APNÉIA DA PREMATURIDADE

É a parada respiratória por mais de 20 segundos, acompanhada ou não de alteração de cor (palidez e/ou cianose), bradicardia (<100 bpm) e insaturação (<80% por um período superior a 4 segundos).
Sua incidência é de que em metade dos prematuros menores de 32 semanas terão pelo menos 1 episódio de apnéia e 80% dos prematuros com idade gestacional entre 26 e 32 semanas terão 3 ou mais episódios de apnéia. Quando relacionada apenas com a prematuridade o problema tende a desaparecer por volta da 35ª a 36ª semanas de idade gestacional corrigida.
A apnéia pode ser primária (idiopática, típica do prematuro, relacionada à imaturidade) ou secundária (por causas diversas).
A fisiopatologia é decorrente principalmente da imaturidade do centro respiratório (SNC), que estimula os músculos responsáveis pelos movimentos respiratórios. A apnéia da prematuridade pode refletir a resposta final comum de organização e interconexão incompleta dos neurônios diante dos múltiplos estímulos aferentes. Outros mecanismos também foram levantados, tais como:
· Imaturidade do Desenvolvimento – podendo estar relacionado com a imaturidade da função do tronco cerebral e com a irregularidade da FR durante o período de sono.
· Resposta dos Quimiorreceptores – o RN pode, em situação de hipóxia, não responder ao aumento da concentração de CO2, sugerindo que a prematuridade predisporia ao controle anormal da respiração pelos quimiorreceptores. Diferente do neonato a termo, que apresenta hiperventilação em situações de diminuição de oxigênio tecidual.
· Atividade Reflexa – o RN prematuro tem facilmente contração da faringe posterior causada por estímulos mecânicos, como por exemplo, a passagem da sonda gástrica. Essa contração causaria obstrução do fluxo de ar para os pulmões, levando à hipoxemia e consequentemente à apnéia.
· Músculos Respiratórios – podem apresentar atividade irregular devido à imaturidade, consequentemente levar à incoordenação da FR.
Classificam-se os episódios de apnéia também pela presença ou ausência de obstrução de fluxo de ar durante os episódios de pausa respiratória da seguinte forma:
· Apnéia Central – o esforço respiratório cessa completamente, sem associação com causas obstrutivas de fluxo aéreo.
· Apnéia Obstrutiva – presença de esforço inspiratório, porém, devido ao mecanismo de obstrução como a flexão de pescoço, a queda de língua e a obstrução de coanas por sonda, não ocorre entrada de ar.
· Apnéia Mista – pausa no centro respiratório, precedida ou seguida de obstrução de fluxo de ar.
Causas da apnéia secundária do RN
a) Geral – hipoxemia, anemia, hipotermia, hipovolemia, choque, pós-operatório.
b) Infecciosas – sepse, meningite, enterocolite necrosante, outras infecções, infecções congênitas (TORCHS), vírus sincicial respiratório.
c) Respiratórias – hipóxia, DMH grave, pneumonia, pneumotórax, atelectasia, displasia broncopulmonar.
d) Neurológicas – imaturidade da prematuridade, asfixia perinatal, convulsão, meningite, anomalias do SNC, hemorragia intracraniana, doenças neuromusculares, herniação, má formação, depressão por drogas.
e) Metabólica – acidose metabólica, hipoglicemia, hipocalemia, hiponatremia e hipernatremia, erros inatos do metabolismo, hiperamoniemia.
f) Obstrutivas Respiratórias – RGE, reflexo à aspiração da faringe, reflexo por líquido na faringe, instabilidade (colapso) da faringe, posicional (flexão do pescoço), secreção nas vias respiratórias, queda da língua, traqueomalácia, obstrução nasal (no paciente com CPAP a obstrução nasal significa uma queda brusca da FiO2 para 21%).
g) Cardiológicas – persistência do canal arterial, outras cardiopatias congênitas, arritmias por reflexo vagal.
Identificação e Avaliação de um RN com Apnéia
a) Quando suspeitar – prematuro com menos de 1800g ou de 34 semanas de gestação que, entre o 2º e 7º dia de vida, apresentar episódio de queda de saturação ou bradicardia acompanhados ou precedidos de apnéia. Quando não ocorrerem até o 7º dia de vida a apnéia primária raramente ocorre depois. As crises tendem a desaparecer até a 36ª semana de IG corrigida. Como o 1º episódio pode resultar em parada cardíaca, aconselha-se que todo prematuro com <1800g ou de 34 semanas de IG corrigida seja monitorizado por pelo menos 10 a 14 dias.
b) Como confirmar – o diagnóstico é feito pela observação clínica e pela monitorização da FC, FR e da saturação. Geralmente não há alteração de cor ou queda significativa da FC, alguns prematuros apresentam queda da frequência sem apnéia, geralmente estímulo vagal, com recuperação espontânea.
c) Conduta na Crise – iniciar com estímulos táteis enquanto se posiciona a criança e se observa se existe esforço respiratório (apnéia obstrutiva). A estimulação tátil e um aumento transitório da FiO2 pode ser suficiente nos casos leves e intermitentes, enquanto se providencia a correção de eventuais fatores agravantes ou precipitantes. Se nenhum desses estímulos tiver resposta, iniciar a ventilação com máscara e ambú (FiO2 de 40% ou = a anterior). Se mesmo assim não melhorar, deve-se intubar e colocar em ventilação assistida.
d) Exames – superada a crise, pedir hemograma, plaquetas, proteína C, hemocultura, glicemia, íons, cálcio e magnésio, gasometria e raio-x de tórax e dependendo do caso pode ser indicado ultra-som transfontanela ou de TC crânio.
Tratamento
As medidas gerais para tratamento são: aquecer e melhorar o controle de temperatura; posicionar em decúbito ventral com o pescoço em posição de leve extensão, aspirações cuidadosas da faringe; corrigir anemia, mantendo hemoglobina acima de 12g/dl; nos prematuros <750g de peso de nascimento, não forças a retirada de todo p oxigênio enquanto houver episódios de apnéia: manter fluxo mínimo na incubadora suficiente para saturimetria em torno de 92-94% (e menor que 95%).
A prioridade absoluta é tratar qualquer causa ou fator agravante identificado. Corrigir os fatores precipitantes mais comuns: desidratação, hipoglicemia, hipóxia, acidose, distúrbios de sódio, cálcio ou magnésio, infecção, anemia e convulsões.
As drogas estimulantes (aminofilina, cafeína) estão indicadas nos casos sem causa detectável, em prematuros abaixo de 35-36 semanas de idade gestacional, e não está indicado o uso profilático dessas drogas.
Assistência Ventilatória
· CPAP nasal – pressão de 3 a 6cmH2O e uma FiO2 inicial de 30 a 40%, ajustada depois pela saturimetria. O CPAP reduz a frequência de apnéia nos casos associados à dificuldade respiratória, na apnéia obstrutiva ou mista.
· Ventilação Mecânica – indicada na apnéia persistente quando mesmo com uso de CPAP, drogas estimulantes ou com apnéias que se apresentam em um período curto de tempo. PIP=10 a 15; PEEP=3 a 4; Tins=0,35 a 4,00; FR=0 a 30 e fluxo= 6l/min.

fisioterapia respiratória continuação

2.7. Tosse
O reflexo de tosse é o principal mecanismo fisiológico de eliminação de secreções pulmonares, pois a maioria das terapias de higiene brônquica somente ajudam a mover as secreções para as vias aéreas centrais.
Trata-se, pois de um fenômeno protetor e depurador das vias aéreas, sendo um sintoma muito freqüente da árvore brônquica ou de estruturas situadas mais à distância. É resultante de um reflexo a uma agressão direta ou indireta, localizada ou difusa. É, portanto um dos principais mecanismos de defesa do sistema respiratório.
O mecanismo da tosse consiste em uma inspiração profunda sendo chama de fase preparatória com duração de um a dois segundos; a segunda fase associa o fechamento da glote, tensionamento das cordas vocais, contração dos músculos abdominais, intercostais e glóticos. O diafragma eleva-se o que causa um aumento importante da pressão intratorácica e abdominal, durando esta fase em torno de 0,25 segundos; na terceira fase ocorre a abertura da glote e a expulsão do ar em alta velocidade.
Essa expiração explosiva é acompanhada de uma queda da pressão intratorácica e determina a intensidade e a tonalidade da tosse.
A tosse pode ser realizada de várias formas, pode ser um ato de imitação voluntária, em crianças pequenas, pois a tosse ativa e voluntária é incomum realizar-se antes de dois anos e meio de idade. Pode ocorrer de maneira assistida, com pressão manual torácica e compressão abdominal, ou ainda ser associada com huffing, onde o paciente deverá fazer uma expiração profunda e única com a boca aberta. Preferencialmente o terapeuta comprime manualmente o abdome do paciente. Pode a tosse ser, ainda induzida, indicada para pacientes não cooperantes, com rebaixamento do nível de consciência, idosos, astênicos, crianças, portadores de vias aéreas artificiais ou com diminuição de força muscular. Há ainda outras maneiras de realização:

* Estimulação da traquéia através da compressão da fúrcula esternal;
* Induzida por ambu na inspiração e compressão manual expiratória (bag squeezing);
* Suspiros ou aumento do fluxo inspiratório no ventilador mecânico;
* Instilação de solução fisiológica nas vias aéreas artificiais;
* Induzida por vibração ou percussão manual.

A investigação clínica da tosse inclui várias características: freqüência, intensidade, tonalidade, presença ou não de expectoração, relações com decúbito, período do dia em que é maior sua intensidade. A tosse pode ser produtiva ou úmida, ou seja, acompanhada de secreção, não devendo, nesses casos, ser combatida; ou seca, quando é inútil, causando apenas irritação das vias respiratórias.

2.8. Aspiração
A aspiração é um procedimento utilizado para remoção de secreções de pacientes que estejam necessitando de via aérea artificial ou pacientes hipersecretivos que se encontrem com alteração no mecanismo de tosse e, portanto com ineficiência na eliminação de secreções traqueobrônquicas.
A técnica é bastante conhecida, mas mal empregada por grande parte dos serviços assistenciais de saúde. Existem falhas na manipulação e na escolha dos materiais utilizados e muitas vezes é um procedimento realizado por profissionais não habilitados, oferecendo inúmeros riscos ao paciente.
Esta técnica pode ser realizada por um sistema aberto ou fechado de aspiração:

* Sistema de Aspiração Aberta: Consiste num procedimento estéril em que uma sonda de calibre adequado, de acordo com a via aérea do paciente, é conectada a uma fonte de vácuo, devendo ser introduzida na via aérea, de maneira delicada, para evitar possíveis traumas traqueais e de vias aéreas superiores. O tempo de aspiração deve ser o mais curto possível, evitando longos períodos de desconexão com o ventilador se o paciente o estiver utilizando. Algumas complicações como a hipoxemia, a taquicardia e a hipertensão arterial podem se fazer presentes durante o procedimento, principalmente tratando-se de crianças, por isso alguns autores recomendam fazer uma pré - oxigenação antes da realização da aspiração. Deve-se, contudo cuidado para não levar a criança a quadros de hiperóxia, devido ao risco iminente da retinopatia da prematuridade, e uma adequada monitoração dos sinais vitais durante o procedimento.

* E a instilação de solução fisiológica é possível através do dispositivo lateral, o qual também permite a limpeza do sistema ao término da aspiração.Ò•Sistema de Aspiração Fechada: Este sistema poderá somente ser utilizado por pacientes que estejam necessitando de via aérea artificial, seja ela cânula de acesso nasotraqueal, orotraqueal ou na traqueostomia. Consiste num dispositivo cuja sonda de aspiração é completamente protegida por um saco plástico que permanece adaptado ao ventilador. O objetivo desse sistema é aspirar à secreção traqueal do paciente crítico, pois permite a limpeza do muco brônquico sem desconectar o enfermo do respirador; dessa forma não há despressurização da via aérea. A técnica dispensa o uso de ambu.

Acredita-se que a não desconexão do paciente do ventilador preserve o recrutamento alveolar, proporcionado pela pressão positiva e também favoreça o controle de infecção, apesar destes fatores serem muito questionados.
A grande vantagem descrita nos estudos envolve o menor risco de hipoxemia durante o procedimento, a manutenção da pressão expiratória positiva final, o custo geral e a diminuição da ansiedade do paciente.
As desvantagens relatadas freqüentemente são condensações de água no sistema, dificuldade de uso e diminuição na efetividade da aspiração.

2.9. Aceleração do fluxo expiratório
A Aceleração de Fluxo Expiratório (AFE) é uma técnica de fisioterapia respiratória, bastante utilizada no tratamento de crianças internadas nos hospitais, quanto nos atendimentos ambulatoriais e a domicílio. Trata-se de uma manobra de desobstrução brônquica baseada na expulsão fisiológica das secreções pulmonares. A higiene brônquica normal constitui uma explosão expiratória reflexa (tosse).
A AFE é considerada como sendo uma energia aplicada, pelas mãos do fisioterapeuta sobre o tórax da criança, que assume a função da tosse quando a mesma encontra-se ineficaz, seja por imaturidade do bebê, particularidades anatomo-fisiológicas, fadiga muscular, ou ainda em determinadas situações particulares, como o caso de intubação orotraqueal ou traqueostomia.
De forma geral, a AFE é definida como um movimento tóraco-abdominal sincrônico, provocado pelas mãos do fisioterapeuta na expiração. A manobra tem seu início após o platô inspiratório, não sobrepujando os limites expiratórios da criança. Seu objetivo principal é expulsar o ar dos pulmões a uma velocidade semelhante a da tosse, sendo capaz de favorecer a progressão da expulsão das secreções (em função da mecânica dos fluidos), otimizar as trocas gasosas pelo aumento do volume corrente e promover a mobilização da mecânica torácica.

