais , Fixa��o num determinado problema de trabalho, Diminui��o da produtividade e efici�ncia, Perda de mem�ria, Sudorese intensa (suor, transpira��o intensa), Queixas freq�entes, Manchas roxas, Perturba��o, Fala desordenada, Acelera��o do batimento card�aco, Irrita��o, Isolamento, Mau humor, Pigarro, Medo, Melancolia, Ang�stia, Esgotamento, Roer unhas.
Contra Indica��o: Renal grave, Diabetes descompensada, Neoplasia (c�ncer), gravidez n�o no abdomem, Dermatites, Trombose.
Passo a Passo:
1 � Higienizar o cliente;
2 � Promover uma esfolia��o com ervas e �leo vegetal ou com frutas tais como a�a�, guaran� e outra.
3 �Dar inicio a massagem
Conclu�mos que:
Como nosso corpo f�sico est� estritamente ligado ao nosso campo mental, faz-se necess�rio que esvaziemos a mente do estresse di�rio para tanto, o contado com a natureza � uma fonte ben�fica para a tranquiliza��o da mente e harmoniza��o do corpo. Desejo a todos uma grande harmoniza��o mental e espiritual neste trabalho maravilhoso.
Massagem Sueca
A massagem Sueca (nome pr�prio, e n�o uma refer�ncia � Su�cia), se refere � um conjunto de t�cnicas desenhadas principalmente para relaxar os m�sculos, aplicando-se press�o sobre eles, contra m�sculos mais profundos e ossos.
Essa press�o � feita sempre na mesma dire��o do fluxo do sangue para o cora��o. O sistema linf�tico e as veias, contam com a a��o dos m�sculos, mais do que a press�o de bombeamento do cora��o, para operar (levar sangue de volta ao cora��o).
A massagem Sueca pode relaxar os m�sculos, aumentar a circula��o, ajudar o metabolismo, fazendo com que o paciente conhe�a melhor o seu corpo, encontrando assim, a melhor maneira de us�-lo e posicion�- lo.
As manipula��es da massagem Sueca s�o concebidas em torno de benef�cios terap�uticos espec�ficos. Um dos principais objetivos da massagem Sueca � aumentar a velocidade venosa das extremidades do corpo.
Esta massagem tamb�m diminui o tempo de recupera��o de pessoas que sofreram les�es musculares, estimulando o tecido que est� com excesso de �cido l�tico, �cido �rico e outras perdas metab�licas.
Outro benef�cio da massagem Sueca, � reduzir o estresse emocional e f�sico, fazendo parte de programas espec�ficos para este fim.
OBS: NA MASSAGEM T�NTRICA OU QUAQUER OUTRA MASSAGEM, A NUDEZ N�O SE FAZ NECESS�RIA, PODEM SER FEITAS DE BIKINI PARA AS MULHERES OU SUNGA PARA OS HOMENS, OS TRATAMENTOS ONDE SE V� NUDEZ S�O POR SUGEST�O DO TERAP�UTA PARA CONFORTO DO PACIENTE E COM SUA ACEITA��O POIS AS MANOBRAS SER�O MELHOR CONCLU�DAS.
MASSAGEM INTEGRATIVA ENERGÉTICA
Corpo e Mente, um toque de equil�brio
Quem nunca teve uma inc�moda dorzinha nas costas, sem saber de onde vinha? Qual a resposta para essa dor, depois de ter tido um relaxante final de semana? Vamos come�ar dando o conceito de energia, que vem sendo estudado sob as mais diversas �ticas. Os hindus falam em �prana�, os chineses em �ki�, o psiquiatra W. Reich falava em energia org�nica�, Cristo chamava de �luz� e muitos falam em energia vital, energia sutil, for�a vital e por a� vai.
O corpo � cercado por v�rias ondas energ�ticas num fluxo cont�nuo. Dentro do organismo a energia � distribu�da para todos os �rg�os. Para que haja equil�brio org�nico, a distribui��o dessa for�a energ�tica pelo corpo deve ser perfeita. Como a princ�pio �, quando nascemos. Mas s�o muitas as situa��es capazes de abalar essa harmonia, desde infec��es, fraturas, inflama��es, ang�stias, ansiedade, estresse, ou mesmo uma alimenta��o pouco adequada ou um certo desgaste f�sico ou emocional.
Isso faz com que a energia vinda de todo o corpo se concentre no ponto vulner�vel, na tentativa de eliminar o inc�modo. E a�, alguma outra regi�o vai ficar desprotegida.
Resultado: desequil�brio e mais problemas.
SOLU��O AO ALCANCE DA M�OS
Do-in, acupuntura, shiatsu, tuin�, terapia das polaridades. Todas estas t�cnicas tem em comum o princ�pio da reflexologia - cada ponto correspondente a um �rg�o interno ou um sistema do corpo humano-. Mais do que isso, todas s�o energ�ticas�, ou seja, se prop�e a restabelecer o fluxo de energia do organismo, trazendo equil�brio.
A massagem integrativa � uma t�cnica que reune t�cnicas orientais milenares, e vai al�m da massagem tradicional de manipula��o, pois tem como uma de suas bases a energiza��o, ou seja, seu objetivo � redistribuir corretamente a energia pelo corpo, al�m e estimular as defesas do organismo, atrav�s do sistema imunol�gico. A principal vantagem dessa massagem, � que quando a solu��o vem do pr�prio corpo, n�o h� efeito colateral.
Com a��o mais efetiva, especialmente sobre a circula��o sanguinia, fadiga muscular e mental, problemas emocionais (ansiedade, ang�stia) e estresse, ela atua sobre os pontos reflexos, desbloqueando os caminhos da energia. Serve enfim, para �dar uma geral �no organismo. Al�m desta massagem, � fundamental uma alimenta��o adequada, bom senso, pr�tica de exerc�cios f�sicos, que fazem a energia percorrer todo o corpo.




Sim, com certeza receber massagem nos pés é uma das técnicas anti-stress preferidas do público que sabe bem viver. Além de tantas sobrecargas e tensões que os membros inferiores recebem, a circulação nos pés é extremamente deficitária, ocasionando diversas disfunções para esta região como edemas (pés inchados), varizes, calosidades, dores e bolhas, e ainda mais somatizando o peso do nosso corpo. Justamente por esses motivos que preparei uma matéria específica de massagem holística podal e procedimentos de bandagens aromáticas e hidratação profunda para que você aplique em sua cabine. O interessante é fazer a massagem primeiro, utilizando um creme de pernas e pés ou um relaxante, e logo após aplicar o tratamento sugerido nas fotos, que está bem prático de realizar. Esta zona reflexa merece cuidados e atenções especiais, pois como muitos já sabem ela pode melhorar a saúde de todo o nosso organismo.
A reflexologia podal tem recebido reconhecimento geral. Atualmente, na Inglaterra, é uma das técnicas preferidas e valorizadas pelos ingleses. Na Índia, é comum se dizer que se queremos agradar o nosso amado ou amada, devemos começar pelos pés, como gesto de humildade e conforto. Vamos lá, reconheça que seus pés merecem este carinho e tenha a certeza que todo o seu corpo agradecerá.
Massagem Holística Podal Passo a Passo

1- Puxar a parte anterior do pé.
2- Puxar a parte plantar do pé.


3- Mãos em braço, torções dos tornozelos até os dedos.


4- Fazer pressões com os dedos.
5- Com o punho semi-fechado, deslizar.


6- Com o punho semi-fechado, realizar percussões.


7- Com os polegares em crochê, alternar do calcanhar até os artelhos.


8- Trabalhar cada dedo separado, pressionando de distal para proximal.


9- Puxar os dedos.


10- Deslizar em V no tendão de Aquiles.


11- Realizar um deslizamento circular no calcâneo utilizando as almofadas tenares de sua mão.


12- Girar no sentido horário e depois anti-horário.


13- Flexionar e estender os pés.


14- Realizar torções fixas com mobilização da ossatura.


15- Flexionar a perna de encontro às nádegas e fazer rolamento com as mãos espalmadas.




Consolidação óssea
É um processo biológico complexo geralmente confiável, que leva a uma regeneração completa do tecido de suporte (osso), em vez de formar tecido cicatricial ,como ocorre em muitos órgãos.A consolidação precisa de tecidos vivos e vascularizados.A consolidação passa por 4 estágios histológicos:Inflamação,calo fibroso,calo ósseo e remodelação.
Tempo de consolidação:
R:Dependerá da idade,doenças já existentes,alcoolismo,tabagismo...
Fatores que retardam a consolidação
Na criança, o fêmur fraturado pode consolidar-se em quatro semanas. A mesma fratura em um adolescente pode necessitar de 12 a 16 semanas paira a sua consolidação, e numa pessoa de 60 anos pode demorar de 18 a 20 semanas. A presença de diabetes ou outras patologias, tais como a osteoporose, irá prolongar o período necessário para que ocorra a consolidação. Há necessidade de uso de certos medicamentos. como corticosteróides para alergias, ou para outras condições clínicas, podendo promover um efeito lentificado no processo de consolidação da fratura. Existe a pseudoartrose, termo usado para designar a não consolidação das extremidades ósseas. Além dos fatores ditos anteriormente, que lentificam o processo de consolidação, dois outros fatores podem influenciar o aparecimento da pseudoartrose: contaminação no foco da fratura em virtude de uma solução de continuidade na pele, e movimentação no foco de fratura. A contaminação é causada por material estranho, tecido desvitalizado, ou bactérias, sendo que todos inibem o processo de reparação e retardam ou impedem a consolidação cuidadosa. A manipulação dos tecidos desvitalizados e uso apropriado de antibioticoterapia podem diminuir a incidência de pseudoartrose nas fraturas expostas. A movimentação no foco de fratura é pelo menos uma das causas de pseudoartrose. A movimentação pode existir caso o gesso seja mal colocado, ou por dispositivos aplicados internamente, tais corno hastes ou placas. Esta é a razão de um princípio básico do manuseio da fratura: imobilizar o osso fraturado em um articulação acima e outra abaixo do foco de fratura, por um tempo adequado para a completa recuperação.







FISIOTERAPIA NAS FRATURAS EXPOSTAS INTRODUÇÃO ÀS FRATURAS As fraturas incluem-se nos problemas médicos mais comuns, podendo ocorrer em pessoas jovens e sadias. Os idosos, entretanto, apresentam um risco especial para fraturas, porque seus ossos estão freqüentemente na identificação do.tipo e da extensão do trauma e na criação do ambiente biológico que maximize os processos normais de reparação do osso.

Os traumas ao sistema músculo-esquelético podem assumir muitas formas diferentes, dependendo do mecanismo do trauma, da quantidade de força de forma ativa aplicada ao esqueleto e do local em que a força é aplicada. Muitos termos e sistemas de classificação são usados para definir os tipos de traumas. Embora as maiorias das fraturas cicatrizem bem, mesmo em pacientes mais idosos, muitas podem resultar em perda significativa e permanente da função e em incapacidade a longo prazo. Uma interrupção na continuidade do osso, que pode ser um rompimento completo ou incompleto. Fratura e a quebra da superfície do osso, seja através do seu córtex, seja através da superfície articular dela. As fraturas podem variar desde o simples trincamento até o rompimento completo da arquitetura óssea. A fratura através do córtex perturba a função normal da sustentação de peso do osso. O periósteo que recobre a área é rompido e o sangramento no local de fratura produz hematoma. O paciente que fratura um osso foi submetido a uma força física. Num osso normal a quantidade de força determina se a fratura é completa ou não, nas crianças os ossos ainda são flexíveis e as fraturas incompletas (em galho verde) são comuns. Se a força traumática for insuficiente para fraturar um osso normal, a fratura é dita é patológica e uma investigação posterior é essencial. Com uma força traumática direta, o osso fratura no local do impacto, as partes moles também serão danificadas. Com uma força traumática indireta, o osso fratura à distância de onde foi aplicada a força traumática, podendo ou não ocorrer a lesão das partes moles. Uma força indireta pode ser: (1) torção, a qual causa uma fratura em espiral; (2) flexão, que causa fratura transversal. (3) torção e compressão, que resulta numa fratura parcialmente transversa, porém com um fragmento triangular dito borboleta em separado; ou (4) a combinação da torção, flexão, compressão que causam uma pequena fratura oblíqua. Uma força direta pode ser: (1) puncionamento, o qual causa uma fratura transversa e alguns danos à pele; ou (2) esmagamento o qual causa fratura, a qual muitas vezes leva danos à extensão dos tecidos moles. As fraturas são classificadas em fechadas ou expostas. Aqui, porém, serão descritas apenas as expostas. FRATURA EXPOSTA A presença de uma fratura exposta altera significativamente o seu manuseio e pode influenciar negativamente a possibilidade de uma cura completa, já que freqüentemente existe uma extensa lesão em partes moles, ou mesmo unia contaminação. A fratura exposta infectada não ficará curada até que a infecção tenha sido eliminada. Conseqüentemente, para prevenir infecção no membro com a fratura exposta, esta deve ser recoberta com material esterilizado não devendo ser feito a redução da fratura nestas condições, fora do ambiente adequado. Este tipo de tratamento emergencial evita a penetração de material contaminado no foco de fratura até que as extremidades ósseas sejam cuidadosamente limpas pelo cirurgião e adequadamente tratadas. No tratamento destas fraturas, é essencial a reconstituição anatômica das superfícies articulares a fim de levá-las a sua condição original. Uma destruição cartilaginosa grave, ou uma superfície articular irregular, pode levar a unia artrite degenerativa precoce. A idade e o estado do geral do paciente são dois importantes fatores que influenciam a velocidade de consolidação de uma fratura. Na criança, o fêmur fraturado pode consolidar-se em quatro semanas. A mesma fratura em um adolescente pode necessitar de 12 a 16 semanas paira a sua consolidação, e numa pessoa de 60 anos pode demorar de 18 a 20 semanas. A presença de diabetes ou outras patologias, tais como a osteoporose, irá prolongar o período necessário para que ocorra a consolidação. Há necessidade de uso de certos medicamentos. como corticosteróides para alergias, ou para outras condições clínicas, podendo promover um efeito lentificado no processo de consolidação da fratura. Existe a pseudoartrose, termo usado para designar a não consolidação das extremidades ósseas. Além dos fatores ditos anteriormente, que lentificam o processo de consolidação, dois outros fatores podem influenciar o aparecimento da pseudoartrose: contaminação no foco da fratura em virtude de uma solução de continuidade na pele, e movimentação no foco de fratura. A contaminação é causada por material estranho, tecido desvitalizado, ou bactérias, sendo que todos inibem o processo de reparação e retardam ou impedem a consolidação cuidadosa. A manipulação dos tecidos desvitalizados e uso apropriado de antibioticoterapia podem diminuir a incidência de pseudoartrose nas fraturas expostas. A movimentação no foco de fratura é pelo menos uma das causas de pseudoartrose. A movimentação pode existir caso o gesso seja mal colocado, ou por dispositivos aplicados internamente, tais corno hastes ou placas. Esta é a razão de um princípio básico do manuseio da fratura: imobilizar o osso fraturado em um articulação acima e outra abaixo do foco de fratura, por um tempo adequado para a completa recuperação. Entretanto, a imobilização pode levar a urna diminuição da resistência muscular (atrofia) e óssea (osteopenia por desuso), por isso, o período de imobilização não deve ser maior do que o necessário para produzir a consolidação. Este período é determinado pelo controle radiográfico e pelo controle médico. A imobilização promove a recuperação pela absorção do edema, permitindo a formação de uma vascularização ao redor da fratura que fornece um rico suprimento sanguíneo para nutrir o calo ósseo e, posteriormente, um osso novo. O protocolo de manuseio de uma fratura exposta deve ser individualizado para cada paciente, baseado no tipo de fratura, sua localização e método de estabilização. Mesmo com os cuidados adequados pode existir o aparecimento de uma pseudoartrose. Estas são mais possíveis de ocorrer em ossos em que o suprimento vascular é precário. Dois exemplos notórios são a cabeça do fêmur e o osso navicular do metacarpo. Por ocasião da identificação da pseudoartrose, o tratamento consiste no controle da micção (quando presente), imobilização da fratura (que pode ser por aparelho gessado, placas e parafusos, hastes ou outras técnicas de fixação mecânica) e, geralmente, com enxerto ósseo. O enxerto ósseo consiste na retirada de pequenas quantidades de osso de alguma área do próprio corpo ou mesmo do corpo de terceiros. O osso é retirado e colocado no foco da pseudoartrose. Quando o osso é retirado do próprio paciente é chamado de enxerto autógeno e quando é retirado de outras pessoas ou de cadáver é denominado exógeno. O uso desse ultimo enxerto exige uma técnica rigorosa para evitar a transferência de infecção ou de outras doenças. Os focos de pseudoartrose assim estimulados pelo enxerto ósseo geralmente evoluem para a consolidação. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 1. Choque - varia de acordo com a extensão das lesões, posicionamento dos fragmentos, idade do paciente e circunstâncias do trauma. 2. Dor - Isto também varia de acordo com as circunstâncias mencionadas em 1. 3. Deformidade - é notável quando há deslocamento dos fragmentos ósseos. 4. Edema - é localizado imediatamente após a lesão e, a seguir, gradualmente mais extenso. 5. Sensibilidade local acentuada - uma característica importante numa lesão que parece ser trivial. 6. Espasmo muscular. 7. Movimento anormal e crepitação - Nunca se deve lazer tentativa de reproduzir essas alterações, pois poderia provocar maiores danos. 8. Perda da função - Pode ser compelia nas lesões graves, mas uma certa atividade pode ser possível quando a lesão é menos grave. Após a redução e fixação a dor na maioria das vezes permanece por um tempo razoável dependendo dos problemas associados aos tecidos moles. Outro fator importante presente é o edema que leva a dificuldade na obtenção da fixação adequada, a perda da função é também variável do tipo de fratura e seu tratamento. Às vezes, a função normal pode ser readquirida muito rapidamente com o tratamento fisioterápico adequado, porém, em outros casos, surgem vários problemas, para os quais o tratamento intensivo é necessário. OBJETIVOS FISIOTERÁPICOS (durante e após a fixação) - Diminuir o quadro álgico - Reduzir o edema - Melhorar a circulação local - Manter e melhorar o tônus muscular - Manter a integridade articular - Melhorar tônus muscular - Reeducação funcional do membro TRATAMENTO FISIOTERÁPICO Pode ser dividido em tratamento durante a imobilização e após a remoção do Aparelho de fixação. O fisioterapeuta deve ser cuidadoso para evitar qualquer coisa que possa retardar o reparo ou levar à pseudo-artrose. Assim, é essencial que os princípios das fraturas salientados anteriormente neste capítulo sejam compreendidos e que se promova uma discussão com outro membro da equipe cirúrgica para certificar-se da necessidade de qualquer precaução em particular. Nenhum aparelho deve interferir, a menos que a remoção para o tratamento seja possível, e se assim for deve ser meticulosamente protegido enquanto está sem aparelho . O fisioterapeuta deve estar alerta para as possíveis complicações e relatar qualquer sinal indesejável ou sintomas. TRATAMENTO DURANTE A IMOBILIZAÇÃO Os objetivos durante esse período são: - Redução do edema - É muito importante tomar essa providência o mais rápido possível para evitar a formação de aderências. Isso também ajuda a diminuir a dor. - Ajudar a manutenção da circulação na área - o exercício ativo através da atividade muscular estática ou isotônica ajuda a manter um bom suprimento sanguíneo nos tecidos moles e concorre para reduzir a tumefação e evitando a formação de aderências. - Manter a função muscular por contrações ativas ou estáticas. - Manter o arco de movimento tanto quanto possível. - Manter o máximo de função permitida pela lesão em particular e pela fixação. - Ensinar o paciente como usar os aparelhos especiais como muletas, bengalas, dispositivos diversos e como cuidar deles ou de qualquer outro aparelho. FISIOTERAPIA APÓS A RETIRADA DO APARELHO DE FIXAÇÃO O fisioterapeuta realiza uma avaliação do paciente e então formula um plano de tratamento. Embora certas características clínicas possam ser aguardadas na evolução se uma determinada fratura elas aparecem em graus diferentes em cada paciente e, em certos casos, podem não estar relacionados com a idade, família, profissão, lazer e reações psicológicas do indivíduo. Todos devem ser levados em consideração no planejamento do programa de tratamento e na avaliação do progresso, de modo que as alterações apropriadas possam ser introduzidas. Os objetivos do tratamento relativo à fratura incluem: - redução de qualquer edema - reaquisição do arco de movimento articular - reobtenção da potência muscular total. - reeducação da função total. Cuidados Ulteriores e Reabilitação para Pacientes com Fraturas. Lembrando que os objetivos de todo tratamento de fraturas são. - aliviar a dor - obter e manter posição satisfatória dos fragmentos fraturários; - permitir e, se necessário , estimular a consolidação óssea; - restaurar uma função ótima. O mais importante desses é a recuperação da função, pois o que lucraria um homem se alcançasse a consolidação de sua fratura em uma posição satisfatória, mas falhasse em recuperar a função útil da parte traumatizada? Quanto maior o grau de função que possa ser preservado durante o tratamento da fratura do paciente menor será o grau funcional que terá que ser restaurado . Assim, a reabilitação de um paciente começa com o cuidado imediata de sua lesão, continua por meio do tratamento de emergência, passa ao tratamento definitivo, até que seja restituído ao paciente a função normal ou mais normal lesão permita. O edema excessivo e persistente dos tecidos moles produz aderência semelhante a cola, com conseqüente rigidez articular; portanto, ele deve ser minimizado ou evitado pela elevação adequada do membro fraturado durante a fase de consolidação da fratura, bem como a melhoria do retorno venoso através de exercícios ativos de todos os músculos regionais. Músculos que não são usados exibem rapidamente atrofia por desuso, que podem ser prevenidas através de exercícios ativos estáticos (isométricos) dos músculos que controlam as articulações imobilizadas e exercícios ativos dinâmicos (isotônicos) de todos os outros músculos do membro, ou tronco. A fisioterapia supervisionada é particularmente importante no cuidado posterior dos adultos com fraturas, o paciente tem que ser ajudado e ajudar a si próprio. Todas as articulações que não estão imobilizadas pelo tratamento da fratura devem ser diariamente mobilizadas em todos os graus de movimento pelo paciente. Em acréscimo à preservação da função dos músculos e articulações após uma fratura, você deve pensar em preservar função da mente do paciente, já que a atitude mental deste para com sua lesão determina em considerável extensão o grau em que ele irá se recuperar da mesma. De fato considerações psicológicas, somadas a bons cuidados da fratura do paciente geralmente podem prevenir desânimo desnecessário, depressão e preocupação indevida em relação ao futuro. Muitos pacientes recobram a função rapidamente, alguns precisam de ajuda e outros, mais tímidos e introvertidos necessitam de encorajamento constantes em seus esforços. Após o período de imobilização externa da fratura os exercícios ativos devem ser continuados, até mesmo mais vigorosamente, até que a força muscular normal e a mobilidade articular tenham sidos recuperados. Se necessário o paciente deve ser retreinado nas atividades de vida diária e da profissão, geralmente através de terapia ocupacional supervisionada. Além disso, após um período de afastamento do trabalho, a condição geral do paciente se encontra deteriorada e ele pode precisar iniciar um programa de condicionamento físico geral antes de retornar ao trabalho; isto é com freqüência melhor elaborado num centro de reabilitação. REABILITAÇÃO - UMA FILOSOFIA EM AÇÃO A reabilitação não é uma técnica especializada de tratamento, nem um método de tratamento, e nem mesmo um princípio de tratamento; a reabilitação é uma filosofia em ação, a filosofia do cuidado total e do cuidado contínuo de seu paciente. O amplo objetivo ou meta da reabilitação é corrigir, o máximo possível, o problema de seu paciente (quer seja físico, mental, ou social) e além isso, continuar a ajudá-lo com tratamento, treinamento, educação, estímulo para lidar com o lado incorrigível de seu problema e sua atitude em relação a ele, de modo que sua vida possa passar de uma dependência para uma independência, de uma vida vazia para uma vida mais útil. De uma certa maneira a reabilitação é tentar ir o mais longe possível com seu paciente, e isto é valido para todos os campos da medicina e da cirurgia nos seus problemas de incapacidade. CONCLUSÃO Na reabilitação de uma fratura é indispensável uma boa anamnese para se obter um diagnóstico preciso e traçar o tratamento adequado para cada situação, uma vez que são casos totalmente únicos e isolados. **Este artigo encontra-se publicado no site FisioWeb WGate - Referência em Fisioterapia na Internet - www.fisioweb.com.br fonte: www.wgate.com.br/fisioweb




AVC (JORGE)
1- AVC (Acidente Vascular cerebral) ->é uma lesão no cérebro causada por um acidente em um dos vasos sanguíneos que irrigam a região cerebral.
2-TIPOS DE AVC
A- ISQUÊMICO-> caracteriza pelo entupimento em um dos vasos sanguíneos que irrigam uma região especifica do cérebro,interferindo com as funções neurológicas dependentes daquelas regiões afetadas.
TIPOS DE AVC ISQUÊMICO
TROMBOSE ->Decorrente de um processo obstrutivel na luz arterial devido à presença de placas de ateroma.
EMBOLIA ->Decorrente de um processo obstrutivo na luz arterial proveniente de lesão cardíaca ou vascular.
AIT -> Ocorre por déficit neurológico que não ultrapassa 24hs.
HIPOPERFUSÂO CEREBRAL -> Déficit neurológico decorrente de baixo fluxo sanguíneo cerebral.
B- HEMORRÁGICO-> Caracteriza-se pelo rompimento de um vaso sanguíneo provocando sangramento no cérebro.
TIPOS AVC HEMORRÁGICOS:
HEMORRAGIA INTRACRANIANA ->Ocorre geralmente associada à hipertensão,cuja a ação prolongada nas paredes arteriais determina a formação de pseudo – aneurismas de charcot a ruptura desses aneurismas caracteriza a hemorragia.
HEMORRAGIA SUBARACNÓIDE -> está associado à ruptura de aneurisma ou má formação artériovenosa.
3- EPIDEMIOLOGIA -> O AVC está entre as condições médicas mais freqüentes e 85% são isquêmicos e 15% são hemorrágicos,apresentando nos EUA 500.000 casos/ano, e é responsável por 20 % das mortes cardiovasculares e ocupando o 3º lugar entre as causas de morte em países desenvolvidos,ficando atrás somente das doenças cardíacas e câncer .É a principal causa de incapacidade funcional entre idosos.
4-FATORES DE RISCO:
NÃO MODIFICÁVEIS -> idade,hereditariedade,sexo e raça.
MODIFICÁVEIS -> hipertensão arterial,diabetes,tabagismo,sedentarismo,estresse,obesidade e uso de anticoncepcional.
5- FISIOPATOLOGIA -> uma vez ocorrida uma interrupção na circulação arterial (isquemia) ou rompimento de vaso sanguíneo causando sangramento no cérebro (hemorragia),uma série de alterações funcional e estrutural surgirá no território acometido,resultando em ultima estância em morte neuronal.Por outro lado,áreas vizinhas manterão um funcionamento ainda que anormal, mas potencialmente reversível.
6- SINTOMAS => Dependem da área do cérebro que foi lesada. Em geral, pode haver dificuldades na fala e nos movimentos ou alterações da visão. Formigamento ou fraqueza em uma das partes do corpo também é comum, além de dor de cabeça repentina.
7- SEQUELAS -> O AVC, em geral deixa seqüelas mais ou menos graves, dependendo da área do cérebro afetado e do tempo que o paciente demorou para ser atendido. As mais comuns são: paralisia total ou parcial de um lado do corpo (pode ser direito ou esquerdo), alterações da fala; alterações visuais e alterações da memória.
8- TRATAMENTOS-> As pessoas que sofrem AVC deve procurar imediatamente um médico neurologista para prescrição de medicamentos apropriados para dissolver os coágulos que estão causando entupimentos dos vasos para que o sangue volte a circular na região cerebral atingida (AVC isquêmico) ou fazer uma cirurgia para conter o sangramento (AVC hemorrágico).
9- REABILITAÇÃO -> Existem várias formas de reabilitação, sua aplicação vai depender do tipo de comprometimento neurológico que a pessoa tiver: no comprometimento motor, a intervenção na fisioterapia, alterações da fala, a intervenção da fonoaudióloga e assim por diante.



Correção de fratura óssea
Há várias formas de classificação de fraturas ósseas. A fratura simples envolve uma única linha de fratura através de um osso. A fratura cominutiva é aquela na qual o osso foi fraturado em 2 ou mais segmentos. Uma fratura exposta é aquela na qual o osso fraturado penetra a pele.
As três opções principais de tratamento para fraturas ósseas são:
1. Imobilização com molde de gesso;
2. Redução aberta e fixação interna - isto envolve uma cirurgia para corrigir a fratura, com o uso freqüente de pinos de metal, parafusos ou placas para reparar o osso e que permanecem no lugar, sob a pele, após a cirurgia. Este procedimento é recomendado para fraturas complicadas, que não podem ser realinhadas (reduzidas) por meio de gessos, ou nos casos em que o uso prolongado de um gesso não é recomendado;
3. Redução aberta e fixação externa - isto envolve uma cirurgia para corrigir a fratura, com a colocação de um dispositivo de fixação externa no membro fraturado. Trata-se de uma armação externa que segura o osso e o mantém na posição correta enquanto este cicatriza. A técnica é geralmente aplicada para tratamento de fraturas complexas, que não podem ser corrigidas pela redução aberta e fixação interna.














Correção de fratura óssea
Procedimento



Com o paciente sob anestesia (geral ou local) uma incisão é feita sobre o osso fraturado. O osso é colocado na posição correta e fixo, temporária ou permanentemente, com parafusos, pinos ou placas de metal. Os vasos sangüíneos rompidos são ligados ou cauterizados. Se o exame da fratura mostrar a perda de uma quantidade de osso, especialmente se houver um intervalo entre as extremidades fraturadas do osso, o cirurgião poderá decidir sobre a colocação de um enxerto ósseo, para acelerar a cicatrização. Se o enxerto não for necessário, a fratura poderá ser corrigida pelos seguintes procedimentos: a) inserção de um ou mais parafusos através da fratura, para mantê-la; b) fixação, por parafusos, de uma placa de aço no osso; c) colocação de uma haste de metal, longa, canelada e com orifícios, na diáfise do osso, em sentido descendente a partir de uma das extremidades, com parafusos que atravessam o osso e se fixam nos orifícios dessa haste. Em alguns casos, após esta estabilização, é necessário o reparo cirúrgico de nervos e vasos sangüíneos e a incisão cutânea é fechada da forma usual.




Correção de fratura óssea
Cuidados pós-operatórios



A vantagem da fixação interna é a possibilidade de mobilidade mais cedo e cicatrização mais rápida, não sendo necessária a sua remoção, a menos que o aparelho cause problemas. O prognóstico a longo prazo é excelente. O tempo de permanência no hospital dependerá de vários fatores como a condição do osso corrigido, a presença de infecção, as condições de suprimento sangüíneo e nervoso e a presença de outras lesões. Os ossos das crianças cicatrizam rapidamente, em geral dentro de 6 semanas.

Os raios X do osso são uma maneira rápida de determinar a presença de fraturas, deslocamentos e outros tipos de anormalidades no osso. O procedimento tem a vantagem de ser indolor e de expor o paciente a apenas uma pequena quantidade de radiação.


Este raio X mostra ossos quebrados (fraturados) no antebraço (rádio e ulna).

Qualquer osso do corpo pode ser quebrado (fraturado). As fraturas dos ossos longos são normalmente conhecidas pelos nomes apresentados na ilustração.



Essa fotografia mostra um osteoblasto normal. É uma célula grande com núcleos múltiplos identificáveis individualmente. O osteoblasto é um dos dois tipos de células necessárias para a recuperação dos ossos.

Sintomas:
• um membro ou articulação visivelmente deslocados ou deformados
• limitação de movimentos
• inchaço e dor intensa
• palidez
• ausência de pulso
• contusões
• insensibilidade e formigamento
• dor ao carregar peso









Fraturas da Diáfise Femoral
INTRODUÇÃO

A classificação das fraturas femorais tem utilidade na determinação do tratamento e prognóstico. Esta classificação se baseia na localização e no padrão da fratura, e considera todas as fraturas ocorrentes no âmbito do espaço transepicondiliano do joelho. As fraturas do tipo A envolvem a diáfise distal apenas com graus variáveis de cominuição. As fraturas do tipo B são fraturas condilianas; o tipo B1 é uma divisão sagital do côndilo lateral, o tipo B2 é uma divisão sagital do côndilo medial, o tipo B3 é uma fratura no plano coronal. As fraturas do tipo C são fraturas condilianas em T e em Y; as fraturas do tipo C1 não apresentam cominuição, as fraturas do tipo C2 apresentam uma fratura diafisária cominutiva com dois fragmentos articulares principais, e as fraturas do tipo C3 apresentam uma cominuição intra-articular.


Fraturas da Diáfise Femoral

O fêmur é o maior osso do corpo e sua diáfise é particularmente forte nos adultos. Freqüentemente as fraturas da diáfise femoral são resultantes de traumas de alta energia, podendo estar associadas a lesões em vários sistemas. Deste modo, é necessário um traumatismo direto violento, tal qual como pode acontecer em um acidente automobilístico, para produzir uma fratura da diáfise femoral. Embora a consolidação da fratura possa ser usualmente conseguida por tratamento fechado, normalmente requer 20 semanas - e algumas vezes mais tempo.

Uma fratura da diáfise femoral num adulto raramente pode ser reduzida e mantida num aparelho de gesso.


Tratamento

Durante o tratamento de emergência dos pacientes que sofreram fratura desviada da diáfise femoral, o membro deve ser imobilizado, não só para avaliar a dor, mas também para impedir lesão futura às partes moles. O choque associado deve ser tratado prontamente.

O tratamento não-operatório tem menos riscos do que o tratamento operatório e é suficiente para a maioria das fraturas da diáfise femoral. A tração é contínua do tipo fixa ou balanceada. Enquanto que as fraturas oblíquas, espirais e cominutiva não necessitam de redução prévia, as fraturas transversas em adultos devem ser inicialmente reduzidas sob anestesia geral, e então ser aplicado o dispositivo de tração para manter a redução. A tração é continuada por aproximadamente 12 semanas durante as quais o paciente é encorajado a exercitar todos os músculos do membro fraturado. Quando a consolidação clínica foi conseguida, evidenciada pela ausência de dor local provocada ao nível da fratura e a ausência de dor ao se aplicarem forças angulatórias, o dispositivo de tração deve ser retirado.

O tratamento operatório incluindo a fixação interna com uma haste intramedular longa é o que melhor se ajusta às fraturas do terço médio da diáfise femoral e é correntemente o método predileto para estas fraturas. Uma vez que há consideráveis riscos - particularmente de infecção - a osteossíntese intramedular não deve ser usada imprecisamente. As circunstâncias seguintes representam indicações definidas para osteossíntese intramedular: (1) falha em se conseguir uma redução aceitável por meios fechados; (2) lesões traumáticas múltiplas associadas; (3) lesão da artéria femoral coexistente necessitando de reparo; (4) paciente idoso par aquém o repouso em cama prolongado é deletério; (5) fraturas patológicas. Mesmo após a osteossíntese intramedular de uma diáfise femoral fraturada, a mobilização em uma espica gessada para quadril é aconselhável por oito semanas pelo menos.

Atualmente, existem várias técnicas para seu tratamento, e o cirurgião ortopédico deve estar ciente das vantagens, desvantagens e limitações de cada uma delas. O tipo e localização da fratura, o grau de cominuição, a idade do paciente são fatores que podem influenciar o método de tratamento.

