Tratamentos ortopédicos 03

TENDINITE DO BÍCEPS
 
O que é a tendinite do bíceps? 
Os tendões são tecidos conectivos nas extremidades dos músculos, que unem estes aos ossos. O músculo bíceps está localizado na parte da frente do braço, tem 3 tendões, um deles fica na extremidade inferior e liga-se ao cotovelo e os outros dois se inserem em
locais diferentes do ombro.

A tendinite do bíceps ou biciptal é uma inflamação no tendão que provoca dor na parte da frente do ombro.

Como ocorre?

Ocorre por excesso de uso e movimentos repetitivos do braço e do ombro ou através de uma lesão direta no tendão.



Quais são os sintomas?

Dor ao mover o braço ou o ombro, especialmente ao levantar o braço acima do ombro e na palpação da região anterior do ombro.



Como é diagnosticada? 

O médico examinará o braço e o ombro à procura de áreas doloridas ao longo do músculo e do tendão do bíceps.



Como é tratada? 

O tratamento pode incluir:

• Aplicação de compressas de gelo sobre o local por 8 minutos, parando por 3 minutos, repetindo essa seqüência até completar um ciclo total de 30 minutos, 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.

• Uso de medicamento antiinflamatório.

• Aplicação de uma injeção de cortisona, para ajudar a reduzir a inflamação e a dor.

• Realizar exercícios de reabilitação.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?

O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.

Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.

O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando:

• O ombro lesionado possuir total amplitude de movimento, sem sentir dor.

• O ombro lesionado tiver recuperado força normal, comparado ao ombro não-lesionado.
Em esportes de arremesso, o retorno deve ser gradual, para adquirir tolerância ao arremesso. Isso significa começar com lançamentos gentis e gradualmente arremessar
com mais força.

Em esportes de contato, o ombro não poderá estar sensível ao toque e o contato deverá progredir do mínimo ao mais severo.
Como evitá-la?

A melhor maneira de preveni-la é aquecendo e alongando corretamente o braço e o ombro
antes de realizar esportes ou diariamente, aqueles que trabalham fazendo movimentos repetitivos com o braço ou carregando muito peso. 

Exercícios de reabilitação da tendinite do bíceps:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional 

1 - Amplitude de Movimento Ativo do Cotovelo: 

Em pé, dobrar o cotovelo do braço comprometido e elevar a mão.

Com a palma para cima, de encontro ao ombro.

Lentamente retornar à posição inicial e estender o braço.

Repetir 10 vezes.




2 - Amplitude de Movimento do Antebraço:
Com o cotovelo de lado, dobrado a 90º, girar devagar a
mão para cima e manter por 5 segundos; depois,
devagar, girar a mão para baixo e manter por 5
segundos.
Fazer 3 séries de 10 repetições.
É importante manter o cotovelo a 90º durante todo o exercício.


3 - Enrolamento do Bíceps (Fortalecimento):
Em pé, segurando um peso, dobrar o cotovelo do braço comprometido e elevar a mão.
Com a palma para cima, de encontro ao ombro.
Lentamente retornar à posição inicial e estender o braço.
Repetir 10 vezes.






4 - Pronação e Supinação:
Substituir o martelo da figura por uma régua, segurando- a com o cotovelo dobrado a 90º, fazer o movimento de rotação, primeiro com a palma da mão para cima e depois para baixo.
Fazer 3 séries de 10 repetições de cada exercício.


5 - Tríceps (Fortalecimento): 
Deitar de costas, com os braço lesionado esticado, apontando a mão para o teto. 

A outra mão deve segurar o cotovelo do lado comprometido.

Dobrar o cotovelo lesionado para trás, fazendo com que a mão desse braço apóie-se sobre o ombro e assim seu cotovelo fique apontando para o teto. 

Estender o braço fazendo com que a mão fique apontando para o teto. 

Repetir 10 vezes.  Colocar peso gradualmente.
6 - Flexão do Ombro (Fortalecimento): 
Em pé com o braço lesionado ao lado do corpo, eleve o braço anteriormente, mantendo o cotovelo estendido.

Manter por 5 segundos e repetir 10 vezes.

TENDINITE DE TRÍCEPS
O que é ?

Tendinite é a inflamação de um tendão, uma forte tira de tecido conectivo, que liga os músculos aos ossos.  O músculo tríceps se localiza na parte posterior do braço e é responsável pela extensão dele, a parte inferior deste músculo se insere na parte posterior do osso do cotovelo através do tendão do tríceps. A tendinite de tríceps é a inflamação deste tendão, causando dor nesta região.

Como ocorre?