3. Técnicas de Reexpansão e Desinsuflação Pulmonar
3.1. Introdução aos Padrões Ventilatórios
É a forma como se processa a ventilação pulmonar em um determinado momento, levando-se em consideração o ritmo ventilatório, profundidade ventilatória e trabalho respiratório.
O padrão ventilatório sempre estará alterado na presença de distúrbios obstrutivos ou restritivos e a manutenção do mesmo implica sempre a normalidade da complacência e da resistência das vias aéreas.
Toda atividade cinésica de padrão ventilatório, seja simples ou complexa, deverá ser eleita, focada na fundamentação dos objetivos a serem alcançados, baseando-se em ausculta pulmonar, controle radiológico, inspeção (ritmo, profundidade e trabalho ventilatório) e história do paciente.
Sua utilização serve para não provocar um trabalho excessivo, não necessitando de aparatos especiais, sendo de fácil aprendizagem.
Podem ser classificados em padrões respiratórios reexpansivos e desinsuflativos.

3.2. Padrões Respiratórios Reexpansivos
Os principais objetivos dos padrões Respiratórios Reexpansivos são:

* aumentar a expansibilidade tóraco-pulmonar;
* aumentar a complacência;
* aumentar a ventilação pulmonar;
* aumentar volumes e capacidades pulmonar;
* melhorar as trocas gasosas e oxigenação;
* reverter atelectasias;
* aumentar a força muscular respiratória.


a) Inspiração Profunda ou Deep Inspiration – Nesse tipo de padrão predomina a inspiração profunda não excessiva, sempre ao nível do volume de reserva inspiratório, sem forçar a capacidade inspiratória máxima, lenta e uniforme por via nasal. A expiração é por via oral, uniforme e sem variações bruscas, não excedendo muito o nível do VRE. O objetivo deste padrão é melhorar a profundidade ventilatória e a complacência pulmonar, podendo ser aplicada, portanto, em pacientes portadores de complacência pulmonar diminuída sem incremento da resistência das vias aéreas.

b) Inspiração Máxima Sustentada (SMI): Trata-se de fazer com que o paciente, utilizando-se de inspirômetros de incentivo ou não, realize uma inspiração ativa forçada que deverá ser sustentada por um determinado intervalo de tempo. Atua basicamente em termos de acréscimo sobre o VRI, na pressão transpulmonar e na capacidade pulmonar total.

c) Inspiração em Tempos ou Inspiração Fracionada - Consiste em inspirações nasais, suaves e curtas, interrompidas em curtos períodos de pausas inspiratórias, programadas para 2, 3, 4 ou 6 tempos e finalizadas com expiração oral até o nível do repouso expiratório, podendo, em alguns casos, se estender ao volume de reserva expiratório. É indicado para melhorar a complacência tóraco-pulmonar e no incremento da capacidade inspiratória, sendo, porém contra-indicado em pacientes que apresentam elevada resistência das vias aéreas.

d) Soluços Inspiratórios (Sniff Inspiration) – Baseia-se em uma inspiração subdividida em inspirações curtas e sucessivas efetuadas pelo nariz, acumulativamente, até atingir a capacidade pulmonar total, e então, realiza-se uma expiração oral completa e suave. Ao realizar este padrão respiratório, é possível reexpandir as zonas basais, incrementando a capacidade residual funcional e o volume de reserva inspiratório, promovendo melhora da complacência tóraco-pulmonar.

e) Expiração Abreviada - Consiste em inspirações nasais profundas e suaves intercaladas por expirações orais abreviadas. Com esse padrão consegue-se incrementar o volume de reserva expiratório, a capacidade residual funcional (CRF) e a capacidade pulmonar total (CPT).

f) Inspiração desde a Capacidade Residual Funcional – Fundamenta-se em uma expiração oral tranqüila até o nível do repouso expiratório para, em seguida, ocorrer uma inspiração profunda. Neste padrão a atividade diafragmática é evidente, ocorrendo, portanto um incremento na ventilação de zonas basais pulmonares.

g) Inspiração desde o Volume Residual – Tem como base uma expiração oral forçada até atingir o volume residual, seguida de uma inspiração nasal ao nível da capacidade inspiratória. Com este padrão ocorre um aumento do volume corrente e da capacidade vital, favorecendo o incremento da ventilação nas zonas apicais do pulmão.

3.3. Padrões Respiratórios Desinsuflativos
Os principais objetivos desta categoria de padrões ventilatórios são:

* aumento do fluxo expiratório;
* melhora do trabalho antagônico e sinérgico desta musculatura em relação à musculatura inspiratória;
* interação tórax-abdome;
* melhora da mecânica ventilatória.


a) Inspiração Abreviada – Trata-se de uma inspiração ao nível do volume corrente, seguida de uma expiração contínua, lenta, de preferência associada ao freno labial até atingir o nível do volume de reserva expiratório para, em final de três repetições, voltar com uma inspiração profunda ao nível da capacidade inspiratória máxima. Com o uso desse padrão que interrompe o ciclo expiratório contínuo ao seu nível máximo por uma pequena inspiração, torna-se possível criar condições biomecânicas e ventilatórias que ajudem a desinsuflar os pulmões em condições em que a complacência se encontre alterada.

b) Freno Labial ou Retardo Expiratório – Esta é fundamentada em uma inspiração nasal seguida por uma expiração oral suave, realizando-se um retardo expiratório que pode ser obtido através dos dentes cerrados e lábios propulsados ou franzidos. Este padrão permite a manutenção da integridade dos condutos aéreos pelo deslocamento do ponto de igual pressão, evitando o colabamento precoce que ocorre por influência do predomínio da pressão intratorácica sobre as paredes brônquicas promovendo, portanto a desinsuflação pulmonar.

c) Padrão durante Broncoespasmo ou Ping-Pong - Consiste na realização de um padrão ventilatório de alta freqüência com relação Inspiração\Expiração de 1:1 tendo baixos volumes pulmonares com o objetivo de promover o esvaziamento pulmonar homogêneo, diminuir a capacidade residual funcional, diminuir o broncoespasmo e diminuir o trabalho ventilatório.

3.4. Manobra de Pressão Negativa
Fundamenta-se em pressionar manualmente a região torácica correspondente à região pulmonar comprometida durante a fase expiratória que deve ser forçada e longa. Em seguida, em pedir que o paciente realize uma inspiração profunda quando inicialmente encontrará a resistência promovida pelo fisioterapeuta que, no mesmo momento, retira a compressão bruscamente. Essa descompressão acarreta grande negativação de pressão intrapleural e intrapulmonar, promovendo um direcionamento de fluxo ventilatório para região correspondente.
Apesar de todos os benefícios comprovados por Cuello e cols. sobre padrões ventilatórios, quando estes são utilizados nas práticas fisioterapêuticas com crianças, deverão ser adaptados de forma a preservar seus efeitos fisiológicos terapêuticos, mas tentando realizá-los de maneira lúdica durante a terapia.
Dentre os padrões ventilatórios mais utilizados objetivando a reexpansão e prevenção de possíveis complicações pulmonares, temos a inspiração máxima sustentada e a inspiração em tempos.

3.5. Temp Lento Desinsuflativo
É a mobilização manual passiva da caixa torácica por compressão regional do tórax no final da fase expiratória (acompanhando o movimento de alça de balde das costelas inferiores). Seus principais objetivos são: melhorar a elasticidade e complacência torácica pulmonar, diminuir a capacidade residual funcional, aumentar o fluxo expiratório e facilitar a desobstrução broncopulmonar.

4 - Incentivadores Inspiratórios
Desde o seu lançamento em 1976, a inspirometria de incentivo vem se tornando uma modalidade de terapia respiratória profilática, segura e eficiente, por mais de uma década foi o principal suporte de terapia de expansão pulmonar. No entanto com base em diversos estudos, esta técnica não deve ser considerada superior a qualquer outra modalidade terapêutica, como os exercícios respiratórios ao nível da respiração profunda (CPT), a ventilação com pressão positiva intermitente (VPPI), a pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP), etc. Esse parece ser o consenso na literatura atualmente.
A técnica está bastante difundida em nosso meio clínico, entretanto não vem sendo aplicada corretamente na maioria dos casos.
A aplicação terapêutica da técnica quando indicada e realizada corretamente, pode possibilitar um maior encorajamento do paciente a realizar uma inspiração voluntária máxima mimetizando o suspiro natural e até melhorando sua performance por produzir um maior biofeedback quando comparado com as técnicas convencionais, tendo por objetivo prevenir o aparecimento de atelectasias, ou condições predisponentes a formação de atelectasias como as cirurgias tóraco-abdominais, o shunt, a hipóxia, a hipercapnia.
A técnica consiste em partindo do volume residual (VR), realizar uma inspiração máxima ao nível da capacidade pulmonar total (CPT) essa inspiração é feita no incentivador por via oral, ativa e profunda, sendo em seu início rápido e mantida no final, ponto em que ocorre maior incremento do trabalho ventilatório; após a inspiração máxima pode-se realizar uma pausa inspiratória fora do bucal do inspirômetro favorecendo assim o movimento de pendeluft do ar intra-alveolar ocorrendo assim maior ventilação colateral e consequentemente maior recrutamento de unidades alveolares colapsadas.
A expiração deve ser feita por via oral até o nível de repouso expiratório. Este padrão só deve ser aplicado em pacientes que estejam controlados clinicamente, nos quais o incremento do trabalho ventilatório não comprometa e traduza desconforto.
O inspirômetro de incentivo é um aparelho cientificamente desenhado que utiliza uma série calibrada de passagem de ar para alterar o fluxo e, portanto, o esforço dispendido para levantar uma esfera indicadora do nível de precisão, para visualização e graduação do fluxo mínimo de inspiração.
Existem dois tipos de inspirômetro de incentivo: a fluxo e a volume.
No incentivo a fluxo pode ocorrer fluxo turbulento inicial, alteração no trabalho ventilatório, alternando assim o padrão de ventilação durante o exercício.
O incentivo a volume é mais fisiológico porque o volume de treinamento é constante até atingir a capacidade inspiratória máxima ou nível prefixado pelo terapeuta.
A inspirometria de incentivo pode ser considerada como uma modalidade terapêutica profilática e não de ser pensada ou proposta como substituição a qualquer outra técnica fisioterapêutica.

5 - Bloqueio Torácico
Essa técnica pode ser utilizada quando se pretende atingir regiões pulmonares comprometidas pela deficiência ventilatória.
A técnica de bloqueio da caixa torácica é a aplicação de uma força através das mãos do fisioterapeuta no final da expiração, em um dos hemitórax do paciente, fazendo com que o volume de ar colocados nas vias aéreas do paciente ocupe principalmente o hemitórax contralateral ao bloqueio, permitindo assim maior expansão deste. Pode ser indicado, por exemplo, para quadros de atelectasias encontradas no pulmão não bloqueado, durante a ventilação mecânica.

Fisioterapia Respiratória em Pediatria

I - INTRODUÇÃO
As manobras de fisioterapia relacionadas aos cuidados respiratórios consistem em técnicas manuais, posturais e cinéticas dos componentes tóraco-abdominais que podem ser aplicadas isoladamente ou em associação de outras técnicas, em que de uma forma genérica, têm os seguintes objetivos:

* mobilizar e eliminar as secreções pulmonares;
* melhorar a ventilação pulmonar;
* promover a reexpansão pulmonar;
* melhorar a oxigenação e trocas gasosas;
* diminuir o trabalho respiratório;
* diminuir o consumo de oxigênio;
* aumentar a mobilidade torácica;
* aumentar a força muscular respiratória;
* aumentar a endurance;
* reeducar a musculatura respiratória;
* promover a independência respiratória funcional;
* prevenir complicações;
* acelerar a recuperação;
* melhorar o estado emocional do paciente.