Os métodos de tratamento possíveis para as fraturas da diáfise femoral são os seguintes:

1. Redução fechada e imobilização em aparelho gessado pelvipodálico

2. Tração esquelética

3. Cast brace femoral

4. Fixação externa

5. Fixação interna

A- Haste intramedular (técnica aberta; técnica fechada).
B- Haste intramedular intertravante
C- Fixação por placa

O fêmur está circundado por músculos poderosos, que exercem forças de angulação sob os fragmentos e, em contraste com seu uso numa criança de pequena estatura, a imobilização por gesso logo após uma fratura do fêmur no adulto comumente leva a deslocamento, angulação e posicionamento inaceitáveis.

Freqüentemente são empregados métodos de tração esquelética como fase preliminar a outros métodos definitivos para o tratamento (por exemplo, antes da aplicação de um cast brace, ou de fixação intramedular fechada). É amplamente utilizado um período de tração preliminar, para a ligeira distração da fratura antes de uma fixação intramedular fechada. Em sua maioria, as fraturas tratadas com técnicas utilizando cast brace são mantidas em tração esquelética durante 2 a 3 semanas, até que o hematoma da fratura comece a organizar-se e que a fratura se torne "pegajosa". Seu uso eliminou muito das desvantagens da imobilização pelo gesso, levando a uma mobilidade muito mais precoce, a uma menor morbidez, a resultados funcionais melhores, e a uma elevada percentagem de consolidações. Entretanto, encurtamento e angulação continuam a ser problemas.


Fixação Externa

Temos uma experiência limitada com o uso da técnica de pinos e gesso. Emprega-se a técnica comumente em pacientes idosos, que, por uma razão ou outra não eram candidatos para a fixação interna, não sendo adequados para a tração esquelética. Dois pinos de Stein Mann calibrosos são inseridos proximal mente à fratura e dois distal mente, sendo incorporados num cilindro de gesso de total contato com a coxa. Ocorreu consolidação em todas as fraturas, e o funcionamento do joelho foi bem preservado. Na maioria das fraturas expostas da diáfise femoral, fixadores externos com meios pinos mostraram-se eficazes, especialmente para fraturas intensamente contamidas.


Fixação interna

Num paciente adulto jovem com uma fratura não cominutiva através da parte mais estreita do canal medular, uma haste intramedular, desde que não ocorram complicações, proporciona o tratamento mais eficiente para esta fratura. Entretanto, as fraturas nos terços proximal ou distal da diáfise, ou as fraturas apresentando cominuição grave, são menos adequadas para este tipo de fixação interna. Assim, a redução aberta e a fixação interna exigem habilidade e treinamento especiais, um conjunto completo de equipamentos e instrumentos, e um paciente informado, ciente da seriedade das complicações que podem ocorrer.

Embora os métodos fechados tenham reduzido o risco de infecção, permaneceram problemas com as fraturas gravemente cominutivas e as fraturas nos terço proximal e distal, quando tratadas com hastes não travadas.Com o progresso da técnica e com a disponibilidade dos intensificadores de imagens, as pinagens fechadas praticamente substituíram a técnica aberta.




Exame radiográfico

O exame radiográfico deve ser sempre usado quando há suspeita de fratura. Embora na grande maioria dos casos, as explorações radiográficas sejam negativas, é um custo que deve se pago para que se esteja seguro de que uma fratura não passe despercebida. A falha do diagnóstico não é somente um problema sério para o paciente, como também é importante do ponto de vista médico-legal.


Técnica radiográfica

A técnica normal é fazer duas projeções em planos que formem um ângulo reto entre si - geralmente ântero-posterior e lateral. As radiografias devem sempre incluir uma boa distância de osso acima e abaixo do local suspeito, incluindo a articulação vizinha.

Muitos exemplos podem ser dados para ilustrar o perigo de se fazer somente uma incidência. Se o exame radiográfico é inadequado, o diagnóstico de fratura ou luxação pode passar facilmente despercebido.

Quando uma radiografia mostra evidência, de fratura ou luxação, não deve terminar nesse ponto. As chapas devem ser bem estudadas, e se necessário, novos raios-x devem ser feitos para obter respostas.

Em certo estágio do tratamento, é necessário se certificar se ocorreu ou não uma união sólida. A decisão é tomada mediante uma combinação de evidência clínica e radiológica.


Complicações

O choque e a embolia gordurosa são complicações precoces das diáfises femorais fraturadas. A complicação tardia mais inconveniente é a rigidez persistente do joelho (que é em larga escala evitável pelos exercícios ativos precoces e continuados); o músculo quadríceps ou a patela podem-se tornar aderentes à extremidade distal do fêmur e necessitar de liberação cirúrgica. A pseudo-artrose na ausência de infecção é rara, mas o retardo de consolidação é uma indicação para enxertia de osso esponjoso autógeno.Forças de rotação e atrito em fraturas do colo do fêmur

A fratura por adução nunca consolidada a não ser que se tome cuidado especial assegurando assim a imobilização rígida. Já a fratura por abdução, quase sempre se consolida sem o auxílio de pino ou qualquer outro dispositivo, freqüentemente ela se consolida sem qualquer tratamento.


A diferença entre essas fraturas, é que quando há desvio em adução, a linha de apoio e de contração muscular é tal que há movimento de atrito entre os fragmentos; enquanto que na fratura por abdução, a força de apoio e de contração muscular impacta um fragmento de encontro ao outro.

Na fratura por abdução, a consolidação se dá cirurgicamente, pois essa fratura não se consolida sozinha, além de não ter mobilidade inerente. A mobilização é feita cirurgicamente.


Consolidação retardada devido à infecção

Podemos dizer que a infecção óssea não é uma causa de pseudo-artrose, e sim causada pelo retardamento da consolidação.

Há ocorrência de consolidação rápida em presença de infecção, desde que a imobilização seja feita corretamente. Se ocorrer pseudo-artrose, não ocorrerá pela infecção e sim pela imobilização inadequada desde o início, pois se deu prioridade a infecção sacrificando assim a imobilização completamente. Assim é mais fácil de proporcionar inspeções regulares às feridas, curativos freqüentes e irrigação com anti-sépticos. Uma alternativa para isso é a imobilização não ser feita por tanto tempo. O tempo de imobilização nesse caso não seria o tempo suficiente e sim um limite desse tempo. Se a fratura não se consolidar nesse período determinado, presume-se que não se consolidará. Já a imobilização completa é abandonada em favor de um aparelho gessado de marcha.

A osteossíntese na fratura infectada constitui outro fator na gênese da consolidação retardada. A simples presença de uma placa, parafuso ou haste intramedular não agrava a infecção. O metal é inerte, ele interfere no processo de cura natural e a antibioticoterapia geral e local é duvidosa em relação à esterilidade em torno da prótese.

Deve-se tirar a prótese em último caso, pensando na vantagem da preservação da fixação interna para promover a consolidação, contra a necessidade de removê-la a fim de combater a infecção. Deve-se obter um meio termo, e na maior parte dos casos, a prótese deve ser retida até que se tenha obtido estabilidade (não necessariamente a consolidação) no sítio da fratura.





Placas Ósseas
Dispositivos implantáveis para a fixação de fraturas que se unem aos fragmentos ósseos com parafusos para fazer uma ponte que una o intervalo da fratura e proteja o local do estresse, como as cicatrizações ósseas.
Fraturas do Fêmur
Somente de diáfise femoral:
Fraturas Intertrocanterianas/Fraturas Subtrocanterianas/Fraturas Trocanterianas/Fraturas Intertrocantéricas/Fraturas Subtrocantéricas/Fraturas Trocantéricas

Fraturas de quadril


DEFINIÇÃO:
Fraturas de CABEÇA DO FÊMUR, COLO DO FÊMUR (FRATURAS DO COLO FEMORAL), trocanters ou das regiões inter ou subtrocantéricas. Estão excluídas as fraturas do acetábulo e do eixo femoral abaixo da região subtrocantérica (FRATURAS DO FÊMUR).

Fixação Interna de Fraturas
Osteossíntese em Fratura Cirúrgica
Definição: Utilização de dispositivos internos (placas metálicas, pregos, hastes, etc.) para sustentar a posição de uma fratura no alinhamento apropriado.
Dispositivos internos usados na osteossíntese para manter a posição da fratura no alinhamento apropriado. Pela aplicação dos princípios de engenharia biomédica, o cirurgião utiliza placas de metal, pregos, barras, etc., para a correção dos defeitos do esqueleto.

reabilitação
Usado con doenças e procedimentos cirúrgicos para restauração da função do indivíduo
somente qualificador; para restabelecimento de paciente ao estado de pré-doença ou pré-terapia;
Consolidação da Fratura
Restauração fisiológica do tecido e função óssea após uma fratura. Inclui a formação de CALO ÓSSEO e a reposição normal do tecido ósseo.

Calo Ósseo
Depósito ósseo formado entre e em torno das extremidades quebradas de FRATURAS ÓSSEAS durante a consolidação normal.
formação de osso pós-fratura; não confunda com "caloso" ( = CALOSIDADES)
Prevalência do risco para fraturas estimado pela ultra-sonometria óssea de calcâneo em uma população de mulheres brasileiras na pós-menopausa
Observa-se uma forte tendência de envelhecimento da população mundial levando a um aumento da prevalência de doenças como a osteoporose e fraturas. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de risco para fraturas estimado pela ultra-sonometria óssea de calcâneo em uma população de mulheres na pós-menopausa, residentes na Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro, Brasil. Realizamos medidas antropométricas e ultra-sonometria óssea de calcâneo com aparelho Sonost 2000 em 385 mulheres pós-menopausadas. Observamos que 59,22% da amostra apresentavam T-score < -1, sendo que 16,88% tinham T-score < -2,5. Houve variação em todos os parâmetros do exame conforme o aumento da idade, e diferença estatisticamente significativa (p < 0,05) entre os grupos de risco para fratura por idade, tempo de menopausa, peso, IMC e percentual de gordura corpórea. Houve correlação entre velocidade do som e IMC (r = 0,155; p = 0,002). Concluímos que cerca de 60% da população feminina estudada apresenta algum grau de risco para fraturas. As mulheres do grupo de maior risco (T-score < -2,5) eram mais velhas, com maior tempo de menopausa, maior peso e IMC do que as dos outros grupos.







Observa-se uma forte tendência de envelhecimento da população mundial levando a um aumento da prevalência de doenças como a osteoporose e fraturas. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de risco para fraturas estimado pela ultra-sonometria óssea de calcâneo em uma população de mulheres na pós-menopausa, residentes na Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro, Brasil. Realizamos medidas antropométricas e ultra-sonometria óssea de calcâneo com aparelho Sonost 2000 em 385 mulheres pós-menopausadas. Observamos que 59,22% da amostra apresentava T-score < -1, sendo que 16,88% tinham T-score < -2,5. Houve variação em todos os parâmetros do exame conforme o aumento da idade, e diferença estatisticamente significativa (p < 0,05) entre os grupos de risco para fratura por idade, tempo de menopausa, peso, IMC e percentual de gordura corpórea. Houve correlação entre velocidade do som e IMC (r = 0,155; p = 0,002). Concluímos que cerca de 60% da população feminina estudada apresenta algum grau de risco para fraturas. As mulheres do grupo de maior risco (T-score < -2,5) eram mais velhas, com maior tempo de menopausa, maior peso e IMC do que as dos outros grupos.


DIABETES e uma doença resultante da incapacidade do organismo manter o nível de açúcar no sangue (glicemia ) dentro dos limites normais. Quando não tratados, estes níveis de glicose atingem valores excessivos, causando graves problemas de saúde. Sendo assim, é de grande importância fazer exames para verificar a taxa de açúcar no sangue. Para maiores informações, consulte um medico ou nutricionista. Um dos aspectos mais importantes do tratamento do diabetes é a alimentação. A seguir, algumas orientações e recomendações auxiliarão o diabético a controlar melhor sua taxa de açúcar no sangue.

RECOMENDAÇÕES GERAIS: Distribuir os alimentos em 5 a 6 refeições. Preferir os alimentos ricos em fibras como: verduras e legumes crus, frutas com casca e bagaço. Não deixar de fazer nenhuma refeição. Usar alimentos assados, cozidos ou grelhados. Evitar frituras. Mastigar bem os alimentos. Usar produtos dietéticos com cautela e sob orientação. Ler atentamente os rótulos dos produtos industrializados, verificando se contém açúcar (sacarose, glicose). Beber bastante água durante o dia ( cerca de 8 copos /dia ). Procurar perder e/ou manter

ALIMENTOS DE CONSUMO LIVRE: Alface, acelga, agrião, broto de feijão, repolho, palmito, abobrinha, aipo, chicória, coentro, cebola, cebolinha, salsa, espinafre, hortelã, jiló, couve, couve-flor, pimentão, pepino, rabanete, tomate, maxixe, limão, mostarda, alho, chás como erva-doce, hortelã, capim-santo, camomila.

ALIMENTOS DE CONSUMO CONTROLADO: Arroz, macarrão, farinhas, batata baroa batata doce, cará, inhame, mandioca, pão, pão integral, torradas, biscoito de sal, cuscuz, pipoca, canjica, pamonha, tapioca (beiju), feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, soja. Abóbora, cenoura, chuchu, quiabo, vagem, beterraba. Frango, miúdos, ovos, carne bovina e peixes. Leite, queijos, iogurtes, requeijão. Alimentos industrializados. Óleo, margarina, manteiga e azeite. Café.

ALIMENTOS DE CONSUMO PROIBIDO: Açúcar, rapadura, mel/melado, doces em geral, caldo de cana, balas, bolos, chocolates, refrigerantes, sorvetes, bebidas alcoólicas, biscoitos e pães doces.

ALIMENTOS A SEREM EVITADOS: Carne de porco e seus derivados ( banha, toucinho, lingüiça, salame, mortadela, presunto). Creme de leite, nata, manteiga, queijo curado. Frituras, pele de frango e couro de peixe. Coco e leite de Coco.
Bolo salgado
17/11/2003 - Diabetes Nós Cuidamos
Ingredientes:

4 ovos
1 xícara de leite
3/4 de xícara de óleo
1 xícara de chá de farinha
1 xícara de chá de maisena
Sal a gosto
1 colher de sopa de queijo ralado
Salsinha
1 colher de sopa de fermento em pó

Modo de preparo:

Bater todos os ingredientes da massa no liquidificador. Untar uma forma com um pouco de óleo e polvilhar com farinha. Colocar um pouco da massa, o recheio e a massa novamente. Levar para assar durante cerca de 30 minutos. Furar com um garfo e, se estiver seco, retirar do forno. Servir quente ou frio, acompanhado de salada verde.

Recheio:

2 latas de atum
1 cebola média
1 xícara de chá de azeitonas pretas picadas
Sal a gosto
Salsinha

Modo de preparo:

Refogar a cebola numa panela com um pouco de óleo.Quando a cebola amolecer, juntar o atum e mexer com uma colher até ele se soltar. Colocar o sal e a salsinha e, por último, as azeitonas. Desligar.

Opção:

Este recheio pode ser substituído por frango, brócolis, queijo e presunto ou legumes. Para os legumes, cozinhar em uma panela com água e sal ervilha, cenoura e vagem. Escorrer e rechear a massa.

Dicionário fisioterapeutico

A

Abdução - Movimento de abertura ou afastamento de um membro, ou de um segmento do corpo, em relação ao seu eixo.
Ablepsia - cegueira.
Abrasão - esfoladura, arranhão.
Abscesso - coleção de pus externa ou internamente.
Absorção - penetração de liquido pela pele ou mucosa.
Abstinência - contenção, ato de evitar.
Abordagens Craniossacrais e Miofasciais: Métodos de trabalho corporal que agem tanto de maneira reflexa como mecânica com a rede fascial do corpo.
Abordagens Energéticas: Métodos de trabalho corporal que funcionam com respostas sutis do corpo.
Abordagens Estruturais e de Integração Postural: Métodos de trabalho corporal, derivados da biomecânica do alinhamento postural e da importância das estruturas do tecido conectivo.
Abordagens Integradas: Métodos combinados de várias formas de massagem e estilos de trabalho corporal.
Abordagens Miofasciais: Estilos de trabalho corporal que afetam os tecidos conectivos, muitas vezes chamados de massagem de tecido profundo, manipulação de tecido mole ou liberação miofascial.
Abordagens Neuromusculares: Métodos de trabalho corporal que influenciam as respostas reflexas do sistema nervoso e sua conexão com a função muscular.
Abordagens Orientais: Métodos de trabalho corporal que se desenvolveram a partir de antigas técnicas chinesas.
Abreviação: Forma encurtada de palavras ou frases.
Abuso: Exploração, uso impróprio, maus-tratos, molestação, negligência.
Acetilcolina: neurotransmissor mais abundante nas junções neuromusculares, nos gânglios autonômicos, nas junções efetoras parassimpáticas, em algumas junções efetoras simpáticas e em muitas regiões no sistema nervoso central.
Ácido acético: líquido claro, viscoso, solúvel em água. Quando resfriado abaixo de 16,7ºC sofre solidificação formando cristais brilhantes, incolores e transparentes com aspecto de gelo.
Acinésia - impossibilidade de movimentos voluntários, paralisia.
Acinesia - lentidão dos movimentos ou paralisia parcial.
Acne - doença inflamatória das glândulas sebáceas.
Acromia - falta de melanina, falta de pigmentação "albinismo
Acupressão: Métodos usados para tonificar ou sedar pontos de acupuntura sem o uso de agulhas.
Adaptação: Resposta a uma estimulação sensorial em que a sinalização do nervo é reduzida ou cessa.
Adenosa - tumor de uma glândula e que reproduz a estrutura dela.
Adiposo - gordura.
Adução - mover para o centro ou para a linha mediana.
Aeróbia: descreve um processo bioquímico que necessita ou que ocorre na presença de oxigênio gasoso (02).
Afagia - impossibilidade de deglutir.
Afasia - impossibilidade de falar ou entender a palavra falada.
Afebril - sem febre, apirético.
Afluxo - vinda para determinado lugar.
Afonia - perda mais ou menos acentuada da voz.
Agrafia - não consegue escrever.
Algia - dor em geral.
Algidez - resfriamento das extremidades.
Álgido - frio.
Agudo: Termo que descreve uma condição em que os sinais e sintomas se desenvolvem rapidamente, duram um período curto de tempo, e depois desaparecem.
Alongamento Longitudinal: Um alongamento aplicado ao longo da direção da fibra dos músculos e dos tecidos conectivos.
Alongamento Transversal: Alongamento que puxa e torce o tecido conectivo contra a direção de sua fibra.
Alongamento: Tensão mecânica aplicada para alongar a unidade miofascial (músculos e fáscias); os dois tipos são o alongamento longitudinal e o transversal.
Alopecia - é a queda total ou parcial dos cabelos.
Aloplastia - (prótese), substituto de uma parte do corpo por material estranho.
Alucinação - percepção de um objeto, que na realidade não existe.
Ambidestro - habilidade de usar as duas mãos.
Ambliopia - diminuição da acuidade visual.
Amenorréia - falta de menstruação.
Amplitude de Movimento Ativo: Movimento de uma articulação pelo cliente sem qualquer tipo de assistência por parte do terapeuta de massagem.
Analgesia - abolição da sensibilidade á dor.
Anasarca - edema generalizado.
Ancilose - imobilidade de uma articulação.
Anemia - é a diminuição dos números de hemácias.
Anaeróbias: descreve um processo bioquímico que não necessita da presença de oxigênio gasoso (02).
Anfiantrose - articulação que se movimenta muito pouco,ex.falange.
Aniridia - ausência ou falha da íris.
Anisocoria - desigualdade de diâmetro das pupilas.
Dicionário Digital de Termos Fisioterápicos

Anodontia - ausência congênita ou adquirida dos dentes.
Anoretal - região referente ao anus e reto.
Anorexia - falta de apetite, inapetência.
Anosmia - diminuição ou perda completa do olfato.
Anoxia - falta de oxigênio nos tecidos.
Anquitose - diminuição ou supressão dos movimentos de uma articulação
Anterior - a parte da frente.
Anuperineal - região referente ao anus e períneo
Anúria - ausência da eliminação urinaria ou Débito urinário inferior a 50ml por 24 horas .
Ânus - orifício de saída retal.
Apalestesia - perda do sentido das vibrações
Apático - sem vontade ou interesse para efetuar esforço físico ou mental.
Apelo - sem pele, não cicatrizado, aplicado a feridas.Desprovido de de prepúcio, circuncidado.
Aponeuroses: fibra que substitui um tendão no músculo e serve para aderir o músculo ao osso.
Atipias citológicas: desvio da morfologia normal das células.
Avascular: relativo ao que não possui tecido de vascularização.

B

Bactéria: Células primitivas que não têm núcleo. As bactérias causam doença, secretando substâncias tóxicas que provocam dano nos tecidos humanos, tornando-se parasitas dentro das células humanas ou formando colônias no corpo que rompem a função normal.
Bainha Fascial: Uma folha fina de tecido conectivo usada para separação, estabilidade e pontos de ligação muscular.
Balanite - inflamação da glande ou da cabeça do pênis.

Balanopostite - inflamação da glande e do prepúcio.

Bandagem - enfaixe.
Banco de Dados: Todas as informações disponíveis que contribuem para a interação terapêutica.
Barreira de Conforto: O primeiro ponto de resistência pouco antes de o cliente perceber qualquer desconforto na barreira fisiológica ou patológica
Barreiras Anatômicas: Estruturas anatômicas determinadas pela forma e encaixe dos ossos na articulação.
Barreiras Fisiológicas: O resultado dos limites na amplitude de movimentos impostos por nervo protetor e funções sensitivas para dar apoio a desempenho ótimo.
Barreira Patológica: Uma adaptação da barreira fisiológica que permite a função protetora para limitar, em vez de contribuir para o funcionamento ótimo.
Batida: Uma forma de tapotagem forte, envolvendo o uso do punho.
Bem-estar: O equilíbrio eficiente de corpo, mente e espírito, tudo funcionando de uma maneira harmoniosa para proporcionar qualidade de vida.

Benigno - que não ameaça a saúde nem á vida.Não maligno, como certos tumores, inócuo.
Benigno: Um termo que descreve o tipo de tumor que permanece localizado dentro do tecido no qual surgiu e não passa por mudanças malignas. Em geral, os tumores benignos crescem muito devagar.

Bilioso - referente á bile, peculiar a transtornos causados por excesso de bile.

Binasal - referente a ambos os campos visuais nasais.

Biópsia - extirpação de um fragmento de tecido vivo com finalidade diagnóstico.A peça extirpada dessa maneira.

Blefarite - inflamação das pálpebras.

Blenofitalmia - secreção mucosa nos olhos.

Blenorréia - secreção abundante das mucosas, especialmente da vagina e uretra.

Blenúria - presença de muco na urina.

Bócio - hiperplasia da glândula tireóide.

Borra de café - aspecto do vômito ou da defecação que contém sangue.

Bradicardia - diminuição dos batimentos cardíacos.

Bradipnéia - movimento respiratório abaixo do normal.

Braquialgia - dor no braço.

Bucal - oral, referente à boca.

Bursite - inflamação da bolsa sinovial.
C

Cadeira de Massagem: Uma cadeira especialmente desenhada que permite que o cliente fique sentado e/ou deitado, de forma confortável durante a massagem.
Cacofonia - voz anormal e desagradável

Cãibra - contração muscular, espasmódica e dolorosa.

Calafrio - contrações involuntárias da musculatura esquelética com tremores e bater dos dentes.

Caquexia - desnutrição adiantada, emagrecimento severo.

Cefaléia - dor de cabeça.

Choque - síndrome que se manifesta com pele fria, queda de temperatura, cianose e morte.

Cianose - coloração azulada por falta de oxigênio.

Cianótico - com cianose.
Ciclo ovulatório: ciclo mensal de desenvolvimento do folículo; ovulação e formação do corpo lúteo no ovário.
Ciclo de Dor-Espasmo-Dor: Contração constante de músculos que causa isquemia e estimula os receptores de dor nos músculos. A dor, por sua vez, inicia mais espasmos.
Ciência: O processo intelectual de compreensão através de observação, medição, acumulação de dados e análise das descobertas.
Cinesiologia Aplicada: Métodos de avaliação e trabalho corporal que usa um tipo especializado de teste muscular e várias formas de massagem e trabalho corporal para procedimentos corretivos.
Circulação Arterial: Movimento de sangue oxigenado sob pressão do coração para o corpo através das artérias.

Cirrose - fibrose com destruição do tecido.
Cistite - inflamação da bexiga.

Cistocéle - hérnia de bexiga.
Cistostomia - abertura de comunicação da bexiga com o exterior.
Citoplasma: fluido de aparência gelatinosa, rico em moléculas orgânicas e organelas, presente no interior das células e que circunda o núcleo celular.

Claudicação - fraqueza momentânea de um membro.

Clister - introdução de pequena quantidade de água, medicamento ou alimento no intestino.

Cloasma - manchas escuras na pele, principalmente na face da gestante.

Coagulação - espessamento de um líquido formando coágulo.

Colecistectomia - remoção da vesícula biliar.

Colecistite - inflamação da vesícula biliar.

Cólica - dor espasmódica.

Colostomia - abertura artificial para saída de fezes a nível do cólon.

Colpoperineorrafia - operação reparadora em torno da vagina e períneo.

Colúria - presença de bilirrubina ou bílis na urina.

Coma - estado de inconsciência
Comedões: lesões causadas por bloqueio sebáceo no folículo pilos
Congênito - doença herdada no nascimento.

Congestão - acúmulo anormal ou excessivo de sangue numa parte do organismo.

Constipação - retenção de fezes ou evacuações insuficientes.

Contaminação - presença de micróbios vivos.

Contratura - rigidez muscular.
Contraceptivo oral: método hormonal utilizado para evitar a concepção ou gravidez

Convalescença - caminha para o restabelecimento.

Convulsão - contrações violentas involuntárias do músculo, agitação desordenada.

Coprólito - massa endurecida de matéria fecal nos intestinos.

Cordialgia - dor no coração.

Costal - relativo as costelas.
Cromossomas: estrutura localizada no núcleo das células, composta de uma fita de DNA muito longa, associado à proteína, e que carrega toda a informação genética das características hereditárias de um organismo.

Curativo compressivo - curativos nas feridas que sangram.

Curativo frouxo - curativo em feridas que supuram.

Curativo seco - feito apenas com gaze.

Curativo úmido - quando há aplicação de medicamentos líquidos ou úmidos.

Cutâneo - referente à pele.

Cútis - derma.

D

Difusão: fenômeno de transporte de matéria em que um soluto é transportado devido aos movimentos das moléculas de um fluido.
DNA: polímero desoxirribonucleotídeo, material genético primário de todas as células.
E

Ectoderme: camada exterior de um embrião em desenvolvimento.
Eczema: dermatite pápulo-vesicular que ocorre como reação a agentes endógenos e exógenos, caracterizada na fase aguda por eritema, edema associado com um exsudato seroso entre as células da epiderme e um infiltrado inflamatório na derme, exsudação e vesiculação, e encrostamento e escamação.
Eletrólitos: condutor iônico, líquido, sólido ou pastoso, que ao ser dissolvido na água, forma uma solução que pode conduzir eletricidade.
Eritema: rubor cutâneo que ocorre em placas de tamanho e forma variáveis, provocado por congestão excessiva dos capilares
Eritrócitos: glóbulo vermelho, formado na medula óssea, que consiste em célula sem núcleo, de cor avermelhada, composta de proteína denominada hemoglobina, responsável pelo transporte do oxigênio que irá nutrir as células do organismo.
Escleroproteínas: nome genérico das proteínas de consistência dura, insolúveis na água, com alto peso molecular. Suas funções principais são estrutura e suporte.
Estrogênios: hormônios sexuais femininos produzidos pelos ovários, pelos testículos, pelas glândulas supra-renais, pela placenta e por outros tecidos produtores de esteróides. Responsáveis pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos e utilizados no tratamento da menopausa ou na preparação de produtos anticoncepcionais.


F

Fagocitose: englobamento de partículas sólidas pela célula, através da membrana celular - a partícula é envolvida num vacúolo digestivo, a partir do qual a matéria digerida passa depois para o citoplasma.
Fase lútea: estágio do ciclo menstrual em que o endométrio se torna mais espesso e mais vascularizado
Fibrilas: pequenas fibras rearranjadas.
Flogose: enrubescimento e calor decorrentes de inflamação
Fosfatos: sais inorgânicos do ácido fosfórico.

G

Gene: uma das unidades biológicas da herança, localizadas nos cromossomos; transmite a mensagem hereditária.
Glicosaminoglicanas: são glicídios de alto peso molecular formados pela polarização de uma unidade constituída por ácido urônico e hesoxamina. Doenças relacionadas são chamadas de mucopolissacaridoses. São poliânions (muitos grupos negativos) podendo ligar-se a muitos cátions (sódio, geralmente). São muito hidrófilas.
Glicoproteínas estruturais: são proteínas associadas a glicídios. Fibronectina é uma proteína de aderência para colágeno e glicosaminoglicanas.
H

Homeostase: processo sangüíneo fisiológico mantido em estado de equilíbrio dinâmico constante pelo organismo.
Hemoglobina: pigmento encontrado nas hemácias do sangue dos vertebrados, em alguns invertebrados e nos músculos dos mamíferos e das aves.
Hemoglobinúria: perda de hemoglobina através da urina.
Hemorragia: derramamento de sangue para fora do vaso sangüíneo.
Heparinoterapia: tratamento através da heparina, que é um fármaco (glicosaminoglicano sulfatado) do grupo dos anticoagulantes, usado no tratamento da trombose e outras doenças com coagulação sanguinea excessiva.
Hiperestesia: aumento da sensibilidade em determinado local.
Hiperplasia: multiplicação anormal ou aumento no número de células normais, levando a um aumento do tamanho do órgão correspondente.
Hipertrofia muscular: aumento do trofismo muscular
Hipoestesia: redução da sensibilidade em determinado local.

Hipotrofia muscular: redução do trofismo muscular.

Hipoventilação: redução das trocas gasosas pulmonares.

Hipóxia: redução dos níveis de oxigênio celular.

I

Inibidores mitóticos: inibem processos de duplicação celular. Devido ao seu modo de ação específico, os inibidores mitóticos devem ser associados a outros agentes para maior efetividade da quimioterapia.
Isquemia: deficiência na irrigação de sangue em um órgão ou tecido devido à constrição ou obstrução de seus vasos sanguíneos.
J
Ñ tem

L

Leucopenia: redução do número de glóbulos brancos do sangue (leucócitos).
Linfangiectasia: dilatação patológica dos vasos linfáticos.

Linfangite: processo infeccioso comprometendo um ou mais vasos linfáticos.
Lipídios: substância orgânica que é composta de ácidos graxos, insolúvel em água, formando uma reserva calórica para o organismo ou fornecendo elementos para produção de compostos complexos como hormônios.
M

Membrana celular: componente que delimita todas as células vivas. Ela estabelece a fronteira entre o meio intracelular e o meio exterior (ou meio extracelular). A membrana celular não é estanque, mas uma “porta” seletiva que a célula usa para captar os elementos do meio exterior que lhe são necessários para o seu metabolismo e para libertar as substâncias, que a célula produz e que devem ser enviadas para o exterior.

Menarca: início da função menstrual.

Menopausa: momento, na vida da mulher, em que seus períodos menstruais terminam. É considerada menopausa, a não-ocorrência de períodos menstruais por 12 meses consecutivos. Não são identificadas causas biológicas ou psicológicas para esse fato. É o final da fertilidade. A menopausa natural ocorre quando os ovários, naturalmente, começam a diminuir a produção de estrogênio e progesterona. A menopausa induzida ocorre quando os ovários são cirurgicamente removidos ou quando prejudicados pela radiação ou medicamentos
Mesoderma: tecido que forma folheto embrionário que se localiza entre a ectoderme e endoderme.
Mucopolissacarídeos: são polímeros de condensação que geralmente contêm centenas de moléculas de monossacarídeos interligadas por pontes oxídicas.
Mucosite: inflamação da mucosa, resultando em inflamação e eventual formação de pequenas ulcerações. É comum que se associe a uma infecção oportunista pela candida albicans (“sapinho”).
N

Necrose: processo patológico causado pela ação degradativa progressiva de enzimas, geralmente associado com trauma celular severo. É caracterizada por inchaço mitocondrial, floculação nuclear, lise celular descontrolada e por fim, morte celular.

Neoplasia: crescimento celular descontrolado que sucede a ausência de demanda fisiológica.
Neuropatia: afecções que atingem os nervos do sistema nervoso central ou periférico.

Nuliparidade: refere-se à mulher que nunca pariu
O

Odontoblastos: célula responsável pela síntese ou produção da dentina, a camada situada na parte de baixo do esmalte, sua principal função é a dentinogênese.
Osteoblastos: células de revestimento responsáveis pelos constituintes da matriz, como o colágeno e a camada básica de proteoglicanos e glicoproteínas e se originam do tecido mesenquimal
Orquiectomia: remoção cirúrgica dos testículos.
P

Papiloma: tumor benigno epitelial circunscrito que se projeta da superfície circundante; mais precisamente, uma neoplasia benigna epitelial que consiste em projeções arborescentes de estroma fibrovascular recobertas por células neoplásicas.
Papilomatoses: hiperplasia da derme papilar com alongamento e/ou alargamento das papilas dérmicas e alongamento das cristas epiteliais interpapilares para baixo.

Parestesia: alteração na sensibilidade de determinado local.
Peristaltismo: contrações segmentares da musculatura lisa, que configura a atividade motora de vísceras, como intestino e ureteres.
Pinocitose: processo de endocitose em que a célula engloba uma substância em estado líquido por transporte ativo através da membrana celular. É um sistema de alimentação celular complementar à fagocitose.
Plasma sanguíneo: hemocomponente rico em fatores de coagulação.
Plaquetopenia: redução do número de plaquetas. As plaquetas fazem parte do mecanismo de reparo dos vasos sangüíneos, evitando sangramentos.
Plexo braquial: conjunto de nervos que partem da medula espinhal. Suas raízes, que saem dos forames intervertebrais, são cinco: C5, C6, C7, C8 e T1.

Pneumotórax: acumulação de ar ou gás no espaço pleural, que pode ocorrer espontaneamente ou como resultado de trauma ou um processo patológico, ou ser introduzido deliberadamente.
Progesterona: hormônio responsável pela manutenção da gravidez pela sua ação inibidora sobre o controle das contrações e da tonicidade do músculo uterino. Secretado pelo corpo lúteo, córtex adrenal e placenta. Além disso, fisiologicamente transforma a mucosa uterina, facilitando a fixação e o desenvolvimento do ovo fecundado. Age como agente anovulatório, quando administrado nos dias de 5-25 do ciclo menstrual.
Prolactina: hormônio lactogênico da hipófise, essencial na indução de lactação em mamíferos parturiente e é sinergista do estrógeno. O hormônio também efetua a liberação da progesterona das células lúteas, que torna a mucosa uterina adequada para receber o ovo, caso ocorra à fertilização.

Proteínas: grande molécula composta de uma ou mais cadeias de aminoácidos dispostas em uma ordem específica, determinada pela seqüência base dos nucleotídeos no código de DNA da proteína. As proteínas são necessárias para a estrutura, função e regulação das células, dos tecidos e dos órgãos do corpo.
Prurido: sensação de coceira intensa que produz a necessidade de friccionar ou coçar a pele para obter alívio.

Q

Queratose: alteração de pele, caracterizada por crescimento excessivo do epitélio cornificado.
R

Radiações: emissão e propagação de energia através da matéria ou do espaço, por meio de perturbações eletromagnéticas que apresentam duplo comportamento: como onda e como partículas: neste caso as partículas são conhecidas como fótons.
S

Sulfatos: sais inorgânicos do ácido sulfúrico
T

Teleangiectasias: dilatação permanente de vasos sanguíneos preexistentes (capilares, arteríolas, vênulas), criando pequenas lesões vermelhas focais, usualmente na pele ou membranas mucosas .

E só ñ tem u v x z.








Entenda sobre a pronação dolorosa


• O QUE É?