Essa tendinite acontece pelo uso excessivo do braço e cotovelo, especialmente em atividades como arremessos. Também pode ser causado por um golpe direto na região de inserção do tendão.



Quais os sintomas?

• Dor ao esticar ou dobrar o cotovelo,

• Rigidez no músculo e tendão,

• Edema próximo ao cotovelo.



Como é feito o diagnóstico?

O médico revisará os sintomas, examinará o braço e o cotovelo e poderá pedir Raio-X. 



Como é o tratada?

• Aplicação de compressas de gelo por 8 minutos, seguidos de 3 minutos de pausa. Esse ciclo deve ser repetido até completar 30 minutos e pode ser feito 3 vezes por dia.

• Uso de anti-inflamatórios.

• Uso de órteses.

• Fisioterapia.



Quando retornar ao esporte ou à atividade?

O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.

Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.

O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:

• Não apresentar edema ou rigidez na região da lesão;

• Tiver recuperado a força do braço lesionado, em comparação ao outro;

• Apresentar o movimento total do braço, sem dores.



Como prevenir?

A melhor maneira de preven ção é evitando o uso excessivo do braço.  É importante tentar reconhecer os sintomas no início da lesão, para que não haja agravamento dela.



Exercícios de reabilitação da tendinite do tríceps:
*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional 

Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.

A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.
1 - Alongamento:

Com os dedos entrelaçados, levar as mãos acima da cabeça, sem deixar os cotovelos se afastarem das orelhas, levar as mãos para as costas, tentando chegar o mais próximo possível.

Manter por 20 segundos e repetir 4 vezes.




2 - Alongamento Com a Toalha:

Com o braço lesionado acima da cabeça e o outro braço atrás das costas, segurar as pontas de uma toalha.

Com a mão não lesionada, puxar a toalha para baixo, trazendo junto com ela a mão lesionada.

Manter 20 segundos e repetir 4 vezes.


3- Exercício de Resistência Com a Toalha:
Na mesma posição do exercício anterior, manter a mão não lesionada travada e fazer força com a mão lesionada, para esticar o braço acima da cabeça.
Manter 10 segundos e repetir 10 vezes.




4 - Fortalecimento: 
Sentado, segurando um pequeno peso com as duas mãos, esticar os dos braços acima da cabeça.  A partir desta posição, levar as mãos até as costas, flexionando os cotovelos, mas sem afastá-los das orelhas, até que o peso toque as costas.

Estique os cotovelos acima da cabeça e volte. 

Repita 20 vezes.

5 - Flexão de Cotovelo Com a Palma Para Baixo.

Em pé, segurando um peso em cada mão e com a palma da mão para baixo, flexionar o cotovelo, sem afastá-lo
do corpo. 

Volte a posição inicial e repita 20 vezes.



















 
 
   
 
 
 
 
APOFISITE MEDIAL
 
O que é a apofisite medial? 

É uma dor no cotovelo, no seu lado interno e mais próximo ao corpo.



Como ocorre?
A articulação do cotovelo é composta por três ossos: úmero (osso do braço), ulna e rádio (ossos do antebraço).

As extremidades inferiores do úmero recebem o nome de epicôndilos - a mais próxima ao corpo chama-se epicôndilo medial e a situada na parte externa do cotovelo é conhecida por epicôndilo lateral.

Ao epicôndilo medial ligam-se os músculos que flexionam o punho e ao epicôndilo lateral, aqueles que o estendem. O uso excessivo dos músculos que flexionam o punho causa irritação nos pontos em que eles se conectam ao osso, no epicôndilo medial.

Os ossos crescem, nas crianças, a partir de áreas chamadas placas de crescimento. No epicôndilo medial, existe uma placa de crescimento chamada apófise medial. À inflamação ou irritação dessa placa de crescimento, dá-se o nome de apofisite medial.
A apofisite medial é causada por excesso de atividade, mais especificamente, a relacionada ao arremesso.

O excesso de arremesso estressa os músculos que dobram o punho. A conseqüência dessa sobrecarga é a inflamação da placa de crescimento. Em casos severos, a placa de crescimento pode se desprender da parte distal do osso do braço (úmero).

Quais são os sintomas? 

A apofisite medial causa dor na parte interna do cotovelo, podendo haver edemas na região.



Como é diagnosticada? 

O médico examinará o braço e o cotovelo da criança. Haverá suscetibilidade à dor, ao longo do epicôndilo medial, confirmada, quando a criança arremessar uma bola ao médico.

O raio X pode mostrar inflamação ou quebra na placa de crescimento.



Como é tratada? 