2 - Técnicas de Higiene Brônquica
2.1. Vibrações Torácicas
A vibração torácica consiste em movimentos oscilatórios rítmicos e rápidos de pequena amplitude, exercidos sobre a parede do tórax com a intensidade suficiente para causar vibração em nível bronquial; uma freqüência ideal desejada situa-se entre 3 e 55 Hz e pode ser aplicada de forma manual ou mecânica.
O efeito positivo desta técnica baseia-se na propriedade tixotrópica do muco, que se liquefazem quando submetido à constante agitação. Portanto concluiu-se que a alta freqüência transmitida aos tecidos pulmonares pode, por meio da vibração, modificar suas características físicas, facilitando a mobilização das secreções pela árvore traqueobrônquica. Outro efeito teórico seria o de se aproximar de 13 Hz a freqüência dos cílios vibráveis, para amplificar, por concordância de fase, a amplitude dos movimentos ciliares.
Existem também relatos na literatura que descrevem efeitos benéficos da vibração no relaxamento de músculos da parede torácica e na melhora da perfusão alveolar.
A técnica manual é realizada pelas mãos do terapeuta que devem estar espalmadas, acopladas e com certa pressão, localizadas na região torácica escolhida; o punho e o cotovelo de quem aplica a manobra deverão permanecer imóveis realizando uma contração isométrica de seus membros superiores, produzindo e impulsionando movimentos vibratórios. Esse movimento é aplicado, acompanhando a cinética da caixa torácica durante a fase expiratória do ciclo respiratório.
Já a técnica mecânica é exercitada por aparelhos específicos que, alimentados por uma fonte de energia (pilha ou corrente), produzem movimentos oscilatórios constantes. O uso desses equipamentos exige cautela, pois há necessidade de ajuste da intensidade da vibração, além da proteção das extremidades ósseas e da pele.
No entanto, segundo alguns autores, embora a vibração mecânica seja utilizada como rotina em alguns hospitais, não é tão eficiente quanto à vibração manual, pois não atinge a árvore brônquica com a mesma intensidade e profundidade. Esses aparelhos não apresentam contornos suficientemente anatômicos para centralizar as ondas vibratórias, as quais se dispersam para outros segmentos corporais, como os membros superiores e a cabeça, chegando a causar, em certas circunstâncias, desconforto em certos pacientes.
Existe também uma variação da vibração, que é menos usual, cujo nome não está bem definido, mas parece assemelhar-se a um “movimento de mola” feito pelas costelas (rib spring). Esse tipo de vibração consiste em repetidas compressões sobre o tórax durante a expiração (sacudidas rápidas sobre o tórax do paciente). A pressão exercida nessa manobra é mais intensa do que a empregada na vibração com o objetivo de provocar uma expectoração mais rápida ou mais eficiente.
Apesar de a vibração ser considerada uma técnica segura quando realizada corretamente, ela está contra-indicada em bebês que apresentam aumento do desconforto durante o procedimento, em presença de enfisema intersticial pulmonar extenso, pneumotórax não drenado e hemorragia pulmonar entre outros.

2.2. Compressão Torácica
Como o próprio nome diz, a técnica consiste na compressão realizada na parede torácica durante a fase expiratória do ciclo respiratório de forma relativamente brusca objetivando a formação de fluxo turbulento por aceleração do fluxo expiratório intrapulmonar, objetivando a mobilização de secreções.
Para aplicação da técnica, as mãos do fisioterapeuta devem estar dispostas no sentido anatômico dos arcos costais, com os dedos colocados entre os mesmos. A força compressiva deve ser distribuída igualmente entre a palma da mão e os dedos.
A dor é uma manifestação muito freqüente, evidenciada durante o emprego da manobra. Isso dificulta e compromete os benefícios provenientes do recurso, devendo o fisioterapeuta dosificar seu esforço compressivo, sua técnica, e solicitar uma analgesia adequada se necessário.
Esta manobra está contra-indicada em pacientes com osteopenia da prematuridade, plaquetopenia entre outros.
Os benefícios dessa manobra tem sido relatados na literatura quando ela é aplicada isoladamente, entretanto tem se demonstrado uma maior eficiência e eficácia na terapia quando esta é aplicada conjuntamente a outras manobras como a vibração.

2.3. Percussão ou Tapotagem
A percussão ou tapotagem é uma manobra de desobstrução brônquica que tem como objetivo a facilitação do clearance muco ciliar. Por se tratar de uma técnica expressamente difundida para o auxílio no tratamento de complicações respiratórias, tem sido empregada muitas vezes, de forma inadequada e desnecessária, por profissionais não habilitados e até mesmo por leigos.
Esta manobra pode ser considerada como um procedimento mucocinético, pois promove a remoção de secreção da árvore brônquica e a mobiliza das regiões periféricas para as centrais, onde será expelida pela tosse ou aspiração.
Tal efeito é obtido através da propagação de ondas de energia mecânica que são aplicadas na parede torácica e transmitidas aos pulmões. A forma como essas ondas se manifestam podem ser comparadas, analogicamente, aos círculos que se espalham na água fora do ponto onde uma pedra for atirada, mais precisamente em uma única direção (pulmões), partindo de um ponto (mãos do fisioterapeuta).
Outro fator relevante da técnica de percussão torácica é que esta seria proporcional à energia inicial, dependendo então, da força da manobra e da rigidez da caixa torácica que permite uma maior eficácia da técnica, quando aplicada na população pediátrica e neonatal, se comparado com a população adulta. Por outro lado um fenômeno vibratório permite, por ressonância, o aumento da amplitude dos batimentos ciliares. De fato, a gama de frequências ideais para o transporte do muco seria 25 a 35 Hz, muito além das capacidades manuais (1 a 8 Hz). Para realizá-la o fisioterapeuta deve manter suas mãos em conchas ou ventosas, posicionando as duas no sentido dos arcos costais e do contorno do tórax, podendo variar também com a região tenar, hipotenar ou com os dedos. Em recém - nascidos e crianças pequenas, em que a estrutura do tórax não comporta a mão do terapeuta, a manobra poderá ser utilizada somente com os três dedos médios de uma das mãos, da qual se eleva o dedo do meio deixando assim no formato de “casinha” (tetting).
Outro tipo de percussão realizada nessa população é conhecido como “percussão de contato”. Nessa técnica utilizam-se as eminências tenar e hipotenar em ligeira aposição.
Vários outros métodos de percussão com equipamentos adaptados também são conhecidos. Os mais utilizados são feitos com bicos de mamadeira, máscaras de reanimação e percurssores neonatais.
Para execução da técnica é necessário que o bebê se encontre clinicamente estável, pois do contrário o procedimento pode significar um estresse desnecessário. Isso se enquadra em situações de imaturidade extrema, hipoxemia crítica, hipertensão e hemorragia intracraniana recente.
A percussão é contra-indicada na presença de enfisema intersticial extenso, hemorragia pulmonar, pneumotórax não drenado, entre outros.

2.4. Drenagem Postural
A drenagem postural pode ser considerada um recurso terapêutico simples, porém amplamente empregado na fisioterapia respiratória e apresentando excelentes resultados, principalmente quando associado às demais técnicas convencionais de higiene brônquica. Ela não é necessariamente um recurso mecânico, nem tampouco manual, mas sim um processo da própria natureza, baseado em um princípio físico, que é a ação de gravidade.
Essa manobra como recurso terapêutico já foi descrita há muitos anos, havendo relatos datados do início do século. Alguns autores demonstravam que as posições de drenagem postural propiciavam maior facilidade na mobilização de secreções das diversas áreas pulmonares, propiciando maior expectoração e, portanto maior eficiência na terapia.
Apesar de existirem muitas considerações sobre a drenagem postural, nota-se a carência de afirmações pautadas em fundamentos científicos entre os quais o tempo em que o paciente deverá ser mantido numa determinada posição, que ainda não está definido. Recomenda-se, no mínimo, que seja de 10 minutos, outros autores, aconselham que não sejam ultrapassados o tempo de 30 a 40 minutos por posição, mas com limitação de 60 minutos no total; outros ainda limitam o período em 15 a 16 minutos.
No que diz respeito ao número de sessões, as controvérsias também se fazem presentes. Enquanto se estabelece que o número ideal de vezes deve ficar em torno de quatro ao dia, há recomendações de se ater ao número máximo de vezes, havendo também a liberação de até quantas vezes o paciente pode tolerar e o bom senso do profissional deve prevalecer para a determinação destas duas últimas variáveis. Devem ser observadas e avaliadas as manifestações clínicas e os resultados obtidos com o decorrer do tempo.
As posições de drenagem postural e o grau de inclinação variam de acordo com a posição da área pulmonar a ser drenada e tomam como base o ângulo ou o somatório das angulações formadas entre os segmentos brônquicos e a traquéia, devendo sempre ser levado em consideração às condições clínicas do paciente.
Em crianças, pela gravidade as posições assistidas podem ser usadas da mesma maneira, tomando-se algumas precauções principalmente quando se trata da inclinação de cabeça para baixo (Trendlemburg) que deve ser evitadas em crianças com pressão craniana elevada e em lactentes pré-termo que estão com risco de hemorragia peri-intraventricular. Essa posição também deve ser evitada em lactentes e crianças com distensão abdominal, pois nesses lugares o diafragma está em desvantagem mecânica, e em crianças com história pregressa de refluxo gastroesofágico, pois algumas evidências sugerem que essa posição possa agravar o refluxo e possibilitar a aspiração.

2.5. Bag-Squeezing
O bag squeezing é um recurso fisioterapêutico que pode ser utilizado para pacientes que cursam com quadro de hipersecreção pulmonar e tampões mucosos, e que estejam necessitando da utilização de ventilação artificial, por meio de um aparelho de ventilação mecânica invasiva.
Essa manobra consiste na utilização de uma bolsa de hiperinsulflação pulmonar (ambu) e das técnicas de vibração e compressão torácica. Dois fisioterapeutas poderão atuar conjuntamente: o primeiro administrará um volume gasoso com a bolsa, maior que o volume corrente utilizado pelo suposto paciente, se possível, chegando próximo ao limite da capacidade pulmonar total, e o segundo sincronizará a manobra de vibrocompressão após a hiperinsuflação. Promoverá, portanto a aceleração do fluxo expiratório, gerando com isso fluxo turbulento e estimulando o mecanismo de tosse, o que facilitará o deslocamento das secreções impactadas na periferia pulmonar, trazendo-as mais próximo das vias aéreas superiores onde serão mais facilmente eliminadas. Na presença de secreções espessas, recomenda-se a instilação prévia de soro fisiológico em quantidades adequadas antes da insuflação do pulmão.
Para adequada realização dessa manobra, seria ideal o acoplamento de um manômetro na entrada da via aérea do paciente, com o objetivo de estabelecer limites apropriados de pressão durante a insuflação manual.
Essa manobra está contra-indicada nos casos de instabilidade hemodinâmica, hipertensão intracraniana, hemorragia peri-intraventricular grave, osteopenia da prematuridade, distúrbios hemorrágicos e graus acentuados de refluxo gastroesofágico. Algumas precauções devem ser tomadas, pois a falta de uma ventilação colateral totalmente desenvolvida significa que o ar pode não estar difundindo do alvéolo inflado ao colapsado, pois o ar sob pressão positiva assume o caminho de menor resistência. A hiperinsuflação manual pode, portanto, super distender áreas já infladas, mas deixam outras áreas colapsadas. Isso aumenta o risco de pneumotórax; e um cuidado particular deve ser tomado no caso de haver condições que causem hiperinsuflação, como por exemplo, a asma e bronquite.

2.6. Manobra Zeep
Esta técnica é realizada somente em pacientes que estejam necessitando de ventilação artificial por meio de ventilação mecânica invasiva. Essa manobra pode ser utilizada durante a terapia convencional, associada às demais manobras ou quando estas não puderem ser realizadas por haver alterações patológicas como osteoporose ou osteopenia importante, plaquetopenia, entre outros. Nessas situações a manobra zeep pode ser utilizada como técnica de escolha.
Para realizá-la é necessário elevar a pressão positiva expiratória final até um mínimo de 10cmH2O e num instante depois levar esta pressão até zero (Zeep) juntamente com a vibrocompressão realizada sobre a parede torácica. Posteriormente deve-se retornar a pressão expiratória final aos níveis anteriores aos dos antes da realização da manobra.
Com a aplicação desta técnica, observa-se um efeito de desobstrução brônquica, em função de um alto fluxo expiratório e um importante ganho de volume corrente quando se retorna a pressão positiva, ao final da expiração aos níveis normais.
Ela está contra - indicada em pacientes hemodinamicamente instáveis e com hipertensão intracraniana.

Tendinite de cotovelo em digitadores

A Tendinite de cotovelo é o nome dado a inflamação que provoca dor no lado de fora do cotovelo. A dor ocorre no ponto onde os músculos que estendem o punho e dedos se fixam no epicôndilo lateral ou medial(extremidade do osso).

A Tensão súbita ou repetitiva pode causar pequenas rupturas nos ligamentos dos tendões que fixam os músculos ao ossos do cotovelo. Essa lesão provoca dor quando os músculos são usados, ou quando o epicôndilo lateral é estimulado com um toque. 0 processo é comumente referido como tendinite, que significa inflamação do tendão. Mas o termo tendinose, é tecnicamente mais correto, pois envolve degeneração dos tendões.

O principal sintoma é a dor na face lateral do cotovelo quando a pessoa usa a musculatura que estende o punho e os dedos, apesar de algumas pessoas se queixarem de dor em todo braço. A dor pode ocorrer também quando tenta levantar algo, como um copo leve, com a palma para cima. Pode haver edema no epicôndilo, mas não é frequente. Algumas vezes a dor no antebraço pode confundir a tendinose com outra doença, a compressão do nervo radial.