É um pequeno deslocamento da cabeça do rádio em relação ao ligamento anular. O rádio é um dos ossos do antebraço e cabeça do rádio é a porção deste osso que participa da articulação do cotovelo. O ligamento anular envolve a cabeça do rádio como um anel. Esta lesão ocorre em crianças menores de cinco anos, devido à consistência mais elástica dos ligamentos e ao desenvolvimento ósseo incompleto.

A história é quase sempre a mesma. A criança é puxada pela mão ou pelo antebraço; por exemplo, quando a mãe segura a criança para que esta não saia correndo pela rua, ou quando a criança é balançada pelos braços.


• SINAIS E SINTOMAS:

Eventualmente pode-se ouvir um pequeno estalo quando ocorre a lesão. A criança começa a chorar imediatamente e permanece com o braço imóvel ao lado do corpo, com o cotovelo dobrado. Normalmente após algum tempo a criança para de reclamar, desde que não movimente o braço ou toquem em seu cotovelo. Algumas vezes é possível que a criança com pronação dolorosa se queixe de dor no ombro ou punho.

• COMO TRATAR?

Leve a criança para o hospital o mais rápido possível. O ortopedista irá colocar o osso de volta em seu lugar, normalmente sem a necessidade de nenhum tipo de anestesia. Este procedimento é bastante simples, mas deverá ser realizado apenas por pessoas treinadas. Algumas vezes é possível que o problema se resolva espontaneamente antes da chegada ao hospital.

Logo depois do procedimento os sintomas desaparecem e a criança volta a mexer o braço normalmente, sem dor. Habitualmente não há necessidade de nenhum tipo de tratamento depois da redução. Porém, em alguns poucos casos, o ligamento pode ter um


pequeno rompimento e a criança continua com sintomas mesmo após a redução. Nestas situações deve-se usar uma tala para imobilizar o cotovelo até a cicatrização do ligamento, usualmente 1 semana ou pouco mais.

Algumas crianças têm maior predisposição a esta lesão e os episódios podem ser recorrentes. Isto não é motivo para preocupação, pois as lesões devem cessar com o crescimento da criança, não deixando nenhuma seqüela.

• PREVEÇÃO:

Evite puxar a criança pelas mãos conforme explicado anteriormente, especialmente se esta já tem história de pronação dolorosa. Neste caso oriente também a babá, os parentes e as outras pessoas que terão contato com a criança.
FIBROMIALGIA

• O que é?
Dor muscular e fadiga – cansaço - localizados em determinados pontos do corpo,
principalmente pescoço, coluna, ombros e quadril.
• Quem é acometido?
Ocorre, principalmente, nas mulheres em idade fértil.
• Qual é a causa?
A causa ainda é desconhecida, porém existem algumas teorias para sua etiologia.
A Fibromialgia pode ser causada:
1. Por um vírus ou outra infecção;
2. Por uma lesão no Sistema Nervoso Central;
3. Por uma alteração no metabolismo do músculo, diminuindo o fluxo de sangue,
tornado-os cansados e fracos;
4. Por alterações hormonais, visto que as mulheres são mais acometidas que os
homens;
5. Pela ligação da Fibromialgia com a Doença de Lyme.
• Quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é difícil de ser realizado devido a pouca especificidade e
similaridade dos sintomas a outras doenças mais comuns.
A presença de dor contínua por mais de três meses associada em pelo menos 11
dos 18 pontos de tensão do corpo pode ser utilizada como critério para o diagnóstico da
Fibromialgia. Algumas pessoas podem apresentar distúrbios do sono, irritabilidade e
ansiedade.
• Quando procurar um médico?
Caso você apresente sintomas semelhantes aos descritos, procure o seu médico
para que ele possa encaminhá-lo para um Ortopedista.
• Qual o tratamento?
O Ortopedista poderá prescrever diferentes tipos de tratamentos. Em associação
aos medicamentos, ele pode indicar a realização de:
1. Exercícios físicos;
2. Fisioterapia;
3. Exercícios aeróbicos para tornar os músculos mais fortes e com menos dor;
4. Massagens para o alívio da dor;
5. Antidepressivos para melhorar o humor, o sono e ajudar a relaxar;
6. Técnicas de relaxamento;
7. Acupuntura para o alívio da dor;
8. Terapias de grupo para acalmar e relaxar.


Dor nos ombros pode ser sinal de problema grave

Dor nos ombros é um desconforto que acomete pessoas de todas as idades. Mas nem sempre nos atentamos a este sinal, que muitas vezes pode ser indício de problema grave.
Uma importante causa da dor são as lesões inflamatórias nos tendões (tendinite), em virtude de movimentos repetitivos ou excesso de uso. Isso ocorre, freqüentemente, com esportistas de modalidades de arremesso como vôlei, tênis, beisebol, basquete e handebol, além de nadadores e ginastas. "A superação leva à lesão", diz Fábio Arnoni, coordenador do setor de massagem do Senac São Paulo.

O ortopedista Eduardo Carrera, chefe do Setor de Ombro da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que tais lesões se repetem ao longo da vida do competidor e provocam a ruptura do tendão, podendo acarretar o fim da carreira do profissional ainda jovem, por volta dos 20 anos.

Porém, os 'atletas de final de semana' devem tomar cuidado redobrado. Como eles não se exercitam regularmente, há grande predisposição a desenvolver as mesmas lesões inflamatórias dos tendões sofridas pelos esportistas profissionais. "Para evitar as lesões é preciso fazer um tratamento de fortalecimento e reeducação muscular", aconselha Carrera.

As dores nos ombros podem vir também de lesões degenerativas, ou seja, com o avanço da idade há o desgaste das articulações em decorrência do envelhecimento biológico.

Além disso, os ombros podem dar alerta quando as articulações sofrem com a calcificação. Este fator acomete, geralmente, pessoas na faixa etária de 35 a 45 anos e mulheres por volta dos 65.

De acordo com o ortopedista, os pacientes podem se tratar com acompanhamento clínico e, em casos extremos, submeterem-se a cirurgias. Com a evolução das técnicas cirúrgicas, a artroscopia é o método cirúrgico utilizado cada vez mais, porque é feita por mini-incisões com um aparelho óptico introduzido na articulação.

Segundo Arnoni, as pessoas não possuem a conduta de prevenção, mas a de correção. Entretanto, para quem já apresenta os primeiros sinais de lesão Carrera aconselha: "O importante é tratá-las desde o início, com fortalecimento muscular e alongamentos, evitando que o problema se repita e gere lesões mais graves, que podem até terminar em cirurgia".

Saúde da Coluna
A coluna vertebral é o eixo central do corpo. É exigida em quase todos os movimentos e ainda funciona como um duto de feixes nervosos, ligando diversos órgãos e outras partes do corpo ao cérebro.
Principais problemas da coluna vertebral:
• Cifose: é também um desvio da coluna, mais facilmente percebido quando a pessoa está de lado, pois as costas ficam arqueadas, o tórax retraído e os ombros projetados para a frente;
• Lordose: desvio da coluna característico na região da bacia, causando uma curvatura exagerada no local;
• Hérnia do disco intervertebral: a parte mais central do disco, que se localiza entre as vértebras, sai da estrutura da coluna, causando dores muito fortes e até mesmo paralisação dos movimentos;
• Artrose: conhecida como bico-de-papagaio, é causada pelo atrito entre as vértebras. Depois de algum tempo, surge uma espécie de calcificação, que pode comprimir alguns vasos sangüíneos ou nervos.
• Escoliose: a coluna se desvia para o lado, passando a apresentar uma deformidade; surge por causa da má postura, ao se usar por tempo prolongado um só lado do corpo.
Como proteger sua coluna:
• a melhor maneira de se deitar de lado é com um travesseiro entre a cabeça e o ombro e outro entre as pernas;
• quando deitar de barriga para cima, coloque um travesseiro embaixo dos joelhos e outro embaixo da cabeça;
• evitar dormir de bruços, pois além de forçar a coluna, dificulta a respiração;
• ao levantar-se, vire-se de lado, apoie-se nos braços, levando as pernas para fora da cama;

• ao elevar um objeto pesado do chão, abaixar-se com as pernas flexionadas;
• usar um colchão ortopédico ou semi-ortopédico, de acordo com o peso e a altura de cada pessoa;
• o travesseiro não deve ser muito fino nem muito macio, para não alterar a curvatura da coluna; o ideal é que seja da altura entre a cabeça e o ombro;
• ao ficar de pé, contraia os músculos da barriga e das nádegas periodicamente; utilize esta técnica de relaxamento quando quiser aliviar dores;
• ao trabalhar em frente a uma mesa, ou digitando no computador, manter as costas retas, encostadas ao encosto da cadeira; manter as pernas debaixo da mesa, evitando cruzá-las.
• ao realizar alguma atividade em pé, repouse alternadamente um dos pés sobre um objeto;
• procure posicionar ao seu alcance os objetos que esteja manuseando;
• ao dirigir horas seguidas, é importante manter as costas retas, perfeitamente apoiadas no encosto;
• não carregar mochilas ou sacolas, com o peso de um só lado. A mochila deverá ser apoiada nos dois ombros e as sacolas, divididas nas duas mãos;
• ao caminhar, manter as costas retas, abdome contraído, olhar para a frente. O sapato deve ter salto de base larga e leve e no máximo 4 cm de altura;
• nas atividades domésticas, evitar trabalhar com o tronco totalmente inclinado;
• ao trabalhar agachado, flexione os joelhos e mantenha as costas retas.
cervical
TRATAMENTO
O tratamento deve buscar desarmar os pontos-gatilhos ativos e latentes. O uso de bloqueios anestésicos com procaína e um recurso terapêutico eficiente, com a vantagem de se conseguir efeito rápido, permitindo-se a identificação de outros pontos-gatilhos e a introdução de técnicas corretivas para se impedir a cronificação do processo doloroso. O uso da procaína se justifica pela menor toxicidade muscular local. As infiltrações locais devem ser feitas com cuidado, dependentes da região anatômica e de reações de hipersensibilidade à droga. Podem falhar principalmente por não se conseguir atingir exatamente o ponto-gatilho. Os sprays congelantes de fluorimetano e etilclorido são indicados, porém a técnica exige que se realize o alongamento e a vaporização associados para que o efeito terapêutico seja conseguido. Outro recurso que pode ser utilizado e a compressão isquêmica, que consiste na pressão local por um tempo prolongado, que leva à inativação do ponto-gatilho.
A massagem pode ser utilizada, porém seus efeitos terapêuticos são de difícil avaliação e sua aplicação sobre pontos hiperirritáveis pode piorar o quadro doloroso. A massagem por deslizamento, profunda e lenta, tem seus defensores, porém depende da tolerabilidade do paciente e da técnica utilizada. O uso de calor profundo, principalmente ultra-som, em doses baixas e técnica estacionária, ou o uso de doses irritativas, tem sido empregado, com resultados satisfatórios na inativação dos pontos-gatilhos. O uso de medicação miorrelaxante de ação central, tipo benzodiazepínico, associado com o uso de antidepressivos tricíclicos, tem mostrado ser efetivo no tratamento dessas alterações. A orientação adequada das atividades físicas a serem desenvolvidas após as crises dolorosas é de responsabilidade médica, que deve buscar a melhor alternativa para cada caso, de acordo com as limitações físicas e o gosto pessoal do paciente, para que ele se tome seu próprio fiscal nas suas atividades diárias, profissionais e esportivas.
Exame Fisico do Quadril
A cintura pélvica é composta pela articulação sacro-ilíaca, pela sínfise púbica e pela articulação coxo-femoral. Esta última corresponde à articulação do quadril. O exame físico deve ser realizado buscando-se dados relativos à inspeção, palpação, mobilidade articular, realização de alguns testes especiais e breve exame neurológico ( motor e sensitivo).
Inspeção

A inspeção inicia-se quando o paciente entra na sala de exame, devendo a marcha ser observada com atenção, pois várias patologias manifestam-se mais claramente durante a deambulação. A área a ser examinada deverá estar a descoberto, respeitando-se o pudor do paciente, para que possamos observar possíveis cicatrizes, hipotrofias musculares, assimetrias, alterações posturais.Se durante a inspeção houver suspeita de encurtamento de um membro em relação a outro, deveremos realizar a medida do comprimento dos membros conforme veremos adiante.

Palpação

A palpação é realizada buscando-se identificar possíveis pontos dolorosos, tumorações, deformidades ósseas e o tônus e o trofismo da musculatura. São importantes pontos de referência:a espinha ilíaca ântero-superior, a crista ilíaca, a espinha ilíaca póstero-superior, o trocânter maior e a tuberosidade isquiática. O nervo ciático encontra-se a meio caminho entre estas duas últimas estruturas, na nádega.O pulso da artéria femoral pode ser palpado imediatamente abaixo do ligamento inguinal, em um ponto a meia distância entre a espinha ilíaca ântero-superior e a sínfise púbica . A musculatura periarticular é bastante potente e pode ser palpada em grupos (figs. 1 e 2): Flexores- na região anterior do quadril ( iliopsoas, reto femoral, sartório) Abdutores- na região lateral do quadril ( glúteos médio e mínimo) Extensores- na região posterior do quadril ( glúteo máximo e isquiotibiais) Adutores- na região medial do quadril ( adutores longo, curto e magno, pectíneo e grácil).

Fig. 1 - Vista anterior dos quadris Fig. 2 - Vista posterior dos quadris
Mobilidade Articular
O quadril é uma articulação sinovial do tipo esferóide, e portanto, capaz de realizar movimentos em todos os planos. Para pesquisa dos movimentos o indivíduo é colocado em decúbito dorsal, mantendo-se a pelve e o tronco em posição simétrica. É comum a bacia movimentar-se quando estamos testando a articulação do quadril, o que pode levar um examinador desatento a interpretar erroneamente o grau de amplitude de movimentos.Por isto , sempre observe a pelve e estabilize-a segurando com uma das mãos.
A mobilidade deve ser testada de forma ativa e passiva. Tanto os testes ativos como os passivos servem para determinar a existência de limitação de movimentos da articulação; nos testes ativos, o paciente utiliza seus próprios músculos para atingir o alcance necessário de movimentação, enquanto nos testes passivos é o examinador quem movimenta a articulação do paciente.
O paciente pode ser incapaz de completar os testes ativos por fraqueza muscular, contratura dos tecidos moles periarticulares (cápsula articular, ligamentos, músculos ) ou por bloqueios ósseos (alterações na conformação das superfícies articulares, fusões , saliências ósseas). Os testes passivos eliminam o fator muscular, visto que neste caso a força passa a ser desprendida pelo examinador. Se nos testes ativos o paciente foi incapaz de completar a amplitude normal de movimentos, porém nos testes passivos não houve limitações, podemos inferir que a fraqueza muscular é a causa da restrição. Caso a restrição permaneça mesmo durante os testes passivos, a fraqueza muscular deve ser eliminada como sendo a causa direta, sendo mais provável a presença de obstáculos ósseos ou de tecidos moles, se bem que associadamente possa existir hipotrofia muscular como resultado da não utilização da articulação.
A amplitude média de movimentos do quadril é a seguinte:

Flexão (0-120 graus): consiste em levar a coxa em direção anterior,de encontro ao abdome(fig. 3).
Abdução (0-45 graus): consiste em afastar o membro inferior da linha média (fig. 4).
Adução (0-30 graus): consiste em cruzar a linha média com o membro inferior (fig 5).
Rotação interna(0-30 graus) e Rotação externa(0-45 graus): utilizamos a perna como referência para as medidas, rodando-se o membro inferior interna e externamente(fig 6 e 7).
Extensão(0-30 graus): é feita com o paciente em decúbito ventral, elevando-se a coxa da superfície da mesa de exame, mantendo-se o joelho levemente fletido(fig. 8).
Obs.: As rotações também podem ser avaliadas com o quadril em extensão.



Fig. 3: Flexão Fig. 4: Abdução Fig. 5: Adução



Fig. 6: Rotação interna Fig. 7: Rotação externa Fig. 8 : Extensão

Testes Especiais

Teste de Trendelenburg: em 1895, Freidrich Trendelenburg descreveu um sinal clínico empregado para determinar a integridade da função dos músculos abdutores do quadril. Cada membro inferior sustenta metade do peso do corpo; quando um membro inferior é levantado, o outro suporta todo o peso, resultando numa inclinação do tronco para o lado do membro apoiado. A inclinação do tronco é realizada pelos músculos abdutores do quadril , uma vez que suas inserções estão fixadas no membro apoiado e a força de contração é exercida nas suas origens na pélvis. Conseqüentemente a pélvis inclina , levantando do lado que não suporta peso. A falha deste mecanismo é diagnosticada pela positividade do sinal de Trendelenburg, ocorrendo a queda da pélvis ao invés de sua elevação no lado não apoiado (fig 9).
O sinal é positivo quando ocorrem alterações a nível da PÉLVIS como por exemplo na displasia do desenvolvimento do quadril, em que não existe fulcro para apoiar o braço de alavanca da musculatura abdutora, ou ainda por perda do braço de alavanca como por exemplo na fratura do colo femoral, ou também por perda da força muscular como por exemplo na poliomielite ou distrofia muscular.
A positividade do sinal é SUPRAPÉLVICA em pacientes portadores de escoliose nos quais ocorre colisão entre a pélvis e as costelas, e INFRAPÉLVICA quando existe desvio medial do eixo mecânico do membro inferior que provoca diminuição da força gerada pelos músculos abdutores do quadril. Nos pacientes cuja origem do sinal é PÉLVICO, a coxa orienta-se para medial, ou seja, aduzida. Nos pacientes cuja positividade do sinal é de origem INFRAPÉLVICA a porção da coxa proximal à deformidade em varo está orientada obliquamente para lateral, ou seja, abduzida no quadril, enquanto a parte do membro distal à deformidade orienta-se obliquamente para medial. Pacientes portadores da doença coxa vara (diminuição do ângulo cérvico-diáfisário do fêmur) aparentam ter o sinal clássico porque apenas a parte distal da deformidade pode ser observada.


Fig. 9: Teste de Trendelenburg positivo Fig. 10: Teste de Trendelenburg negativo
Teste de Thomas: este teste destina-se a avaliar a presença de contratura em flexão do quadril. Neste momento é importante diferenciarmos contração muscular de contratura muscular.O termo contração refere-se ao fenômeno fisiológico básico do tecido muscular , seja para promover movimento, seja para aumentar seu tônus; já o termo contratura refere-se sempre a um fenômeno patológico onde este músculo está em estado de encurtamento , invadido por tecido fibroso.
O paciente é colocado em decúbito dorsal e realiza-se a flexão máxima dos quadris; com isto, desfaz-se a inclinação pélvica e a lordose lombar que normalmente acabam por mascarar estas contraturas em flexão. Em seguida, mantemos um quadril fletido e estendemos aquele que desejamos testar: quando há contratura em flexão, o quadril não estende completamente e o ângulo formado entre a face posterior da coxa e a mesa de exame corresponde à contratura em flexão existente ( teste de Thomas positivo – fig. 10).
São exemplos de patologias que podem levar à contratura em flexão do quadril a psoíte , a artrose e a artrite séptica.


Fig. 10 : Teste de Thomas positivo (10 graus)

Teste de Patrick: este teste destina-se a detectar tanto as patologias do quadril, como as da articulação sacro-ilíaca. Com o paciente em decúbito dorsal, colocamos o calcanhar do membro inferior em questão sobre o joelho do lado oposto; o examinador aplica então uma força sobre o joelho fletido e outra sobre a espinha ilíaca ântero-superior oposta, como se estivesse abrindo um livro.Se a dor for referida na região inguinal,pode haver patologia na articulação do quadril; caso a dor seja referida na região posterior, pode haver patologia na articulação sacro-ilíaca. Este teste também é chamado de Fabere, em virtude da posição que o membro assume durante sua realização ( Flexão,Abdução e Rotação Externa – fig. 11).


Fig. 10 : Teste de Patrick

Teste de Ortolani: este teste é utilizado para o diagnóstico da instabilidade do quadril. Consiste em colocar a criança em decúbito dorsal , segurando os membros inferiores pelos joelhos e fletindo os quadris em 90 graus; o polegar é colocado na face medial da coxa e os dedos indicador e médio sobre o trocânter maior (fig. 12a).A partir desta posição faz-se a abdução simultaneamente para os dois quadris(fig. 12 b) ou fixa-se um lado e testa-se o outro. Quando existe a instabilidade, sentimos um ressalto durante a realização desta manobra(Sinal de Ortolani positivo).Classicamente , este ressalto é descrito como um “click”. A coxa agora é então aduzida e exercendo-se uma força com o polegar em direção lateral, a cabeça sofre um novo ressalto e o “click” é novamente percebido (fig. 12c).Deve ser pesquisado preferencialmente nos primeiros dois dias de vida, pois depois sua percepção é dificultada.Devemos ainda destacar que este sinal está presente nos casos de displasia leve e moderada do quadril, quando podemos mobilizar anormalmente a cabeça femural dentro do acetábulo, denotando a instabilidade; nos casos de displasia grave, o ressalto não é produzido pois a cabeça femoral encontra-se fixa em uma posição deslocada no neo-acetábulo e não pode ser trazida de encontro ao acetábulo real.


Fig. 12A Fig. 12B Fig. 12C
Figuras 12 a, b, c: Seqüência do teste de Ortolani, segundo descrito pelo próprio autor.

Teste de Ober: este teste destina-se a detectar a presença de contratura em abdução do quadril. O paciente deverá estar em decúbito lateral, com o membro a ser testado no lado de cima.É realizada a flexão do joelho a 90 graus e abdução do quadril; o examinador então solta o membro. Em condições normais o membro entra em adução, isto é, vai de encontro ao outro que está sobre a mesa; em presença de contratura em abdução do quadril, o membro permanecerá abduzido mesmo após ter sido solto (Teste de Ober positivo – fig. 13).


Fig. 13 : Teste de Ober positivo

Medida do comprimento dos membros: é realizada para verificarmos se existe discrepância de comprimento de um membro em relação ao outro. A discrepância real no comprimento é determinada pela medida da distância compreendida entre a espinha ilíaca ântero-superior e o maléolo medial de um membro em relação ao outro (fig. 14).
Se houver diferença entre as distâncias destes pontos fixos, está demonstrada a discrepância real. A discrepância aparente é determinada pela medida da distância compreendida entre a cicatriz umbilical e o maléolo medial de um membro em relação ao outro (fig. 15). Estas discrepâncias aparentes resultam de posições anormais da pélvis, e não de encurtamento real de um membro.tr


Fig. 14 - Medida do comprimento
real do membro Fig. 15 - Medida do comprimento
aparente do membro

Exame Neurológico

O exame neurológico do quadril se compõe de duas partes: testes motores e testes sensitivos.

Testes Motores: os músculos são testados por grupos , conforme descrito anteriormente.Os flexores(inervados por L1,L2 e L3) são testados com o paciente sentado, com as pernas pendentes para fora da mesa,solicitando-se que o mesmo flexione o quadril enquanto o examinador ofereçe resistência no terço distal da coxa.Para se testar os extensores(S1) o paciente deve estar em decúbito ventral e com o joelho fletido, tentando estender o quadril enquanto o examinador oferece resistência na face posterior da coxa.Os abdutores(L5) são testados com o paciente em decúbito dorsal,enquanto o examinador coloca suas mãos sob as faces laterais dos tornozelos , impondo resistência e solicitando ao paciente que abduza os membros; pode também ser testado com o paciente em decúbito lateral, quando então o examinador impõe resistência na face lateral da coxa . E os adutores(L2,L3 e L4) são testados com o paciente em decúbito dorsal, estando os membros abduzidos e com o examinador impondo resistência na face interna dos tornozelos enquanto o paciente é solicitado a realizar o movimento de adução.
Para cada grupo muscular a força é então classificada, de acordo com o sistema proposto pela ASIA (American Spine Injury Association):

Grau 0: não há contração visível ou palpável
Grau 1: contração visível e/ou palpável, mas que não produz movimento
Grau 2: movimentação completa do membro desde que eliminada a força contrária da gravidade

Doença de Parkinson
Definição = é uma síndrome específica causada por um conjunto de doenças neurodegenerativas ou não.
Sinais= sintomas do Parkinson

Os sintomas, muitas vezes, podem ser confundidos com os sinais da idade. Os familiares devem começar a ficar atentos quando houver grande impacto na vida do idoso e ele tiver dificuldade de realizar atividades cotidianas específicas como vestir as meias, os sapatos ou a camisa.
Sintomas= Os primeiros sintomas podem passar despercebidos no início e incluem: sensação de cansaço, alterações na grafia, isolamento sem motivo claro, dores musculares, piscar de olhos com frequência reduzida, movimentos mais lentos e fala menos articulada. Podem ocorrer leves tremores, geralmente de apenas um lado do corpo, e a face se torna mais rígida.
Seqüelas=
Tratamento= É uma doença incurável, mas que pode ser tratada e controlada, buscando corrigir a diminuição da dopamina, com seções de fisioterapia associadas. Psicoterapia e fonoaudilogia podem auxiliar no controle dos sintomas. Cirurgias, em alguns casos, podem ser necessárias. Marca-passos cerebrais têm apresentado resultados muito bons.
















• Tremor em repouso
• Rigidez
• Bradicinesia - Hipocinesia
• Postura fletida
• Perda dos reflexos posturais
• Fenômeno de parada = “freezing”
TREMOR
• Pode estar presente em um ou mais membros.
• É comum nos lábios, queixo e língua.
• Geralmente, assimétrico. 4 a 5 ciclos/segundo
• Ocorre, tipicamente, quando o membro está em repouso. Desaparece à ação, ressurgindo quando os membros mantêm uma postura. Aumenta ao andar.
• “Contar moedas” ou “enrolar pílulas” = flexão /exten- são dos dedos ou do pulso.
• Amplitude aumenta em períodos de estresse ou quando pede-se ao paciente que realize alguma tarefa cognitiva
• Desaparece durante o sono.
RIGIDEZ
• Aumento do tônus muscular quando o examinador move os membros, o pescoço ou o tronco do paciente (movimentos passivos).
• A rigidez é igual em todas as direções.
• Fenômeno da roda denteada (catraca).
A rigidez do membro passivo aumenta quando outro membro é envolvido em um movimento ativo voluntário.
BRADICINESIA
• Lentidão de movimentos, dificuldade em iniciar movimentos e perda de movimentos automáticos.
• A face perde a expressão espontânea = Facies em máscara ou hipomimia ou facies congelada - não traduz o estado emocional do paciente.
• Diminuição do piscar. Facies em pomada.
• Diminuição da movimentação espontânea = perda da gesticulação, tendência a ficar sentado, imóvel.
• Rigidez cérea (como se fosse de cera).
• A voz torna-se baixa (hipofonia), com um tom monótono.
BRADICINESIA
• comoA bradicinesia da mão dominante leva a uma escrita lenta e com letra pequena (micrografia), dificuldade em fazer barba, escovar dentes, pentear o cabelo, abotoar roupas, maquiar, etc.
• O andar é lento, com passos mais curtos e tendência a arrastar os pés. O balanço dos braços diminui.
• Bradicinesia do tronco = Dificuldade em levantar-se de uma cadeira baixa, sair de automóveis e virar-se na cama.
A bradicinesia é interpretada, erroneamente,
pelos pacientes fraqueza.
BRADICINESIA
• A saliva escorre pelos cantos da boca devido à incapacidade para deglutir. ( Não há produção excessiva de saliva).
• A deglutição pode alterar-se com o avanço da doença . Engasgos e aspirações são preocupações freqüentes.
• Dissinergia óculo-cefálica = O doente ao dirigir os olhos para um determinado lado não acompanha com a cabeça o movimento dos olhos.
É a característica mais limitante da doença.

POSTURA FLETIDA
• A rigidez parkinsoniana confere ao doente uma atitude característica: Cabeça em ligeira flexão, tronco ligeiramente inclinado para frente, flexão moderada da perna sobre a coxa e do antebraço sobre o braço.
• Ao deambular o doente parece um bloco, com o tronco inclinado para frente, como que à procura do seu centro de gravidade.
PERDA DOS REFLEXOS POSTURAIS
• Teste do puxão.
• O paciente desaba sobre uma cadeira ao tentar sentar-se (sentar-se em bloco).
• Marcha festinante = o paciente anda mais e mais rapidamente, tentando mover os pés para frente para ficar sob o centro de gravidade do corpo em flexão e assim evitar quedas.
• A perda dos reflexos posturais leva a quedas e, finalmente, à incapacidade de ficar de pé, sem auxílio.


• Incapacidade transitória na execução de movimentos ativos.
• Mais comum nas pernas. Os pés parecem grudados ao solo e então, subitamente se desprendem, possibilitando caminhar novamente.
• A parada ocorre subitamente, durando no máximo alguns segundos, de cada vez.
• Ocorre, tipicamente, quando o paciente começa a andar (hesitação de partida), tenta virar-se ao caminhar ou aproxima-se de um destino (hesitação de alvo).
TRATAMENTO DA D.P.
• Visa o controle dos sintomas, porque nenhum tratamento farmacológico ou cirúrgico impede a progressão da doença.
• A doença evolui de forma lenta. Demência pode ocorrer após longos anos.
• Maioria se dá bem com a medicação por 4 a 6 anos.
• Muitos desenvolvem sério distúrbio de equilíbrio entre 10 e 12 anos de doença.
• A Levodopa é o tratamento gold standard ( É um precursor da Dopamina ; aumenta a concentração de Dopamina na corpo estriado).
OPÇÕES TERAPÊUTICASTerapia Sintomática I.M.A.O.
Medicamentos que devem ser evitados com os IMAO:
• Inibidores da recaptação de serotonina (Citalopram, Fluoxetina, Paroxetina e Sertralina)
• Antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos (maproptilina)
• Meperidina
• Opiáceos
• Dextrometorfano (Silencium®)
• Triptofano (Forten® )
SÍNDROME SEROTONINÉRGICA:Confusão, agitação, rigidez, hiperreflexia, tremores, mioclonias, febre, náuseas, diarréia, coma, rabdomiólise e morte .

A aterosclerose é uma doença crônica-degenerativa que leva à obstrução das artérias (vasos que levam o sangue para os tecidos) pelo acúmulo de lípides (principalmente colesterol) em suas paredes.


Fisioterapia Neurológica

Fisioterapia Neurofuncional, como é chamada nos dias de hoje, é bastante difundida em nosso meio e surgiu no fim da década de 40 com alguns pesquisadores como Rood, Kabat e Knott, Brunnstrom e Bobath.

Antigamente, baseava-se apenas em informações empíricas e experiências clínicas. Entretanto, atua hoje com base nos conceitos neurofisiológicos obtidos após condutas bem sucedidas, pesquisas intensas e árduo trabalho, direcionando-se o tratamento para a recuperação funcional mais rápida possível para o paciente seja ele pediátrico, adulto ou geriátrico.

No Brasil, por muito tempo, pacientes neurológicos eram tratados com técnicas de cinesioterapia tradicional ou eram tratados em grandes ginásios através de mecanoterapia da mesma forma que os pacientes ortopédicos. Esta abordagem foi também muito empregada em pacientes com lesão neurológica periférica, como as crianças portadoras de poliomielite.


Hoje, com as modernas técnicas e com o aprimoramento constante dos profissionais com cursos de aperfeiçoamento, essa área da fisioterapia obtém grandes resultados.
A fisioterapia neurofuncional compartilha desse aprimoramento e pode minimizar as deficiências advindas das doenças que acometem o sistema nervoso como: Paralisia Cerebral, Esclerose Múltipla, Acidente Vascular Encefálico (derrame cerebral) dentre outras.

A reabilitação tem como intuito restaurar a identidade pessoal e social dos pacientes que sofreram lesões no córtex, tronco cerebral, medula espinhal, nervo periférico, junção neuromuscular e no músculo, buscando o bem estar físico e emocional do indivíduo.

O tratamento é globalizado e tem como objetivos principais:

Prevenir deformidades, orientar a família e o paciente seja ele adulto ou criança,

Normalizar o tônus postural,

Melhorar habilidades cognitivas e de memória,

Reintegrar o paciente a sociedade,

Diminuir padrões patológicos,

Prevenir instalação de doenças pulmonares ou qualquer outra intercorrência,

Manter ou aumentar a amplitude de movimento,

Reduzir a espasticidade,

Estimular as atividades de vida diária, a alimentação, o retreinamento da bexiga e intestinos, a exploração vocacional e de lazer;

Otimizar a qualidade de vida do paciente.

Diversas são as patologias neurológicas que podem ser tratadas pela fisioterapia. Dentre elas, discorreremos sobre as mais comuns:

Hemiplegia: Ocorre geralmente após um acidente vascular encefálico (Derrame Cerebral) onde o individuo geralmente fica com um lado do corpo paralisado.

Tratamento Fisioterápico: A reabilitação na hemiplegia é iniciada logo após o acidente vascular para fazer com que o paciente saia da cama e consiga realizar suas atividades mais independentemente possível.

A participação ativa do paciente é fundamental com o fisioterapeuta, para que ele possa aprender a controlar sua musculatura e movimentos anormais.

Doença de Parkinson: O paciente apresenta: tremor, bradicinesia (lentidão dos movimentos), rigidez muscular, alterações posturais e quedas freqüentes.

Tratamento Fisioterápico: O principal objetivo nesta patologia é trabalhar alongamento para melhorar amplitude do movimento, alinhar e melhorar a postura, treinar a marcha (com oscilação dos membros superiores), estimular reações de equilíbrio, treinar sentar e levantar de cadeiras, extensão e rotação do tronco. Os exercícios específicos e regulares são de fundamental importância para manter o paciente forte, flexível e funcional.

Polineuropatia: Refere-se aos obstáculos em que os nervos periféricos são afetados por um ou mais processos patológicos, levando-os á incapacidade motora.

Tratamento Fisioterápico: Na polineuropatia iniciaremos com cuidados respiratórios, controle de dor, fortalecimento muscular, treino de equilíbrio e adaptações às possíveis incapacidades do paciente.

Traumatismo Craniano: Depois de algum trauma, o cérebro quando lesado pode levar o paciente ao coma, déficits físicos e incapacidade.

Tratamento Fisioterápico: A prevenção de contraturas, a manutenção da função respiratória, a diminuição da elasticidade, a melhora da amplitude de movimento, a normalização de movimento e do tônus postural e o reforço das habilidades remanescentes serão as prioridades neste caso.

Paralisia cerebral: O paciente, em geral pediátrico, apresenta variações no tônus, problemas na coordenação da postura e nos movimentos. Suas atividades são baseadas no uso da mobilidade anormal, tornando-se cada vez mais limitadas.

Tratamento Fisioterápico: Usaremos aqui o desenvolvimento dos padrões de coordenação de movimento da criança normal. Facilitaremos o movimento combinado com inibição em situações funcionais em sua vida diária. Através dessas atividades, a criança tem a experiência de sensação de um movimento.

Vale acrescentar que os métodos de fisioterapia são cada vez mais valorizados pelos pacientes e por profissionais de saúde em geral. Na prática, a Fisioterapia Neurofuncional é aplicada com base em vários dos métodos de tratamento. É comum que o fisioterapeuta selecione técnicas específicas de diversos métodos de tratamento aplicando-as de acordo com as necessidades de seus pacientes.

Também se observa um enorme grau de liberdade criativa baseado nos conceitos gerais de cada método e na competência e profissionalismo de cada fisioterapeuta. Considerando-se que, seja qual for o método, o objetivo geral é promover o aprendizado ou reaprendizado motor desenvolvendo nos pacientes a capacidade de executar atividades motoras o mais próximo possível do normal.

De qualquer forma, não se pode esquecer que um fisioterapeuta sensível, capaz de estabelecer uma boa relação terapeuta X paciente, pode operar milagres no processo de recuperação de seu doente neurológico.

Ombro congelado(capsulite)
Tratamento=cinesioterapia e eletrotermofototerapia(crioterapia, Ultra-Som, TENS)
para o ganho da ADM do Ombro
possui três graus de liberdade, e realiza os seguintes movimentos, para frente a flexão, para trás a extensão, lateralmente a abdução, medialmente a adução e com o braço junto ao corpo e com cotovelo flexionado, rodando para dentro a rotação interna e rodando para fora a rotação externa.