O mais importante, no tratamento desta lesão, é proibir movimentos de arremesso.

Compressas de gelo devem ser colocadas sobre o cotovelo, por cerca de 20 a 30 minutos, a cada 3 ou 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor passe.  Antiinflamatórios podem ser eceitados e a criança talvez precise realizar exercícios de reabilitação.

Para maior sustentação, uma cotoveleira elástica pode ser colocada, na articulação inflamada.

A cirurgia pode ser indicada em casos sérios, quando houver fratura do osso.



Quando a criança pode retornar ao seu esporte ou atividade? 
O objetivo da reabilitação é que a criança retorne às suas atividade diárias e ao esporte, o mais rápido e seguramente possível.  Se o retorno for precoce, existe o risco de piorar a lesão, que levaria a um dano permanente.

Cada caso é um caso e cada criança tem uma recuperação diferente da outra, por isso, o retorno ao esporte ou às atividades diárias será determinado pelo tempo necessário para a melhora do cotovelo, e não por quantos dias ou semanas se passaram, desde a ocorrência da lesão.
Geralmente, quanto mais tempo se levar para procurar um médico, após o início da inflamação, mais tempo se levará para recuperar a lesão. 

A criança poderá voltar a arremessar, tão logo o inchaço ao redor do cotovelo lesionado tenha desaparecido, e assim que a sua força normal tiver sido recuperada, em comparação ao cotovelo não lesionado.  O movimento deve ser total, sem apresentar rigidez.

O ato de arremessar deve ser gradualmente aumentado mas o exercício deve ser suspenso, caso a dor retorne.
Como prevenir a apofisite medial? 
A preven ção é feita através da limitação da quantidade de arremessos que a criança realiza.

Por esse problema ocorrer, com maior freqüência, em arremessadores, existem parâmetros de quantidade de arremessos que a criança pode realizar, durante a semana; geralmente, uma criança entre 9 e 12 anos deve realizar um máximo de 250 arremessos por semana.

Já, um adolescente entre 13 e 15 anos poderá efetuar um máximo de 350 vezes por semana.

Exercícios de Recuperação Para Apófisite Medial

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional 

Os exercícios de alongamento 1 a 3 podem ser iniciados logo após a consulta médica e os exercícios de fortalecimento 4 a 6, quando os exercícios de alongamento forem praticamente indolores. 

» Todos os exercícios devem ser repetidos 10 vezes e realizados em 3 séries.

1 - Arco de Movimento do Punho: 

Dobre o mais que puder seu punho para frente e para trás conforme mostra a figura ao lado









2 - Arco de Movimento do Antebraço:
Com o cotovelo de lado, dobrado a 90º, gire devagar a mão para cima (com a palma para cima) e mantenha-a por 5 segundos; depois, devagar, gire a mão para baixo (com a palma para baixo) e mantenha-a por 5 segundos.



3 - Arco de Movimento do Cotovelo: 

Em pé, eleve devagar sua mão com a palma para cima, indo de encontro ao seu ombro; dobre o seu cotovelo o máximo que você puder. Depois, desdobre-o, estendendo-o e mantendo-o o mais endireitado possível.




4 - Fortalecimento do Punho: 
A) Flexão do Punho:  segure, por exemplo, uma lata de conserva com a palma da mão para cima. Devagar, dobre o punho para cima e, então, abaixe o peso, retornando à posição inicial

B) Extensão do Punho: segure, por exemplo, uma lata de conserva com a palma da mão para baixo. Devagar, dobre seu punho para cima  e, lentamente, abaixe o peso, retornando à posição inicial.
C) Afastamento Radial do Punho: com o punho na posi ção lateral e polegar para cima, segure uma lata de conserva.  Devagar, dobre o seu punho para cima com o polegar em direção ao teto e, lentamente, abaixe o peso, retornando à posição inicial. 

Não mova seu antebraço durante todo o exercício.


5 - Pronação e Supinação: 

Substitua o cabo de martelo da figura ao lado por uma régua e segure-a com seu cotovelo dobrado a 90º e apoiado em alguma mesa.

Devagar, faça movimento de rotação, primeiro com a palma da mão para cima e depois para baixo.







6 - Enrolamento do Bíceps (Fortalecimento):

Em pé, segure um haltere ou uma lata de conserva. Dobre o cotovelo do braço comprometido, com a palma para cima, de encontro ao seu ombro e, lentamente, retorne à posição inicial e estenda seu braço.






 
BURSITE DO COTOVELO (BURSITE OLECRANEANA
 
O que é a bursite do cotovelo? 

A bolsa sinovial é um saco cheio de fluído, que atua como um amortecedor entre os tendões, os ossos e a pele.