O tendinite do cotovelo pode ser causado por tensão súbita no músculo e no ligamento. Frequentemente isso ocorre durante a batida tipo backhand, em esportes de raquete, principalmente quando a técnica é inadequada. Outra causa é o uso excessivo dos músculos extensores em trabalhos repetitivos, como digitação. Assim sendo, os digitadores precisam ter um bom apoio para os cotovelos.

O diagnóstico pode ser sugerido pelas atividades realizadas. A dor em algumas manobras também ajudam no seu diagnóstico. Radiografias geralmente são normais. Se a movimentação do cotovelo é restrito e doloroso, o problema pode ser artrite do cotovelo.

A doença pode desaparecer quando sua causa é interrompida. A diminuição da freqüência ou intensidade da atividade pode ajudar. Repousar o cotovelo e pôr gelo pode apressar a cura. Exercícios de fisioterapia, uso de drogas anti-inflamatórias não hormonais (AINH) ou injeção de cortisona também ajudam no alívio da dor. Raramente é preciso cirurgia devido a falha de outros meios de tratamento. Os AINHs, se tomados por longo tempo, podem afetar o estômago, rins, sangue ou fígado. Injeções de cortisona tem risco mínimo de introduzir infecção. A dor e dificuldade de estender o punho podem continuar apesar do tratamento. Se a cirurgia for indicada, devem ser tomados os cuidados para evitar lesão no ligamento lateral do cotovelo e nos nervos.Fisioterapia está indicada na maioria dos casos.

Tratamento em lesões no tendão de aquiles / calcâneo

Quanto mais precocemente se inicia o tratamento, melhores as chances de bons resultados. No caso de tendões a recuperação é mais lenta, principalmente por ser pouco vascularizado, portanto, paciência e empenho no tratamento são decisivos na recuperação.

Será necessária uma consulta com ortopedista para avaliação da lesão e tipo de pisada, para que o diagnóstico e o tratamento adequado e individualizado seja traçado. Exames complementares como ultrassonografia ou ressonância magnética serão necessários para visualizar o tipo e extensão da lesão.

Pode ser necessário o uso de medicamentos antiinflamatórios e o tratamento cirúrgico pode ser indicado em alguns casos, principalmente na lesão total. Não devem ser utilizadas infiltrações de esteróides no tendão por aumentar os riscos de ruptura total.

É indicado repouso relativo, de acordo com o quadro apresentado pelo atleta, ou seja, pode ser indicado apenas diminuir o ritmo da atividade ou interromper a corrida por um determinado tempo. Muitas vezes é indicada a substituição da corrida por natação ou deep running, para diminuir o impacto e esforços sobre o tendão, facilitando sua recuperação.

A aplicação de gelo irá auxiliar no alívio de dores e na diminuição de edema (inchaço). O gelo deve ser feito por 20 minutos, podendo ser repetido a cada 3 horas no início dos sintomas (fase aguda). Pode se associar elevação da perna para auxiliar na drenagem de edema, se houver.

Após a avaliação da lesão e do tipo de pisada, pode ser indicado o uso de palmilha para correção do calcanhar e para diminuir forças sobre o tendão, ou palmilhas que fornecem um amortecimento, o que seria uma medida temporária. O uso de calcanheiras é útil para tirar as tensões do tendão, mas deve ser avaliado para não estimular o encurtamento muscular.A utilização de calçados adequados evita lesões, portanto, a avaliação do tipo de pisada se torna importante para a compra do tênis. Para atletas com pronação excessiva (pé chato), o ideal é um calçado com menos amortecimento e mais estabilidade e para atletas com supinação excessiva (pé cavo), um calçado com mais amortecimento e boa flexibilidade é mais indicado.

Tão importante quanto usar um calçado adequado para o seu tipo de pisada e atividade física é saber quando "aposentar" seu tênis. Calçados excessivamente desgastados podem contribuir para uma lesão por não exercerem mais sua função de estabilidade, suporte e amortecimento. Vale lembrar que também pode acontecer de aparentemente o tênis parecer em bom estado, porém já ter perdido sua capacidade de amortecer impactos, por exemplo. Por isso é bom ficar de olho nas indicações dos calçados e trocá-los de acordo com a quilometragem percorrida e peso corporal, para que não fiquem desgastados demais.

Hérnia de Disco pode ocasionar aposentadoria precoce

Apesar de a lombalgia estar entre os principais motivos de licença médica, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, "poucas são as pessoas que se preocupam em fazer atividades físicas, como musculação e pilates, e manter uma postura correta no trabalho", segundo especialistas do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral. O fisioterapeuta osteopata Helder Montenegro explica que é importante tomar cuidados no trabalho para prevenir dores na coluna, LER e hérnias de disco. E entre os mais prejudicados por esses problemas estão dentistas, arquitetos, fisioterapeutas, carteiros, cabeleireiros, motoristas, mecânicos, secretárias, entre outros que passam muitas horas na mesma posição – sentados ou em posturas inadequadas.

De acordo com o fisioterapeuta, exagerar no carregamento de peso (acima de 10% do peso do indivíduo), ficar muito tempo em uma mesma posição, repetir os movimentos por muitas vezes durante o dia ou mesmo executar tarefas com o tronco para frente – postura que mais sobrecarrega os discos intervertebrais – são alguns dos fatores que devem ser evitados. "A recomendação para esses profissionais é a prevenção, mas quando o problema surge é preciso procurar um tratamento o quanto antes",Para os profissionais que já sofrem com problemas na coluna e não querem se submeter a uma cirurgia, o tratamento convencional tem apresentado bons resultados. Segundo a Revista da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos, somente 10% dos casos de hérnia de disco precisam de cirurgia. E, para os outros casos, tratamentos com fisioterapia aliada a exercícios de fortalecimento dos músculos posturais, podem ser eficazes, evitando a recidiva. Além disso, pode ser recomendado para esses pacientes o repouso e uso de analgésicos, anti-inflamatórios e anestésicos.

Hernia de disco pode dar aposentadoria

Apesar de a lombalgia estar entre os principais motivos de licença médica, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, "poucas são as pessoas que se preocupam em fazer atividades físicas, como musculação e pilates, e manter uma postura correta no trabalho", segundo especialistas do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral. O fisioterapeuta osteopata Helder Montenegro explica que é importante tomar cuidados no trabalho para prevenir dores na coluna, LER e hérnias de disco. E entre os mais prejudicados por esses problemas estão dentistas, arquitetos, fisioterapeutas, carteiros, cabeleireiros, motoristas, mecânicos, secretárias, entre outros que passam muitas horas na mesma posição – sentados ou em posturas inadequadas.
De acordo com o fisioterapeuta, exagerar no carregamento de peso (acima de 10% do peso do indivíduo), ficar muito tempo em uma mesma posição, repetir os movimentos por muitas vezes durante o dia ou mesmo executar tarefas com o tronco para frente – postura que mais sobrecarrega os discos intervertebrais – são alguns dos fatores que devem ser evitados. "A recomendação para esses profissionais é a prevenção, mas quando o problema surge é preciso procurar um tratamento o quanto antes", explica Montenegro.

Para os profissionais que já sofrem com problemas na coluna e não querem se submeter a uma cirurgia, o tratamento convencional tem apresentado bons resultados. Segundo a Revista da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos, somente 10% dos casos de hérnia de disco precisam de cirurgia. E, para os outros casos, tratamentos com fisioterapia aliada a exercícios de fortalecimento dos músculos posturais, podem ser eficazes, evitando a recidiva. Além disso, pode ser recomendado para esses pacientes o repouso e uso de analgésicos, anti-inflamatórios e anestésicos.

Disfunções urogenitais são comuns em mulheres?

A área da fisioterapia em uroginecologia ainda é pouco conhecida, mas vem ganhando interesse da comunidade de acordo com os resultados positivos obtidos no tratamento de alterações que podem afetar a saúde urogenital da mulher.

Durante a vida, a mulher passa por fases em relação ao seu sistema urogenital que podem predispô-la a alterações. Por exemplo, durante a gestação pode haver uma sobrecarga do períneo, e a queda hormonal após a menopausa pode levar as estruturas musculares a se enfraquecerem.

A musculatura do períneo oferece sustentação a órgãos como útero e bexiga, e se em algum momento esta musculatura se apresentar fraca, alterações como a incontinência urinária ou fecal podem aparecer.

Após avaliação das causas da disfunção urogenital, a fisioterapia atua devolvendo a integridade da condição muscular perineal. Mesmo nos casos em que há necessidade também de correção cirúrgica, é importante o fortalecimento muscular para que não haja recorrência do problema inicial.

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina durante a realização de um esforço, tosse, espirro, riso ou até mesmo ao ouvir barulho de água. A especialidade da uroginecologia dispõe de uma avaliação muscular específica para cada caso de incontinência urinária.

De acordo com cada caso, procede tratamento associando recursos como exercícios perineais específicos, indicação do uso de cones vaginais, conscientização da musculatura e também eletroestimulação quando a mulher já não apresenta força muscular suficiente para contrair o períneo.

Outras queixas que a uroginecologia também pode tratar são as relacionadas com a conhecida TPM, cólica menstrual aguda, endometriose e a dor ou desconforto durante a relação sexual. Nestes casos, a fisioterapia pode orientar técnicas e exercícios específicos para o alívio dos sintomas destas afecções.

No dia-a-dia, a mulher pode adotar hábitos que ajudam a manter a boa saúde urogenital de forma a amenizar ou prevenir alterações que podem se instalar.


Mitos e Verdades


- Mito: acreditar que a mulher, após a menopausa, desenvolverá algum grau de incontinência urinária, pois esta só se justifica havendo algo errado. Portanto, a incontinência urinária não é normal em idade alguma.

- Verdade: um bom trabalho de fortalecimento da musculatura perineal, além de tratar ou prevenir a incontinência urinária, traz também melhora da qualidade da função sexual.

Limpeza íntima da mulher

Suor, gordura, umidade, urina e células mortas. Convenhamos que o assunto é embaraçoso e até escatológico. Mas não tem jeito: "Tudo isso habita as reentrâncias femininas, e basta um descuido para causar desde ardência, irritação e um constrangedor cheiro ruim até a multiplicação de fungos e bactérias nocivos", alerta o ginecologista Alexandre Pupo, do Hospital Sírio- Libanês, em São Paulo. Para evitar esse pacote de encrencas, médicos da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a Febrasgo, revisaram 120 artigos científicos e elaboraram o I Guia de Condutas sobre Higiene Íntima Feminina, destinado tanto aos ginecologistas — que às vezes pecam por não orientar as pacientes — quanto ao público leigo.

"A ideia é responder a dúvidas referentes à frequência, ao modo correto de fazer a limpeza, aos produtos de higiene adequados, além de condutas para situações específicas", descreve o ginecologista Nilson Roberto de Melo, presidente da Febrasgo. Seguir essas recomendações à risca é manter o sistema de defesa em ordem nessa região. "A vulva tem um pH ácido e é colonizada por lactobacilos, bactérias que formam uma barreira contra micro-organismos prejudiciais", descreve o ginecologista Paulo Giraldo, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Não interferir demais nesse pH é, portanto, a primeira medida para prevenir não só coceiras e corrimentos mas também uma série de problemas.

"O excesso ou a falta de higiene e a utilização de produtos inapropriados alteram as defesas locais, favorecendo o ataque de germes como a clamídia, protagonista de infecções pélvicas que podem comprometer a fertilidade", alerta o ginecologista César Eduardo Fernandes, da Faculdade de Medicina do ABC, na Grande São Paulo. E, uma vez em contato com vírus ameaçadores, como o da hepatite, se o contra-ataque das células defensoras não estiver preparado, o risco de contrair essas doenças aumenta.

Atenção, mulheres! O fundamental é deixar qualquer constrangimento de lado. Pegue um espelho e, sem o menor receio, analise cada detalhe de sua região íntima. Na ilustração à esquerda, abaixo, identificamos as áreas que precisam ser muito bem higienizadas. Esqueça a região interna da vagina — esqueça mesmo! Duchas e introdução de produtos não são aconselhadas, exceto sob prescrição médica. "O foco da limpeza deve se resumir ao monte púbico, à pele da vulva, à raiz das coxas, à região perianal — entre a vulva e o ânus — e ao interior dos grandes e dos pequenos lábios", ensina Paulo Giraldo.

A compra do produto
O sabonete mais apropriado é sempre aquele classificado como hipoalergênico na embalagem. O termo indica que a fórmula foi desenvolvida com o intuito de provocar menos alergias nessa área, que, diga-se, se ressente por qualquer bobagem. Aliás, por isso mesmo, dê preferência aos sabonetes íntimos. "Eles geralmente contêm ácido lático, um componente natural da pele, que confere um pH ideal", justifica o dermatologista Mario César Pires, do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo.

Veja exemplos de sabonetes

Segundo Pires, os sabonetes alcalinos ou neutros não são indicados porque tornam as condições da região hostis à multiplicação dos lactobacilos que defendem a vulva. Os produtos em barra também não são uma boa opção. "Além de serem muito abrasivos, são normalmente compartilhados por toda a família, o que facilita a contaminação", afirma Paulo Giraldo.

A última dica é escolher sabonetes com detergência suave, que formem pouca espuma — eles afetam menos a barreira cutânea. Para mulheres que vivem na correria e não são alérgicas, os lenços umedecidos são uma alternativa para a higiene no meio do dia. Vale testá-lo antes, no antebraço, para observar eventuais reações. Se nada acontecer, está liberado.