Sindrome do piriforme
tratamento pode incluir:
#1 Alongamento
#2 Uso de Gelo ou Calor (Obs: embora recomendado, o piriforme é um músculo muito profundo, e creio que a crioterapia não seria capaz de exercer totalmente seus efeitos devido à localização anatômica do músculo)
#3 Fisioterapia
#4 Medicação
#5 Injeção de anestésicos ou corticóides
#6 Eletroterapia - TENS
Tenossivite estenosante
ultra-som pulsátil, Tens e hidromassagem (calor superficial), tendo também estes o propósito de diminuir a inflamação e a dor.
alongamento principalmente para os músculos extensor curto do polegar e do abdutor longo do polegar, e dos músculos flexores e extensores extrínsecos do polegar.
Para aumentar a mobilidade intra-articular, aumentar a amplitude de movimento, diminuir a dor e aumentar a nutrição para as estruturas articulares da mão e punho, são utilizadas técnicas de mobilização articular passiva, que são: mobilização passiva das articulações do punho e médiocarpal: o paciente deve encontrar-se com a mão em pronação, cabendo ao fisioterapeuta segurar firmemente a extremidade inferior do rádio, e a fileira distal do carpo. Cabendo a ele também, exercer tração no eixo longo do antebraço e mover a mão do paciente para baixo e para cima, sobre o antebraço. O propósito é: aumentar a mobilidade intra-articular nas articulações do punho e médiocarpal, aumentar a amplitude de movimento de flexão e extensão do punho e médiocarpal, diminuir a dor no punho e aumentar a nutrição para as estruturas articulares; mobilização passiva das articulações metacárpicas e intercárpicas: deve ser firmemente segura e movida na direção ântero-posterior, uma sobre a outra, as cabeças de dois ossos metacárpicos adjacentes. O movimento entre a 4ª e a 5ª articulação, em comparação com o movimento entre a 2ª e a 3ª, é relativamente livre. Seguindo o movimento, a palma é moldada e arqueada a fim de formar um arco, e em seguida espalmada. O propósito é: aumentar a mobilidade intra-articular nas articulações metacárpicas e intercárpicas, aumentar a amplitude de movimento de flexão e extensão das articulações metacárpicas e intercárpicas, diminuir a dor na mão e aumentar a nutrição para as estruturas articulares.
Com este trabalho conclui-se que a Tenossinovite Estenosante de De Quervain é uma doença que acomete mais freqüentemente as mulheres, principalmente as que trabalham em empresas que visam produção, onde exercem atividades com movimentos repetitivos combinados com força de forma inadequada. Quando a doença é diagnosticada e tratada nos primeiros estágios pode ser curada, através da intervenção cinesioterápica. No estágio I (fase aguda), o objetivo é a redução da dor e da inflamação e manutenção da amplitude de movimento das articulações, que são conseguidas através da intervenção por alongamento e mobilização articular passiva da mão e punho e, também através de exercícios terapêuticos, como exercícios ativos suaves, evitando amplitudes extremas e dor. No estágio II (fase subaguda), o propósito é: restaurar a amplitude de movimento articular e da flexibilidade dos tecidos acometidos, que podem ser conseguidos através de alongamento e mobilização articular da mão e punho e, iniciar o fortalecimento muscular, através de condicionamento por meio de exercícios isométricos e isotônicos de resistência progressiva. No estágio III (fase crônica), o paciente já apresenta a deformidade instalada, no qual o fisioterapeuta deverá exercer a ética profissional e encaminhar este paciente ao médico, pois esta fase leva a cirurgia.

Fratura do Escafóide - Pseudo Artrose do Escafóide
O osso ESCAFÓIDE é um dos 8 ossos do punho, chamados ossos do carpo, que são distribuídas em duas fileiras. Uma próxima dos ossos do ante braço - fileira proximal e a outra distal. O ESCAFÓIDE é o único osso a participar das duas fileiras, por isso sua particularidade.
É a fratura mais comum dos ossos do punho.



SINAIS E SINTOMAS
Dor na tabaqueira anatômica e aos movimentos de flexão e extensão. As vezes na primeira consulta, mesmo com RX de boa qualidade a fratura pode não aparecer. É necessário muito cuidado em todo traumatismo com a mão aberta. Em casos de dúvida, uma Tomografia Computadorizada ou Ressonância nuclear magnética é realizada num período de 15 dias, o que confirma o diagnóstico.






DIAGNÓSTICO
História de queda com apôio na mão. RX - que pode ser normal nos primeiros quinze dias e que depois a fratura aparece. Tomografia computadorizada TC e RNM são valiosos no diagnóstico e principalmente nos casos de pseudo artrose. Ver Sinais e sintomas



TRATAMENTO
Fratura simples sem desvio - pode ser tratada com aparelho gessado ante braquio palmar (da metade do braço até a mão) em torno de 6 (seis) semanas e mais 3 semanas com uma luva. A razão de todo esse tempo de imobilização se deve que a vascularização do escafóide é deficitária, necessitando mais de tempo do que outras fraturas para consolidar. Fixação per cutânea com parafuso canulado auto compressivo em titânio. Normalmente essa cirurgia é realizada sem incisão e a passagem do fio guia e do parafuso é controlado com um intensificador de imagem.
Mesmo uma fratura do escafóide, tratada convenientemente, pode evoluir para uma PSEUDO ARTROSE. Por falta de consolidação, as duas extremidades de uma fratura absorvem-se, arredondam-se e produzem um movimento anormal, assemelhando-se a uma articulação, daí o nome PSEUDO ARTROSE, ou seja, uma articulação falsa. O seu tratamento necessita de outras táticas como enxerto ósseo vascularizado ou não, e outros procedimentos no punho: Ressecção da primeira fileira do carpo, artroscopias e artrodeses (juntar duas articulações) parcial ou total e prótese.




KC and sunshine band

Carl Douglas (kuf fighit

Please don’t let me be misunderstood (kill Bill soundtrack



UNIVERSIDADE IGUAÇU
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA SAÚDE




SINDROME PIRAMIDAL E SINDROME EXTRAPIRAMIDAL















NOVA IGUAÇU
16/04/2009
UNIVERSIDADE IGUAÇU
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA SAÚDE







SINDROME PIRAMIDAL E SINDROME EXTRAPIRAMIDAL












NOVA IGUAÇU
16/04/2009

SUMÁRIO:
1.0-Sistema Piramidal e Extra-Piramidal: As vias piramidais e sua clínica, Postura de wernicke- Mann, Síndrome Extra-Piramidal, Paciente com rigidez Parkinsoniana
2.0-Neuroacantocitose: Relato De um caso, Discussão, Divisão de grupos da síndrome, Identificação da sindrome
3.0-NA
3.1-Patologias motoras:Síndrome Piramidal/Monoplegia/Hemiplegia/Paraplegia/Tetraplegia ,doença de Parkinson: Degeneração de neurônios do S. Extrapiramidal E Manifestações clínicas.
3.2- Doença de huntington:Esclerose Múltipla ou em Placas,doenças desmielinizantes, Principais sintomas,tratamento
4.0-Síndrome de Guillain-Barré, sintomas,alterações da excitabilidade muscular Miotonia alterações das proteínas que intervêm na contração muscular,alterações das proteínas que intervêm na contração muscular: Manifestações clínicas.
4.1-Defeitos na obtenção da energia necessária à contração muscular
4.2- Manifestações clínicas: Principalmente após o exercício físico
4.3-Distinção da Miopatia primária e da Neuropatia
5.0- fisiopatologia do sistema nervoso central:sistema nervoso central,membranas meningeas,Líquido Cefalorraquidiano (LCR),irrigação arterial do snc e a importância de um débito constante,Barreira hematoencefálica
6.0-Edema Cerebral:Formas de Edema Cerebral:Hipoperfusão/isquemia: Agentes tóxicos, Infecções do SNC – meningites
7.0- Doenças degenerativas: Doença de Alzheimer, Placas neuríticas,Consequências fisiopatológicas: Epilepsia, causas.
8.0-Acidente vascular encefálico:tipos de acidentes vasculares encefálico, determinantes dos acidentes vasculares cerebrais, fatores de riscos modificáveis, sinais e sintomas.
Tipos de acidentes vasculares encefálico: Acidentes vasculares cerebral, esclerose múltipla
Tratamentos para espasticidade: Melhorias funcionais em pessoas com lesão do moto neurônio superiores,: Síndrome do neurônio motor superior.
9.0- Consequências fisiopatológicas
10.0- Consequências fisiopatológicas
11.0-Acidentes vasculares cerebral
12.0- Tratamentos para espasticidade
13.0- CONCLUSÃO
14.0- BIBLIOGRAFIA






















































Fratura do rádio distal e lesão ligamentar
História clínica: paciente do sexo masculino, de 59 anos, com dor no punho esquerdo há 3 semanas.

Paciente refere queda com a mão espalmada durante partida de basquetebol.

Hipóteses diagnósticas: lesão ligamentar, fratura do processo estilóide do rádio e fratura do escafóide.

Exame solicitado: ressonância magnética do punho esquerdo
Paciente encaminhado pelo Dr. Maurício Pegoraro
Diagnóstico radiológico pelo Dr. Milton Miszputen

Ressonância magnética do punho esquerdo.

Corte coronal, sequência T1 (a)

(a) Linha de fratura transversa ao longo da epífise distal do rádio, sem desvio ou afastamento significativos.

Irregularidade dos contornos do processo estilóide da ulna (seta).
a.
Cortes coronais (posterior para anterior ), sequência PDFS (b, c, d)

(b) Significativo edema ósseo medular no rádio distal, adjacente à fratura.

Fratura da extremidade do processo estilóide da ulna (seta preta).

Edema ósseo medular no trapezóide.

Má definição da inserção ulnar da fibrocartilagem triangular, com heterogeneidade de sinal e pequena quantidade de líquido no local (seta) branca).
b.
(c) Heterogeneidade de sinal na região do ligamento escafo-semilunar (porção volar)(seta). Não há alargamento anormal do espaço articular escafo-semilunar.

Foco de edema ósseo medular na margem radial do semilunar.

Líquido no local da inserção ulnar da fibrocartilagem triangular.

Pequeno derrame articular rádio-cárpico.

c.
(d) Irregularidade de contornos e espessamento heterogêneo da porção volar do ligamento escafo-semilunar (seta).
d.
Corte transversal, sequência T2FS (e)

(e) Significativo edema intramuscular na maior parte do músculo pronador quadrado (entre setas).

Edema dos planos gordurosos da região dorsal lateral do punho.

e.
Diagnóstico: fratura da epífise distal do rádio; fratura do processo estilóide da ulna; provável desinserção ulnar da fibrocartilagem triangular; ruptura da porção volar do ligamento escafo-semilunar; estiramento do músculo pronador quadrado; contusões ósseas no trapezóide e semilunar e pequeno derrame articular rádio-cárpico.

Recomendação de imagem: a ressonância magnética é um excelente método de imagem nos casos de suspeita de fratura oculta, como nas fraturas ocultas do escafóide e nesta, do rádio distal.

No caso apresentado, após a regressão das alterações inflamatórias, e havendo suspeita de instabilidade e lesão da fibrocartilagem triangular, poderá ser útil a realização de uma artro-ressonância magnética do punho.

Dr. Milton Miszputen
Fraturas intra-articulares complexas do rádio distal: classifição e conduta
As fraturas intra-articulares do rádio distal requerem uma redução anatômica já que um degrau mínimo de desvio está associada com o desenvolvimento de osteoartrose. Tais fraturas são classificadas com base tanto no mecanismo como no padrão de lesão. A classificação compreensiva das fraturas define aquelas que ocorrem devido a uma força de cizalhamento e que envolvam parte da superficie articular como tipo B. Estas por sua vez são subdivididas em tipo B1, que envolve o processo estilóide do rádio (fratura do chauffeur); tipo B2, que envolve a margem dorsal do rádio; e tipo B3 que envolve a margem volar distal do rádio (fratura de Barton). As fraturas do grupo B são instáveis e com frequência requerem intervenção cirúrgica. As fraturas intra-articulares resultam de uma força de compressão sobre a extremidade distal e são classificads como grupo C. O tipo C é uma fratura em duas partes sem cominução metafisária; o tipo C2 é uma fratura em duas partes com comunição metafisária, e a tipo C3, é uma fratura com mais de duas partes com ou sem comunição. A tática operatória para es fraturas por compressão envolve a restauraçào dos quatro fragmentos "comuns" em sequência. Isto pode ser consegiudo somente através de manobras manipulativas ou com uma limitada exposição dos fragmentos fraturados e estabilização percutânia com fios de Kirschner. Frequentemente é necessária a neutralização com um fixador externo e enxerto ósseo autólogo.
CLASSIFICAÇÕES - EVO L U Ç Ã O - COMPLICAÇÕES
As fraturas do escafóide ocorrem em torno de 15% dos
traumas de punho1(B) e podem se apresentar nas formas:
a) isoladas;
b) acompanhadas de lesões ligamentares do carpo;
c) participar de fraturas-luxações.
Há gravidade crescente ao avaliarmos os três tipos de fraturas.
As fraturas sem desvio consolidam 100% quando tratadas com
imobilização imediata, enquanto fraturas com desvio tendem a
desenvolver retardos de consolidação e pseudartrose, que também
ocorrem em fraturas diagnosticadas tardiamente2(B).
As fraturas que não consolidem até o terceiro mês de
tratamento, para efeitos práticos, são consideradas como
pseudartrose3(B).
Fraturas com desvios radiográficos maiores do que 1mm têm
altos índices de pseudartrose, sendo portanto indicado
intervenção cirúrgica4(A).
Muitas fraturas não são visíveis nas radiografias iniciais e podem
ser confundidas com torções da articulação do punho1(B). Muitos
pacientes, devido a característica clínica, não procuram socorro
médico por considerarem que houve uma simples torção. A falta de
tratamento adequado leva inevitavelmente à pseudartrose. Junto com
estes pacientes, encontramos aqueles que procuraram socorro
médico, mas não tiveram suspeita diagnóstica de fratura e foram
tratados com goteiras gessadas, por alguns dias até cederem os
sintomas dolorosos. As fraturas do escafóide quando não tratadas,
fatalmente desenvolverão pseudartroses1-3(B).
Encontramos como complicações de fraturas do escafóide,
além da muito freqüente pseudartrose, a necrose do pólo proximal
e a presença de fragmento proximal pequeno4-6(A).
PRINCIPAIS R E C O M E N DAÇÕES
AVALIAÇÃO INICIAL E O DIAGNÓSTICO
A história clínica fornece a suspeita de fratura. Os sintomas
podem ser discretos. O paciente refere dor na articulação do
4
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Diagnóstico e Tratamento das Fraturas de Escafóide
punho que aumenta aos movimentos. Esta
característica é de fraturas sem desvio, pois
quando há lesões ligamentares, ou luxações, a
dor é intensa, há hematoma, edema e
eventualmente crepitação.
Na suspeita clínica será feito estudo
radiográfico. O paciente deverá manter o cotovelo
em flexão de 90 graus, o braço apoiado na mesa
de exame do aparelho radiográfico e a partir desta
posição, realizando movimentos de pronação e
supinação associados ao desvio ulnar do punho,
assim obteremos as incidências radiográficas
padronizadas. Estudaremos o escafóide nas
incidências: perfil absoluto, póstero-anterior com
desvio ulnar do punho e dedos em flexão e as duas
oblíquas, uma em pronação de 30 graus e outra
em supinação de 30 graus1(B).
Fraturas - luxações são diagnosticadas
facilmente pelo desalinhamento grosseiro dos
ossos do carpo. Fraturas com lesões ligamentares
associadas, geralmente apresentam-se com desvios
nas radiografias iniciais. A dificuldade de
diagnóstico é observada nas fraturas sem desvio.
Há necessidade de boa técnica radiográfica, tanto
na qualidade das imagens quanto no
posicionamento. Será avaliado o trabeculado
ósseo, buscando interrupções e traços fraturários.
O diagnóstico radiográfico é conseguido mais
freqüentemente na incidência oblíqua em
supinação. Entretanto, após duas semanas, há
absorção óssea no foco fraturário, o que permite o
diagnóstico radiográfico naquelas fraturas não
vistas inicialmente1,2(B).
Estudos com ressonância nuclear magnética
permitem diagnóstico mais preciso4,5(A).
TRATAMENTO DA FRATURA RECENTE
Na suspeita clínica de fraturas de escafóide
devemos imobilizar o punho e tratar o paciente
como se tivesse a fratura, até que se prove o
contrário em exames radiográficos feitos com
duas ou três semanas. Esta conduta é clássica
em traumatologia e foi reafirmada em estudos
recentes1(B).
Fraturas sem desvio, visíveis nas
radiografias iniciais, serão tratadas com
aparelhos gessados braquiopalmares por 40
dias, seguindo-se com luvas gessadas
englobando o polegar até a consolidação7(A).
Fraturas com desvios radiográficos maiores
do que 1mm ou associadas às luxações serão
vistas em separado. Indica-se redução imediata
e fixação da fratura com parafusos e
estabilização associada do carpo com fios de
Kirschner.
Fraturas com fragmentos pequenos no pólo
proximal serão tratadas com parafusos de
Herbert & Fisher3(B), colocados transarticulares
no sentido proximal para distal. Salvo se
não houver desvio ou se o fragmento não
permitir a fixação por ser muito pequeno.
Fraturas sem desvio poderão ser fixadas com
parafusos canulados como opção profissional
do paciente, evitando o uso prolongado de
aparelhos gessados. Nesta situação, o punho
será protegido por órteses7,8(A).
Neste mesmo grupo de indicações
incluímos as fraturas sem desvio do pólo
proximal, que podem ser fixadas com parafuso
de Herbert & Fisher transarticulares3,6(B). É
importante salientar aos pacientes que apesar
de o tratamento cirúrgico ter alto índice de
consolidações, apresenta risco de infecções
como qualquer cirurgia. Também devemos
comentar que fraturas sem desvio consolidam
com tratamento incruento em 100%,
5
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Diagnóstico e Tratamento das Fraturas de Escafóide
infelizmente necessitando imobilização em
torno de 2 meses. Desta forma auxiliaremos o
paciente a tomar a decisão.
TRATAMENTO DAS PSEUDARTROSES
As fraturas consideradas em pseudartrose
devem ser tratadas cirurgicamente, com o
objetivo de conseguir redução anatômica,
consolidação e o reequilíbrio das forças que
agem no carpo3,6(B). O tratamento incruento
fica reservado para as pseudartroses que já
apresentem osteoartrite pós-traumática no
punho, para pacientes idosos ou com contraindicações
gerais de cirurgia. Esta forma de
tratamento é paliativa e visa combater os
sintomas, através de imobilizações.
As pseudartroses têm na técnica de Matti-
Russe a forma preferencial de tratamento
cirúrgico, pois nesta consegue-se maior
número de consolidações. Têm a desvantagem
de necessitar proteção com imobilização
contínua até a consolidação, que ocorrerá em
torno de 90 dias em mais de 90% dos
pacientes. Tem limitações na reconstrução da
forma do escafóide na presença de grandes
absorções ósseas, que ocorrem em
pseudartroses de longa data9(B).
A alternativa técnica para pseudartroses
com grande absorção óssea encontramos na
utilização de enxertos ósseos associados a
osteossíntese com parafusos. Encontramos
técnicas aparentemente similares, com
diferenças importantes na forma de planejar o
enxerto. Numa, o enxerto ósseo tem corte
trapezoidal e é colocado formando um
“sanduíche”5(A) com os dois fragmentos, e
noutra, a forma de cunha que é colocada
ventralmente3(B). Nestas técnicas há a
vantagem da osteossíntese, que permitirá
reduzir o tempo de imobilização e a
substituição de aparelhos gessados por órteses.
A critério e conforme a experiência do
cirurgião, esta técnica poderá substituir a de
Matti-Russe.
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6 Diagnóstico e Tratamento das Fraturas de Escafóide
FRATURA DO OSSO ESCAFÓIDE







Introdução

Na maioria das fraturas, a consolidação se processa conforme a expectativa, a função das partes lesadas é gradualmente refeita e pouca ou nenhuma incapacidade permanece. Todavia nem todas as fraturas evoluem tão bem. As complicações muitas vezes são inevitáveis


Anatomia regional:

O osso escafóide está localizado na primeira fileira dos ossos da mão . Na primeira fileira(proximal) da região medial para a região lateral temos : escafóide, semi-lunar, piramidal e pisiforme. Na segunda fileira(distal) da região medial para a região lateral temos: trapézio, trapezóide, captato e hamato.

Na região do punho o escafóide também se articula com o rádio


Complicações Negativas:

As fraturas do escafóide são potencialmente problemáticas e a incidência de complicações é alta . As complicações mais importantes são:

A) Necrose do pólo proximal: ocorre por problemas circulatórios: O suprimento sangüíneo do pólo proximal é feito por vasos intra-ósseos que penetram no dorso do pólo distal. Havendo uma fratura proximal à entrada da ultima artéria nutridora, haverá prejuízo circulatório para o fragmento proximal;

B) Consolidação viciosa: o osso perde sua forma original, e a relação com os ossos vizinhos leva à osteoartrose, predispondo às instabilidades do carpo; e

C) Pseudo-artroses: geralmente ocorrem por falha no diagnóstico da fratura, por pouco tempo de imobilização ou tratamento inicial tardio. O tratamento cirúrgico é realizado com a finalidade de restaurar as dimensões originais do osso e obter a consolidação. Nossa preferência é pela técnica de Matti-Russe, em que se aborda o osso por via ventral, expondo os fragmentos que soa escavados e preenchidos com enxerto ósseo esponjoso.

Apesar de na maioria das fraturas do escafóide haver consolidação (embora às vezes lentamente), há uma maior tendência à não consolidação que na maioria dos outros ossos (com exceção do colo do fêmur). Em alguns casos a pseudo-artrose pode ser atribuída à imobilização imperfeita , ou possivelmente ,desde que a fratura seja intra-articular, à ação do líquido sinovial, na dificuldade de formação de uma ponte fibrosa entre os fragmentos. Em outros casos a pseudo-artrose pode ser dividida à diminuição do suprimento sangüíneo para um dos fragmentos, havendo uma seqüela comum ,mas não inevitável, de necrose avascular do fragmento proximal..

Quando está presente por longo tempo a pseudo-atrose, as superfícies da fratura tornam-se arredondadas ,como se uma articulação estivesse se formando entre eles. Há também alterações císticas em um ou ambos fragmentos .Ainda mais tardiamente, as radiografias podem mostrar uma osteoartrose em fase inicial.

D) Retardo da consolidação: em grandes números de casos as fraturas do escafóide consolidam lentamente e ,apesar da imobilização em gesso ,pode demorar ,quatro ,cinco ou mesmo seis meses após a lesão Não está bem definido se o retardamento da consolidação e causado por uma imobilização imperfeita ou pela diminuição do suprimento sangüíneo em um dos fragmentos.


Fratura da tuberosidade do osso escafóide

As fraturas da tuberosidade são raras em comparação com aquela com aquela do corpo do escafóide, mais elas são relativamente comuns em meninos adolescentes. Elas não são de grande importância porque geralmente consolidam prontamente e causam pouco problema.

Tipos de fraturas

Fraturas do osso escafóide

Ocorrem com maior freqüência em adultos, jovens após queda com o punho em hiperextensão. Em geral ,com poucos sinais clínicos ,são tratados como simples contusão ou entorse. Cerca de 4/5 do osso está coberto por cartilagem ,restando apenas uma pequena área para penetração dos vasos que vão nutri-lo .Estes geralmente penetram em sua porção distal e dorsal, o que explica a alta incidência de necrose do fragmento proximal após a fratura.

Classificação

Pode-se classificar as fraturas do escafóide pelo nível anatômico em fraturas do terço proximal ,médio e distal .Podem também ser classificadas pelo traço de fraturas em relação ao eixo longitudinal do escafóide em fraturas transversas, horizontal e oblíqua e horizontal transversa. As fraturas do terço proximal em relação de problemas circulatórios e as fraturas obliquas verticais-que tendem a ser menos estáveis são de pior prognóstico.

Fisiopatologia

ESCAFOIDITE. Lesão inflamatória do escafóide carpiano. Observa-se na infância e no inicio da adolescência e caracteriza-se pela dor à palpação e durante a marcha, com inchação e alteração radiológica do escafóide. A natureza da afecção é mal conhecida. mas aproxima-se da osteocondrite do quadril. A escafoidite cura-se espontaneamente em alguns meses com a imobilização no gesso e os analgésicos / antiinflamatórios, que serão suficientes como tratamento.

Ocorre fratura de escafóide durante queda sobre mão espalmada com o punho em dorsiflexão e desvio radial. Em 95 à 100 graus de extensão do punho, o pólo proximal do escafóide permanece fixo, enquanto que o pólo distal movimenta-se dorsalmente, levando à fratura ao nível do corpo.

Reabilitação

Estes exercícios são para aparelhos de gesso, redução aberta e fixação externa.

Imediatos até uma semana.

- Trate o edema gravitacional com elevação do ombro.

- Exercícios de amplitude movimentos ativos e passivos para os dedos, exceto para o polegar, que esta imobilizado.

- Exercícios de amplitude de movimento ativos e ativos com ajuda para o ombro.

- Exercícios isométricos para o bíceps, tríceps e deltóide.

- Exercícios de amplitude de movimentos ativos e passivos para os dedos, exceto para o polegar, que esta imobilizado.

- Exercícios de amplitude de movimentos ativos e passivos com ajuda para cotovelo e ombro.

- Exercícios isométricos para bíceps, tríceps e deltóide.
Limite, supinação e pronação.

De 4 a 6 semanas

- Continue os exercícios de amplitude de movimento ativos e passivos para os dedos, exceto para o polegar, que ainda esta imobilizado.

- Exercício de amplitude de movimentos ativos e ativos com ajuda para ombro e cotovelo.

- Limite, supinação e pronação.

- De prosseguimento a terapia com exercícios leves de amplitude de movimentos ativos para o punho, e com exercícios ativos (igualmente leves) de oposição e flexão/ extensão para o polegar.

- Não instituir exercícios passivos.

- Continue o exercício de amplitude de movimentos ativo e ativos com ajuda para o cotovelo e ombro.

De 12 a 16 semanas

- Estável

- O paciente deve estar curado. Considere estimulação elétrica/campo eletromagnético pulsado ou cirurgia, se não ocorreu progressão até a união.

- Exercícios de amplitude de movimentos para todos os dedos, punho, cotovelo e ombro. Alem dos exercícios de amplitude de movimentos ativos e ativos com ajuda receite exercícios passivos para conseguir completa mobilidade.

- Fortalecimento da preensão com aperto de bola de borracha ou massa de modelar.

- Exercícios contra resistência progressivos para o punho e polegar.

- Use pesos de 1 quilo e aumente, para fortalecimento do bíceps e cintura escapular.

- Fluidoterapia ou hidroterapia reduz o desconforto.

- O paciente deve estar curado. Considere estimulação elétrica/campo eletromagnético pulsado ou cirurgia, se não tiver ocorrido progressão até a união.


Conclusão

Podemos chegar a conclusão que as fraturas dos escafóides são raras, dificultando em seu diagnóstico, sendo necessária repetidas chapas de raio X. Após a lesão a fratura do escafóide pode ser quase invisível, necessita-se que o paciente tire mais chapas duas a três semanas após da lesão quando a fratura pode ser vista claramente.

As fraturas podem permanecer desconfortáveis por muitas semanas após a lesão. Neste caso uma tala não é de grande auxílio , uma bandagem de crepe por um alguns dias será de maior conforto para o paciente, mas a atividade a ser estimulada.


Referências Bibliográficas:

Szinie Herbert e Renato Xavier
Arlindo G. Pardini Jr.
Tarcísio E.P. de Barros Filho e colaboradores
Ortopedia e Traumatologia
Princípios e práticas
2º edição Editora Artmed