A última etapa do ritual é geralmente a mais negligenciada — a hidratação. Muitas integrantes do time feminino nem fazem ideia de que devem apelar para ela se a pele dos genitais estiver muito ressecada, especialmente após a menopausa. "A dica é recorrer a fórmulas não oleosas, que devem ser aplicadas somente nas regiões de pele", explica Giraldo.

Como higienizar
Coloque, na ponta dos dedos, uma pequena quantidade do sabonete. Realize movimentos circulares nas áreas descritas anteriormente, contemplando todas as dobras. "Evite trazer conteúdos da região perianal para a vulva, já que ela pode conter coliformes fecais, bactérias que habitam o tubo digestivo", lembra Alexandre Pupo. Enxágue na água corrente, que ajuda na remoção mecânica dos resíduos. Finalmente, use uma toalha seca e limpa para absorver a água restante.

Duração do procedimento
Não vale limpar tudo em um zás-trás — aliás, o que é bem comum. Também não se deve exagerar. O tempo de higienização não deve ultrapassar três minutos para evitar o ressecamento da pele. Dois minutos são o suficiente para fazer uma boa limpeza.

Frequência diária
O número de lavagens varia de acordo com a estação do ano. "No clima quente, quando a produção de sebo e de suor fica elevada, a limpeza pode ser realizada até três vezes no mesmo dia. Já no clima frio, uma higienização diária basta", garante Giraldo. Aí, ficar repetindo a sessão limpeza só favorece doenças.

Condições especiais
O excesso de gordura nas obesas promove maior maceração de células mortas e elevação na produção de suor. Portanto, elas são mais propensas a problemas na vulva e precisam reforçar os cuidados com roupas adequadas e hábitos de higiene. "Os lenços umedecidos são uma boa saída para limpeza no intervalo do trabalho, por exemplo. Mas a higienização íntima com água corrente e sabonete apropriado é mais indispensável do que nunca nesse grupo", diz Nilson Roberto de Melo.

Tirar a calcinha na hora de dormir é outra dica para facilitar a ventilação. Algumas atividades, em particular, aceleram o acúmulo de sujeira lá embaixo. "O exercício induz a fabricação de suor e secreções", exemplifica Nilson. O ideal, portanto, é sair direto da ginástica para o banho, munida de um sabonete íntimo. O mesmo vale para finais de semana na praia. Areia e água do mar formam um coquetel de detritos e umidade nada amigável. Parece muita informação, mas são todos hábitos simples e corriqueiros, que não desperdiçam tempo nem exigem grandes esforços. Em troca, você garante uma sensação de conforto, bem-estar e saúde.

Classificação da Silicose

Silicose crônica e também conhecida como forma nodular simples, é a mais comum e ocorre após longo tempo do inicio da exposição, que pode variar de dez a vinte anos, a níveis relativamente baixos de poeira. É caracterizada pela presença de pequenos nódulos difusos, menores que um centímetro de diâmetro, que predominam nos terços superiores dos pulmões. A histologia mostra nódulos com camadas concêntricas de colágeno e presença de estruturas polarizadas a luz, com a progressão da doença, os nódulos podem coalescer formando conglomerados maiores e substituindo o parênquima pulmonar por fibrose colágena, os pacientes costumam ser assintomáticos ou apresentar sintomas que são precedidos pelas alterações radiológicas.

A dispnéia aos esforços é o principal sintoma e o exame físico, a maioria das vezes, não mostra alterações significativas no aparelho respiratório, este tipo de silicose pode ser observado nas industrias de cerâmica.

Silicose acelerada ou subaguda é caracterizada por apresentar alterações radiológicas mais precoces, normalmente após cinco a dez anos do inicio da exposição, encontra-se nódulos silicoticos, semelhantes aos da forma crônica, porem seu desenvolvimento ocorre em estágios mais iniciais, com componente inflamatório intersticial intenso e descamação celular nos alvéolos. Os sintomas respiratórios costumam ser precoces e limitantes, com grande potencial de evolução para a forma complicada da doença, como a formação de conglomerados e fibrose maciça, esta silicose e observada em cavadores de poços.

Silicose aguda é a forma mais rara desta doença, está associada à exposição maciça à sílica livre, por períodos que podem variar de meses a anos, esta forma ocorre no jateamento de areia ou moagem de pedra, hitológicamente é representada pela proteinose alveolar associada a infiltrado inflamatório intersticial. A dispnéia pode ser incapacitante, podendo evoluir para a morte por insuficiência respiratória, ocorre tosse seca e comprometimento do estado geral. Ao exame físico auscultam-se crepitações difusas, o padrão radiológico é bem diferente das outras formas, sendo representados por infiltrações alveolares difusas e progressivas, muitas vezes acompanhadas por nodulações mal definidas.

Para NETTINA (1998, p.208) "as pneumopatias ocupacionais se desenvolvem lentamente (durante mais de 20 a 30 anos) e são assintomáticas nos seus estágios iniciais".

Síndrome de Hamman-Rich

Síndrome de Hamman-Rich (também conhecida como pneumonia intersticial aguda) é uma doença dos pulmões rara e severa, que geralmente afeta pessoas saudáveis. Foi descrita pela primeira vez em 1935 por Louis Hamman e Arnold Rich.

A síndrome HR é geralmente categorizada como uma doença pulmonar intersticial e uma forma de síndrome do desconforto respiratório do adulto.

A síndrome geralmente evolui rapidamente, exigindo hospitalização e ventilação mecânica somente alguns dias ou semanas após o surgimento dos sintomas iniciais. É uma doença idiopática (de causas desconhecidas)

A rápida progressão dos sintomas iniciais para uma falência respiratória é uma característica única da síndrome. Um raio-x que mostre síndrome do desconforto respiratório do adulto é necessário para o diagnóstico (fluido nos sacos alveolares em ambos os pulmões). Além disso, uma biopsia do pulmão que mostra uma lesão alveolar difusa é necessária para o diagnóstico. Outros exames são úteis para excluir doenças semelhantes, incluindo culturas de sangue e lavagem broncoalveolar.

Sindrome do Piriforme: Tratamento

A fascite plantar é uma lesão que provoca dor no arco do pé e também frustração. A recuperação é lenta e o índice de recorrência é alto. As causas mais comuns são o esforço repetitivo e o excesso de pronação, que provocam micro rupturas e inflamação na fáscia plantar (tecido que recobre a planta do pé). Para lidar com isso, o corpo coloca um aglomerado de fibras sobre a área lesionada. E como essa nova camada não tem tanta elasticidade quanto o tecido sadio, a fáscia fica vulnerável a outras lesões. Se você sente dor no calcanhar há mais de três meses, já experimentou outros tratamentos sem sucesso e está disposto a pagar, literalmente, para ter alívio, fale com seu médico sobre os procedimentos inovadores apresentados a seguir.

Terapia por ondas de choque

Método: As ondas concentradas estimulam a produção de colágeno, contribuindo para a cura da área lesionada. O tratamento com alta energia dá resultados em uma aplicação, mas é doloroso e requer sedação. Na opção com baixa energia, a pessoa fica acordada, mas são necessárias várias sessões.
Resultado: Pesquisas indicam índices de cura de cerca de 80% em pacientes que não responderam a outras terapias. "Após a primeira sessão, você terá a sensação de que a área lesionada foi alongada. Depois de mais duas, você vai perceber uma melhora dramática", afirma Clint Verran, maratonista e fisioterapeuta americano que usa a terapia de baixa energia.
Custo: Cerca de 500 a 800 reais por sessão.

Plasma enriquecido de plaquetas

Método: O sangue colhido do paciente é centrifugado e obtém-se um concentrado de plaquetas que, em seguida, é novamente injetado na área lesionada. As plaquetas contêm fatores de crescimento que estimulam a regeneração do tecido.
Resultado: Pesquisas recentes sobre fascite plantar são promissoras. Stephen Pribut, podiatra (especialista em pé) em Washington, Estados Unidos, afirma que este poderá ser o tratamento do futuro na medicina esportiva, mas ele ainda está sendo estudado como indicação para o tratamento da fascite.
Custo: Cerca de 1000 a 3000 reais.

Botox

Método: A toxina botulínica é injetada na fáscia plantar para provocar a paralisia do nervo e reduzir a dor e a inflamação.
Resultado: Estudos indicam que pessoas que sofriam de fascite plantar relataram redução significativa da dor após o tratamento. Porém, segundo Stephen, são necessárias pesquisas para avaliar os efeitos da terapia no longo prazo. Além disso, o botox pode bloquear a dor, mas não cura a lesão.
Custo: Cerca de 800 a 1200 reais por sessão.

Agulhamento seco

Método: Usa-se uma agulha para fazer punções na fáscia plantar, no pé que apresenta dormência. Com isso, provoca-se um pequeno sangramento, fazendo com que as células sanguíneas sejam recrutadas para curar o tecido. Alguns médicos também aplicam injeção de corticóides.
Resultado: Um estudo da Universidade de Gênova (Itália), publicado em dezembro de 2008, relatou índice de cura de 95% com o uso combinado de agulhamento seco e corticóides. No entanto, essa combinação pode não ser necessária. "Eu uso apenas a técnica do agulhamento seco e a eficácia é de aproximadamente 90%", afirma o radiologista Levon Nazarian, da Thomas Jefferson University, em Philadelphia, EUA.
Custo: Varia bastante, de 500 a 1500 reais, pois é um procedimento realizado somente em consultório, com anestesia local.

Segredos pora combater a fascite plantar

A fascite plantar é uma lesão que provoca dor no arco do pé e também frustração. A recuperação é lenta e o índice de recorrência é alto. As causas mais comuns são o esforço repetitivo e o excesso de pronação, que provocam micro rupturas e inflamação na fáscia plantar (tecido que recobre a planta do pé). Para lidar com isso, o corpo coloca um aglomerado de fibras sobre a área lesionada. E como essa nova camada não tem tanta elasticidade quanto o tecido sadio, a fáscia fica vulnerável a outras lesões. Se você sente dor no calcanhar há mais de três meses, já experimentou outros tratamentos sem sucesso e está disposto a pagar, literalmente, para ter alívio, fale com seu médico sobre os procedimentos inovadores apresentados a seguir.

Terapia por ondas de choque

Método: As ondas concentradas estimulam a produção de colágeno, contribuindo para a cura da área lesionada. O tratamento com alta energia dá resultados em uma aplicação, mas é doloroso e requer sedação. Na opção com baixa energia, a pessoa fica acordada, mas são necessárias várias sessões.
Resultado: Pesquisas indicam índices de cura de cerca de 80% em pacientes que não responderam a outras terapias. "Após a primeira sessão, você terá a sensação de que a área lesionada foi alongada. Depois de mais duas, você vai perceber uma melhora dramática", afirma Clint Verran, maratonista e fisioterapeuta americano que usa a terapia de baixa energia.
Custo: Cerca de 500 a 800 reais por sessão.

Plasma enriquecido de plaquetas

Método: O sangue colhido do paciente é centrifugado e obtém-se um concentrado de plaquetas que, em seguida, é novamente injetado na área lesionada. As plaquetas contêm fatores de crescimento que estimulam a regeneração do tecido.
Resultado: Pesquisas recentes sobre fascite plantar são promissoras. Stephen Pribut, podiatra (especialista em pé) em Washington, Estados Unidos, afirma que este poderá ser o tratamento do futuro na medicina esportiva, mas ele ainda está sendo estudado como indicação para o tratamento da fascite.
Custo: Cerca de 1000 a 3000 reais.

Botox

Método: A toxina botulínica é injetada na fáscia plantar para provocar a paralisia do nervo e reduzir a dor e a inflamação.
Resultado: Estudos indicam que pessoas que sofriam de fascite plantar relataram redução significativa da dor após o tratamento. Porém, segundo Stephen, são necessárias pesquisas para avaliar os efeitos da terapia no longo prazo. Além disso, o botox pode bloquear a dor, mas não cura a lesão.
Custo: Cerca de 800 a 1200 reais por sessão.

Agulhamento seco

Método: Usa-se uma agulha para fazer punções na fáscia plantar, no pé que apresenta dormência. Com isso, provoca-se um pequeno sangramento, fazendo com que as células sanguíneas sejam recrutadas para curar o tecido. Alguns médicos também aplicam injeção de corticóides.
Resultado: Um estudo da Universidade de Gênova (Itália), publicado em dezembro de 2008, relatou índice de cura de 95% com o uso combinado de agulhamento seco e corticóides. No entanto, essa combinação pode não ser necessária. "Eu uso apenas a técnica do agulhamento seco e a eficácia é de aproximadamente 90%", afirma o radiologista Levon Nazarian, da Thomas Jefferson University, em Philadelphia, EUA.
Custo: Varia bastante, de 500 a 1500 reais, pois é um procedimento realizado somente em consultório, com anestesia local.

Fisioterapeuta em casa

Busca o melhoramento de vida através dos benefícios proporcionados ao paciente como: maior comodidade, melhor afinidade e contato com o Fisioterapeuta observando as reais dificuldades e as necessidades do paciente em suas atividades da vida diária e recuperação rápida, pois o tratamento é personalizado.