Tratamento e reabilitação de fratura
Stanley Hoppenfeld / Vasanthal Murthy
Editora Manole
1º edição
maior energia, e em indivíduos mais velhos, em simples quedas
ao solo. Em indivíduos mais velhos, há esmagamento ósseo, enquanto
que, nos mais jovens, há fraturas com traços articulares.
A classificação proposta por Cooney1(D), também denominada
como universal, divide as fraturas em:
Tipo I – fraturas extra-articulares sem desvio.
Tipo II – fraturas extra-articulares com desvio:
• redutível e estável;
• redutível e instável;
• irredutível e instável;
• complexas (cominutivas, instáveis e irredutíveis).
Tipo III – fraturas intra-articulares, sem desvio e estáveis.
Tipo IV – fraturas intra-articulares e desviadas. As fraturas
articulares desviadas Tipo IV são divididas, após a redução, em:
• redutível e estável;
• redutível e instável;
• irredutível e instável;
• complexas (cominutivas, instáveis e irredutíveis).
O tratamento a ser indicado depende do tipo de fratura, da
idade do paciente, de sua profissão, grau de utilização do membro
superior, práticas esportivas, da experiência do médico e das condições
de local de trabalho do traumatologista.
QUAIS PARÂMETROS RADIOGRÁFICOS DEFINEM O LIMITE DE
FRATURAS COM DESVIO QUE NECESSITEM DE REDUÇÃO?
São reduzidas as fraturas anguladas dorsalmente em grau neutro,
11 graus de desvio dorsal ou maior, assim como aquelas que
se apresentem com encurtamentos maiores do que 3 mm e quando
há perda de mais do que 4 graus no ângulo radial2(A). Fraturas
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4 Fratura de Rádio Distal em Adulto
com angulação dorsal de até 10 graus e encurtamento
do rádio menor do que 5 mm são consideradas
como não tendo desvio significativo,
e não necessitam de redução3(A). Esses
parâmetros são válidos para indivíduos mais velhos,
uma vez que, nos mais jovens, busca-se
sempre a reconstrução anatômica. O nível de
tolerância para a necessidade de redução é expandido
para fraturas consideradas como moderadamente
desviadas em pacientes com idade
acima de 65 anos, mesmo com desvios dorsais
entre 10 e 30 graus, desde que associadas a encurtamento
menor do que 5 mm4(A).
QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA
DEFINIÇÃO DE FRATURAS INSTÁVEIS?
As fraturas foram designadas como instáveis,
segundo o critério radiológico proposto
por Lafontaine, quando apresentam desvio
dorsal maior do que 20 graus, cominuição
dorsal, envolvimento articular radiocárpico, fraturas
associadas da ulna e se o paciente tiver
idade maior do que 60 anos5(C). A avaliação
do comportamento de 50 fraturas consideradas
instáveis, e que foram tratadas por redução
incruenta e imobilização gessada, demonstrou
que no estudo estatístico houve somente
correlação de instabilidade com a idade dos
pacientes, o que nos leva a concluir que a idade
do paciente é o principal fator para predizermos
a instabilidade da fratura6(C). Os pacientes
acima de 58 anos tiveram maior tendência
à perda das reduções obtidas. Em pacientes
mais velhos, as reduções obtidas não se
mantêm e tendem a retornar para a situação
anterior à redução. Logo, ou o desvio é considerado
aceitável e o paciente é tratado incruentamente,
ou será necessário intervir com
alguma forma de estabilização.
QUAL É O MELHOR MÉTODO DE REDUÇÃO
INCRUENTA DESTAS FRATURAS?
Classicamente, há dois métodos de redução: a
redução por manipulação da fratura com tração e
contração, ou a redução mecânica, com tração longitudinal
do membro pelos dedos com “malha chinesa”.
O tratamento de 223 pacientes com estes
métodos de redução não demonstrou diferença
quanto aos desfechos clínicos com redução inadequada.
Houve falha em 15 pacientes de cada
grupo3(A). Revisão sistemática confirmou que não
há diferença entre os dois métodos de redução7(A).
QUAL É O MELHOR MÉTODO DE ANESTESIA
PARA A REDUÇÃO INCRUENTA?
A maioria das fraturas da extremidade distal do
rádio é submetida à redução incruenta sob anestesia
local, por meio do bloqueio do hematoma da fratura,
no atendimento de urgência. Outros métodos
de anestesia são o bloqueio do plexo braquial,
anestesia venosa regional conhecida como bloqueio
de Bier, sedação ou anestesia geral inalatória. Atualmente,
não dispomos de evidências conclusivas
sobre o melhor entre estes outros métodos de
anestesia. A anestesia local não proporciona
analgesia e relaxamento muscular adequados, o que
pode dificultar a redução da fratura. Entretanto,
uma revisão sistemática sugere a superioridade da
anestesia por bloqueio venoso regional sobre a
anestesia focal8(A). É difícil a utilização de anestesia
do tipo Bier para fraturas do rádio distal. No nosso
meio, o mais comum é o emprego de bloqueios
plexulares para as reduções de fraturas do rádio distal.
QUAL É O TRATAMENTO INDICADO PARA
PACIENTES IDOSOS COM ATIVIDADES DE
VIDA DIÁRIA DE BAIXA DEMANDA OU
QUANDO HÁ GRANDE RISCO ANESTÉSICO?
As fraturas consideradas sem desvio nas radiografias,
ou mesmo com desvio dorsal meFratura
de Rádio Distal em Adulto 5
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nor do que 30 graus de angulação e encurtamentos
menores do que 5 mm, quando comparamos
ao lado sadio e com parâmetros normais,
são aceitáveis em pacientes idosos, e permitem
abordagem conservadora. Esta conduta
é reforçada quando há restrições clínicas
anestésicas ou os pacientes não realizem atividades
cotidianas que demandem esforços. A
imobilização deve ter tamanho mínimo, somente
imobilizaremos a articulação do punho,
em posição neutra, e o paciente deve ser estimulado
a utilizar a mão4(A).
CONSEGUIREMOS MANTER NO APARELHO
GESSADO A REDUÇÃO INCRUENTA
CONSEGUIDA NA FASE EMERGENCIAL?
As fraturas reduzidas perdem gradativamente
a redução até a 5ª semana e os resultados funcionais
foram similares quando comparados a um
grupo similar tratado conservadoramente4(A).
A idade do paciente é um fator decisivo para
o prognóstico da manutenção da redução. Há
observações que, após a redução incruenta, há
probabilidade de se obter um resultado inaceitável
em 50% dos pacientes com idades acima
de 58 anos, por perda da redução6(C). Há aumento
no risco relativo, da ordem de quatro
vezes, de falha na 4ª semana, em pacientes acima
de 60 anos, em relação àqueles abaixo desta
idade, quando a idade foi considerada junto com
outros critérios de Lafontaine, ou mesmo quando
considerada sozinha. Os pacientes que obtenham
redução incruenta aceitável devem ser
informados que, se o tratamento prosseguir nesta
forma, há risco variável de perda, conforme a
sua idade. Se tiverem 58 anos, o risco de perda
da redução é de 50%, se tiverem 80 anos, o
risco é de 77%, e se tiverem 40 anos, o risco cai
para 27%. Esta informação indica o risco de
perda da redução pelo método incruento e ajuda
o paciente a participar da decisão de qual a
melhor forma de tratamento para sua situação
clínica específica. O tratamento de fraturas com
desvio com o método incruento é ineficaz em
indivíduos acima de 58 anos, o que nos conduz
à busca de método adicional para a estabilização
da fratura.
HÁ CORRELAÇÃO CLÍNICA ENTRE A
DEFORMIDADE RESIDUAL, POR PERDA
PARCIAL DA REDUÇÃO, E O RESULTADO
CLÍNICO DO TRATAMENTO EM PACIENTES
IDOSOS?
Em pacientes idosos e com baixa demanda
funcional do punho, desvios ou perda de redução
de até 30 graus dorsal e encurtamento de
até 5 mm podem ser tolerados, sem haver déficit
funcional significativo. Avaliação comparativa
de pacientes idosos, que após perda da redução
foram remanipulados e estabilizados com
fixação externa, com aqueles nos quais aceitouse
a deformidade, demonstrou que houve melhor
resultado anatômico no grupo com fixação
externa. Entretanto, não houve diferença estatística
significante quanto ao resultado funcional
entre os grupos9(A). As consolidações viciosas
permitem resultados funcionais
satisfatórios, com exceção do desvio dorsal, que
reduz a flexão do punho; não há correlação entre
deformidades residuais e o desfecho
clínico10(C).
O tratamento de fraturas com mínimo desvio,
em idosos com baixa solicitação de uso do
segmento fraturado, pode ser conservador, basta
a imobilização por três semanas e o estímulo
para movimentação dos dedos. A abordagem
Projeto Diretrizes
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6 Fratura de Rádio Distal em Adulto
conservadora evita as complicações anestésicas
e a possibilidade de rigidez articular dos dedos e
do punho. Entretanto, os pacientes idosos que
utilizam o membro afetado em atividades que
requerem maior capacidade funcional têm indicação
de tratamento com estabilização externa
ou interna, baseado no fato que há grande
risco de redução funcional no tratamento com
aparelho de imobilização.
QUAL DEVE SER A CONDUTA EM FRATURAS
COM DESVIO CONSIDERADAS ESTÁVEIS?
Estas fraturas sempre necessitam de redução,
que uma vez conseguida tem maior probabilidade
de ser estável em jovens. Há discussão
sobre a melhor forma de imobilização para o
paciente, assim como qual o tempo para seu
emprego. Em indivíduos idosos, há maior risco
de perda da redução, fato que deve ser salientado
ao paciente, acompanhado de discussão das
opções cirúrgicas e seus riscos. Quando a opção
for por tratamento incruento, há necessidade
de controles radiográficos semanais, que orientarão
possíveis mudanças de conduta6(C).
QUAL É O TIPO DE IMOBILIZAÇÃO
NECESSÁRIO?
Após a redução, é importante manter os clássicos
três pontos de apoio no aparelho gessado
antebraquiopalmar, porém sem hiperflexão do
punho. Em pacientes idosos, que entendam as
limitações impostas pelo tratamento, a articulação
do punho até mesmo pode ficar livre,
mantendo um bloqueio da extensão. O pequeno
movimento permitido do punho melhora o
resultado funcional e diminui o edema, sem que
a deformidade óssea resultante seja afetada de
forma adversa com a mobilização em fase precoce
da consolidação11(A). Não há superioridade
da imobilização gessada axilopalmar em relação
ao gesso curto12(B). O tratamento de 204
fraturas com desvio, após a redução, com imobilizações
com o punho em flexão ou posição
neutra em extensão, mostrou melhores resultados
em pacientes tratados com redução incruenta
e imobilização com aparelhos gessados bem
moldados, porém com o punho em discreta
dorsiflexão13(A). A análise de 250 fraturas concluiu
que o resultado depende do grau de desvio
inicial e da qualidade da redução obtida14(B). A
análise do tratamento de fraturas do rádio, em
mulheres com idade acima de 60 anos, demonstrou
melhores resultados em pacientes que iniciavam
mobilização do punho em fase mais precoce
da consolidação15(B). A forma de imobilização
tem importância secundária, pois o resultado
funcional e anatômico é dependente
principalmente da redução inicial obtida, não
sendo influenciado por posição de flexão ou desvio
ulnar do punho16(A).
POR QUANTO TEMPO É NECESSÁRIO
IMOBILIZAR?
Quando a indicação for de tratamento incruento,
o tempo de imobilização necessário é
de três semanas, principalmente se considerarmos
sua aplicação em pacientes acima de 60
anos15(B). A liberação com três semanas não
causa nenhuma grande perda da redução
conseguida. É importante a retirada mais rápida
da imobilização para as pacientes que vivem
sozinhas, para melhorar suas atividades diárias,
entretanto, esta conduta não promove melhora
final do arco de movimentos17(B). Porém, há
melhora mais rápida da força de preensão e da
mobilidade articular, em pacientes liberados da
imobilização mais precocemente. Não há evidência
de que a mobilização precoce cause problemas
para os pacientes18(A).
Fratura de Rádio Distal em Adulto 7
Projeto Diretrizes
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AS FRATURAS REDUTÍVEIS E INSTÁVEIS
DEVEM SER TRATADAS CIRURGICAMENTE?
Estudo comparativo entre o tratamento com
aparelho gessado braquiopalmar e fixadores externos
demonstrou que fraturas extra-articulares
podem ser tratadas com aparelhos gessados,
porém, em fraturas articulares, a melhor indicação
encontra-se no emprego de fixadores
externos19(B). Quando há fratura cominutiva
da extremidade distal do rádio, uma das formas
de tratamento é a fixação percutânea pelo método
de De Palma, que se mostrou mais efetiva
do que o tratamento com redução incruenta e
imobilização gessada20(B).
As fraturas com desvio e instáveis, por apresentarem
tendência à perda da redução, necessitam
de estabilização cirúrgica. Estudo comparativo
entre o tratamento com o fixador externo
e o método conservador demonstra diferença
estatística significante favorável ao fixador
externo, tanto nos resultados anatômicos como
nos funcionais21(A). A análise do tratamento
comparativo entre 90 fraturas articulares do
rádio, distribuídas de forma randomizada, entre
os métodos de redução incruenta e imobilização
gessada, uso de fixação externa e redução
aberta com osteossíntese interna, demonstrou
melhores resultados naqueles pacientes tratados
com o método de fixação externa22(A). Também
são melhores os resultados de pinagem
percutânea e fixação interna com placa, quando
comparados ao tratamento incruento23(A).
Por outro lado, o método de fixação com fios de
Kirschner intrafocais mostrou-se superior aos
tratamentos com fixadores externos24(C). Outra
forma de tratamento a ser considerada é a
fixação externa localizada no rádio, que não ultrapassa
a articulação do punho, que se mostrou
vantajosa em relação à fixação externa em
ponte sobre a articulação25(A).
A superioridade dos resultados de estabilizações
cirúrgicas nas fraturas instáveis é indiscutível,
quando os comparamos àqueles obtidos
no tratamento conservador com imobilização
gessada. Contudo, a generalização deve respeitar
as características individuais dos pacientes.
QUAL É O MELHOR MÉTODO DE
OSTEOSSÍNTESE PARA AS FRATURAS
REDUTÍVEIS INSTÁVEIS?
Os estudos comparativos entre os diversos
métodos de osteossíntese não demonstram haver
um método ideal de fixação. A metanálise
que comparou formas de tratamento de fraturas
instáveis do rádio distal concluiu que a literatura
atual não oferece evidência de diferenças
entre o tratamento com fixação interna
e o método de fixação externa26(A). Revisão
sistemática que envolveu a análise do tratamento
de 4371 fraturas não esclareceu qual o
melhor método cirúrgico para o tratamento
dessas fraturas.
Avaliações que compararam os métodos de
pinagem percutânea com o fixador externo não
demonstram superioridade de um dos métodos
quanto aos resultados funcional objetivo,
radiográfico e de complicações27(A). Os métodos
de fixação externa, quando comparados à
redução aberta e à fixação com placa, não apresentaram
diferença quanto à força de preensão,
ao arco de movimento, ao resultado radiográfico
e à presença de dor27(A). A avaliação de diversos
tipos de tratamento cirúrgico mostrou que
não há evidência conclusiva a respeito de qual é
o melhor método de tratamento cirúrgico; há
de forma isolada alguma evidência favorável ao
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8 Fratura de Rádio Distal em Adulto
uso do fixador externo e à pinagem percutânea28(
A). Em nosso meio, foi observado que
os pacientes tratados com pinagem percutânea
apresentaram menor índice de dor e de restrição
funcional, quando comparados aos tratados
com fixador externo27(A).
Concluímos que, devido à ausência, na literatura
atual, de evidência da superioridade de
qualquer um dos métodos de estabilização, a
experiência do cirurgião aliada às condições
específicas de cada paciente são os elementos
que determinam a opção por um ou outro método
de síntese.
QUAL É O MELHOR MÉTODO DE
TRATAMENTO PARA AS FRATURAS COM
ACOMETIMENTO E DESVIO DA SUPERFÍCIE
ARTICULAR?
A redução das fraturas com degrau articular
pode ser realizada de forma indireta, com
auxílio de recursos radiológicos, ou sob visão
direta, com auxílio da artroscopia ou com redução
aberta. A comparação do método de redução
artroscópica e uso do fixador externo
com a técnica de redução aberta e osteossíntese
com placa demonstrou que o método de tratamento
artroscópico é superior, em seguimento
de 24 meses, com menor incidência de
osteoartrite29(B). Contudo, os demais aspectos
clínicos não demonstraram diferença entre
os métodos. Assim, verificamos que a utilização
da redução artroscópica proporciona
melhor resultado funcional e menor incidência
de artrite pós-traumática, mostrando que
tem grande utilidade em nosso arsenal
terapêutico e, quando aplicável, poderá ser um
bom método de escolha.
A FRATURA DA BASE DO PROCESSO
ESTILÓIDE DA ULNA DEVE SER FIXADA?
A fratura da base do processo estilóide da
ulna, que freqüentemente acompanha as fraturas
do rádio distal, torna a lesão visível na
parte medial do punho. Este tipo de lesão é
potencial causador de instabilidade da articulação
radio-ulnar distal, entretanto, a evidência
não suporta a indicação de tratamento com
fixação30(A). A fixação de todas as fraturas na
base do processo estilóide da ulna, baseada em
radiografias, não se justifica. Entretanto, a
associação de fratura do processo estilóide
ulnar, com sinais clínicos de franca instabilidade
da articulação radio-ulnar distal, após a
fixação do rádio, é indicativa da necessidade
de sua estabilização.
USO DE BIFOSFONATOS AUXILIA NA
CONSOLIDAÇÃO DAS FRATURAS DE COLLES?
A imobilização gessada no tratamento
conservador das fraturas leva à perda de massa
óssea no local da fratura e sítios ósseos adjacentes,
sendo significante até os 12 meses após
a fratura. O uso de bifosfonatos pode inibir a
reabsorção óssea e previne a perda decorrente
da imobilização, mas sem diferenças clínicas
quando os pacientes são correlacionados aos
que não utilizam o fármaco, tanto com o
alendronato31(A), como com o clodronato32(A).
Estes são resultados avaliados por densitometria
óssea. Todavia, ainda não há evidência
clínica do seu benefício, nem se o achado de
exame traduz alguma vantagem mecânica para
a manutenção da interface entre o osso osteoporótico
e o metal dos parafusos do fixador
externo, ou da placa.
Fratura de Rádio Distal em Adulto 9
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
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24. Neumann K, Clarius

RESUMO – OBJETIVOS. O objetivo deste trabalho foi determinar o
grau de reprodutibilidade intra e interobservador em relação às
classificações de Frykman, AO e Universal para as fraturas distais do
rádio.
MÉTODOS. Neste estudo foram selecionadas 40 radiografias de
fraturas distais do rádio que foram classificadas por ortopedistas de
centros e nível de experiência diferentes, determinando-se o grau
de reprodutibilidade intra e interobservador através do método
estatístico Kappa.
RESULTADOS. A concordância intra-observador média observada
INTRODUÇÃO
As fraturas da extremidade distal do
rádio são definidas como aquelas que
ocorrem a até 3 cm da articulação rádiocárpica1.
São de grande importância e interesse,
pois correspondem a um sexto de
todas as fraturas atendidas nas salas de
emergências. Nos Estados Unidos e no
Reino Unido uma em cada grupo de 500
pessoas sofre essa fratura por ano, causando
um alto custo socioeconômico. A faixa
etária mais acometida é entre 60 e 69
anos, principalmente em mulheres, mas
nota-se uma elevação da prevalência entre
jovens devido aos acidentes de trânsito e
traumas esportivos2.
Para se determinar o perfil radiográfico das
fraturas do rádio distal são necessárias radiografias
de boa qualidade nas incidências
ântero-posterior e lateral. Três medidas relacionadas
ao eixo longitudinal do rádio podem
ser avaliadas e servem de parâmetros para a
redução. A inclinação volar da superfície articular
do rádio varia de 11º a 12º, sendo observada
na incidência em perfil. A inclinação radial
tem, em média, de 22º a 23º, e, juntamente
com altura radial, que mede de 11 a 12 mm,
são avaliadas na incidência ântero-posterior3.
São consideradas instáveis aquelas fraturas que
apresentam grande desvio e cominuição
dorsal, angulação dorsal maior que 20º do
fragmento distal, cominuição articular importante
e encurtamento do fragmento distal
maior que 10 mm. Fraturas com essas características
tendem a perder a redução4.
Certos padrões de fraturas como fraturasluxações
rádio-cárpicas e fraturas do processo
estilóide radial muito desviadas têm, obrigatoriamente,
lesões concomitantes de ligamentos
intrínsecos ou extrínsecos do carpo, que
devem ser consideradas quando classificamos
as fraturas do rádio distal, uma vez que influenciarão
no resultado5.
Existem inúmeras classificações para
fraturas da extremidade distal do rádio.
Segundo Müller et al. (1987), qualquer sistema
de classificação realmente útil deve
considerar o tipo e a gravidade da fratura,
servir como base para o tratamento e de guia
para a avaliação do resultado6.
Frykman (1967) estabeleceu uma classificação
que levava em conta o envolvimento ou
não da articulação rádio-cárpica e rádio-ulnar
e a presença ou ausência de fratura do processo
estilóide ulnar. Apesar de ser mundialmente
conhecida e muito citada na literatura,
falha porque não considera o desvio inicial
da fratura, nem o encurtamento do rádio.
*Correspondência:
Rua Emílio Ribas, 800 – Apt. 1
Cep: 13025-141 – Campinas – SP
Fone: (19) 3788-7750/3254-0220
E-mail: belanger@sigmanet.com.br
foi moderada para as classificações de Frykman e Universal e leve
para o sistema AO. A reprodutibilidade média interobservador foi
leve nas duas leituras para as classificações de Frykman e Universal
e desprezível na segunda leitura da classificação AO.
CONCLUSÃO. Todas as classificações utilizadas apresentaram
reprodutibilidade interobservador questionável, comprometendo
o uso dos três sistemas avaliados
UNITERMOS: Classificação. Rádio distal. Fraturas. Reprodutibilidade.
Artigo Original
FRATURAS DO RÁDIO DISTAL: AVALIAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
OSVALDO MENDES DE OLIVEIRA FILHO, WILLIAM DIAS BELANGERO*, JOÃO BATISTA MENDES TELES
Trabalho realizado na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), Campinas, SP, e Centro de Ciências da Saúde da
Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, PI.
A classificação de Frykman tem uma importância
fundamental por ter chamado a atenção à
ulna distal e à articulação rádio-ulnar distal,
muitas vezes relegada a um segundo plano
durante a redução7 (Figura 1).
A classificação AO foi criada em 1986 e
revisada em 1990. Ela considera a gravidade da
lesão óssea e serve como base para o tratamento
e avaliação dos resultados. Existem três
tipos básicos: extra-articular, articular parcial e
articular completa. Os três grupos são organizados
em ordem crescente de gravidade com
relação à complexidade morfológica, dificuldade
de tratamento e prognóstico. É, sem dúvida,
a classificação mais completa, mas sua
reprodutibilidade intra e interobservador tem
sido um problema quando o grupo e subgrupo
estão sendo avaliados8,9. Às vezes, não é possível
determinar todas as linhas de fraturas
através de radiografias simples, sendo necessárias
incidências radiográficas especiais ou
tomografia. O grupo A (extra-articular) não
envolve a articulação rádio-cárpica, o grupo B
(fraturas articulares parciais) envolve a articulação
rádio-cárpica, mas uma porção da superfície
articular permanece em continuidade
com a diáfise e o grupo C (articular completa)
apresenta separação completa da articulação
com a diáfise. Estes três principais tipos são
subdivididos em três grupos, e cada grupo, em
três subgrupos. Dessa forma, existem 27 diferentes
padrões de fraturas que dependem da
56 Rev Assoc Med Bras 2004; 50(1): 55-61
OLIVEIRA FILHO OM ET AL.
estabilidade, impacto, cominuição, redutibilidade
e localização dos fragmentos2,10.
Esta classificação é a adotada pela Associação
de Trauma Ortopédico dos Estados
Unidos e uma das mais usadas em todo o
mundo11 (Figura 2).
A classificação Universal ou de Rayhack
(1990) foi criada em um simpósio sobre
fraturas distais do rádio em 1990 e modificada
por Cooney em 1993. Diferenciava
as fraturas intra e extra-articulares, desviadas
ou não, e a redutibilidade e estabilidade
das fraturas. As extra-articulares são
chamadas tipo I (estável, sem desvio) e
tipo II (instável, com desvio). E as intraarticulares
são também, da mesma forma,
subdivididas em tipo III (estável, sem desvio)
e tipo IV que apresenta os subtipos: A,
estável e redutível; B, redutível e instável;
C, irredutível e D, complexa12 (Figura 3).
Ainda não temos uma classificação ideal
para as fraturas da extremidade distal do
rádio, que nos permita uma visão sistêmica do
punho, de sua complexa anatomia e biomecânica,
de sua relação com o carpo e partes
moles. A classificação ideal deve permitir
escolher um tratamento adequado, determinar
o prognóstico, comparar modalidades
de tratamento, deve ser de fácil memorização,
ser internacionalmente aceita e ter uma
reprodutibilidade satisfatória9,10,11.
Como afirmou Bernstein13, é impossível
satisfazer todas essas informações em um único
sistema, mas o estudo profundo das classificações
é de grande importância para se obter
um melhor tratamento dos pacientes.
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é determinar o
grau de reprodutibilidade intra-observador e
interobservador em relação às classificações
de Frykman, AO e Universal para as fraturas
distais do rádio, analisadas em radiografias nas
incidências ântero-posterior e lateral.
MÉTODOS
Foram analisadas 40 radiografias de
pacientes com fraturas distais do rádio. Os 40
aspectos radiográficos foram escolhidos em
comum acordo com o orientador, procurando
cobrir todo o espectro das classificações de
Frykman, AO e Universal das fraturas distais do
rádio com pelo menos um exemplar.
Figura 1 – Frykman (1967)
Modificado de: Green, 199322
I II
III IV
V VI
VII VIII
Figura 2 – AO (1987)
A1
A2
A3
C1
C2
C3
B1
B2
B3
1 2 3
1 2 3
1 2 3
A = Fratura Extra-articular
1 2 3
1 2 3
1 2 3
C = Fratura Articular Completa
1 2 3
“Chauffeur’s” “Die Punch”
“Dorsal Barton’s”
“Volar Bartons”
B= Fratura Articular Parcial
1 2 3
1 2 3
Modificado de: Kreder et al, 19969
Rev Assoc Med Bras 2004; 50(1): 55-61 57
FRATURAS DO RÁDIO DISTAL
uma má reprodutibilidade, de zero a 0,20
desprezível, 0,21 a 0,40 reprodutibilidade
leve, 0,41 a 0,60 reprodutibilidade moderada,
0,61 a 0,80 reprodutibilidade grande e
acima de 0,80 considera-se uma concordância
quase perfeita.
A reprodutibilidade interobservador refere-
se ao nível de concordância entre diferentes
observadores e a reprodutibilidade
intra-observador representa o nível de concordância
de um mesmo observador em ocasiões
diferentes. Os valores obtidos da estatística
Kappa foram testados em nível de significância
de 5% e os dados foram elaborados e
analisados estatisticamente através do Programa
StatXact, versão 3.116.
RESULTADOS
Neste estudo foram avaliadas três das classificações
mais utilizadas para as fraturas da
extremidade distal do rádio: Frykman, AO e
Universal. Foram testadas a reprodutibilidade
intra e interobservador de todas elas e
também se o grau de experiência dos observadores
melhora esses índices de concordância.
A classificação de Frykman, descrita em
1967, é a mais utilizada e, portanto, a que mais
foi testada em toda a literatura mundial.
A concordância média intra-observador
da classificação de Frykman obtida no nosso
estudo foi moderada, com o valor Kappa médio
de 0,5484 (Tabela 1).
Houve uma tendência de melhora na
concordância intra-observador à medida
que se aumentava a experiência dos observadores.
A concordância média interobservador,
todavia, mostrou-se leve, com
o índice Kappa médio de 0,3742 no primeiro
momento (Exemplo 1). No momento
dois, a concordância obtida também foi
leve, com Kappa médio de 0,3424. Não
houve melhora da reprodutibilidade interobservador
nos momentos I e II, relacionada
com a experiência dos entrevistados
(Tabela 2). Quando avaliamos a concordância
interobservador nas duas leituras,
verificamos que não houve melhora da
concordância se os residentes estavam ou
não presentes (Tabela 3).
A classificação AO, descrita em 1987, é
também uma das mais adotadas e testada
em sua reprodutibilidade.
As radiografias foram obtidas antes da
redução, nas incidências ântero-posterior e
lateral, e todas foram fotografadas em câmera
digital (Nikon, colpix 995) e copiadas em mídia
digital (CD), sendo exibidas em sessões separadas
a cada observador.
Inicialmente foi feita uma revisão de 30
minutos das classificações de Frykman, AO e
Universal com cada participante, enfatizando
os pontos importantes de cada classificação.
Além disso, cada participante recebeu uma
ilustração com todos os tipos das classificações
utilizadas.
As radiografias foram examinadas por
grupos de ortopedistas com diferentes graus
de experiência, sendo a maioria deles familiarizadas
com as classificações empregadas no
estudo.
Os observadores foram constituídos por
dois ortopedistas cirurgiões de mão (CMA e
CMB); dois ortopedistas gerais, professores
universitários ( OPA e OPB ); dois ortopedistas
gerais sem ligação com instituições universitárias
(OGA e OGB); dois residentes de ortopedia
do terceiro ano (R3A e R3B) e dois residentes
do segundo ano (R2A e R2B).
As radiografias avaliadas foram exatamente
as mesmas para todos os participantes e
foram classificadas em duas épocas diferentes:
momento I e momento II. A ordem
das radiografias na segunda sessão de classificação
foi mudada e foi criada uma ficha de
dados para que os participantes registrassem
suas respostas nos dois momentos avaliados.
Todos os integrantes classificaram as 40
radiografias segundo as classificações de
Frykman, AO e Universal.
Método estatístico
O método estatístico Kappa foi utilizado
para analisar a reprodutibilidade intra e
interobservadores entre os pares de observadores.
O coeficiente Kappa (calculado
pela fórmula: K= po – pe/1-pe ) avalia
a concordância entre os observadores
através de análise pareada, comparando
a proporção de concordância entre os
observadores (po) com a percentagem de
concordância devido ao acaso (p e)14. A
concordância real subtraída da aleatória,
casual é 1- pe. A interpretação dos valores
Kappa foi feito de acordo com o proposto
por Landis e Koch15, segundo os quais,
valores Kappa menores que zero representam
Figura 3 – Universal
Modificado de: Green, 199322
Type I
Nonarticular
Nondisplaced
Type II
Nonarticular
Displaced
Type III
Intraarticular
Nondisplaced
A,B, & C
Type IV
Intraarticular,
Displaced
A B
C
A= Reducible (Stable)
B= Reducible (Unstable)
C= Unreducible
58 Rev Assoc Med Bras 2004; 50(1): 55-61
OLIVEIRA FILHO OM ET AL.
Vários estudos já confirmaram a reprodutibilidade
da classificação AO, quando se considera
os seus três “tipos” básicos, porém
poucos provaram a concordância ou reprodutibilidade
quando todos os “grupos” e
“subgrupos” são considerados por múltiplos
observadores. Dessa forma, nosso trabalho
tem como um dos objetivos avaliar o sistema
AO e também as outras classificações de
forma completa9,10.
A concordância intra-observador da classificação
AO foi apenas leve, obtendo-se o índice
Kappa médio de 0,3815. Foi observada
melhora da reprodutibilidade intra-observador
quando os residentes foram excluídos,
passando a uma concordância média moderada
(Tabela 1).
A reprodutibilidade interobservador
do sistema AO foi a que apresentou maior
número de concordâncias desprezíveis
(p>0,05). No primeiro momento, entretanto,
alcançou-se uma concordância leve
interobservador com valor Kappa médio
de 0,2153. No segundo momento, a concordância
média foi desprezível, com o
valor Kappa médio de 0,1788 (Tabela 2).
Constatamos, como já relatado em outros
estudos, que nas duas sessões para
avaliação da concordância interobservador
houve uma grande variabilidade nas
concordâncias, não havendo, nos dois
momentos, qualquer indício de melhora
da concordância com o aumento da experiência
dos observadores avaliados9,11
(Exemplo 2).
A classificação Universal, descrita em
1990, caracteriza-se pela simplicidade e
funciona como guia de conduta para o
tratamento. Chama-se Universal pelo fato
de poder adaptar-se a outras classificações
quando ela não suprir todas as situações das
fraturas. Esta classificação não possui, até o
momento, outros estudos da sua acurácia e
reprodutibilidade.
Nossos observadores, mesmo conhecendo
os critérios definidos de instabilidade
das fraturas da extremidade distal do rádio,
referiram dificuldade para afirmar se algumas
fraturas eram ou não redutíveis. Isto
se deveu, em parte, porque eles analisaram
apenas as radiografias iniciais, portanto,
antes da redução.
A concordância intra-observador
alcançada na classificação Universal foi
moderada, obtendo um índice Kappa
médio de 0,5423 (Tabela 1). Estes resultados
foram equivalentes ao da classificação
de Frykman.
Houve uma melhora na concordância à
medida que passamos aos ortopedistas
mais experientes. Ao excluirmos os residentes,
a concordância intra-observador
aumentou o seu valor Kappa médio
(K= 0,6171), passando a ter uma grande
concordância (Tabela 2).
A reprodutibilidade interobservador da
classificação Universal foi leve, com um valor
Kappa médio de 0,3308 no primeiro momento
e 0,3275 no segundo momento, portanto,
melhor que a classificação AO e semelhante à
classificação de Frykman (Tabela 2).
Nas duas leituras da concordância
interobservador da classificação Universal,
à exemplo da classificação AO, consta -
tou-se uma grande variabilidade dos resultados,
também não havendo influência
da experiência dos observadores neste
tipo de reprodutibilidade (Exemplo 3).
Comparando-se a concordância interobservador
nos dois momentos, constatamos
que o valor Kappa médio permanece leve
nas duas ocasiões, independentemente
da presença ou ausência dos residentes
(Tabelas 3 e 4).
No segundo momento da avaliação
da concordância interobservador não fizemos
mais revisão das classificações, apenas
os observadores consultavam as ilus -
trações com as classificações. Talvez, por
isso, houve piora nos índices Kappa médio
na segunda leitura de todas os sistemas
avaliados.
Tabela 1 – Concordância média intra-observador nas classificações Frykman, AO e Universal
Classificação Kappa Concordância Kappa Concordância Kappa Concordância
médio médio médio
sem apenas
residentes residentes
Frykman 0,5484 Moderada 0,6103 Grande 0,4555 Moderada
AO 0,3815 Leve 0,4418 Moderada 0,2912 Leve
Universal 0,5423 Moderada 0,6171 Grande 0,4303 Moderada
Exemplo 1 – Baixa reprodutibilidade interobservador da classificação de Frykman
R2A: I; R2B: VIII; R3B: II; OGA: VI; OGB: V; OPA: VI; OPB: VI; CMA: V; CMB: VIII.
Rev Assoc Med Bras 2004; 50(1): 55-61 59
FRATURAS DO RÁDIO DISTAL
DISCUSSÃO
Qualquer classificação deve ter uma boa
reprodutibilidade intra e interobservador para
que possa ser largamente aceita e permitir que
diferentes séries sejam comparadas9,17.
Andersen et al.(1996)18 estudaram quatro
classificações para as fraturas distais do rádio:
Frykman, Melone, Mayo e AO. Verificaram
que nenhuma delas mostrou grande concordância
interobservador (K= 0,61 a 0,80). Na
classificação de Frykman, a concordância intraobservador
variou de 0,40 a 0,60 e a
interobservador teve o índice Kappa médio de
0,36. Com relação ao sistema AO completo, a
concordância média intra-observador variou
de 0,22 a 0,37 e, quando reduzida para três
categorias, obteve-se um nível de concordância
médio de 0,58 a 0,70. Contudo, reduzindo
para três categorias, o sistema AO passa a ter
valor questionável frente às outras classificações.
A concordância média interobservador
da classificação AO completa foi 0,25 e
simplificada, 0,63.
Avaliando a reprodutibilidade do sistema
AO em 30 radiografias de fraturas distais do
rádio classificadas por 36 observadores com
diferentes níveis de experiência, Kreder et al.
(1996)9 mostraram que a concordância
interobservadores foi melhor para o “tipo” AO
(K= 0,68) e decresceu progressivamente ao
passar para os “grupos” (K= 0,48) e
“subgrupos” (K= 0,33) AO. Não houve diferença
em relação ao grau de experiência dos
observadores ao classificarem os “grupos” e
“subgrupos”. O índice Kappa médio variou de
0,25 a 0,42 na concordância intra-observador
com o sistema AO completo e de 0,40 a 0,86
na classificação simplificada.
Illarramends et al. (1998)19 utilizaram
200 radiografias de fraturas distais do rádio,
que foram classificadas por seis observadores
com níveis diferentes de experiência.
Para a classificação de Frykman,
obtiveram reprodutibilidade interobservador
moderada (Kappa médio de 0,43) e boa
reprodutibilidade intra-observador (Kappa
médio de 0,61). Para a classificação AO,
encontraram uma leve reprodutibilidade
interobservador (Kappa = 0,37) e moderada
intra-observador ( Kappa = 0,57).
Para a obtenção de tais resultados, entretanto,
os autores simplificaram as classificações
de Frykman e AO, melhorando a
Tabela 2 – Concordância média interobservador nas classificações de Frykman, AO e Universal, nos momentos I e II
Classificação Momento I Momento II
Kappa médio Concordância Kappa médio Concordância
Frykman 0,3742 Leve 0,3424 Leve
AO 0,2153 Leve 0,1788 Desprezível
Universal 0,3308 Leve 0,3275 Leve
Exemplo 3 – Baixa reprodutibilidade interobservador da classificação Universal
R2A: IVA; R2B: II; R3A: IVB; R3B: III; OGA: IVA; OGB: II; OPA: II; OPB: IVB; CMA: II; CMB: IVB.
Exemplo 2 – Baixa reprodutibilidade interobservador da classificação AO
R2A: C1.2; R2B: A2.3; R3A: C1.1; R3B: A2.3; OGA: A3.2; OGB: A2.2; OPA: A3.1; OPB: C1.1; CMA: A1.1; CMB: A3.2.
60 Rev Assoc Med Bras 2004; 50(1): 55-61
OLIVEIRA FILHO OM ET AL.
Tabela 3 – Concordância média interobservador nas classificações de Frykman, AO e Universal,
no momento I, com e sem a presença dos residentes
Classificação Momento I Momento I - Sem residentes
Kappa médio Concordância Kappa médio Concordância
Frykman 0,3742 Leve 0,3795 Leve
AO 0,2153 Leve 0,2084 Leve
Universal 0,3308 Leve 0,3696 Leve
Tabela 4 – Concordância média interobservador nas classificações de Frykman, AO e Universal,
no momento II, com e sem a presença dos residentes
Classificação Momento II Momento II - Sem residentes
Kappa médio Concordância Kappa médio Concordância
Frykman 0,3424 Leve 0,3602 Leve
AO 0,1788 Desprezível 0,1726 Desprezível
Universal 0,3275 Leve ,03576 Leve
O uso da tomografia pode ser feito quando
houver limitações da radiografia simples para
os casos mais graves, entretanto, o custo para
isso, no nosso meio, é proibitivo.
Oskam et al. (2001)11 estudaram a concordância
da classificação AO para as fraturas
distais do rádio, utilizando apenas as três categorias
básicas (A, B e C). Dois observadores
experientes classificaram as 124 fraturas. Cada
observador classificou isoladamente todas as
radiografias obtendo um valor Kappa médio de
0,65 (boa concordância). Em seguida, numa
reunião de consenso, classificaram as radiografias
conjuntamente e obtiveram um valor
Kappa de 0,86 (excelente concordância). Na
reunião de consenso os pontos de discordância
foram identificados e discutidos, e após
essa revisão em conjunto o nível de concordância
aumentou 12%, passando de 80% para
92%. Concluíram que o ponto de partida para
melhorar a concordância é a discussão das
divergências entre os observadores e não só
incluir novas incidências radiológicas como
rotina na avaliação das fraturas distais do rádio.
Além disso, consideraram importante que
antes de passar a utilizar a classificação completa
é necessário resolver as divergências que
ocorrem entre as três classes A, B e C.
Comparando-se nossos resultados da
concordância intra e interobservador tanto
da classificação de Frykman como da classificação
AO, observamos que foram semelhantes
aos encontrados por outros autores
(Tabelas 5 e 6). Com relação à classificação
Universal não pudemos fazer comparação,
uma vez que não havia, até o momento,
outros estudos sobre sua reprodutibilidade.
Diante dos resultados apresentados
neste estudo, obter um padrão ouro para
estas classificações torna-se uma tarefa difícil;
dessa maneira, qualquer comparação de
diferentes séries por diferentes autores
torna-se duvidosa.
A classificação de qualquer fratura seria
ideal se fornecesse informação suficiente para
se escolher um tratamento adequado, determinar
o prognóstico, comparar diferentes
modalidades de tratamentos, ter uma reprodutibilidade
satisfatória, ser de fácil memorização
e importante para a educação do
ortopedista em formação, ser aceita internacionalmente
e levar em consideração o estado
geral do paciente e das partes moles que
envolvem a fratura6,8,13.
Tabela 5 – Comparação da reprodutibilidade da classificação AO entre diferentes autores
Autor AO AO
Intra-observador Interobservador
Completa Simplificada Completa Simplificada
Andersen et al., 1996 0,22 0,58
a a 0,25 0,63
0,37 0,70
Kreder et al., 1998 0,25 0,40
a a 0,33 0,68
0,42 0,86
Mendes & Belangero, 2003 0,38 0,61 0,21 0,50
Tabela 6 – Comparação da reprodutibilidade da classificação de Frykman entre diferentes autores
Autor Frykman Frykman
Intra-observador Interobservador
Andersen et al., 1996 0,40 a 0,60 0,36
Illarramends et al., 1998 0,61 0,43
Mendes & Belangero, 2003 0,54 0,37
reprodutibilidade de ambas, o que talvez não
ocorreria se estivessem completas. Houve
maior reprodutibilidade intra-observador
que interobservador e a concordância não
melhorou com o aumento da experiência do
observador.
Os autores concluíram que as classificações
de Frykman e AO não são recomendadas
para aplicação clínica devido à questionável
reprodutibilidade de ambas as classificações.
Flinkkilä et al. (1998)20 encontraram
reprodutibilidade pobre quando usaram o sistema
AO completo para classificar 30 radiografias
com fraturas distais do rádio. Contudo,
houve melhora quando reduziram a classificação
AO para apenas dois tipos (extra e
intra-articulares). Ao acrescentarem tomografias
computadorizadas às radiografias planas
também não se observou melhora na
reprodutibilidade.
Rev Assoc Med Bras 2004; 50(1): 55-61 61










TRABALHO DE ORTOPEDIA –
FRATURA DE COLLES E SMITH



FRATURA DE COLLES
O paciente é, geralmente, uma mulher idosa, freqüentemente com osteoporose. Ela cai sobre a mão dorsofletida, quebra o rádio transversalmente, logo acima do punho. Provavelmente o impulso do corpo impõe uma força de supinação e a porção inferior do rádio, com a mão, é torcida e inclinada para trás radialmente.
 Características Especiais
Podemos reconhecer essa fratura pela deformidade “em garfo”, com saliência posterior ao punho e uma depressão anterior. Em pacientes com menos deformidades pode haver somente sensibilidade local e dor nos movimentos do punho.
Deformidade causada por uma fratura de pulso
A fratura de Colles é a fratura da extremidade do rádio, um pouco antes do braço juntar-se ao pulso. Esta fratura é muito freqüente em idosos com osteoporose. Os ossos geralmente se deslocam, fazendo com que apareça no pulso um deformidade parecida com o formato de um garfo.
a) rádio
b) Deformidade típica da fratura de Colles, "em garfo"
c) falanges (ossos da mão)
d) carpo (músculos do pulso)
e) ulna

Incidências póstero-anterior (A) e lateral (B) do antebraço distal demonstram os aspectos da fratura de Colles. Na incidência póstero-anterior é evidente uma diminuição do ângulo radial e uma fratura associada da ulna distal. A incidência lateral revela a angulação dorsal do rádio distal, bem como uma inversão da inclinação palmar. Em ambas as incidências o rádio está encurtando em virtude do deslocamento tipo baioneta. A linha de fratura não se estende até a articulação (Frykman tipo II).
 Raio x
Há uma fratura transversa do rádio menor que 2,5 cm do punho e, freqüentemente, o processo estilóide ulnar é cortado para fora. O fragmento radial é: (1) deslocado e inclinado para trás, (2) deslocado radialmente e (3) impactado.
