É um serviço oferecido aos pacientes que apresentam dificuldades para realizar o seu tratamento fisioterapeutico em clínicas, Hospitais e Ambulatórios de Saúde. Seja por motivos de transporte, tempo, distância ou condições físicas, entre outros.

O Fisioterapeuta atende, trata e reabilita na casa do paciente, de acordo com suas necessidades, distúrbios Neurológicos (AVE, TCE, Parkinson, etc), Ortopédicos (fraturas, entorses, contusões, etc), RPG, Respiratórios (Asma, DPOC, Bronquite,etc).

Assim como também atende, para Tratamentos Estéticos(drenagem linfática, massagem modeladora), Condicionamento físico e Terapias alternativas. A Fisioterapia Domiciliar utiliza aparelhos portáteis e modernos de fácil transporte, tornando o tratamento em casa semelhante ao de uma clínica fisioterápica com o mesmo custo para o paciente.

Diversas patologias podem ser tratadas em casa desde que o paciente esteja relativamente estável, com objetivos de prevenir incapacidades, reabilitar ou readaptar a capacidade funcional comprometida.

Avaliar o ambiente domiciliar em relação a barreiras arquitetônicas que impedem a mobilidade e a locomoção do doente visando prevenção de acidentes.

Prevenção pode reduzir maioria de infartos e derrames, diz estudo

Quase 80% dos adultos americanos precisam de pelo menos uma atividade de prevenção a doenças cardiovasculares, segundo estudo publicado na revista especializada "Circulation". E, se essas pessoas realizassem a atividade recomendada, haveria uma redução de até 63% nos casos de infarto e de 31% nos derrames.

Entre os mecanismos de prevenção recomendados pelos especialistas americanos, incluem-se o consumo regular de aspirina por pessoas com alto risco de problemas cardiovasculares, o controle do pré-diabetes, redução de peso para os obesos, redução da pressão sangüínea para diabéticos, e redução do LDL (colesterol "ruim") em pessoas com doença arterial coronariana, além de parar de fumar.

No estudo, os especialistas avaliaram os efeitos de 11 atividades preventivas recomendadas nos Estados Unidos contra problemas cardiovasculares usando dados específicos de uma amostra representativa da população americana (National Health and Nutrition Education Survey IV).

Os resultados indicaram que aproximadamente 78% da população americana com idades entre 20 e 80 anos são candidatos a pelo menos uma atividade de prevenção a distúrbios cardiovasculares. E se elas seguissem, de forma tranqüila, a recomendação, haveria redução de 36% nos casos de infarto do miocárdio e de 20% nos derrames.

Além disso, segundo as estimativas, a implementação de todas as atividades poderia acrescentar 221 milhões de anos de vida e 244 milhões de anos com qualidade de vida para a população dos Estados Unidos nos próximos 30 anos – uma média de 1,3 anos a mais na expectativa de vida de todos.

"A aplicação agressiva das atividades preventivas recomendadas nacionalmente poderia prevenir uma grande proporção dos eventos da doença arterial coronariana e infartos que, ao contrário, espera-se que aconteçam hoje em adultos nos Estados Unidos", concluíram os autores.

Eles destacam, porém, que mais estudos são necessários para reduzir os custos de algumas das medidas preventivas, que são elevados, e melhorar sua eficiência.

Energéticos x Hipertensão ou Doença Cardíaca

Pessoas com pressão alta ou doença cardíaca deveriam evitar o consumo de bebidas energéticas, segundo estudo publicado este mês no periódico Annals of Pharmacotherapy. Isso porque, segundo pesquisadores do Henry Ford Hospital, nos Estados Unidos, o consumo dessas bebidas está associado ao aumento da pressão e da frequência cardíaca mesmo em pessoas saudáveis.

"O aumento na pressão sanguínea e na frequencia cardíaca são insignificantes para adultos saudáveis, mas pode revelar-se prejudicial para pessoas com condições relacionadas ao coração", explicou o pesquisador James Kalus.

No estudo, foram avaliados 15 adultos saudáveis que se abstiveram de outras fontes de cafeína dois dias antes e durante o acompanhamento. Durante sete dias, os participantes tomaram duas latas de um energético comum, e tiveram medidos a taxa cardíaca, a pressão e o eletrocardiograma várias vezes.

Os resultados indicaram um aumento de 7,8% na frequência cardíaca no primeiro dia e de 11% no sétimo dia. A pressão, por sua vez, aumentou em 7% tanto no primeiro quanto no último dia de acompanhamento. E não houve mudanças significativas no eletrocardiograma.

Os pesquisadores acreditam que os altos níveis de cafeína e taurina (aminoácido não-essencial encontrado em carnes vermelhas e peixes) nos energéticos podem ser os responsáveis pelo aumento na pressão e na taxa cardíaca. Os níveis de cafeína, por exemplo, são equivalentes a aproximadamente duas xícaras de café.

"Baseados nas nossas descobertas, recomendamos que pessoas que têm hipertensão ou doença cardíaca e estão tomando medicação evitem o consumo das bebidas energéticas por causa de um risco potencial para sua saúde", destacaram os autores

Infarto do Miocárdio

O infarto do miocárdio nada mais é do que a morte do músculo cardíaco por falta de irrigação. Isso acontece quando alguma coronária o nome das artérias da nossa bomba fica entupida, num processo chamado aterosclerose, obstruindo a passagem de sangue que leva oxigênio e nutrientes aos tecidos. Se isso durar mais que 20 minutos, o dano é irreversível e as células são destruídas. Nem sempre os sintomas são tão evidentes: além da clássica dor ou aperto no peito e da falta de ar, a pessoa pode sentir enjôos, dores nos braços, no pescoço, nos ombros e nas costas, e até desmaiar. Mas às vezes a vítima nem chega a sentir nada.

No tratamento, podem ser usados desde remédios para revascularizar a área atingida até procedimentos como a angioplastia, que devolve a irrigação através de um cateter que viaja pelos vasos até o coração. Lá, infla-se uma espécie de balão que alarga as artérias estreitadas, liberando a passagem do sangue. Muitas vezes coloca-se também um stent, espécie de molinha que mantém a abertura por onde circula o líquido.

A taxa de sucesso dessas técnicas chega a 90%. Nos casos mais graves, quando há vários bloqueios em grandes artérias, a saída é a cirurgia de ponte de safena. Nela, o médico constrói uma espécie de desvio no local da obstrução usando um pedaço da veia safena, por onde o sangue passa a circular normalmente.

Pericardite crônica

A pericardite crônica é a inflamação resultante do acúmulo de líquido no pericárdio ou do espessamento do pericárdio. Ela apresenta um início gradual e persiste durante um longo período. No caso da pericardite crônica com derrame, ocorre um acúmulo lento de líquido no pericárdio. Geralmente, a causa é desconhecida, mas a condição pode ser causada por câncer, tuberculose ou hipoatividade da tireóide.

Quando possível, as causas conhecidas são tratadas e, caso a função cardíaca seja normal, o médico pode adotar uma atitude expectante, observando a evolução do quadro. A pericardite constritiva crônica é uma doença, a qual, em geral, ocorre quando há formação de tecido fibroso (cicatricial) em torno do coração. O tecido fibroso tende a contrair no decorrer do tempo, comprimindo o coração e reduzindo seu tamanho.

A compressão aumenta a pressão nas veias que retornam o sangue ao coração porque é necessária maior pressão para enchê-lo. Ocorre um acúmulo de líquido e, em seguida, um escape e acúmulo sob a pele, no abdômen e, às vezes, nos espaços em torno dos pulmões.

Causas

Qualquer condição que cause pericardite aguda pode causar pericardite constritiva crônica, mas, geralmente, a causa é desconhecida. As origens conhecidas mais comuns da pericardite constritiva crônica são as infecções virais e a radioterapia utilizada no tratamento do câncer de mama ou de um linfoma. A pericardite constritiva crônica também pode ser decorrente de artrite reumatóide, do lúpus eritematoso sistêmico, de alguma lesão prévia ou de uma infecção bacteriana. Antigamente, a tuberculose era a causa mais comum nos Estados Unidos, mas, atualmente, ela é responsável por apenas 2% dos casos. Na África e na Índia, a tuberculose é ainda a causa mais comum de todas as formas de pericardite.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas da pericardite crônica são a dispnéia (dificuldade respiratória), tosse (porque a pressão elevada nas veias dos pulmões empurra o líquido para os sacos aéreos) e fadiga (porque o coração funciona de modo deficiente). Por outro lado, o distúrbio é indolor. Também é comum o acúmulo de líquido no abdômen e nos membros inferiores.

Os sintomas fornecem indícios importantes para o diagnóstico da pericardite crônica, particularmente se não houver outra razão para a redução do desempenho cardíaco como, por exemplo, a hipertensão arterial, a doença arterial coronariana ou uma valvulopatia cardíaca. Geralmente, no caso da pericardite constritiva crônica, o coração não encontra-se aumentado nas radiografias, ao contrário do que ocorre na maioria das outras cardiopatias. Cerca de metade das pessoas com pericardite constritiva crônica apresenta depósitos de cálcio no pericárdio, os quais são observados nas radiografias.

Dois tipos de procedimentos podem confirmar o diagnóstico. O cateterismo cardíaco é utilizado para mensurar a pressão arterial nas câmaras cardíacas e nos principais vasos sangüíneos. Opcionalmente, o médico pode lançar mão da ressonância magnética (RM) ou da tomografia computadorizada (TC) para mensurar a espessura do pericárdio. Em geral, a espessura do pericárdio é inferior a 3 mm, mas, na pericardite constritiva crônica, elapode atingir 6 mm ou mais.

Tratamento

Embora os diuréticos (drogas que promovem a eliminação do excesso de líquido) auxiliem na redução dos sintomas, o único tratamento possível é a remoção cirúrgica do pericárdio. A cirurgia cura cerca de 85% das pessoas submetidas ao procedimento. Entretanto, como o risco de vida é de 5 a 15%, a maioria das pessoas afetadas não opta pela cirurgia, exceto quando o distúrbio interfere de forma substancial nas atividades quotidianas.

Angina de Prinzmetal ou angina variante

Angina do peito , é um desconforto torácico , sentido como um aperto , queimação ou presão , na região anterior do tórax. A angina do peito , poderá ser chamada de estável , instável ou variante .

A angina do peito estável é aquela que apresenta sempre as mesmas características , ou seja , seu fator desencadeante , intensidade e a sua duração costumam ser sempre os mesmos .

Na angina do peito instável, o desconforto passa a ter uma maior frequência , intensidade ou duração , muitas vezes , aparecendo ao repouso . A angina do peito instável é uma emergência médica , pois poderá evoluir para um infarto do miocárdio ou até a morte . A angina do peito instável geralmente é fruto da ruptura de uma placa de gordura ( acidente da placa de ateroma ) em uma artéria coronária , levando a formação de um trombo que interrompe parcialmente o fluxo de sangue para uma área do miocárdio .

A angina do peito variante , também chamada de angina de Prinzmetal , é resultante de um espasmo da artéria coronária ( contração anormal da parede do vaso , causando-lhe um estreitamento ). Esse espasmo , em geral , ocorre em uma artéria acometida por aterosclerose ( presença de placas de gordura ou ateromas , em suas paredes ).

A angina do peito variante , é chamada desta forma , porque se caracteriza pela ocorrência de dor com o indivíduo em repouso ( geralmente à noite ) , não durante o esforço e , por certas alterações eletrocardiográficas típicas . O exame de Holter , que é o registro eletrocardiográfico por 24 horas , pode ser útil no diagnóstico dessa doença.

O tratamento , geralmente , é semelhante ao da angina estável , no entanto , em termos de medicamentos , os nitratos ( vasodilatadores ) e os bloqueadores dos canais de cálcio ( como o diltiazem e o verapamil ) , são preferidos em relação aos betabloqueadores , para tratar o espasmo das artérias coronárias.

Veja 5 maneiras de não sair da dieta nos fins de semana

Segunda-feira é o dia mundial da dieta. Depois dos excessos do fim de semana, são comuns as promessas de maneirar no consumo de alimentos calóricos durante a semana. Mas também é sabido que poucos são os que mantêm a promessa, que geralmente é adiada para a próxima semana.

Pois especialistas afirmam que é possível manter a linha sem radicalizar, inclusive nos fins de semana, seguindo algumas regras simples. Confira cinco dicas listadas pela nutricionista Vanessa de Oliveira, da Clínica Onodera Estética, no Rio de Janeiro, para aliar diversão com corpinho em forma:

1) Happy hour com as amigas: "Invista em sucos de frutas, petiscos de queijo branco, sanduíche de ricota, crostine de tofu e canapé de vegetais", disse a nutricionista

2) Café da manhã na padaria: "Fuja das tentações e peça sucos de frutas com sanduíche natural ou quatro pães de queijo pequenos com suco de laranja."

3) Jantar com o namorado: "Para abrir o apetite, peça uma salada verde levemente temperada. Invista em um grelhado como prato principal, legumes gratinados como guarnição."