FRATURA DE SMITH
É uma fratura semelhante à de Colles porém, apresenta um fragmento distal angulado paralelamente.


Os três tipos de fratura de Smith são distinguidos pela obliqüidade da linha de fratura. O deslocamento palmar do fragmento distal é característico dos três tipos. (A) No tipo I de Smith, a linha de fratura é transversal, estendendo-se da cortical dorsal palmar do rádio. (B) A linha de fratura oblíqua no tipo II estende-se da face dorsal do rádio distal até a cortical palmar. (C) O tipo III, que é quase idêntica à fratura de Barton invertida, é uma fratura intra-articular com extensão até o cortical palmar do rádio distal.


Incidências póstero-anterior (A) e lateral (B) do antebraço distal mostram o aspecto típico da fratura de Smith. O deslocamento palmar do fragmento é claramente evidente na incidência lateral.







REDUÇÃO DAS FRATURAS
Colles
A fratura de Colles é reduzida em três estágios sob anestesia:
 Desimpactação: A desimpactação pode ser atingida puxando-o com a mão. Se isso falhar, a inclinação para trás deverá ser temporariamente aumentada e então a tração é reiniciada.
 Pronação: O punho do paciente é flexionado em sentido palmar e o antebraço firmemente pronado.
 Pressão: Para assegurar que a redução seja completa, o cirurgião pressiona a porção inferior do rádio firmemente para frente e em direção à ulna.
 SUSTENTAÇÃO:
Enquanto o antebraço é ainda fixado pronado, e o punho levemente flexionado no sentido palmar e afastado da ulna, uma faixa de gesso é aplicada. Ela estende-se logo abaixo do cotovelo, ao colo dos metacarpos, e a dois terços ao redor da circunferência do punho. Ele é fixado na posição por uma bandagem de crepe. Enquanto a tala de gesso é colocada, o cirurgião fixa a redução por pressão firme com suas eminências tênares. Após a redução, deve ser batida chapa de raio X. No dia seguinte, se os dedos estiverem inchados, cianóticos ou dolorosos, não deve haver hesitação em romper a bandagem. Em sete a dez dias, novas chapas de raio X devem ser tiradas; o redeslocamento não é incomum e requer re-redução. A fratura une-se em seis semanas e, mesmo na ausência de prova de união, o gesso pode ser seguramente descartado e substituído por uma bandagem de crepe temporário.

Smith
Ela é reduzida pela desimpactação e fixada dorsofletida preferencialmente em supinação e em gesso acima do cotovelo por seis semanas.



TRATAMENTO: ATRAVÉS DE REALIZAÇÕES CIRÚRGICAS
Essa condição tem tratamento difícil, em especial em jovens esportistas que usam raquetes. Nos estágios iniciais, o punho deve ser imobilizado com gesso por vários meses, para permitir que a dor cesse e ocorra a restauração. Pode-se proteger o punho com uma tala reforçada usada quando o paciente tenta voltar ao esporte. Nos estágios adiantados são comuns as alterações degenerativas. Foram feitas tentativas de substituir o osso por implantes de Silastic, mas sem sucesso. Se a dor persistir, pode ser necessária a artrodese do punho. Como nesta doença o processo patológico é irreversível, o objetivo do tratamento é o alívio da dor. Nas fases precoces, a imobilização pode dar alívio temporário, porém o tratamento mais razoável é excisão do semilunar com ou sem inserção de uma prótese de plástico, “espaçadora” antes que as alterações degenerativas se desenvolvam na articulação do carpo. Na presença de doença articular degenerativa avançada, a única forma de tratamento que proporciona alívio permanente é a artrodese do punho.
COMPLICAÇÕES


Embora a maior parte das pessoas que sofrem uma fratura do rádio eventualmente volte ao normal, alguns problemas podem ocorrer durante a recuperação. As complicações podem incluir a pseudoartrose, subluxação da articulação radioulnar distal, rigidez articular em qualquer lugar superior e ruptura do tendão do extensor longo do polegar, onde entra em contato com o foco áspero da fratura. Após a fratura, cerca de um terço dos pacientes têm uma condição chamada algodistrofia que causa dor e sensibilidade, inchaço e rigidez da mão podendo ainda afetar a circulação no local. Neste caso, os pacientes têm muitas vezes uma dor persistente e rigidez que podem durar por muitos anos. Cada complicação é tratada de acordo com suas necessidades.


TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
Fratura de Colles e Smith

Depois de 6 a 8 semanas, após a retirada do gesso ou fixador pelo médico, inicia-se o tratamento fisioterápico dando ênfase à movimentação ativa e passiva do antebraço, punho e polegar. Outras modalidades podem ser introduzidas com a finalidade de diminuir a dor e aumentar a mobilidade.


 Fase inicial (Pós-operatório ou pós-imobilização):
 Analgesia e diminuição do edema
• Tens;
• Gelo;
• Mobilização passiva leve;
• Inibição;
• Corrente Diadinâmica Farádica;
• Ultra-som para reparo ósseo
• Massagem
• Turbilhão

 Mobilização
 Diminuição da rigidez e ganho de ADM
• Mobilização moderada em toda musculatura de braço, antebraço, punho e mão;
• Exercícios passivos de punho (flexo-extensão, prono-supino, desvio radial e ulnar);
• Teraband com pouca resistência;
• Ultra-som;
• Relaxamento cervical

 Fortalecimento
 Ganho de ADM e fortalecimento muscular
• Mobilizações forçadas;
• Aumento do trabalho muscular-evolução, resistência à gravidade, resistência e peso;
• Exercícios ativos-assistidos de punho (flexo-extensão, prono-supino, desvio radial e ulnar);
• Propriocepção.
• Exercícios ativos contra-resistência
• Trabalho de força muscular
 Fase de resolução
Melhora da função
• Volta às atividades de vida diária normais
• Evoluir exercícios proprioceptivos e de coordenação








REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MALONE, T.R.; McPOIL, T.G.; NITZ, A.J. Fisioterapia em Ortopedia e Medicina no esporte. 3º ed. Santos, 2002.


GOULD III, J.A. Fisioterapia na Ortopedia e Medicina do esporte. 2º ed. Manole, 1993.


APLEY, A.G.; SOLAMON, L. Ortopedia e Fraturas em Medicina e Reabilitação. 6º ed. Atheneu.


SHESTACH, R. Fisioterapia Prática. 3º ed. Manole, 1987.


KISNER, C.; COLBY. L.A. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 3º ed. Manole, 1998.


W.W.W. CEPPAR.COM.BR


http://www.lincx.com.br/lincx/orientacao/prevencao/sintomas_sinais_osteoporose.html


Fraturas do terço distal do rádio:
classificação e tratamento*
FERNANDO BALDY DOS REIS1, FLAVIO FALOPPA2, RICARDO PRIER DE SAONE3,
JOSÉ RENATO BONI3, MIRIAM C. CORVELO4
RESUMO
Os autores apresentam um protocolo de tratamento
das fraturas do terço distal do rádio. baseado na classificação
do grupo AO. São estudados 35 pacientes, submetidos
ao tratamento conservador e cirúrgico com fixador
externo e osteossíntese. Os pacientes são avaliados segundo
os critérios anatômicos de Frykman, com 91,5% de
bons e excelentes resultados. e pelos critérios funcionais
de McBride, com 94,4%. de bons e excelentes resultados.
SUMMARY
Distal radius fractures: classification and treatment
The authors present a treatment protocol of the distal
radius fractures based on the AO classification. Conservative
or surgical treatment with external fixation or osteosynthesis
were proposed for thirty-five patients depending on
the kind of fracture. Based on the anatomic criteria of Frykman
and on the functional criteria of McBride, the evaluations
showed good and excellent results respectively in 91.5% and
94.4% of the cases.
INTRODUÇÃO
As fraturas do terço distal do rádio constituem de dez a
12% das fraturas do esqueleto e são, muitas vezes, chamadas
genericamente de fratura de Colles. não se levando em conta
os vários tipos de fraturas distintas do rádio distal que necessitam
considerações terapêuticas diversas e prognósticos diferentes.
De Hipócrates a Pouteau, as fraturas do terço distal do
rádio foram consideradas como luxações radiocárpicas. No
* Trab. realiz. no Curso de Pós-Grad. em Ortop. e Traumatol. do Dep. de
Ortop. e Traumatol. da Esc. Paul. de Med.
1. Mestre em ortopedia e Traumatol. do Grupo de Trauma do Departamento.
2. Doutor; Prof. Adj. da Disc. de Cirurg. da Mão e Membro Superior do
Departamento.
3. Méd. Ortoped. do Hosp, São Camilo, São Paulo,
4. Chefe do Setor de Terap. Ocup. da Disc. de Fisiatria do Departamento.
326
trabalho póstumo de Pouteau, publicado em 1783, trinta anos
antes de Colles ( 1813), a fratura do terço distal do rádio foi
brilhantemente descrita, embora apresentasse teoria equivocada
a respeito da ação da contração dos dedos(8,14) ,
Em 1838, Johan Barton descreveu outro tipo de fratura
do terço distal do rádio. em que ocorria o comprometimento
marginal dorsal do rádio com luxação do carpo, e aventou a
possibilidade de se verificar fratura semelhante na face palmar
do rádio, que também foi descrita por Leternnier no mesmo
ano.
Goyrand. em 1932. e posteriormente Smith, em 1974,
descreveram a fratura do extremo distal do rádio em flexão e
compressão, fratura inversa à descrita por Colles (1813).
Além desses, vários outros autores descreveram diversos
tipos de fraturas do terço distal do rádio, como as fraturas
marginais laterais.
Ao longo da história, pouca atenção foi dada a esse tipo
de fratura nos meios ortopédicos, possivelmente devido aos
métodos terapêuticos inadequados e insuficientes para evitar
as seqüelas provocadas pelo encurtamento e perda da incli -
nação ulnal e volar do rádio e, também, pelo fato de acometer
pacientes de faixa etária elevada e baixa produtividade
econômica na sociedade. Somente nas duas últimas décadas
começou-se a dar maior importância à classificação, tratamento
e reabilitação funcional dessas fraturas, na tentativa de di -
minuir o número de seqüelas e o tempo de afastamento do
trabalho desses pacientes.
Vários autores tentaram classificar as fraturas do terço
distal do rádio(4,6,8,10,12,21) ; entretanto, nenhuma classificação
é totalmente aceita, por não possuir elementos suficientes
que orientem o tratamento, bem como o prognóstico dessas
fraturas. Escolhemos a classificação do grupo AO, que, a nosso
ver. abrange os diversos tipos de fraturas distais do rádio e
não somente as fraturas do tipo Colles.
Foram propostos na literatura vários métodos de tratamento.
entre eles: Jones (1915) propôs a substituição do
afixamento e massagem referidos por Colles por redução
Rev Bras Ortop — Vol. 29, Nº 5— Maio,1994
FRATURAS DO TERÇO DISTAL DO RÁDIO: CLASSIFICAÇÃO E TRATAMENTO
manipulativa e imobilização gessada com tala dorsal. Bohler
(1919) recomeudou tração prolongada, evitando manobras
redutivas violentas e, posteriormente. em 1923, adotou o método
de redução incruenta e estabilização por fixação transesquelética
bipolar nas fraturas cominutivas. Rush & Rush(16)
(1949) iniciaram o tratamento com fixação percutânea
intramedular. De Palma(7) ( 1952) introduziu um tipo de fixação
percutânea transulnal para fraturas instáveis. Sarmiento(11)
(1975) recomendou o tratamento pelo método incruento, que
inclui imobilização em órtese de plástico termomoldável com
supinação do antebraço.
Atualmente, vários fixadores externos têm sido utilizados
com maior freqüência. todos baseados no princípio de
manutenção da redução por tração rígida e contínua, inicialmente
proposta por Bohler, em 1919. Ulson(21) enfatizou o
alto grau de instabilidade e preconizou a fixação das fraturas
da extremidade distal do rádio, tipo extensão-compressão,
com osteossíntese intramedular percutânea e fixação externa.
Jakob & Fernandez(11) apresentaram o uso de minifixadores
externos nas fraturas cominutivas articulares e o
conceito de ligamentotaxia.
O uso de placas de suporte e parafuso foi muito difundido
como tratamento de fraturas intra-articulares marginais.
Sennwald & Segmuller(19) apresentaram uma classificação
das fraturas do terço distal do rádio, enfatizando a fixação
estável e redução anatômica como principal método de
tratamento, utilizando fixação interna e externa, dependendo
do tipo de fratura,
O objetivo deste trabalho é mostrar nossa experiência
no tratamento da fratura do terço distal do rádio, enfatizando
a redução anatômica e a reabilitação funcional.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram estudados 35 pacientes com fratura do terço distal
do rádio, durante o período de julho de 1987 a agosto de
1988. Os pacientes foram atendidos no pronto-socorro do
Hospital São Camilo e Hospital São Paulo: dos 35 pacientes,
21 eram do sexo feminino e 14, do masculino: a idade dos
pacientes variou entre 26 e 72 anos.
Os pacientes foram avaliados com radiografias em ânteroposterior
e perfil da extremidade afetada e, em Seguida, classificados
segundo o tipo de fratura, de acordo com a classificação
do grupo AO. (fig. 1 e tabela I), Foram oito pacientes
classificados no tipo A, 12 no tipo B e 15 no tipo C.
O tratamento instituído estava de acordo com a classificação
da fratura, a idade do paciente e a atividade profissional
exercida.
Rev Bras Ortop — Vol. 29, Nº 5 — Maio 1994
As fraturas do tipo A (extra-articulares e estáveis) foram
tratadas com redução incruenta, com o paciente sob anestesia
troncular e aplicação de gesso axilopalmar por quatro semanas
e, posteriormente, gesso antebraquiopalmar por mais duas
semanas, com exceção das fraturas tipo A3, que apresentam
cominuição dorsal, e dos pacientes idosos, que se comportam
como instáveis, os quais foram tratados cirurgicamente
com placa e parafusos.
As fraturas do tipo B (intra-.articulares marginais), predominantes
em indivíduos jovens, foram tratadas com redução
aberta e osteossíntese com placa e/ou parafuso. Após a
cirurgia, o paciente foi mantido com tala gessada antebraquiopalmar
por três a quatro semanas, quando foi utilizada
imobilização removível e iniciada terapia ocupacional por
mais duas semanas, ao fim das quais foram reavaliados e retirada
a imobilização, Exceção deve ser feita às fraturas do
tipo B 1, nas quais a fratura da apófise estilóide não compromete
a superfície articular, sendo tratadas com gesso antebraquiopalmar
por quatro semanas,
As fraturas do tipo C são intra-articulares extremamente
instáveis; nas fraturas do tipo C 1, em que a congruência
articular é mantida, procedeu-se à redução aberta e osteossíntese
com placa e parafuso; o paciente foi mantido em tala
gessada por três a quatro semanas, quando foi retirada a imobilização
removível para os exercícios; na quinta semana, os
pacientes foram reavaliados e retirada a imobilização.
TABELA 1
Classificação das fraturas do terço distal do antebraço
(grupo AO)
A - Fratura extra-articular:
A1 - Só a ulna
A2 - Terço distal do rádio, sem cominuição nem impactação
A3 - Terço distal do rádio, com cominuição ou impactação
B - Fratura intra-articular marginal (se mantém o bloco epimetafisário):
B1 - Estilóides
B2 - Fragmento dorsal (Barton)
B3 - Fragmento volar (Barton invertida)
C - Fratura intra-articular cominutiva:
C1 - Se mantém a congruêncla articular, sem cominuição
metafisária
C2 - Perda da congruência articular, sem cominuição metafisária
C3 - Cominuiçãao metafisária no rádio e ulna e fratura articular
com perda da congruência
327
F.B. REIS, F. FALOPPA, R.P. SAONE, J.R. BONI & M.C. CORVELO
As fraturas do tipo C2 e C3, que apresentam cominuição 60 graus em relação ao eixo longitudinal da diáfise e de 45
intra-articular com perda da congruência articular, foram tra- graus entre si.
tadas com fixador externo tipo AO, sendo usados quatro fios Nos pacientes idosos, com fraturas dos tipos C2 e C3,
de Schanz, de 2mm, de maneira a formar um ângulo de 40 a foram realizadas enxertias ósseas através de incisão de, apro-
A – Fratura extra-articular:
A1 - Só a ulna A2 – Terço distal do rádio, A3 – Terço distal do radio,
sem cominuição com cominuição
nem impactação ou impactação
B – Fratura intra-articular marginal (se mantém o bloco epimetafisário):
B1 – Estilóides B2 – Fragmento dorsal (Barton) B3 – Fragmento volar
(Barton invertido)
C - Fratura intra-articular cominutiva:
Cl – Se mantém a congruência C2 – Perda da congruência C3 – Cominuição metafisária
articulação fratura articulação fratura no radio e na ulna
metafisária simples metafisária simples
Fig. 1 – Classificação das fraturas do terço distal do antebraço (grupo AO)
328 Rev Bras Ortop –Vol. 29, N° 5– Maio, 1994
FRATURAS DO TERÇO DISTAL DO RÁDIO: CLASSIFICAÇÃO E TRATAMENTO
ximadamente, 2cm na face lateral do rádio, entre o extensor
radial do carpo e o abdutor longo do polegar, com aplicação
de enxerfo esponjoso retirado da crista ilíaca homolateral(17,18).
Após a redução, o paciente foi mantido com tala gessada
antebraquiopalmar, com dedos 1ivres, por quatro semanas.
Iniciou-se terapia ocupacional, objetivando-se a pronossupinação
do antebraço, na segunda semana, quando não havia associação
com fratura da ulna e flexoextensão dos dedos e
cotovelo (15) .
A avaliação foi feita segundo os critérios anatômicos de
Frykman(l0) modificados por Lidström(12), que consideram desvio
radiográfico, encurtamento e desvio radial na incidência
AP e inclinação da superfície articular do rádio no perfil (tabela
2), e segundo os critérios funcionais de McBride(13) após
seis meses de evolução (tabela 3).
RESULTADOS
O tratamento efetuado foi baseado nos critérios de indicação
terapêutica por nós adotados, apoiado na classificação
do grupo AO. Os resultados obtidos segundo os critérios
anatômicos de Frykman e funcional de McBride são mostrados
nas tabelas 4 e 5, respectivamente.
DISCUSSÃO
Na literatura, encontramos várias classificações para as
fraturas do terço distal do rádio, mas nenhuma abrange todas
TABELA 2
Critérios anatômicos segundo Frykman, modificados por
Lidstrom
Excelente – Deformidade insignificante ou nula: angulação
dorsal não maior do que 0 grau (nula), encurtamento
menor que 3mm ou perda do desvio
radial não maior que quatro graus.
Bom — Deformidade Ieve: angulação dorsal de um a
dez graus, encurtamento de 3 a 6mm ou perda
do desvio radial de cinco a nove graus.
Regular – Deformidade moderada: angulação dorsal de
11 a 14 graus, encurtamento de sete a 11mm
ou perda do desvio radial de dez a 14 graus.
Ruim – Deformidade severa: angulação dorsal de pelo
menos 15 graus, encurtamento maior ou igual
a 12mm ou perda do desvio radial.
Rev Bras Ortop - Vol. 29, N° 5- Maio, 1994
as fraturas e nos fornece subsídios para a conduta terapêutica,
portanto, padronizamos as indicações terapêuticas baseados
na classificação do grupo AO, que, a nosso ver, é o mais
abrangente.
Obtivemos alto índice de resultados excelentes e bons
em relação aos parâmetros anatômicos de Frykman (91,5%),
como em relação aos parâmetros funcionais de McBride
TABELA 3
Critérios de avaliação funcional segundo McBride
Resultados Pontos
Deformidade residual:
Estilóide ulnal proeminente 1
Desvio residual dorsal 2
Desvio radial da mão 2 a 3
* Pontos 0 a 3
Evolução subjetiva:
Excelente: sem dor, perda de habilidade
ou Iimitação de movimentos. 0
Bom:dor ocasional, pouca Iimitação de
movimento e nenhuma perda de habili -
dade. 2
Regular: dor ocasional, algumas limitações
de movimentos, sensação de fraqueza
no punho, nenhuma
perda de habilidade, se for cuidadoso, e
Iigeira restrição de atividades. 4
Ruim: dor, Iimitação de movimentos, perda
de habilidade e atividades parcialmente
Iimitadas. 6
* Pontos 0 a 6
Complicações:
Sinais degenerativos:
mínimo 1
mínimo com dor 3
moderado 2
moderado com dor 4
acentuado 3
acentuado com dor 5
complicações (mediano) 1a3
função do dedo diminuída 1a2
* Pontos 0a5
Resultado final: Pontuação obtida
Excelente 0a2
Born 3a8
Regular 9a20
Ruim acima de 21
329
F.B. REIS, F. FALOPPA, R.P. SAONE, J.R.BONI 7 M.C. CORVELO
TABELA 4
Resultados obtidos segundo os critérios
anatômicos de Frykman
Tipo de fratura Excelente Bom Regular Ruim
A 3 3 2 -
B 9 3 - -
C 5 9 - -
Total 17 15 2 1
(48,6%) (42,9%) (5,6%) (2,9%)
TABELA 5
Resultados obtidos segundo os critérios
funcionais de McBride
Tipo de fratura Excelente Bom Regular Ruim
A 3 4 1 -
B 8 4 - -
C 7 7 1 -
Total 18 15 2
(51,5%) (42,9%) (5,6%)
(94,4%), mesmo levando-se em conta as fraturas graves, como
as dos tipos B e C.
Dentre os pacientes considerados de resultado regular,
segundo os critérios anatômicos de Frykman, encontramos
duas fraturas do tipo A. Um paciente apresentou, na evolução,
quadro de algoneurodistrofia, sendo também considerado
como resultado regular segundo os critérios funcionais de
McBride; já o outro paciente evoluiu com inversão do ângulo
de inclinação dorsal do rádio no perfil: no entanto, apresentou
boa evolução, com manutenção do comprimento relativo
do rádio, sendo considerado como bom resultado segundo os
critérios funcionais de McBride.
O paciente com resultado ruim, segundo o critério anatômico
de Frykman, apresentou fratura do terço distal do rádio, tipo C,
com exposição óssea e perda da “massa extensora” do dorso do
antebraço e punho, apresentando, entretanto, resultado regular
segundo os critérios funcionais de McBride.
Devemos salientar que o alto índice de resultados excelentes
e bons está relacionado à possibilidade de se fazer fisioterapia
e terapia ocupacional assistida precoce, o que sempre foi
uma de nossas metas durante o tratamento.
CONCLUSÃO
Com o uso de uma classificação de grande abrangência e
fácil interpretação, apresentamos um protocolo com tratamentos
distintos nos diversos tipos de fratura do terço distal do
330
rádio. Salientamos a importância de redução anatômica e terapia
ocupacional precoce, que são de grande valia para a
obtenção de bom resultados funcionais.
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Rev Bras Ortop — Vol. 29, N° 5 — Maio, 1994
Correlação anatomofuncional dos resultados finais
das fraturas da extremidade distal do rádio*
NILTON MAZER1, CLÁUDIO HENRIQUE BARBIERI2, FÁBIO GUIMARÃES PINHEIRO DE LEMOS3, SOLANGE PITARELLO MOYA3
RESUMO
Com o objetivo de estabelecer uma correlação anatomofuncional,
foram estudados 45 pacientes de fratura distal
do rádio submetidos tanto a tratamento conservador
como cirúrgico. Numa primeira fase, foram analisados
retrospectivamente 49 pacientes dentre 253 tratados num
período de 14 anos (1977-1990). Outros 24 pacientes dentre
164, tratados num período de dois anos, foram avaliados
prospectivamente. Um grupo final de 45 pacientes,
sendo 25 do grupo retrospectivo e 20 do grupo prospectivo,
foi revisto para avaliação clínica e radiográfca. Os resultados
mostraram que não hái clara correlação anatomofuncional
para essas fraturas, bons resultados funcionais
sendo observados em pacientes com maus resultados radiográficos,
e vice-versa; o tratamento cirúrgico não implicou
em bons resultados funcionais. Além disso, não foi
possível demonstrar nenhum fator inicial de valor prognóstico
para o resultado final dessas fraturas.
SUMMARY
Anatomo-functional correlation of final results of distal radius
fractures
With the aim of establishing an anatomo-functional correlation,
45 patients of distal radius fractures, submitted either
to conservative or surgical treatment, were studied. In a
first phase, 49 patients out of 253 treated in a 14-year period
(1977-1990) were retrospectively studied and reviewed. Other
twenty-four patients out of 164 treated in a 2-year period
* Trab. realiz. na Disc. de Ortop. e Traumatol. da Fac. de Med. de Ribeirão
Preto-USP.
1. Professor Assistente Doutor.
2. Professor Associado.
3. Médico Residente (1990-1992).
Rev Bras Ortop – Vol. 29, N° 10 – Outubro, 1994
(1990-1991) were prospectively studied. A final group of 45
patients, being 25 from the retrospective group and 20 from
the prospective group, was reviewed for clinical and radiological
evaluations. The results showed that there is no clear
anatomo-functional correlation for these fractures, good functional
results being observed in patients with bad radiological
appearance and vice-versa ; surgical treatment does not
imply in good functional results, Furthermore, it was also
impossible to demonstrate any factor of clear prognostic value
for the future outcome of these fractures.
INTRODUÇÃO
Em 1814, Abraham Colles (8) descreveu uma “fratura do
rádio localizada a 1,5 polegada acima da articulação do punho,
produzindo desvio típico em dorso de garfo”. Até hoje,
as fraturas da extremidade distal do rádio com desvio dorsal
levam seu nome, sendo de ocorrência bastante comum, só
sendo superadas, em freqüência, pelas fraturas de dedos e
costelas (9).
Outras características dessas fraturas, descritas somente
após a invenção dos raios-X, são o desvio radial, o encurtamento
radial, a cominuição dorsal, os traços articulares ocasionais
e a fratura do processo estilóide da ulna, que pode
estar presente em até 60% dos casos(16) .
Há grande variedade de métodos descritos para tratamento
dessas fraturas, o que demonstra que não existe consenso
a esse respeito e chama a atenção para o estudo do
tema. O tratamento conservador clássico consiste da redução
fechada, após tração para a desimpacção dos fragmentos,
seguida de imobilização gessada, mantendo o punho em
flexão e desvio ulnal. A imobilização pode ser feita através
de tala antebraquiopalmar, como preconizou Charnley(6), ou
axilopalmar em pronação(9,13) ou em supinação(3,11,14,24) , ou ainda
com órtese funcional em supinação, que permite a flexão
ativa do punho durante todo o tratamento(31,32) .
759
N. MAZER, C.H. BARBIERI, F.G.P. LEMOS & S.P. MOYA
Apesar de facilmente obtida, a redução é de difícil manutenção
e a recorrência do desvio inicial é bastante freqüente,
trazendo grande número de seqüelas(20). Com o intuito de
evitar essas seqüelas, métodos alternativos de tratamento foram
idealizados. Böhler(4) idealizou a tração-fixação bipolar,
em que transfixava os quatro metacárpicos ulnais e o terço
proximal da ulna com fios de Kirschner, fazendo, em seguida,
redução manipulativa e confeccionando um aparelho
gessado que englobava os dois fios. Outros autores desenvolveram
métodos semelhantes, como MacFarlane(26), Scheck(34) ,
Ravis & col.(30) e Green(19), trazendo sua aplicação até quase
a atualidade.
Outras alternativas são a fixação percutânea com fios de
Kirschner(10,12,22,25) , a fixação interna com placa e parafusos(21)
e a fixação externa(15,18,21) , que não deixa de ser uma evolução
do método de tração-fixação bipolar.
A incidência de complicações da própria fratura e do
seu tratamento varia de 10 a 35% dos casos(29). Elas incluem
a neuropatia compressiva do nervo mediano, a artrose póstraumática,
a consolidação viciosa, a ruptura tendinosa, a
contratura isquêmica de Volkmann, a atrofia de Sudeck, as
escaras de pressão, a infecção no trajeto dos fios e a contratura
de Dupuytren, entre outras.
Vários métodos foram propostos para a avaliação funcional
do resultado final dessas fraturas. Lindström(23) levava
em consideração os resultados anatômicos, funcionais e cosméticos.
Gartland & Werley(17) desenvolveram um sistema
de avaliação funcional baseado na incapacidade funcional,
segundo McBride(27). Esse método é utilizado por vários autores,
que introduziram modificações para otimizá-lo, destacando-
se aquelas sugeridas por Sarmiento(33) .
De maneira geral, sabe-se que fatores como idade do
paciente e tipo de fratura têm grande valor prognóstico(l).
Tem sido argumentado que o principal fator prognóstico é o
desvio inicial da fratura, que influi no resultado final, apesar
de tratamento convencional bem conduzido(5). Para McQueen
& Caspers(28), entretanto, somente a consolidação viciosa está
claramente associada à deficiência funcional final; para
outros, todavia, o mau resultado funcional está apenas parcialmente
relacionado à deformidade residual(1).
Portanto, não está evidente a correlação entre resultados
anatômicos e resultados funcionais, nas fraturas da extremidade
distal do rádio. Assim, foi o objetivo deste trabalho verificar
aquela correlação em série de pacientes tratados por
diferentes métodos, da maneira como usualmente ocorre em
um hospital de pronto-socorro movimentado.
760
CASUÍSTICA E MÉTODOS
O estudo foi desenvolvido em uma fase retrospectiva e
outra prospectiva. Na fase retrospectiva, foram avaliados 49
pacientes com diagnóstico de fratura da extremidade do rádio,
dentre 253 tratados em nosso serviço, no período de janeiro
de 1977 a dezembro de 1990. Os restantes 204 não
compareceram para reavaliação, apesar de reiteradamente
convocados. Dos 49 pacientes avaliados, 25 foram incluídos
no trabalho, independentemente do tipo de tratamento realizado;
os demais foram excluídos por diversas causas, como
fratura bilateral (impossibilitando comparações), complicações
necessitando de cirurgias adicionais e outras.
Na fase prospectiva, pretendeu-se avaliar todas as fraturas
tratadas conservadoramente nos anos de 1990 e 1991.
Nesse período, foram atendidos 164 pacientes, mas apenas
24 compareceram para a avaliação tardia (um ano), sendo
que um foi excluído por ter fratura bilateral e três por se
recusarem a fazer a avaliação funcional.
Desse modo, restaram, no total, 45 pacientes (25 da fase
retrospectiva e 20 da fase prospectiva), que completaram a
avaliação funcional e que constituem o objeto deste estudo.
Neste grupo final, havia 25 mulheres e 20 homens. A idade
variou de 19 a 86 anos (média de 52,8 anos). Houve dois
picos de incidência da fratura, sendo uma na terceira e outro
na sétima décadas. O lado mais acometido foi o esquerdo,
com 27 casos. A mão dominante foi a menos afetada, com 18
casos.
As fraturas foram classificadas segundo a classificação
de Frykman(16), que é regularmente adotada pelo serviço. Todavia,
para facilitar o estudo comparativo, foi considerada a
distinção entre presença e ausência da fratura do processo
estilóide ulnal.
O tratamento foi cirúrgico em 14 pacientes (31%) e conservador
em 31 (69%), o que é reflexo do protocolo adotado
pelo serviço, que enfatiza o tratamento conservador. Este
consistiu, em todos os casos, de redução fechada sob anestesia
local, pelas manobras clássicas(6), e imobilização com tala
antebraquiopalmar, mantendo o punho em flexão volar e
desvio ulnal. Após uma semana, os pacientes eram reavaliados
radiograficamente e, verificando-se que a redução estava
mantida, o gesso era fechado e mantido até a terceira semana,
quando era trocado por outro, agora com o punho em
posição neutra, até completar a quinta semana. Nesse período,
o gesso era retirado e instituía-se o tratamento fisioterápico.
Rev Bras Ortop - Vol. 29, Nº 10 – Outubro, 1994
CORRELAÇÃO ANATOMOFUNCIONAL DOS RESULTADOS FINAIS DAS FRATURAS DA EXTREMIDADE DISTAL DO RÁDIO
a b C
Fig. 1 – Representação esquemática das medidas tomadas de radiografias do punho, nas projeções póstero-anterior e lateral: comprimento
relativo do rádio (a), ângulo radial (b), e ângulo volar ß (c)
O tratamento cirúrgico, indicado sempre que houvesse
perda da redução por instabilidade, traço intra-articular com
diástase dos fragmentos ou degrau significativo entre eles,
consistiu, nos casos aqui analisados, de: redução fechada e
fixação externa em cinco casos (35,7%); redução aberta e
fixação interna com placa T em quatro casos (28,6%); redução
fechada e fixação com tração bipolar em dois casos
(14,3%); redução fechada e fixação percutânea com fios de
Kirschner em um caso (7,15%); redução aberta e fixação interna
com fios de Kirschner, associada a fixação externa, em
um caso (7,15%); e redução aberta e fixação interna com
múltiplos fios de Kirschner em um caso (7,15%).
O período de seguimento, desde o final do tratamento
até a avaliação, variou de oito meses a 12 anos (média: três
anos e seis meses). A avaliação clínica foi realizada segundo
um protocolo abrangente, com os dados necessários à aplicação
do método de Gartland & Werley(17), modificado por
Sarmiento (33), que inclui a avaliação da força de preensão da
mão, medida com um dinamômetro*. Adicionalmente, foi
medida também a força da pinça polegar-indicador com um
dinamômetro de pinça**(2). No referente à cosmese, os resultados
foram avaliados segundo os critérios de Lindström(23) .
O punho normal foi utilizado para a comparação nas avaliações
funcional e cosmética.
A avaliação radiográfica comparativa compreendeu a
análise do comprimento e do ângulo radiais, medidos na incidência
póstero-anterior, e do ângulo volar, medido na incidência
em perfil (figura 1), nas radiografias iniciais e naquelas
obtidas na reavaliação dos pacientes, em função dos parametros
considerados normais, do punho contralateral, de
* Jamar, modelo 2A, digital
** Jamar.
Rev Bras Ortop – Vol. 29, Nº 10 – Outubro, 1994
cada um. Os desvios iniciais e finais dos parâmetros analisados
foram considerados como perda, sendo, portanto, representados
com sinal negativo (–). Em alguns casos houve ganho,
ou seja, aumento do parâmetro, por hipercorreção, representado
com sinal positivo (+).
RESULTADOS
A maioria das fraturas foi causada por queda da própria
altura (25 casos, 55%), seguida de acidente motociclístico
(dez casos, 22%), acidente automobilístico (cinco casos, 11%)
e outros não especificados (cinco casos, 11%).
Conforme a classificação de Frykman, 18 pacientes tiveram
fraturas do tipo I-II (40%), oito do tipo III-IV (18%),
dez do tipo V-VI (22%) e nove do tipo VII-VIII (20%).
Os movimentos do punho foram analisados separadamente,
por planos. Desse modo, em 26 casos (58%), a flexão
dorsal era igual ou maior do que 90% do punho normal; em
14 (31%), variou de 60 a 80% e em apenas cinco (11%) foi
menor do que 60% do normal.
A flexão volar foi igual ou maior do que 90% do normal
em 22 casos (49%), variou de 60 a 80% em 20 casos
(44%) e foi menor do que 60% do normal em três casos (7%).
O desvio radial ficou acima de 90% do normal em 35
casos (78%), entre 60 e 80% em nove casos (20%) e abaixo
de 60% em apenas um caso (2%). O desvio ulnal esteve acima
de 90% do normal em 28 casos (62%), entre 60 e 80%
em 16 casos (36%) e abaixo de 60% em apenas um caso
(2%).
A pronação foi encontrada acima de 90% do normal em
36 casos (80%), entre 60 e 80% em seis casos (13%) e abaixo
de 60% em três casos (7%). A supinação ficou acima de
761
N. MAZER, C.H. BARBIERI, F.G.P. LEMOS & S.P. MOYA
90% em 24 pacientes (54%), entre 60 e 90% em 20 (44%) e
abaixo de 60 em um (2%), sendo o movimento mais comprometido
nos pacientes avaliados (tabela 1).
A análise global dos parâmetros radiográficos (tabela 2)
mostrou que o comprimento radial relativo inicial variou
de -4 a 2mm (média de -2mm); na avaliação final, variou de
cinco a 12mm (média de 9mm). O ângulo radial inicial variou
de -2° a 10° (média de 5°) e na avaliação final variou de
5° a 19° (média de 10°). O ângulo volar inicial variou de
-60° a 0° (média de -15°); na avaliação final, variou de -12°
a +13° (média de -l°).
Nos casos de tratamento cirúrgico (tabela 3), o comprimento
radial relativo inicial variou de -7 a 2mm (média de
-4mm); na avaliação final, variou de 19 a 13mm (média de
1lmm). O ângulo radial inicial variou de -8° a 4° (média de
-2°) e o final variou de 14° a 21° (média de 15°). O ângulo
volar inicial foi de -60° a -5° (média de -19°) e o final foi de
0° a 9° (média de 7°).
As medidas referentes aos casos de tratamento conservador
estão dentro das faixas de variação global.
TABELA 1
Distribuição dos casos (número e percentagem) segundo
a amplitude conseguida em cada movimento
Amplitude de
movimento
90% 60-90% 60%
N
Flexão dorsal 26 (58%) 14 (31%) 5 (11%)
Flexão volar 22 (49%) 20 (44%) 3 (7%)
Desvio radial 35 (78%) 9 (20%) 1 (2%)
Desvio ulnal 28 (62%) 16 (36%) 1 (2%)
Pronação 36 (80%) 6 (13%) 3 (7%)
Supinação 24 (54%) 20 (44%) 1 (2%)
20 CONSERVADOR
18 CIRÚRGICO
16
14
12
TABELA 2
Resultados iniciais e finais das medidas (variação e média)
dos parâmetros comprimento radial, ângulo radial (a) e ângulo
volar (ß), no total de 45 pacientes, independentemente
do tipo de tratamento realizado
10
8
6
4
Parâmetro Inicial Final
2
Comprimento -4 a 22 5a12
(mm) x = - 2 x = 9
Ângulo radial -2° a 10° 5° a 19°
X=5° x = 10°
EXCELENTE BOM REGULAR
RESULTADO (Gartland & Werley)
Ângulo volar - 61° a 0° -12° a 13°
(ß°) X=-15° X=2°
762
Segundo a classificação anatômica de Lindström, quatro
pacientes (9%) enquadravam-se no grau 1; 20 (44%) no
grau 2; seis (13%) no grau 3 e 15 (33%) no grau 4.
Na avaliação pelos critérios de Gartland & Werley, os
resultados também foram analisados em separado, conforme
o tipo de tratamento (figura 2). Para o tratamento conservador,
a análise da pontuação mostrou que 20 pacientes (64,5%)
atingiram a classificação excelente; seis (19,4%) chegaram
a bom e cinco (16%), a regular; nenhum caso foi classificado
como mau. A avaliação por tipo de fratura (Frykman)
mostrou que os melhores resultados foram obtidos com os
TABELA 3
Resultados iniciais e finais das medidas (variação e média)
dos parâmetros comprimento radial, ângulo radial e ângulo
volar (ß) nos 14 pacientes de tratamento cirúrgico
Parâmetro Inicial Final
Comprimento - 7 a 2 9 a 13
(mm) x = - 4 X=11
Ângulo radial -8° a 4° 14oa 21”
x = -2° X=15°
Ângulo volar –60” a –5”