4) Cineminha: "Uma porção pequena de pipoca de manteiga está liberada. Mas, quem está disposta a resistir à tentação pode optar por chips de frutas ressecadas ou cookies integrais";

5) Ficar sem fazer nada em casa: "A melhor opção é fazer as seis refeições diárias, e equilibradas, pois assim não sentirá muita fome. Mas se quiser assaltar a geladeira, vá à gaveta de frutas e pegue as uvas, morangos, ameixas... Frutas que podem ser colocadas em pequenas porções que distraem a mente e mata a fome, enquanto você vê um filme ou assiste à novela".

Hidratação para cabelos crespos

Os cabelos afros (crespos) precisam de muita hidratação para mante-los macios e com o aspecto de bem cuidados.

A receita de máscara hidratante para cabelos afro foi desenvolvida com ingredientes naturais sem químicas para valorizar mais os seus cabelos e deixa-los macios.

Confira a receita abaixo:

Ingredientes:

1 copo de iogurte natural.

Meio abacate.

1 colher (de sopa) de óleo de amêndoa doce.

1 ampola de vitamina E.

1 colher (de sopa) de mel.

1 cenoura crua

Modo de fazer:

Bata os ingredientes acima no liquidificador.

Lave o cabelo com shampoo habitual antes de passar a máscara.

Enrole a cabeça com papel alumínio e deixe agir por 40 minutos.

Repita a máscara hidratante a cada 15 dias.
Vá para página de saúde

Uso de órtese em entorses

Órtese refere-se unicamente aos aparelhos ou dispositivos ortopédicos de uso provisório, destinados a alinhar, prevenir ou corrigir deformidades ou melhorar a função das partes móveis do corpo.
As órteses podem apoiar a cura de uma parte do corpo ao proporcionar alívio. Isto se aplica também a lesões (esportivas) nos ligamentos, articulações e ossos. No caso de lesões que não são curáveis, as órteses proporcionam alívio ao apoiar a parte do corpo afetada.

Elas podem compensar parcialmente as funções perdidas e ajudam a prevenir danos subseqüentes causados por postura ou posicionamento incorreto ou desgaste das partes afetadas.

Drenagem linfática: muito além dos tratamentos estéticos

A drenagem linfática é eficaz para celulite e para diminuir a retenção de líquido e já se consagrou entre os estilos de massagens. Mas, a eficácia está além da parte estética: o procedimento é fundamental para acelerar o processo de recuperação de pacientes após cirurgias plásticas que, em graus variáveis, produzem inchaço. Ela estimula o organismo a reagir eliminando os líquidos que causam o inchaço e os edemas. Além disso, previne e controla as complicações comuns como o aparecimento das fibroses pós-operatórias.

De acordo com a esteticista Carla Velloso Pinto, responsável pela equipe de pós-operatório da Clínica Landecker, a realização de drenagens linfáticas e outros tratamentos reduzem o tempo de recuperação e melhoram ainda mais a estética do local onde foi realizada a operação. Esses procedimentos deverão ser feitos com orientação médica e por profissionais capacitados especializados. "A drenagem pós-cirúrgica deve ser feita no corpo todo para estimular a circulação linfática geral. E, na área operada, o trabalho deve ser mais detalhado e direcionado", destaca Carla.

Segundo o cirurgião plástico, Alan Landecker, Membro Titular e Especialista em Cirurgia Plástica pela SBCP - Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a seqüência de um protocolo de tratamento pós-operatório adequado é de extrema importância para a recuperação do paciente. "O uso combinado de terapias como drenagem com ultra-som, endermologia, entre outras, diminui o risco de fibrose e faz com que o corpo reaja melhor", explica o especialista.

De acordo com Dr. Alan, após a cirurgia plástica, o organismo sobrecarrega os linfonodos, que são filtros e coletores do sistema linfático. Com isso, aparecem os edemas (inchaços), equimoses ou hematomas, que causam muito desconforto ao paciente. A drenagem auxilia no aumento do transporte da linfa (líquido do sistema linfático), o que melhora a vascularização e proporciona maior resistência imunológica do organismo, devido ao aumento de células imunitárias que circulam nesse no próprio sistema linfático.

Importância do procedimento - Com a drenagem linfática, o(a) fisioterapeuta ou o(a) esteticista poderá potencializar a filtragem das toxinas para esvaziar os líquidos exsudados e os resíduos metabólicos. A massagem em alguns casos também auxiliará na redução dos eventos clínicos, acelerando o processo de recuperação pós-operatória, além de prevenir e controlar as complicações comuns. "O procedimento drena os líquidos excedentes que banham as células, mantendo assim, o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. Também é responsável pela eliminação dos dejetos provenientes do metabolismo celular", explica a fisioterapeuta.

A fibrose é um processo natural do organismo em reação ao procedimento cirúrgico e pode se desenvolver juntamente com a cicatrização, após o procedimento cirúrgico. Ela se desenvolve internamente, por meio do preenchimento dos espaços lesados com um novo tecido. Esse tecido vai se "espessando" com o tempo, ficando cada vez mais rígido, sem elasticidade, tornando o aspecto da pele irregular. Sua falta de maleabilidade provoca dor e limitação.

Se a técnica cirúrgica foi bem aplicada pelo médico e se o paciente foi bem acompanhado após cirurgia com trabalho de atendimento pós-operatório, que inclui drenagem, a possibilidade de fibroses, que afetam negativamente a parte estética, diminui bastante.

Outras técnicas para o pós-operatório - Segundo Dr. Landecker, outros procedimentos auxiliam na recuperação pós-cirurgica do paciente. "Podemos utilizar ainda aplicações de utrassom, endermologia, laser, microcorrentes, infra-vermelho, endermoterapia vibratória, vacuoterapia, entre outros". Esses tratamentos ajudam a melhorar a circulação arterial e venosa, proporciona maior oxigenação da pele e auxilia na cicatrização dos tecidos e na própria cicatriz.

Para o pós-operatório, deve-se saber como lidar com a região que foi operada, respeitar a evolução particular do paciente e a indicação médica. Normalmente, iniciam-se os tratamentos, como a drenagem linfática, após a fase aguda da cicatrização, que dura aproximadamente 3 dias. Primeiramente, aplica-se de três a cinco sessões e, dependendo da avaliação do cirurgião plástico e do fisioterapeuta, essas sessões poderão chegar até um total de 20.

Drenagem linfática e sua eficácia no combate à celulite

Imagine um tratamento capaz de eliminar ou neutralizar os temidos furinhos mais conhecidos como celulite? A drenagem linfática vem acumulando resultados expressivos no combate e prevenção deste mal que é um verdadeiro pesadelo para as mulheres.

O objetivo principal dessa massagem é ajudar o organismo a eliminar o excesso de líquido intersticial também chamado de linfa que se acumula em algumas partes do corpo. Com a drenagem, os líquidos entre os tecidos são devolvidos ao sangue através da circulação linfática.

A drenagem é bastante usada por especialistas principalmente na redução da retenção de líquidos e do inchaço causada por procedimentos cirúrgicos.

No entanto, o principal chamariz da drenagem é mesmo sua capacidade de atenuar a odiadacelulite. O benefício, aliás, faz com que muita gente se submeta a profissionais sem treinamento formal na técnica, o que pode trazer prejuízos para a saúde e para o bolso.

Como ajuda na circulação da linfa, a drenagem melhora a nutrição e a oxigenação das células, ajuda na redução de inchaços, atenua acelulite, melhora a função intestinal e colabora com a circulação sanguínea.

A técnica não é indicada para pessoas com qualquer tipo de infecção, neoplasia, trombose venosa profunda, erisipela, hipertensão e asma. Adrenagem linfática deve ser totalmente indolor, promovendo um relaxamento muscular e a sensação de bem-estar.

Drenagem linfática com bambu

Dez entre dez famosas não abrem mão da drenagem linfática, técnica imbatível para a nar a silhueta. Sabrina Sato é uma delas – a apresentadora, aliás, fala maravilhas da drenagem feita com bambu. E é exatamente a esteticista que cuida do corpão da artista, Rosana Farias, do D.K Studio, em São Paulo, que ensina para você o passo a passo do método. Segundo Rosana, o material facilita bastante o trabalho, pois não cansa as mãos e potencializa os benefícios. "Além de varrer as toxinas, a autodrenagem melhora a circulação sanguínea, modela a silhueta, ameniza a celulite e proporciona um ótimo relaxamento", garante a profissional. Ela recomenda as manobras três vezes por semana, em dias alternados, de preferência depois do banho. "Seguindo esse ritual, é possível perder, por exemplo, de 2 a 3 centímetros de quadris em um mês", diz a esteticista. A autodrenagem também funciona para suavizar os sintomas da TPM – se esse for o seu objetivo, comece a pôr as mãos na massa dez dias antes. Importante: a massagem não é indicada para quem temalgum tipo de infecção ou tumor e está grávida. A seguir, veja a série que Rosana preparou, com para massagem ênfase na barriga, no bumbum e nas coxas, áreas que acumulam mais líquido.Bambu e óleo

Para experimentar a técnica, você vai precisar de um kit de bambu para massagem (facilmente encontrado na internet, com preços que variam entre 30 e 70 reais). Esse tipo de bambu tem a superfície polida, para não machucar a pele. Nas manobras ensinadas nas próximas páginas, use bambus de aproximadamente 35 e 60 centímetros. Não deixe de passar um óleo de massagem para ajudar no deslizamento.

Principais lesões dos joelhos

O joelho é uma das articulações do corpo que mais sofre. Conheça algumas das lesões mais comuns:
Fotos: Shutterstock

Artrite: há mais de 100 tipos. As mais comuns são a osteoartrite, uma degeneração da cartilagem que afeta o osso, e a artrite reumatoide, doença autoimune. O tratamento depende muito do tipo da doença, mas normalmente se usa analgésico, para aliviar a dor, e injeções de ácido hialurônico.

Lesões do ligamento cruzado: muitas vezes não provocam dor, mas causam instabilidade. Casos mais sérios (como quando há rompimento total) podem necesitar de uma cirurgia.

Lesões do menisco: essa cartilagem pode estirar com a rotação do joelho. Casos mais simples podem ser resolvidos com fisioterapia,e os mais graves demandam cirurgia.

Lesões do tendão: vão desde uma inflamação até o rompimento total. Normalmente são provocadas por atividades físicas que envolvem salto. O tratamento inclui analgésicos, aplicação de gelo e repouso.

Osteomalácia: é um defeito na mineralização do osso, que costuma aparecer em idades mais avançadas. Causa dor e microfraturas. Normalmente está ligada à carência

Sindrome do Piriforme: Tratamento

O tratamento da Síndrome do Piriforme inclui analgésicos, antiinflamatórios, injeção local de anestésicos e corticóides, injeção de botox, massagem transretal, acupuntura(que tem como principio aumentar as endorfinas fisiológicas do nosso corpo para que possamos tolerar um nível maior de dor), aparelhos como ultra-som e TENS para o alívio da dor e formigamento/dormência e para remover metabólitos e tecido cicatricial (evita fibrose), além de acelerar a resolução da lesão.

A aplicação de gelo deverá ser feita para diminuir a dor, pois o gelo tem efeito analgésico e antiinflamatório. Pode ser feito da seguinte forma: coloque várias pedras de gelo num saco plástico e amarre. Coloque este saco dentro de um tecido fino e úmido e coloque na região glútea, mantendo por 20 minutos. Repetir 3 vezes por dia e não tomar banho logo após a aplicação, para não interromper o efeito do gelo.

Os exercícios devem ser iniciados assim que houver algum alívio da dor, de acordo com o quadro apresentado pelo paciente. Os alongamentos devem ser feitos no início de forma leve e os fortalecimentos devem ser introduzidos gradualmente.

Todos os músculos envolvidos, além do piriforme, devem ser alongados e fortalecidos para que funcionem em harmonia sem causar nenhum transtorno ao atleta no futuro.

O retorno ao esporte deve ser um processo gradual. O tempo de retorno dependerá da extensão da lesão e do nível de atividade praticada.

Infelizmente, a Síndrome do Piriforme não costuma ser tratada adequadamente devido às dificuldades de diagnóstico. Com o crescimento vertiginoso do número de praticantes de esportes e de exercícios e com o "culto do bumbum perfeito", muito forte em nossa cultura, a doença tende a atingir um número cada vez maior de mulheres.

O sinal de Babinski

O Sinal de Babinski é um sinal clínico neurológico de fácil constatação para detectar lesões especificamente na porção piramidal do sistema de controle motor, pois não ocorre quando a lesão é nas partes extrapiramidais do sistema de controle motor.

Patologia do Sinal: para o sinal de Babinski estar presente é necessário que ocorra a lesão na região correspondente ao pé (área 4 de Brodmann:área piramidal "gicanto-pyramidalis", onde ficam as células de Betz) ou então, transeção no feixe piramidal de fibras referente ao pé.

O sinal é demonstrado quando um firme estímulo tátil é aplicado à sola lateral do pé. O hálux se estende para cima, e os outros dedos se afastam entre si.

A resposta normal seria: que todos os dedos se curvassem para baixo.