0 a 9 °
x=-19° x = 7 °
Fig. 2 – Gráfico da distribuição dos casos segundo o resultado funcional e
o tipo de tratamento
Rev Bras Ortop – Vol 29, N° 10 - Outubro, 1994
CORRELAÇÃO ANATOMOFUNCIONAL DOS RESULTADOS FINAIS DAS FRATURAS DA EXTREMIDADE DISIAL DO RÁDIO
tipos III-IV, com somente 0,5 ponto, seguidos dos tipos VIIVIII,
com 1,7 pontos; I-II, com 2,9; e V-VI, com 4,25, respectivamente,
sendo a média de 2,33 pontos, nesse grupo de
tratamento conservador. Nos tipos I-II e V-VI, a pior pontuação
foi a referente à avaliação subjetiva, com 1,3 e 2,25 pontos,
respectivamente; nos tipos HI-IV e VII-VIII, foi a deformidade
residual, com 0,5 e 1,3 pontos, respectivamente, Não
houve complicações com o tratamento conservador dos tipos
III-IV e VII-VIII. Nos tipos I-II e V-VI, atingiu 0,13 e 0,5
pontos, respectivamente, o que pode ser considerado desprezível
(tabela 4).
Para o tratamento cirúrgico, sete pacientes (50%) foram
excelentes, na classificação de Gartland & Werley; dois ( 14%)
chegaram a bom e cinco (36%), a regular. Aqui, igualmente,
não houve nenhum caso mau. Os melhores resultados foram
obtidos com as fraturas dos tipos III-IV e V-VI, com 0,5
e 2,5 pontos, respectivamente. Os piores foram com os tipos
VII-VIII e I-II, que chegaram a 4 e a 10 pontos, respectivamente.
A média, nesse grupo de tratamento cirúrgico, foi de
4,25 pontos. Para os tipos 1-11 e V-VI, a pior pontuação foi a
da avaliação subjetiva, com 4 e 2 pontos, respectivamente;
para os tipos VII-VIII e III-IV, foi a avaliação objetiva, particularmente
por causa da limitação da mobilidade, com 2,3 e
3,5 pontos, respectivamente. As complicações aqui também
foram desprezíveis (tabela 5),
A força máxima de preensão da mão praticamente manteve-
se inalterada, nos casos tratados conservadoramente. Naqueles
tratados cirurgicamente, houve diminuição da força
(<60% do lado contralateral) nos dois casos dos tipos I-II e
em um caso dos tipos III-IV. No geral, a maioria dos pacien-
TABELA 4
Resultados da avaliação funcional (variação e média) de 30 pacientes, submetidos a tratamento
conservador, em função do tipo de fratura (Frykman)
Número de Def. resid. Aval. subj. Aval. obj. Tipo Preensão Compl. Total
pacientes (0-3) (0-6) (0-16) (0-1) (0-10) (0-36)
I 15* 0-2 0-6 0-8 0-1 0-1 0-10
0,53 1,3 0,93 0,06 0,1 3 2,9
I I 4 0-2 0 0 0 0 0-2
0,5 0,5
Ill 8 0-1 0-4 0-7 0 0-4 0-16
0,37 2,25 2,12 0,5 4,25
IV 3 0-3 0 0-1 0 0 1-3
1,3 0,33 1,7
Def. resid. = deformidade residual; Aval. subj. = avaliação subjetiva; Aval. obj. = avaliação objetiva; Compl. = complicações.
* Um caso foi excluído, pois seus resultados eram discrepantes dos outros do mesmo tipo.
TABELA 5
Resultados da avaliação funcional (variação e média) de 14 pacientes, submetidos a tratamento
cirúrgico, em função do tipo de fratura (Frykman)
Tipo
Número de Def. resid.
pacientes (0-3)
I 2 0-3
1,5
II 4 0
4
Ill 2 0
IV 6 0-2
0,8
Aval. subj.
(0-6)
0-4
1,5
0-4
2
0-2
0,67
Aval. obj.
(0-16)
2-3
2,5
0-8
3,5
0-1
0,5
0-7
2,3
Preensão Compl.
(0-1) (0-10)
1 0-1
0,5
1 0-1
0,5
0 0
0 0-1
0,17
Total
(0-36)
8-12
10
0 - 2
0,5
0-5
2,5
0-12
4
Def. resid. = deformidade residual; Aval. subj. = avaliação subjetiva; Aval. obj. = avaliação objetiva; Compl. = complicações
Rev Bras Ortop - Vol. 29, Nº 10 - Outubro, 1994 763
N. MAZER, C.H. BARBIERI, F.G.P. LEMOS & S.P. MOYA
TABELA 6
Correlação entre o resultado funcional (Gartland & Werley)
e o resultado anatômico (Lindström), em 31 pacientes com
fratura de Colles submetidos a tratamento conservador
Resultado Resultado funcional
Total
anatômico
Excelente Bom Regular
4 5 3 2 10
3 5 1 1 7
2 9 2 2 13
1 1 0 0 1
Total 20 (64,5%) 6 (19,4%) 5 (16%) 31 (100%)
TABELA 7
Correlação entre o resultado funcional (Gartland & Werley)
e o resultado anatômico (Lindström), em 14 pacientes com
fratura de Colles submetidos a tratamento cirúrgico
Resultado Resultado funcional
Total
anatômico
Excelente Bom Regular
4 4 1 0 5
3 0 0 0 0
2 1 0 5 6
1 2 1 0 3
Total 7 (50%) 2 (14%) 5 (36%) 14 (100%)
tes de ambos os grupos obteve força de 60% ou mais, em
relação ao lado normal.
A correlação entre os resultados da avaliação radiográfica
e da avaliação funcional, no grupo de tratamento conservador,
mostrou que, dos dez pacientes com grave deformidade
anatômica (grau 4 de Lindström), cinco foram classificados
como excelente e três como bom, na avaliação funcional,
perfazendo o total de 80% neste grau. Dos sete pacientes
com moderada deformidade anatômica (grau 3), cinco foram
excelentes e um foi bom, na avaliação funcional, chegando
a 85% neste grau. Dos 13 com leve deformidade anatômica
(grau 2), 11 atingiram classificação excelente e bom,
o que resulta em 84% neste grau. O único paciente sem deformidade
anatômica nenhuma teve resultado excelente (tabela
6).
No grupo de tratamento cirúrgico, dos cinco casos com
grave deformidade anatômica (grau 4), quatro foram excelentes
e um foi bom, o que perfaz 83% do total neste grau.
Dos três casos sem nenhuma deformidade anatômica, dois
764
TABELA 8
Correlação entre o resultado funcional (Gartland & Werley)
e o resultado anatômico (Lindström), no total
de 45 pacientes estudados
Grau
Resultado funcional
Total
Excelente Bom Regular
4 9 4 2 15
3 5 1 1 7
2 10 2 7 19
1 3 1 0 4
TotaI 27 8 10 45
foram excelentes e um foi bom; dos seis casos com deformidade
leve, cinco (83%) foram regulares (tabela 7).
Do total de 45 pacientes reavaliados, foram obtidos 27
resultados excelentes, oito bons e dez regulares. Pouco mais
da metade dos casos com classificação excelente (14) havia
obtido graus 4 (nove) ou 3 (cinco), na classificação de Lindström;
dos oito casos com classificação de bom, cinco (62,5%)
haviam obtido graus 4 (quatro) ou 3 (um), naquela classificação
(tabela 8).
Na avaliação subjetiva, em que os pacientes opinaram
sobre o resultado final, 41 deles (91%) consideraram-no excelente
ou bom; três (7%) julgaram-no regular e um (2%)
considerou-o ruim.
DISCUSSÃO
A análise dos pacientes avaliados mostrou que mais da
metade dos acidentes que produzem fratura da extremidade
distal do rádio ocorre em casa, o que dá idéia da importância
desses acidentes como causadores de lesões às vezes graves;
o segundo agente mais freqüente são os acidentes automobilísticos,
que em geral produzem fraturas mais graves, dada a
maior energia do traumatismo, e em indivíduos mais jovens.
A maior incidência foi de fraturas dos tipos I-II, seguidas
pelos tipos VII-VIII, respectivamente as menos e as mais graves,
segundo Frykman.
Independentemente do tipo de tratamento realizado, a
função do punho que sofreu fratura da extremidade distal do
rádio foi satisfatória, com retorno de amplitude quase normal
dos movimentos em todas as direções, embora tenha
havido prejuízo importante das flexões volar, a mais prejudicada,
e dorsal, além da supinação, que apresentaram o menor
número de casos com 90% ou mais da função do punho
normal (tabela 1).
Rev Bras Ortop – Vol. 29, Nº 10 – Outubro, 1994
CORRELAÇÃO ANATOMOFUNCIONAL DOS RESULTADOS FINAIS DAS FRATURAS DA EXTREMIDADE DISTAL DO RÁDIO
Os parâmetros radiográficos medidos mostraram grande
faixa de variação, tanto antes como após o tratamento, para
os casos de tratamento conservador e de tratamento cirúrgico.
Todavia, as medidas finais foram, na média, melhores,
ou seja, mais próximas dos parâmetros normais, para os casos
de tratamento cirúrgico (tabela 3). Isso equivale a dizer
que o tratamento conservador (imobilização gessada) não tem
a mesma eficiência em manter a redução obtida do que o
tratamento cirúrgico, o que é esperado.
Na avaliação anatômica, pelo sistema de Lindström,
observou-se que praticamente metade dos casos (46%) apresentou
deformidade residual importante, o que, sem dúvida,
é um índice elevado. Não obstante isso, na avaliação funcional,
houve nítido predomínio dos resultados excelentes e bons,
tanto no cômputo geral (80%), como considerando-se em separado
os tratamentos conservador (87%) e cirúrgico (64%),
o que já fora mencionado na literatura(35) .
Quando se analisaram os resultados em relação ao tipo
de fratura, observou-se que, curiosamente, tipos graves como
o VII e o VIII (Frykman) atingiram resultados melhores com
o tratamento conservador que tipos mais amenos, como o I e
o II, tendo ocorrido fenômeno semelhante com o tratamento
cirúrgico, muito embora os fatores que pesaram mais na pontuação
negativa tenham sido diferentes para cada tipo. Dessa
forma, não foi possível demonstrar um claro fator inicial de
prognóstico para essas fraturas.
De forma global, os resultados funcionais foram melhores
com o tratamento conservador do que com o cirúrgico, o
que também se confirmou pelo fato de que a força de preensão
máxima da mão não diminuiu com o primeiro, embora tenha
diminuído pouco com o segundo.
Confrontando os resultados funcionais com os anatômicos,
observou-se que a função excelente pode ser obtida em
casos cujos parâmetros radiográficos não sejam os melhores,
sendo o inverso também verdadeiro. Por exemplo, na tabela
8, nota-se que dos 15 casos enquadrados como do grau 4, 13
(86%) foram excelentes ou bons. Logo, pode não ser verdadeiro
que bons resultados funcionais estão sempre associados
a bons resultados anatômicos, segundo critérios radiográficos,
contrariamente ao que já foi afirmado por outros
autores, geralmente em defesa do tratamento cirúrgico(2,7,19).
Portanto, a julgar pelos resultados aqui analisados, é válido
enfatizar o tratamento conservador, ou ao menos formas
menos agressivas de tratamento cirúrgico, para as fraturas da
extremidade distal do rádio, sem perder de vista a necessidade
ocasional de tratamento cirúrgico formal, em casos bem
selecionados.
Rev Bras Ortop – Vol. 29, Nº 10 – Outubro, 1994
Ao lado disso, seria válido também desestimular excessiva
preocupação com o aspecto radiográfico final da fratura,
cedendo lugar para uma avaliação funcional mais rigorosa.
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Tratamento das fraturas do rádio
distal: uso da placa em “T” volar*
EDMUR ISIDORO LOPES1, IVAN CHAKKOUR2, JOÃO DAMASCENO LOPES FILHO3,
MOGAR DREON GOMES3, ANTONIO CARLOS DA COSTA3, MAURO SARAIVA APOCALYPSE4
* Trab. realiz. no Dep. de Ortop. e Traumatol. da Santa Casa de Miseric. de
São Paulo-“Pavilhão Fernandinho Simonsen” (Serv. do Prof. Dr. José
Soares Hungria Neto).
1. Professor consultor.
2. Chefe do grupo de cirurgia da mão.
3. Assistente.
4. Estagiário.
RESUMO
Os autores analisaram 19 pacientes com fratura do rádio
distal com desvio volar, que foram submetidos a redução
e osteossíntese com placa em “T”. A fratura ocorreu
em 12 homens e sete mulheres, com média de idade de
42,2 anos (mínimo de 19 e máximo de 78 anos). A avaliação
funcional foi feita segundo os critérios de Frykman e
Lidström. Avaliamos também a amplitude articular e os
parâmetros radiográficos da redução. Em 14 pacientes os
resultados foram considerados satisfatórios, sendo que a
extensão do punho foi que apresentou maior limitação no
pós-operatório. A síntese mostrou-se eficiente, permitindo
boa recuperação funcional do membro. Observaramse
complicações em três pacientes (uma tendinite dos extensores,
uma infecção superficial com distrofia simpático-
reflexa e uma neuropraxia do mediano).
Unitermos – Osteossíntese; fratura; rádio
SUMMARY
Treatment of fractures of distal radius: use of “T” plate
The authors reviewed 19 patients with fractures of distal
radius with forward displacement of the distal fragment that
were treated by internal fixation with “T” plate, 12 males
and 7 females, mean age 42.2 years (max. 78, min. 19 years).
The patients were analyzed by radiographic and Frykman
and Lidström criteria, and by range of movement. Results
were considered satisfactory in 14 patients and the most important
finding after surgery was limitation of wrist extension.
The plate provided stable fixation and facilitated restoration
of wrist function. Complications were present in 3
patients (extension tendinitis, superficial skin infection with
reflex sympathetic dystrophy and neuropraxis of the median).
Key words – Osteosynthesis; fracture; radius
INTRODUÇÃO
A fratura do rádio distal com desvio volar foi descrita pela
primeira vez por Smith, em 1847, como uma fratura extraarticular
metafisária(1,2). Thomas(14), em 1957, foi quem chamou
novamente a atenção para estas lesões, propondo uma
classificação e o método de tratamento em 19 pacientes. É
consenso que não podem ser encaradas como uma fratura de
Colles invertida(3,5,14,16). Segundo Ducloyer(2), dois mecanismos
de trauma podem explicar estas fraturas: a) queda apoiando
o punho hiperestendido, causando uma pressão axial na
porção anterior da extremidade distal do rádio; e b) trauma
no punho fletido resultando em força de compressão na porção
anterior e tração na posição posterior do rádio distal. Em
comparação com as fraturas de desvio dorsal, são lesões pouco
freqüentes, representando menos de 5% das fraturas distais
do rádio(1-3,7). Por apresentarem geralmente um traço oblíquo,
desvio rotacional e lesão de partes moles associada, a
manutenção da redução é extremamente difícil(4,10). Uma perfeita
redução e estabilização são mandatórios no seu tratamento,
principalmente quando o traço é intra-articular. A fixação
com fios percutâneos é perigosa, devido ao grande
número de estruturas vasculares, tendinosas e nervosas na
face volar do punho(2,10). Cauchoix et al.(1), em 1960, foram
dos primeiros a propor a redução aberta e fixação destas fraturas.
Ellis(3), em 1965, propôs a utilização de placa em “T”
como suporte volar para osteossíntese destas fraturas, sendo
esta modificada pelo grupo AO(9).
O objetivo deste trabalho é avaliar os pacientes com estas
fraturas que foram submetidos a redução e osteossíntese com
placa em “T” no Departamento de Ortopedia e TraumatoloE.
I. LOPES, I. CHAKKOUR, J.D. LOPES Fº, M.D. GOMES, A.C. COSTA & M.S. APOCALYPSE
190 Rev Bras Ortop _ Vol. 32, Nº 3 – Março, 1997
gia da Santa Casa de São Paulo (Pavilhão Fernandinho Simonsen).
CASUÍSTICA E MÉTODOS
No período de janeiro de 1992 a junho de 1996, foram
tratados e reavaliados 19 pacientes com fratura de rádio distal
que foram submetidos a fixação com placa em “T” por
via volar. O período de seguimento variou de seis a 52 meses,
com média de 22,2 meses. A idade variou de 19 a 78
anos (média de 42,2 anos); 12 (63,2%) eram do sexo masculino
e sete (36,8%) do feminino. O lado direito foi acometido
em sete (36,8%) pacientes e o esquerdo em 12 (63,2%).
Quanto ao mecanismo de trauma, oito (42,1%) pacientes foram
vítimas de queda da própria altura, cinco (26,3%) de
queda de grande altura, quatro (21%) de acidente motociclístico,
um (5,3%) de acidente ciclístico e um (5,3%) de
atropelamento (tabela 1). Seis pacientes apresentavam lesões
associadas: um com fratura de terço proximal de úmero ipsilateral,
um com fratura de escafóide ipsilateral, um com fraturas
do osso malar e úmero bilateral, um com luxação acromioclavicular
ipsilateral, um com fratura de bacia e um com
fratura exposta de fêmur. A distribuição de pacientes segun-
TABELA 1
Distribuição de freqüência e percentagem dos
pacientes segundo o mecanismo de trauma
Mecanismo de trauma Freqüência Percentagem
Queda da própria altura 08 042,20
Queda de grande altura 05 026,30
Acidente motociclístico 04 021,00
Acidente ciclístico 01 05,30
Atropelamento 01 05,30
Total 19 100,00
Fonte: SAME – Santa Casa de São Paulo – 01/1992 a 06/1996
TABELA 2
Distribuição de freqüência e percentagem das
fraturas de acordo com a classificação AO
Classificação AO Freqüência Percentagem
A3 01 005,30
B3 09 047,30
C1 01 005,30
C2 07 036,80
C3 01 005,30
Total 19 100,00
Fonte: SAME – Santa Casa de São Paulo – 01/1992 a 06/1996
Fig. 1 – Abordagem anterior retilínea sobre o tendão do flexor radial do
carpo, mostrando a abertura da bainha tendínea
do a classificação do grupo AO foi: um (5,3%) paciente A3,
nove (47,3%) B3, um (5,3%) C1, sete (36,8%) C2 e um (5,3%)
C3 (tabela 2).
Em todos os casos utilizou-se a via de acesso volar, com a
incisão retilínea sobre o tendão do músculo flexor radial do
carpo até a prega cutânea distal do punho. Após a abertura
da bainha anterior (fig. 1), afasta-se o tendão para o lado
ulnar e incisa-se a parte posterior desta bainha, evitando assim
o nervo mediano medialmente e a artéria radial lateralmente.
O músculo pronador quadrado é identificado e incisado
paralelamente ao eixo do rádio, deixando-se um segmento
do músculo junto ao rádio para facilitar sua reinserção.
A placa é fixada na região metafisária por um parafuso
e após o controle radiográfico da redução os demais parafusos
são colocados. Freqüentemente não é necessária a colocação
de parafusos distais ao foco de fratura, já que a placa
tem função de suporte impedindo o desvio volar e proximal.
A fratura do processo estilóide do rádio esteve associada em
dez pacientes, sendo a osteossíntese realizada com fios de
Kirschner em nove e em um com parafuso de 3,5mm. Em
três pacientes foi utilizado fio de Kirschner estabilizando outros
fragmentos ósseos, em um fixador externo e em três fixações
do processo estilóide ulnar pelo princípio da banda
de tensão (fig. 2, A a D). Em quatro pacientes com grande
cominuição metafisária, utilizou-se enxerto ósseo do ilíaco.
Após a cirurgia, o paciente é imobilizado com tala gessada
antebraquiopalmar por aproximadamente duas semanas.
Os pacientes foram avaliados clinicamente segundo a avaliação
da função proposta por Frykman(6) e Lidström(11) e realizada
a mensuração da amplitude articular. Realizaram-se
radiografias do punho fraturado e do contralateral, com a
Rev Bras Ortop _ Vol. 32, Nº 3 – Março, 1997 191
TRATAMENTO DAS FRATURAS DO RÁDIO DISTAL: USO DA PLACA EM “T” VOLAR
Fig. 2 – A e B) Radiografias mostrando aspecto pré-operatório; C e D)
radiografias do pós-operatório imediato.
Fig. 3 – Paciente com nove meses de PO, mostrando a amplitude articular
do punho esquerdo. A) supinação; B) extensão; C) supinação; e D) flexão.
finalidade de comparar as inclinações ulnar e volar e o comprimento
radial.
RESULTADOS
De acordo com a avaliação funcional de Frykman e Lidström,
oito (42,1%) pacientes foram considerados como resultados
excelentes, seis (31,6%) bons, três (15,8%) regulares
e dois (10,5%) ruins (tabela 3).
Na avaliação da amplitude articular, a flexão variou de
10º a 75º (média de 38º), a extensão de –30º a 60º (média de
27º), desvio radial de –5º a 24º (média 12,1º), desvio ulnar
de 10º a 40º (média 20,9º), pronação de 10º a 90º (média
56,3º) e a supinação de 0º a 90º (média 62,5º) (fig. 3, A a D).
Na comparação das radiografias do punho fraturado e do
contralateral, observou-se variação em média de: –1,38º
(–12º a 28º) na inclinação volar; –1,78º (–11º a 5º) na inclinação
ulnar e 1,28mm (–12mm a 8mm) no comprimento radial.
Fig. 4 – Radiografias mostrando a subluxação volar do carpo
As complicações ocorreram em três (15,8%) pacientes: uma
tendinite dos extensores, uma infecção superficial seguida
de distrofia simpático-reflexa e uma neuropraxia do mediano
com posterior fadiga do material de síntese na terceira
semana de pós-operatório.
DISCUSSÃO
Ellis(3) destacava que nestas fraturas as consolidações viciosas
têm interferência maior na movimentação e função da
mão do que as fraturas com desvio dorsal. Em decorrência
da obliquidade do traço articular e perda do suporte palmar,
estas fraturas apresentam instabilidade muito grande. O encurtamento
e o desvio volar dos fragmentos estão em geral
associados com a subluxação volar do carpo (fig. 4). A redução
incruenta pode ser obtida, mas raramente é mantida uti-
TABELA 3
Distribuição de freqüência e percentagem dos pacientes
segundo a avaliação funcional de Frykman e Lidströn
Resultado Freqüência Percentagem
Excelente 08 042,10
Bom 06 031,60
Regular 03 015,80
Ruim 02 010,50
Total 19 100,00
Fonte: SAME – Santa Casa de São Paulo – 01/1992 a 06/1996
E.I. LOPES, I. CHAKKOUR, J.D. LOPES Fº, M.D. GOMES, A.C. COSTA & M.S. APOCALYPSE
192 Rev Bras Ortop _ Vol. 32, Nº 3 – Março, 1997
Tratamento da fratura instável distal
do rádio com fixação externa*
ALUÍSIO JÚNIOR AGUIAR FIGUEIREDO1, CELSO DIAS FERNANDES1,
DÉCIO JOSÉ DE OLIVEIRA2, JOSÉ WAGNER DE BARROS3
* Trab. da Disc. de Ortop. e Traumatol. da Fac. Med. do Triângulo Mineiro
(FMTM) – Uberaba, MG.
1. Residente.
2. Chefe do Setor de Cirurgia da Mão.
3. Prof. Titular; Chefe da Disc. de Ortop. e Traumatol. da FMTM.
RESUMO
No período de janeiro de 1995 a agosto de 1996, dez
pacientes com fratura instável distal do rádio foram submetidos
a tratamento cirúrgico com redução incruenta e
fixação externa. Foram avaliados os resultados funcionais,
anatômicos e radiográficos, obtendo-se índice 90% de
excelentes e bons.
Unitermos – Osteossíntese; fratura; rádio
SUMMARY
Treatment of unstable fracture of the distal radius with external
fixation
From January 1995 to August 1996, ten patients with unstable
fracture of the distal radius were submitted to surgical
treatment with external fixation. They were evaluated by anatomic,
radiographic, and functional final results. It was concluded
that external fixation of unstable fracture of the distal
radius is a useful method, and achieved 90% of excellent
and good results.
Key words – Osteosynthesis; fracture; radius
INTRODUÇÃO
A fratura instável distal do rádio é considerada lesão complexa,
sendo seu tratamento controverso. O método convencional
para tratar essa fratura é a redução fechada, seguida
de imobilização gessada. Este método de tratamento freqüentemente
leva a resultado insatisfatório, devido à perda da
redução dos fragmentos e, conseqüentemente, compromete
a anatomia e função do punho(3,7,8,13).
A fixação externa das fraturas distais do rádio foi popularizada
por Anderson & O’Neil durante a Segunda Guerra
Mundial(2). Na década de 70, Vidal et al. introduziram o conceito
de ligamentotaxia, estendendo esse tipo de tratamento
para as fraturas intra-articulares distais do rádio(20). Atualmente,
vários autores recomendam essa técnica(1,4-6,10-12,17,21).
O objetivo deste estudo é apresentar os resultados obtidos
em grupo de pacientes, previamente selecionados, que, por
apresentarem fraturas cominutivas e/ou articulares distais do
rádio, foram tratados com redução fechada e fixação externa.
CASUÍSTICA E MÉTODOS
No período de janeiro de 1985 a agosto de 1996, submeteram-
se a tratamento cirúrgico com redução incruenta e fixação
externa dez pacientes com fratura cominutivas e/ou articulares
distais do rádio.
Dos pacientes reavaliados, seis (60%) eram do sexo masculino
e quatro (40%), do feminino. A idade variou entre 21
e 61 anos, com média de 43 anos. Tanto o punho direito quanto
TABELA 1
Características gerais dos pacientes submetidos a fixação
externa quanto a idade, sexo, lado operado e tipo de fratura
Caso Paciente Idade Sexo Lado Classificação
(Frykman)
1 MVR 47 M E VIII
2 ACR 21 F D VIII
3 OJP 52 M E II
4 GNC 36 M E IV
5 JCR 43 F E VIII
6 ANR 51 M D VIII
7 RNA 29 M D VIII
8 ISC 61 F E VIII
9 ICS 49 M D VII
10 MFS 44 F D VIII
A.J.A. FIGUEIREDO, C.D. FERNANDES, D.J. OLIVEIRA & J.W. BARROS
316 Rev Bras Ortop _ Vol. 32, Nº 4 – Abril, 1997
o esquerdo foram acometidos em cinco (50%) pacientes. O
tempo de seguimento mínimo foi de cinco meses e o máximo,
de 19, com média de 11 meses.
As fraturas foram classificadas conforme Frykman(7) (fig.
1). Uma fratura foi do tipo II, uma do tipo IV, uma do tipo
VII e sete do tipo VIII. As características gerais desses pacientes
avaliados encontram-se na tabela 1.
Todos os pacientes foram tratados nas primeiras 48 horas
após o traumatismo. No atendimento inicial, após as radiografias
em projeções ântero-posterior e lateral, o punho era
imobilizado com tala gessada volar (fig. 2).
O sistema de fixação externa utilizado constitui-se de duas
plataformas retangulares com 1,5cm de largura por 4,5cm de
comprimento, contendo três perfurações para transfixação
dos pinos de Schanz. As plataformas são unidas a uma barra
rosqueada através de juntas que permitem mobilidade de até
15º em todas as direções. Este sistema permite alongamento
de 3,5cm entre as plataformas. Os pinos de Schanz para fixa-
Fig. 1 – Fratura distal do rádio segundo a classificação de Frykman(7)
Fig. 2 – Radiografias do punho direito em AP e perfil. Fratura do tipo Frykman
VII.
Fig. 3 – Antebraço e punho direito do paciente. Notar o sistema de fixação
externa.
Fig. 4 –
Radiografias do
punho: pósoperatório
imediato
(A) e aos seis meses
(B).
ção no rádio eram de 3mm de diâmetro e apresentavam 10cm
de comprimento, com 3cm de rosca. A fixação distal era realizada
no 2º metacarpiano com fios de Schanz de 2,5mm de
diâmetro, com 6cm de comprimento e 2cm de rosca.
Os pacientes foram submetidos às anestesias do tipo bloqueio
de plexo braquial ou geral. A assepsia do membro afetado
foi realizada com álcool iodado. Em seguida, realizaram-
se duas incisões de 0,5cm na face dorsorradial do antebraço,
proximal ao foco da fratura. Utilizando-se um perfurador
elétrico funcionando em baixa rotação, introduziramse
dois pinos de Schanz em ângulo de aproximadamente 90º
em relação à diáfise do rádio, ajustando-se uma plataforma
Rev Bras Ortop _ Vol. 32, Nº 4 – Abril, 1997 317
TRATAMENTO DA FRATURA INSTÁVEL DISTAL DO RÁDIO COM FIXAÇÃO EXTERNA
aos pinos de fixação. A seguir, realizou-se tração na extremidade
da mão, com redução parcial da fratura, fixando-se outros
dois pinos na face dorsorradial do 2º metacarpiano, que
ficaram acoplados e estabilizados à plataforma distal. Logo
após, completou-se a redução da fratura com a manipulação
do sistema, mantendo-se flexão palmar do punho em torno
de 15º e desvio ulnar de 20º (fig. 3). Durante o procedimento,
foram realizados controles radiográficos para determinar
a redução da fratura. Nas primeiras três semanas, foi feita
imobilização complementar com tala gessada volar.
A avaliação funcional dos casos foi realizada conforme os
critérios clínicos estabelecidos por Gartland & Werley(8), que
levam em conta a presença de dor, deformidade residual,
mobilidade articular e complicações pós-cirúrgicas.
Todos os pacientes foram submetidos a controle radiográfico
no pré e intra-operatório, no pós-operatório, na 2ª e 5ª
semanas e na ocasião da retirada da fixação externa, a qual
ocorreu em média com seis semanas, variando de cinco a
nove semanas (fig. 4).
A avaliação radiográfica foi realizada de acordo com os
critérios de Lidström(13), modificados por Sarmiento et al.(16).
Foram realizadas as medidas das principais deformidades
destas fraturas, tais como desvio radial, angulação dorsal e
encurtamento do rádio em relação à ulna. Os valores normais
propostos por esses autores são ângulo volar do rádio
distal de 11º (0-18º), ângulo de desvio radial de 23º (10-30º)
e comprimento radial de 9mm (8-14mm), além da ulna distal.
Os resultados radiográficos foram divididos em quatro
graus.
Grau I – Ausência de deformidade, angulação dorsal não
excedendo a posição neutra (0º) e com encurtamento radial
menor que 3mm;
Grau II – Pequena deformidade, angulação dorsal de 1º a
10º;
Grau III – Deformidade moderada, angulação dorsal de
11º a 14º e encurtamento de 7 a 11mm;
Grau IV – Deformidade grave, angulação dorsal igual ou
superior a 15º, com encurtamento maior que 12mm.
RESULTADOS
Todos os casos tratados, segundo a técnica proposta, evoluíram
para a consolidação óssea. Os resultados foram excelentes
em seis (60%) pacientes, bons em três (30%) e regular
em um (10%). Os resultados radiográficos finais foram considerados
de grau I em sete (70%) pacientes e de grau II em
três (30%).
Duas complicações ocorreram diretamente relacionadas ao
fixador externo; um paciente apresentou infecção superficial
em um pino proximal do rádio e o outro, parestesia na
região do ramo superficial dorsal do nervo radial.
Não foi observada nenhuma perda da redução da fratura
no pós-operatório imediato, bem como no período de permanência
do fixador externo.
DISCUSSÃO
A freqüência da fratura instável distal do rádio é elevada.
A região metafisária distal do rádio é bem vascularizada e a
consolidação óssea dessa fratura acontece normalmente. A
redução incruenta, seguida de imobilização gessada, é o procedimento
de rotina utilizado no tratamento dessa lesão(3,7,
8,13,16). A perda da redução freqüentemente pode ocorrer devido
à instabilidade dos fragmentos, levando a alterações anatômicas
e funcionais do punho. Portanto, a indicação do tratamento
operatório da fratura instável distal do rádio é em
decorrência da necessidade de manter redução adequada no
período de consolidação. A fixação externa dessa fratura
possibilitaria melhores resultados funcionais do que o tratamento
conservador(1,9,10,17,18,21).
A utilização do fixador externo para estabilização dessa
fratura pareceu-nos o tratamento apropriado para os pacientes
selecionados. O ato operatório segundo a técnica preconizada
transcorreu sem dificuldades e o manuseio do instrumental
de fixação externa aconteceu sem intercorrências.
O sistema de fixação externa permitiu não somente correções
angulares, mas também correções do comprimento radial
e do alinhamento da superfície articular, promovendo
fixação semi-rígida, suficiente para manter a redução até a
consolidação óssea.
O tempo de permanência do fixador externo foi em média
de seis semanas, coincidindo com o proposto por vários autores(
1,14,15,18).
Os resultados obtidos em nosso trabalho foram bons e excelentes
em 90% dos pacientes, sendo similares aos da literatura(
1,4,18,19).
A fixação externa nas fraturas instáveis distais do rádio
manteve redução adequada no período de consolidação, levando
a resultados funcionais satisfatórios. Esta técnica, simples
de ser realizada, é um método útil de tratamento, além
de fornecer bons resultados.
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radius: le taxis ligamentaire. Acta Orthop Belg 43: 781, 1977.
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articular Colles’ fractures. Clin Orthop 263






















SEMIOLOGIA
NEUROLÓGICA
DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO
DIAGNÓSTICO TOPOGRÁFICO
DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO
DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO:DEFICIÊNCIA DIAGNÓSTICO
DA DEFICIÊNCIA ANAMNESE: Paciente comqueixa de dificuldade para
subir escadas e para levantarda posição sentada.