Causa do sinal de babinski (suposição):

*

o feixe piramidal é importante controlador da atividade muscular para a realização de movimentos voluntários;
*

já, o sistema extrapiramidal, um sistema de controle motor mais antigo, está mais relacionado à proteção.
*

Por essa razão, quando somente o sistema extrapiramidal tem condições funcionais, um estímulo à sola dos pés causa reflexo protetor típico de retirada, que é expresso pelo movimento do dedo maior para cima e a abertura em leque dos outros dedos. Mas quando está integralmente funcional, o sistema piramidal supri- me o reflexo protetor e excita, em vez disso, uma função motora de ordem mais alta, incluindo o efeito normal de causar a curvatura para baixo dos dedos, em resposta à estímulos sensoriais da sola dos pés.

Avaliação em UTI. Exame físico.

Avaliação em UTI. Exame físico.
Após receber o plantão, se não houver intercorrências, o fisioterapeuta inicia o EXAME FÍSICO do paciente. Originalmente, este exame é dividido em INSPEÇÃO (exame visual), PALPAÇÃO (toque manual e digital), PERCUSSÃO (digitopercussão) e AUSCULTA (ouvir com um estetoscópio).

Na UTI é difícil realizar o exame físico na sua forma tradicional. Muitos dados colhidos vem dos aparelhos de monitorização (monitor cardíaco, oxímetro, capnógrafo...) e também do respirador (mecânica SR, interação paciente-máquina, auto-PEEP...). O exame do paciente geralmente é realizado em associação a estas informações.

Normalmente as primeiras informações colhidas do paciente na UTI vem dos monitores. Os valores são mostrados em tamanho grande para facilitar sua visualização: Os principais registros são: os sinais vitais (SV) :PA, FC, FR e Tax , o eletrocardiograma (ECG) e a saturação de pulso de oxigênio (SpO2). O uso freqüente dos oxímetros de pulso em UTI, fez com que alguns autores passassem a considerá-lo como o 5º sinal vital. Todos estes dados geralmente são aferidos de forma não invasiva e mostrados na tela do monitor. Para a PA, existe a possibilidade de se instalar um cateter arterial para monitorização invasiva contínua. Com exceção da PA não invasiva, que é aferida automaticamente em períodos regulares programados no aparelho, todos os demais dados são contínuos. O último valor da PA não invasiva fica registrado na tela, é possível realizar uma aferição dela a qualquer momento através do acionamento de um botão específico. Os monitores mais modernos podem armazenar todas estas informações por um período de 24 horas ou mais, isto possibilita a verificação da tendência evolutiva destas informações.

Alguns autores preferem realizar o exame físico do paciente separando por segmentos numa ordem céfalo-caudal. Esta divisão também pode ser estendida para pacientes com via aérea própria e com via aérea artificial (VAA), com ou sem ventilação mecânica.

O exame físico do paciente começa pela observação do nível de consciência. Inicialmente verificamos se o paciente está vigil ou não e se está calmo ou agitado. A capacidade de interação é avaliada por meio da estimulação verbal (realização de perguntas simples). Para os pacientes despertos ou os que despertam com facilidade e que não estão com uma via aérea artificial, devemos realizar algumas perguntas simples, como por ex.: O senhor (a) consegue me ouvir?, O senhor (a) consegue movimentar os braços e as pernas?, Qual é o seu nome? E a sua idade?, O senhor (a) sabe aonde está?, Sabe o motivo da sua internação?, Que dia é hoje?, Está sentindo algum desconforto?... Os com VAA, mesmo despertos, não conseguirão falar mas poderão responder através de gestos e movimentos dos membros.

De acordo com a capacidade de interação dos pacientes podemos classificá-los como: orientados (despertos e coerentes), confusos (incoerentes e com baixa capacidade de percepção do meio), delirantes (agitados, irritados e que exibem alucinações), letárgicos (sonolentos, respondem apropriadamente quando acordam mas dormem com facilidade), obnubilados (despertam com mais dificuldade, podem responder com coerência algumas perguntas mais óbvias), torporosos (não despertam por completo às solicitações verbais, apresentam atividade mental e física diminuídas e reagem a dor) e comatosos (permanecem inconscientes, não respondem aos estímulos táteis e dolorosos voluntariamente e podem exibir sinais de disfunção neurológica suprasegmentar - reflexo de Babinsk, hiperreflexia...)

Os letárgicos e obnubilados, geralmente necessitam de estimulação tátil leve para despertarem. Os torporosos normalmente reagem aos estímulos táteis mais vigorosos e dolorosos menos intensos. Os comatosos podem não reagir a dor. A estimulação tátil deve ser feita em conjunto com as perguntas (ex. percussão da glabela ou sobre a região esternal enquanto se realiza as perguntas). A estimulação dolorosa, quando necessária, deverá ser feita sem provocar lesões cutâneas.

Em UTI, a baixa responsividade pode estar associada aos efeitos de drogas, devemos observar se há infusão de drogas depressoras do SNC e as suas doses, se houver devemos proceder a avaliação utilizando uma escala de sedação (Escala de Ramsay, por exemplo). Nos casos de coma, na ausência de sedação, devemos avaliar o paciente utilizando uma escala própria (ex. Escala de Coma de Glasgow).

Avaliação por segmentos:

1. Exame da cabeça e pescoço.

Nos pacientes com via aérea própria, a inspeção da face pode revelar alguns sinais de insuficiência respiratória como: batimento de asa de nariz, cianose central e respiração com frenolabial.
A coloração e a hidratação das mucosas, se ressecada e hipocorada, podem sinalizar alterações na perfusão tecidual e no hematócrito. Pacientes impossibilitados de se alimentarem por via oral normalmente recebem sonda naso ou oroenterais para infusão de dietas. Nos casos de distensão abdominal por aumento do resíduo gástrico é comum a colocação de uma sonda naso ou orogástrica para drenagem do excesso do volume. A checagem da fixação destas sondas antes do manuseio destes pacientes reduz o risco de desposicionamento das mesmas, portanto, reduz a possibilidade de complicações como broncoaspirações de dietas e resíduos gástricos.

A inspeção e a palpação do pescoço permitem determinar: a posição da traqueia (desvios laterais podem ocorrer nas atelectasias e pneumotórax significativos), se há aumento da pressão venosa jugular (turgência com paciente sentado ou cabeceira a 45º), se há enfisema subcutâneo (crepitação à palpação e ausculta), presença de edema (cacifo)... Na IRpA, é possível observar atividade do ECOM e depressão da cartilagem tireóide durante a inspiração. Alguns acessos venosos são instalados na veia jugular para infusões de líquidos e medicamentos, a checagem prévia da sua fixação e funcionamento ajudam a prevenir desconexões e obstruções das infusões antes da sua mobilização.

No paciente com via aérea artificial - VAA que recebe O2 ou ventilação mecânica invasiva, devemos descrever o tipo (TOT, TNT ou TQT), verificar a fixação, a vedação (escape de gás) do cuff e o posicionamento (altura para TOT ou TNT). Na ventilação mecânica não invasiva - VNI, verificamos se a interface (máscara, pronga...) está adequada e bem fixada, se há lesões cutâneas ou nas córneas, escapes de ar, conforto do paciente...

2. Exame do tórax e pulmões.

A inspeção do tórax à beira do leito de UTI se dirige principalmente para a atividade muscular ventilatória (trabalho respiratório, uso de musculatura acessória e sincronia tóraco-abdominal) e expansibilidade torácica (simetria). A colocação das mãos simetricamente sobre cada hemitórax auxilia a inspeção durante o exame da expansibilidade torácica.

A palpação permite avaliar, através do tato, o frêmito vocal durante a verbalização dos pacientes orientados sem VAA. Naqueles em VM podemos sentir a vibração das secreções durante a movimentação gasosa. Quando há pneumotórax, podemos palpar o pele para pesquisar enfisema subcutâneo.

É comum a utilização da veia subclávia para infusão de medicamentos, os mesmos cuidados devem ser tomados com este acesso para evitar acidentes.

A percussão da parede torácica produz um som e uma vibração palpável que auxilia a avaliação dos tecidos pulmonares mais profundos. Pode ser útil nos casos de pneumotórax, consolidação alveolar, tumor, atelectasia, derrame pleural...

A ausculta pulmonar é uma ferramenta diagnóstica valiosa, ela complementa os achados da palpação e percussão torácica. Por ser bem sensível e prática é preferencialmente utilizada a beira do leito durante a Avaliação Pulmonar.

O exame cardíaco envolve a inspeção, palpação e ausculta. A inspeção e palpação do precórdio ajudam identificar o ritmo das pulsações e a área de pulsação máxima criada pela contração ventricular esquerda. Os sons cardíacos, em indivíduos normais, são criados pelo fechamento das válvulas cardíacas. Durante a contração dos ventrículos as válvulas mitrais e tricúspides (átrioventriculares - AV) se fecham produzindo o primeiro som cardíaco (S1). No fim da sístole, os ventrículos relaxam e as válvulas pulmonares e aórticas se fecham produzindo o segundo som cardíaco (S2). As válvulas mitrais e aórticas produzem um som mais intenso que as outras.
O terceiro som cardíaco (S3) pode ser ouvido durante a diástole, logo após o S2, ele é produzido pelo rápido enchimento ventricular. O quarto som cardíaco (S4) é produzido pelos mecanismos similares ao S3 só que é mais tardio, ocorre após o S1. O S3 e S4, em adultos, podem estar associados à falência cardíaca congestiva.
Os murmúrios cardíacos são produzidos pelo fechamento incompleto (insuficiência) ou estenose (obstrução) das válvulas.

3. Exame do abdome.

O abdome pode interferir na função respiratória, a inspeção e palpação podem revelar distensão, tensão da parede e dor ao toque. Estes fatores podem limitar o movimento diafragmático e contribuir para a fadiga muscular respiratória e IRpA. Também podem inibir a tosse e a inspiração profunda e favorecer o surgimento de complicações pulmonares como atelectasias e pneumonias. O exame do fígado, no quadrante superior direito do abdome, pode revelar alterações no seu tamanho, ele pode estar aumentado em diversos casos como na falência cardíaca direita.

4. Exame das extremidades.

Através da inspeção e palpação dos membros e extremidades, observamos edemas, lesões cutâneas, coloração das extremidades (palidez, cianose, hematomas...), verificamos pulsos, enchimento capilar periférico, temperatura cutânea, presença de dor a palpação. Avaliamos também a capacidade de movimentação dos membros (arco articular de movimento ativo e passivo e força muscular), avaliamos a atitude postural, o trofismo muscular, o tônus...

A oxigenoterapia pode ser ofertada de formas diferentes. Em UTI, as mais comuns são o cateter nasal de oxigênio e a macronebulização, sendo esta última mais freqüente. Em qualquer modalidade, devemos verificar primeiro a quantidade de O2 ofertada (fluxo de O2 no fluxômetro) e em seguida a umidificação do gás. Os reservatórios destes dispositivos devem conter H2O destilada, de preferência. O cateter nasal recebe umidificação por meio de um sistema de borbulhamento (evaporação) e a macronebulização por suspensão de gotículas de H2O. Devemos checar se os dispositivos estão funcionando adequadamente e se tem H2O suficiente nos reservatórios, caso contrário, resultará em ressecamento e formação de rolhas de secreção. A escolha da modalidade depende primeiro da necessidade de oxigênio do paciente, a umidificação depende do grau de hidratação deste paciente e se faz uso de uma VAA. Os traqueostomizados devem receber um sistema com maior capacidade de umidificação, como a macronebulização.

Para os pacientes que recebem ventilação mecânica, seja invasiva ou não, devemos checar o respirador, o modo e os parâmetros ventilatórios, os limites dos alarmes, a rede de gases, o circuito do respirador e se a ventilação está acontecendo normalmente. Acompanhar a troca gasosa é essencial.
Existem diversos respiradores e modos ventilatórios novos que os fabricantes alegam serem mais vantajosos para casos específicos de IRp. Mas, são poucos os modos ventilatórios que realmente podem fazer alguma diferença mais significativa nas situações de IRp. Mesmo assim, não existe restrição a qualquer modo, desde que se consiga atingir a troca gasosa adequada e conforto ventilatório do paciente sem produzir VILI (injúria pulmonar induzida pelo ventilador mecânico).


Infusões de líquidos e drogas normalmente são administradas através das bombas infusoras. Devemos anotar os tipos de medicamentos e as suas doses. Muitas drogas podem interferir com os objetivos fisioterapêuticos na UTI, devemos ter o conhecimento das suas necessidades e dos limites que temos que respeitar para não atrapalhar a recuperação dos pacientes. Os mais graves e instáveis necessitam de muitos medicamentos, como por exemplo as aminas vasopressoras, estas drogas controlam a função cardiocirculatória. Tratamentos fisioterapêuticos que envolvem aumento da pressão inspiratória ou da PEEP durante a VM ou até mesmo alguns posicionamentos corporais que elegemos, mesmo que momentâneos, podem interferir seriamente na função hemodinâmica destes pacientes e agravar o quadro. Os sedativos e analgésicos podem reduzir o nível de consciência e o "drive" respiratório do paciente e por fim, dificultarem o desmame da VM, mas são necessários para controlar o grau de ansiedade e dor. A recomendação é sempre conversar com o médico e estabelecer juntos as metas terapêuticas para cada paciente.