EXAME NEUROLÓGICO:
Fraqueza muscular proximal nos membros inferiores.(SÍNDROME DEFICITÁRIA MOTORA)
ANAMNESE: Paciente com
queixa de formigamento nos
pés.

EXAME NEUROLÓGICO:
diminuição das sensibilidades táctil, dolorosa e vibratória nos pés, até os tornozelos(SÍNDROME DEFICITÁRIA SENSITIVA)
ANAMNESE: Paciente com queixa de que quando machuca os pés não sente dor,
e que tem dificuldade para andar na ponta dos pés e nos calcanhares.

EXAME NEUROLÓGICO: diminuição da sensibilidade dolorosa nos pés e atrofia
e fraqueza distal nos membros inferiores.( SÍNDROME DEFICITÁRIASENSITIVO-MOTORA)

ANAMNESE: Paciente com queixa
de sudorese excessiva nos pés,
urgência miccional e dificuldade
para manter ereção durante ato
sexual.
EXAME NEUROLÓGICO: sudorese
excessiva nos membros inferiores. ANAMNESE: Paciente com queixa
de sudorese excessiva nos pés,
urgência miccional e dificuldade
para manter ereção durante ato
sexual.
EXAME NEUROLÓGICO: sudorese
excessiva nos membros inferiores. (SÍNDROME DEFICITÁRIA
AUTONÔMICA)

DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO

EXAME NEUROLÓGICO: em geral confirma ou amplia esse
diagnóstico
EXAMES COMPLEMENTARES: confirmam ou ampliam esse
Diagnóstico.

DIAGNÓSTICO TOPOGRÁFICO

DIAGNÓSTICO DO LOCAL DA LESÃO

ANAMNESE: Paciente com queixa de que acordou pela manhã com a boca torta
para a direita e não conseguia movimentar o braço e a perna esquerdos.

EXAME NEUROLÓGICO: hemiparesia completa desproporcionada à esquerda,
com hipertonia e hiperreflexia.(LESÃO NO HEMISFÉRIO CEREBRAL DIREITO)
ANAMNESE: Paciente com queixa de fraqueza e sensação de formigamento na perna direita.

EXAME NEUROLÓGICO: fraqueza muscular e diminuição das sensibilidades táctil e dolorosa.

SÍNDROME DEFICITÁRIA SENSITIVO-MOTORA
DIAGNÓSTICO TOPOGRÁFICO ?
















DISTRIBUIÇÃO DA ALTERAÇÃO SENSITIVA



TIPOS DE SENSIBILIDADE
_ SUPERFICIAL
– TACTIL
– DOLOROSA
– TÉRMICA
_ PROFUNDA
– POSIÇÃO SEGMENTAR
– VIBRATÓRIA
– TACTIL DISCRIMINATÓRIA

TIPOS DE SENSIBILIDADE Nervos:fibras finas
Medulas:tratos anterolaterais
superficial projeções:tálamo corticais
– TACTIL
– DOLOROSA
– TÉRMICA
_


PROFUNDA nervos: fibras grossas
– POSIÇÃO
SEGMENTAR medula: tratos posteriores
– VIBRATÓRIA
– TACTIL
DISCRIMINATÓRIA projeções: tálamo corticais










SENSIBILIDADES
EXTEROCEPTIVA






CRUZAMENTO

BULBO X MEDULA

PROPRIOCEPTIVA







EXAME NEUROLÓGICO
_ TATO - algodão
_ DOR – alfinete
_ VIBRAÇÃO – diapasão
_ POSIÇÃO SEGMENTAR - movimento
MOTRICIDADE
_ TROFISMO
_ TÔNUS
_ FORÇA MUSCULAR
_ REFLEXOS
_ MOVIMENTOS ANORMAIS
_ COORDENAÇÃO MOTORA
FORÇA MUSCULAR
FORÇA MUSCULAR
(Escala do Medical Research Council)
_ NORMAL ---------------------------5
_ MOV. ATIVO CONTRA RESISTÊNCIA ----4
_ MOV. ATIVO CONTRA GRAVIDADE ------3
_ MOV. ATIVO ELIMINADA GRAVIDADE----2
_ CONTRAÇÃO MUSCULAR SEM MOV. ------1
_ AUSÊNCIA DE CONTRAÇÃO -------------0

NIVEL DE INTEGRAÇÃO DOS REFLEXOS
PROFUNDOS
_ BICIPITAL ------------------------- C5 - C6
_ TRICIPITAL ------------------------ C6 - C8
_ ESTILORRADIAL -------------------- C5 - C6
-------------------- C7 - C8
_ FLEXOR DOS DEDOS ----------------- C7 - C8 - T1
_ PEITORAL -------------------------- C6/C7/C8 - T1
_ COSTO ABDOMINAL ----------------- T6 - T9
_ MÉDIO-PÚBICO --------------------- T6 - T12
_ ADUTOR DA COXA ------------------- L2 - L4
_ PATELAR --------------------------- L4 - L5
_ AQUILEU --------------------------- S1 - S2
_ FLEXOR DOS DEDOS DO PÉ ------------ S1 - S2



Unidade Motora
Atrofia Facicul.Tônus Fraqueza Refl.Prof.
Raiz, plexo nervo Junção neuromusc. Músculo Atrofia +/++
+/++
-
±/+
Tônus
hipotonia
hipotonia
normal
hipotonia
Fraqueza
Focal
Focal/
segment.
Difusa
Difusa/
proximal
Refl.Prof.
__/-
__/-
normal
_
Fascicul.
+/++
+/++
-
±/+

MOTRICIDADE
NERVO RAIZ
MEDIANO: flexores profundos
dos dedos;
ULNAR: flexor curto do 5o. dedo;
Abdutor 5o. dedo;
RADIAL: extensores dos dedos;
extensores do punho
NERVO ÓPTICO
_ ACUIDADE VISUAL
_ CAMPO VISUAL
_ FUNDO DE OLHO
_ REFLEXO FOTOMOTOR
– DIRETO
– CONSENSUAL
_ REFLEXO DE ACOMODAÇÃO

NERVO OCULOMOTOR
_ ABERTURA PALPEBRAL
_ MOTILIDADE OCULAR
– RETOS SUPERIOR, MÉDIO E INFERIOR
– OBLÍQUO INFERIOR (OLHAR PARA CIMA E
PARA DENTRO)
_ REFLEXO FOTOMOTOR
– DIRETO
– CONSENSUAL
_ REFLEXO DE ACOMODAÇÃO
NERVO TROCLEAR
_ MOTILIDADE OCULAR
– OBLÍQUO SUPERIOR (OLHAR PARA BAIXO E
PARA DENTRO)
NERVO ABDUCENTE
_ MOTILIDADE OCULAR
– RETO LATERAL (ABDUÇÃO
NERVO TRIGÊMEO
_ SENSIBILIDADE SUPERFICIAL DA FACE
(PELE E MUCOSAS)
_ MOTRICIDADE (masseter, temporal,
pterigóide interno e externo) MASTIGAÇÃO
_ REFLEXOS SUPERFICIAIS
– CÓRNEO-PALPEBRAL
– ESTERNUTATÓRIO (ou nasal)
_ REFLEXO PROFUNDO
– MANDIBULAR (ou masseteriano ou da
mandíbula)




NERVO FACIAL


NERVO FACIAL
_ MÍMICA DA FACE (incluindo platisma)
_ SENSIBILIDADE GUSTATIVA 2/3
ANTERIORES DA LÍNGUA
_ REFLEXOS PROFUNDOS
– ORBICULARIS OCULI (ou supraorbital,
glabelar, nasopalpebral)
– ORBICULARIS ORIS (ou perioral, oral, bucal,
nasomental)
_ REFLEXOS SUPERFICIAIS
– CÓRNEO-PALPEBRAL
– PALMO-MENTUAL
_ SINAL DE BELL
_ SINAL DE CHVOSTEK
NERVO AUDITIVO
NERVO COCLEAR
NERVO VESTIBULAR


NERVO AUDITIVO
_ AUDIÇÃO
– PROVA DE WEBER (sobre a cabeça)
– PROVA DE RINNE (aérea x óssea)
– PROVA DE SCHWABACH (óssea paciente x
examinador)
_ VESTIBULAR
– NISTAGMO (fase lenta para o lado do fluxo da
endolinfa/ paralelo ao plano do canal)
Estímulo máx. componente rápido para mesmo lado
Estímulo mín. componente rápido para lado oposto
– DESVIO POSTURAL (desvio para o lado da fase
lenta do nistagmo)
GLOSSOFARÍNGEO e VAGO
_ DESVIOS DO PÁLATO E ÚVULA
_ GUSTAÇÃO 1/3 POST DA LÍNGUA
_ SENSIBILIDADE DA FARINGE
_ REFLEXO DO VÔMITO

ACESSÓRIO
_ CORDAS VOCAIS
_ ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO
_ TRAPÉZIO
HIPOGLOSSO
_ MOVIMENTAÇÃO DA LÍNGUA

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
_ FUNÇÕES VEGETATIVAS
– PARASSIMPÁTICO (CRANIO-SACRAL)
– SIMPÁTICO (TÓRACO-LOMBAR)
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
CONEXÕES CENTRAIS
– HIPOTÁLAMO
– SISTEMA LÍMBICO (giro cíngulo, ístmo, giro hipocampal e
uncus), giro subcaloso e retroesplenial, área piriforme,
hipocampo, estruturas subcorticais (amígdala e núcleos
septais)
– ínsula, lobo temp medial, giro orbital medial e post.
– TRONCO CEREBRAL
– Núcleos dos nervos cranianos
– Formação reticular (centros vasomotores, centro freq card,
centro respiratório reflexo)
– Centros inibitórios e facilitadores no mesencéfalo e no bulbo
– outros
PARASSIMPÁTICO (cranial)
_ OCULOMOTOR
– n. Edinger-Westphal _ pupila
_ FACIAL
– n. salivatório sup _ gland. submaxilar,
sublingual e mucosa boca e língua; gland.
Lacrimal, mucosa orbital, nariz, faringe post,
pálato mole e superior da boca.
_ GLOSSOFARÍNGEO
– n salivatório inf _ parótida, porções post e inf
da faringe e boca
_ GLOSSOFARÍNGEO-VAGO-ACESSÓRIO
– n. eferente dorsal _ coração, bronquíolos e
trato gastrointestinal (até cólon descendente)
PARASSIMPÁTICO (sacral)
Substância cinzenta intermédio-lateral
da medula espinhal sacral (S2 - S5)
v
Nervos pélvicos e Plexo pélvico
v
Bexiga, cólon descendente, reto, ânus e
genitália
SIMPÁTICO (tóraco-lombar)
Substância cinzenta intermédio-lateral
da medula espinhal toraco-lombar
(C8 ou T1 – L2 ou L3)
v
Raízes ventrais
cadeia gangliônica paravertebral
Plexo prevertebral e gânglio colateral
v
Vísceras

SIMPÁTICO (tóraco-lombar)
_ Porção cervical
– Superior _ segmento cefálico, seio
carotídeo e carótida e coração
– Média (C5 e C6) _ coração e tireóide
– Inferior (C7 e C8) _ coração e vasos
_ Porção torácica
– Coração e pulmão
– Vasos sangüíneos, glând. sudoríparas,
outras estruturas glandulares e músc liso.
– Vísceras abdominais e pélvicas
INERVAÇÃO
PARASSIMPÁTICO
Estruturas especiais
– PUPILAS
– GLÂNDULAS SALIVARES
– CORAÇÃO
– PULMÕES
– TRATO
GASTROINTESTINAL
– BEXIGA
– GENITAIS
SIMPÁTICO
Todas as partes
do corpo
FUNÇÃO
PARASSIMPÁTICO
– MANUTENÇÃO DA
VIDA
– CONSERVAÇÃO DE
ENERGIA
– CONTROLA
ANABOLISMO,
EXCREÇÃO E
REPRODUÇÃO
– CONSERVA E
RESTAURA ENERGIA E
RESERVAS
SIMPÁTICO
– PREPARO DO
ORGANISMO PARA
AÇÃO
– GASTO DE ENERGIA
– CONTROLA
CATABOLISMO
– PREPARA O
ORGANISMO PARA O
COMBATE
– AJUSTES RÁPIDOS AO
AMBIENTE


FUNÇÃO
ÓRGÃO
CORAÇÃO
PULMÕES
GI
BEXIGA
GENITAIS
DIAGNÓSTICO TOPOGRÁFICO
ANAMNESE: pode auxiliar em algumas situações a definir o
diagnóstico topográfico
EXAME NEUROLÓGICO: muito importante
para definir a topografia da lesão
EXAMES COMPLEMENTARES: em geral
auxiliam a definir o diagnóstico topográfico
DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO
DIAGNÓSTICO DA CAUSA DA DOENÇA













JORGE

DISTÚRBIOS SENSORIAIS
O doente pode apresentar :
A) Perda de sensações – Hipostesia ou
anestesia (ex: adormecimento)
Hipoalgesia ou analgesia (Sensação
dolorosa)
B) Sensações anormais – Parestesias
Disestesias e Hiperpatias

DISTÚRBIOS SENSORIAIS
Parestesias – Sensações espontâneas
anormais (ex: formigueiro, queimadura,
picadas)
Disestesias – Sensações dolorosas ou
desagradáveis provocadas por um estímulo
que normalmente não o faz
Hiperpatia – Não existe resposta sensitiva
com um estímulo de pequena intensidade
mas quando este aumenta a sensação é dolorosa




DISTÚRBIOS SENSORIAIS
• Quando está envolvida a metade do
corpo (hemicorpo) a lesão é ao nível do
Sistema Nervoso Central
• O envolvimento distal de todas as
extremidades é sugestivo de
polineuropatia, resultante da lesão da
medula espinal ou de uma alteração
metabólica
• Queixas sensoriais de curta duração
indicam: epilepsia; isquémia cerebral ou
alterações metabólicas



NEUROPATIA PERIFÉRICA – Perda das funções sensoriais
e motoras de vários nervos periféricos
POLINEUROPATIA PERIFÉRICA: quando há um envolvimento
alietório de vários nervos. Ex: Síndrome de Guillain-Barret e Diabetes
NEUROPATIA: Quando há envolvimento de um só nervo.
ex: Síndrome do túnel do carpo

NEVRALGIA DO TRIGÉMIO
Nevralgia: Dor acentuada e periódica de uma extremidade nervosa
O trigémio é o V par craniano tem função motora, propioceptiva e
sensorial e tem três ramificações:
Nervo oftálmico; Nervo maxilar ; Nervo mandibular
A nevralgia do trigémio pode envolver um ou mais ramos do nervo







Caracteriza-se por:
Dor súbita com sensação de queimadura num dos lados da face.
O ataque pode ser desencadeado pela mastigação ou toque na face.
De etiologia desconhecida é mais comum nas mulheres.
As dores podem resistir aos analgésicos, sendo necessário usar opiácios.
E por vezes seccionar parcialmente o nervo

CEFALEIAS
I- Cefaleia neurovascular (Enchaqueca):
Crise dolorosa normalmente hemicraneana e pulsátil. Acompanhada de
intolerância aos estímulos luminosos e acústicos, náuseas e vómitos.
Pode durar de horas, a um ou dois dias.
Afecta sobretudo as mulheres. As formas mais complicadas são
acompanhadas de sintomas neurológicos transitórios.
CEFALEIAS
Causa:
Dilatação dos vasos meníngeos devido a neurotransmissores
que se libertam quando o sistema trigémio - vascular é activado como
consequência da disfunção dos centros tronco - encefálicos que o
modulam
As Cefaleias desencadeadas pelo esforço físico, febre, álcool;
nitritos, etc. resultam também da vasodilatação de artérias intracranenas
ou extracraneanas


CEFALEIAS
II- Contracção muscular (Cefaleia tensional) –
Dor em todo o crânio, leve ou moderada
Ocorre em situações de ansiedade ou depressão
Ou por alterações degenerativas das primeiras
vértebras cervicais que provocam a contracção
muscular
CEFALEIAS
III- Inflamação ou compressão de estruturas sensíveis
à dor
Inflamação meníngea
Inflamação da artéria temporal (importante no idoso)
Hipertensão intracraniana e intraocular (glaucoma)
e dos seios perinasais
PATOLOGIAS MOTORAS
Doenças em que o principal problema reside na fraqueza
muscular e na perda de massa muscular
Podem ocorrer a quatro níveis:
1. Neurónios motores (1º Neurónio)
2. 2º neurónio +Fibras nervosas (motoneurónios)
3. Transmissão neuromuscular
4. Músculos
Tónus muscular – grau de contracção do músculo no repouso
Espasticidade: Aumento do tónus muscular basal (acontece nas zonas
com parelisia)
PATOLOGIAS MOTORAS
Síndrome Piramidal – Disfunção motora mais grave, quando se
interrompem os impulsos motores conduzidos pela via corticoespinal
Com parelesia ou parésia (perda de força muscular) de uma ou
mais extremidades
Monoplegia: Parelesia de uma extremidade
Hemiplegia: Parelesia da extremidade superior e inferior do
mesmo lado do corpo
Paraplegia: Parelesia de ambas as extremidades inferiores
Tetraplegia: Parelesia das quatro extremidades
A área afectada é sempre a da extremidade contralateral à zona do
hemisfério cerebral que sofreu a lesão
PATOLOGIAS MOTORAS
Síndrome Piramidal – Lesão do 1º neurónio motor
Podem observar-se nos músculos afectados, além da parésia
Fasciculações - contracções arrítmicas e expontâneas do músculo
por despolarização das fibras musculares
Espasticidade – Aumento do tónus muscular basal
Sinal de Babinski – reflexo flexor das extremidades inferiores
(característico dos primeiros meses de vida.
Consiste na contracção do dedo grande do pé quando se estimula
a planta do pé

Síndrome Piramidal
Lesão do 1º neurónio motor



Os núcleos da base regulam a iniciação,
a amplitude e velocidade dos movimentos, as
doenças que os afectam causam anormalidades
no movimento.
Causam deficits motores: bradicinésia, acinesia,
perda de reflexos posturais ou
Activação anormal do sistema motor: rigidez,
tremor e movimentos involuntários

Doença de Parkinson
Degenerescência de neurónios do S.
Extrapiramidal e dos núcleos da base
com deplecção de Dopamina.
Perda da inibição dopaminérgica e
hiperactividade colinérgica com
aumento da actividade gabaérgica do
estriado o quecontribui para a escassez
dos movimentos
Doença de Parkinson
Manifestações clínicas:
Caracteriza-se por tremor involuntário
Instabilidade postural e bradicinésia
Alteração do tónus muscular
Perda da expressão facial
Dificuldade no andar, flexão de ambos os
joelhos.
Diminuição da capacidades intelectuais,
Ansiedade e depressão
Evolução lenta, aparece entre os 45 e os 65 anos.
Tratamento com Levodopa.
Algumas intoxicações (ex:CO) podem levar a um quadro
Parkinsónico
DOENÇA DE HUNTINGTON
Doença hereditária autossómica dominante
Perda de neurónios dos Gânglios Basais e do Cortex, com
alterações bioquímicas
Diminuição da síntese de neurotransmissores – Acetilcolina
e GABA (do estriado)
Quadro demencial e Coreia (mov. Rápidos, involuntários e
espasmódicos) do braço, mão e face, seguido de movimentos
contorcidos e lentos dos membros e do corpo (Atetose)
DOENÇAS DESMIELINIZANTES
Esclerose Múltipla ou em Placas
Desmielinização progressiva do Sistema Nervoso Central
Com desintegração da bainha de mielina e degenerescência dos
Oligodendrócitos e proliferação de Astrócitos
As lesões da mielina são chamadas de placas
Doença do adulto jovem (20-40 anos) de etiologia desconhecida,
mas com forte predisposição genética (HLAB27)
Evolução variável e imprevisível.
Podendo desaparecer completamente sem deixar sequelas ou
deteriorar-se lenta e progressivamente
DOENÇAS DESMIELINIZANTES
Esclerose Múltipla ou em Placas
Os doentes apresentam períodos de remissão seguidos de crises agudas
Principais sintomas:
Fraqueza muscular (m.faciais, e membros inferiores)
Perturbações urinárias – incontinência ou < frequência
ao urinar
Perturbações visuais
Euforia, depressão e perda de memória
Tratamento: Sintomático e com fisioterapia para manter a mobilidade
DOENÇAS DESMIELINIZANTES
Síndrome de Guillain-Barré
Desmielinização dos nervos periféricos e dos nervos cranianos
Sintomas: Fraqueza dos membros e parestesias.
Parelesia facial e dificuldade em deglutir
Etiologia desconhecida embora frequentemente precedida de infecção
Viral
Normalmente há total recuperação embora se possam verificar remissões

Podendo desaparecer completamente sem deixar sequelas ou
deteriorar-se lenta e progressivamente
DOENÇAS DESMIELINIZANTES
Esclerose Múltipla ou em Placas
Os doentes apresentam períodos de remissão seguidos de crises agudas
Principais sintomas:
Fraqueza muscular (m.faciais, e membros inferiores)
Perturbações urinárias – incontinência ou < frequência
ao urinar
Perturbações visuais
Euforia, depressão e perda de memória
Tratamento: Sintomático e com fisioterapia para manter a mobilidade
DOENÇAS DESMIELINIZANTES
Síndrome de Guillain-Barré
Desmielinização dos nervos periféricos e dos nervos cranianos
Sintomas: Fraqueza dos membros e parestesias.
Parelesia facial e dificuldade em deglutir
Etiologia desconhecida embora frequentemente precedida de infecção
Viral
Normalmente há total recuperação embora se possam verificar remissões








Alterações da excitabilidade
muscular
Miotonia
Dificuldade do músculo em relaxar – Por aumento da excitabilidade
das fibras musculares ao estímulos
Ex: Distrofia miotónica (doença hereditária –autossómica dominante)
em que há uma mutação do gene da miotonina proteina cinase
Com alteração da fosforilação de proteinas dos canais iónicos do
Sarcolema - fraqueza e atrofia muscular
Alterações nas concentrações extracelulares de Ca++; Mg++ e K+

ALTERAÇÕES DAS PROTEÍNAS QUE
INTERVÊM NA CONTRACÇÃO MUSCULAR
1- Defeitos hereditários específicos das proteínas musculares não
contrácteis (Distrofina- prot. do citoesqueleto, quase só afecta os
homens pq resulta de uma alteração genética do cromossoma X
aparece precocemente -criança com 5 anos, aumento do CK-MM e
lordose marcada devido à fraqueza muscular)
2- Lesão das fibras musculares com perda de todas as proteínas
de causa infecciosa, tóxica (álcool), autoimune (polimiosites,
dermatomiosites)
3- Desequilíbrio entre a síntese e o catabolismo proteico:
Má nutrição, Hipertiroidismo, tumores, excesso de glucocorticoides
ALTERAÇÕES DAS PROTEÍNAS QUE
INTERVÊM NA CONTRACÇÃO MUSCULAR
Manifestações clínicas:
Fraqueza muscular principalmente proximal (cintura escapular
e pélvica), com dificuldade em levantar os braços acima da cabeça e
em andar
Instalação gradual (distrofias) ou brusca (miosites)
Mialgias (dor muscular), está presente nas doenças inflamatórias
Atrofia muscular
Rabdomiólise (necrose muscular maciça) com mioglobinúria
(urina de cor vermelha) e elevação da CK-MM
A mioglobinúria pode ser causa de Insuficiência renal aguda
DEFEITOS NA OBTENÇÃO DA ENERGIA
NECESSÁRIA À CONTRACÇÃO MUSCULAR
Via glicolítica – miopatias glicogenósicas
Defeitos _-oxidação dos ácidos gordos- miopatias lipidicas
Alterações nas mitocôndrias – miopatias mitocondriais
(não se produz a energia necessária)
Manifestações clínicas: Principalmente após o exercício físico
Fraqueza muscular
Mialgias
Caimbras (após o exercício)
Rabdomiólise

Distinção da
Miopatia
Primária e da
Neuropatia
A amplitude das
ondas depende
do nº de fibras
Despolarizadas
junto do eléctrodo
de registo


FISIOPATOLOGIA DO
SISTEMA
NERVOSO CENTRAL
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Protecção do SNC:
Pele e músculos
Tecido ósseo
Meninges
Líq. Cefaloraquidiano
(LCR)







MEMBRANAS MENINGEAS
3 MEMBRANAS:
Pia-máter
Aracnoide
Dura-mater
Entre a Pia e a Aracnóide fica o
espaço subaracnoideu por onde circula
O LCR que serve de amortecedor
A Dura-mater é constituída por duas
camadas. O espaço entre elas é o
espaço epidural
O espaço entre a dura e a aracnoide-
- Espaço sub-dural


Líquido Cefaloraquidiano (LCR)
O LCR forma-se por diálise do sangue dos plexos coroideus
em particular ao nível dos ventrículos cerebrais (1º e 2º), circula
por todo o SNC e é drenado no topo da cabeça para o sangue
venoso, nas vilosidades subaracnoideias
Características do LCR
100 – 150 ml
Veloc. Formação: 500ml/24h
Revovação 4 a 5 vezes/dia
Transparente
Poucos leucócitos(<4μl)
Pobre em proteinas
Glucose (60% da plasmática

IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO SNC
Provém do
Arco aórtico
Pelos ramos
vertebro-basilares
e carótidas
Recebe 15% do
Débito cardíaco
Importância de um débito constante:
Grande actividade
Ausência de reservas de energia
Baixa capacidade anaeróbica
O débito arterial cerebral é mantido:
Baroreceptores carotídeos; Neurónios vasomotores da medula; Autoregulação local
Pressão intracraneana (O aumento da PIC compromete a irrigação cerebral)
Isquémia para PA _ 60 mmHg
BARREIRA
HEMATOENCEFÁLICA
Existe em todo o SNC com excepção do Hipotálamo
Capilares com permeabilidade selectiva: muito permeáveis ao O2
CO2 ;pouco permeáveis ao NaCl e ao K+ e quase impermeáveis às
Macromoléculas e impermeável às substs. Hidrossolúveis
Membrana dos
Capilares:
Rica em
mitocôndrias
Astrócitos:
Importante função
de nutrição dos
neurônios
PATOLOGIAS DO SNC
I- Edema Cerebral
II- Alterações do estado de consciência
III- Infecções do SNC - Meningites
IV- Doenças Degenerativas
V- Epilepsia
Edema Cerebral
A secreção activa de LCR pelos plexos coroideus depende da
secreção activa de NaCl pelas células epiteliais e que arrasta
consigo água
As velocidades de secreção e de absorção do LCR bem como
do volume de sangue que entra e sai do cérebro devem ser
iguais para não alterar a PIC, pois a caixa craniana é estanque
A acumulação de LCR e/ou o aumento do espaço intersticial ou
das células cerebrais - Edema cerebral
Edema Cerebral
Formas de Edema Cerebral:
1-Celular ou citotóxico
2-Vasogénico
3-Intersticial
Compromete a actividade do SNC provocando:
Cefaleias
Crises Epilépticas
Coma
Hipoperfusão/isquémia
Papiledema (olho),
Náuseas,
Vómitos
Edema citotóxico
Deve-se a uma diminuição
do aporte de energia às células
Cerebrais
Ou a uma alteração da pressão
osmótica do sangue
Ex: hiperhidratação hipotónica
Também nas situações de
Hipernatrémia ou hiperglicémia
corrigidas muito rápidamente
Edema vascular
Aumento da
Permeabilidade dos
vasos
Ex: inflamação
Infarto, hemorragia
Tumores
Edema intersticial
Diminuição bruca da
Posm do sangue em
relação à Pressão osmótica
do espaço intersticial
Ex: Utilização de insulina
para correção da
glicemia
Alterações do Estado de Consciência
São de natureza
muito diversa as
causas de alteração
da consciência:
Edema
Hipóxia
Alt. Hidroelectrolíticas
Acidose
Urémia
Inflamação
Álcool
Agentes tóxicos
Alterações do Estado de Consciência
1- Sonolência ou obnobilação
Indiferença ao que se passa, mas resposta a
estímulos verbais
2- Estupor
Resposta apenas aos estímulos dolorosos
3- Coma
Ausência de resposta aos estímulos, apenas a
actividade reflexa
4- Coma profundo Perda de algumas funções vitais
Infecções do SNC - Meningites
Infecções das Meninges (Pia-máter e Subaracnoideia) e do LCR
Podem ser agudas( bacterianas e virais), subagudas (tuberculose)
e crónicas (Sífilis)
Afecção muito grave (50-60% mortes sem tratamento e 5-6% qd
tratadas)
Agentes infecciosos mais comuns:
Na criança – Haemophilus influenzae (30%)
(1-6 anos) Pneumococos (3o%)
Meningococos (20%)
Adulto – Meningococos (60%)
Meningites
Síndroma Meníngea :
Cefaleia
Alteração da consciência
Convulsões
Fotofobia
Rigidez da nuca
Febre
Sinal de Kerning (tentativa de extensão
do membro-encolhe o outro membro)
Sinal de Brudzinski – Qd a flexão do pescoço
leva à contr. dos membros inferiores
Diagnóstico do agente: Análise do LCR:
Aumento dos leucócitos
Aumento das proteinas
Diminuição da glucose
gLCR/Glicémia <0.4
Doenças Degenerativas
Síndrome de Alzheimer
Doença evolutiva com início aos 65-70 anos
Quadro demencial com perda progressiva das
capacidades intelectuais. Importante predisposição
genética, mas associada a vários genes
(cromossomas 19,21,14 e 1).
Etiologia mal definida: Alteração da síntese de
Acetilcolina, neurotransmissores da áreas
afectadas: cortex; amígdala e núcleo basal de
Meynert no hipocampo
DOENÇA DE ALZHEIMER
Fisiopatologia proposta:
Formação de depósitos proteicos fibrilhares – Placas neuríticas
ou senis
Uma proteina percursora do amiloide (APP)– constituinte normal
Das membranas, sofre clivagem anormal formando a proteina
_ amilóide que é tóxica para o SNC e provoca uma reacção
inflamatória, os fragmentos desta proteina juntamente com
dendritos e axónios danificados formam as placas neuríticas que
precedem a necrose dos neurónios
Estas placas induzem a disfunção sináptica e a activação de
células da glia (astrócitos e microglia)
Placas neuríticas
Afecta as mitocôndrias e,
consequentemente, promove a
produção de radicais livres;
Os radicais livres provocam
estragos ao nível das membranas
celulares, proteínas, DNA, etc.;
- Placa neurítica – depósito
proteína _-amilóide
- Degenerescência
Neurofibrilhar
CONSEQUÊNCIAS FISIOPATOLÓGICAS
Perda sináptica
- Morte neuronal com atrofia cerebral Zonas afectadas:
Hipocampo, amígdala e
núcleo basal de Meynert –
perturbações memória
Córtex associativo (temporal,
parietal e frontal) e diversos
núcleos subcorticais – afasoapraxo-
agnósica
Regiões corticais primárias,
motoras e sensoriais
Emaranhados neurofibrilhares
São fibras anormais que se
formam no interior das
células nervosas –
Hipocampo e amigdala
São constituídas pela Proteína tau, que faz
parte dos microtúbulos, tendo como função
a sua estabilização.
Na forma fosforilada as proteínas Tau
agregam-se, tornando-se insolúveis
Ocorre desorganização do citoesqueleto
celular, o que causa a desintegração dos
microtúbulos, afectando, assim, o sistema
de transporte dos constituintes dos
neurónios no citoplasma destes. E a
degenerescência dos neurónios afectados
Doença de Alzheimer
Galanina
Galanina: neurotransmissor peptídico que se
encontra em excesso na DA.
Este inibe a acção da acetilcolina – neurotransmissor
não-peptídico que contribui para as funções
cognitivas (aprendizagem, memória…).
DOENÇA DE ALZHEIMER
Manifestações clínicas:
Iniciais- Perda de memória (curta duração)
Agitação, lentidão no raciocínio
Dificuldade em perceber palavras e alteração
na conversação
Depressão alternada com agitação
Tardias- Alteração dos reflexos
Fraqueza geral
Incontinência urinária e fecal
Crises epilépticas
Estado vegetativo precede a morte
EPILEPSIA
Conjunto de sintomas relacionados com a hiperactividade súbita
e temporária das células do Cortex. Estes episódios são
limitados no tempo mas recorrentes.
Activação motora, sensorial, autonómica e cognitiva complexa
CAUSAS: Idiopática (mais frequente)
Congénita ou do parto
Devido a tumores, infarto ou inflamação
Alterações metabólicas – Hipóxia, hipoglicémia,
acidose ou alcalose
Resposta a fármacos e a agentes tóxicos (ex:álcool)
EPILEPSIA
CLASSIFICAÇÃO:
Crises Parciais- Localizadas num dos hemisférios cerebrais.
Simples e Complexas
Crises Generalizadas- Disfunção dos dois hemisférios
cerebrais
CRISES EPILÉPTICAS SIMPLES
Sintomas: Actividade motora da cabeça, face e membros
Parestesias, Sensações somatosensoriais: luzes, zumbidos
cheiro e olfacto
Depressão, medo, distorções visuais e auditivas
EPILEPSIA
CRISES EPILÉPTICAS COMPLEXAS
Perda de consciência (com esquecimento do sucedido)
Movimentos automáticos ex: mastigação
CRISES EPILÉPTICAS GENERALIZADAS
AUSÊNCIAS (PEQUENO MAL) – Imobilidade com olhar fixo e
Pestanejar repetido
Quase exclusiva das crianças
ATAQUES TONOCLÓNICOS (GRANDE MAL
CRISES EPILÉPTICAS
GENERALIZADAS
ATAQUES TONOCLÓNICOS (GRANDE MAL) –
Com perda de consciência
1ª Fase – Tónica (rígidez muscular) – contracção dos músculos
da faringe e respiratórios (cianose); olhos abertos e revirados,
mordedura da língua, aumento da salivação
2ª Fase – Clónica – Fasciculação muscular, incontinência.
Recuperação com período de confusão e
amnésia do sucedido