A bursite é a inflamação desta bolsa, que produz mais líquido sinovial, causando aumento de volume e dor na ponta do cotovelo.


Como ocorre?

Pode ser causada por:

• quedas ou atritos diretos,

• apoio excessivo no cotovelo – comum em algumas profissões ou em pacientes que têm dificuldade em respirar,

• doenças inflamatórias – artrite, gota, etc,

• infecções.

Quais são os sintomas?

O edema pode aparecer gradual ou repentinamente.  A dor é variável, mas comumente é intensa e limitante do movimento.  Calor e rubor podem aparecer, indicando infecção.



Como é diagnosticada?

Por exame médico.



Como é tratada?

O tratamento pode incluir alguns procedimentos como:

• Compressas de gelo sobre o cotovelo, por 20 a 30 minutos, a cada 3 a 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor passe,

• Enfaixamento elástico do cotovelo, para evitar aumento do edema,

• Remoção de fluido da bolsa sinovial, através da punção, com uma seringa e agulha, a ser realizada pelo médico,

• Antiinflamatórios,

• Proteção do cotovelo, com almofadas, para minimizar o trauma local,

• Fisioterapia e exercícios para ajudar na recuperação.

Em casos crônicos de bursite do cotovelo, a cirurgia pode ser indicada.



Quando retornar ao esporte ou atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno ao esporte ou à atividade, seja o mais seguro e rapidamente possível.  Ao retorno prematuro, pode estar associado o risco de piora da lesão, o que acarretaria um dano permanente. Cada caso é um caso e cada pessoa tem uma recuperação diferente da outra, por isso não existe um tempo determinado para o retorno ao esporte e às atividades.
Geralmente, quanto mais tempo houver sintomas da lesão, sem tratamento específico, maior será o tempo de recuperação.

A pessoa estará apta a retornar ao esporte ou à atividade, quando puder, usando a própria força, empunhar raquete de tênis, taco de basebol, taco de golfe ou realizar atividades específicas, como digitar o teclado do computador, sem sentir dor no cotovelo.

Para quem pratica ginástica regularmente, é importante suportar pesos com o cotovelo lesionado, sem sentir dor.

Não poderá haver edema na região e a recuperação da força deve ser normal, comparada ao cotovelo são.

Deve-se estar com o arco do movimento completo, na articulação do cotovelo.



Como prevenir a bursite do cotovelo?

A melhor maneira é evitar o contato da ponta do cotovelo com outras estruturas.
 
 
EPICONDILITE LATERAL (COTOVELO DE TENISTA)
 
O que é a epicondilite lateral? 
A articulação do cotovelo é formada pelo osso do braço (o úmero) e os ossos do antebraço (a ulna e o rádio).  Na extremidade inferior do úmero existem duas saliências ósseas, chamadas de epicôndilos lateral e medial.  O epicôndilo lateral é o mais externo e recebe os tendões de alguns músculos do antebraço, responsáveis pela extensão do punho.

Epicondilite lateral ou cotovelo de tenista acontece quando o epicôndilo lateral se torna dolorido e sensível.
O típico paciente com epicondilite lateral tem entre 35 e 50 anos.  Eles relatam o aparecimento gradual de dor na lateral do cotovelo durante a extensão do punho.

Como ocorre?
"Cotovelo de Tenista" resulta do excesso do uso dos músculos extensores do punho e da mão. Quando esses músculos são usados em excesso, os tendões são repetidamente puxados com força no ponto de inserção, o epicôndilo lateral. Como resultado, o tendão se inflama.
Repetidas e minúsculas rupturas no tecido do tendão causam dor. Entre as atividades que podem causar "Cotovelo de Tenista" estão: tênis e outros esportes com raquete, carpintaria, trabalho em máquinas, datilografia e tricô.

Quais são os sintomas?
• Dor ou sensibilidade na parte externa do cotovelo.
• Dor ao estender o punho ou a mão.
• Aumento da dor ao levantar objetos pesados.
• Dor durante a flexão de dedos, ao pegar um objeto, ao cumprimentar com aperto de
mão ou girar a maçaneta da porta.
• Dor que origina no cotovelo e desce até o antebraço ou sobe para o braço.

Como é diagnosticado?
O médico perguntará a respeito das atividades diárias e recreacionais, examinará o cotovelo e o braço e pedirá para que o paciente movimente o braço, isso talvez cause dor na parte externa do cotovelo. Pode ser necessário o pedido de raio-x do cotovelo.

Como é tratado?
O tratamento inclui:
• Compressas de gelo sobre o cotovelo por 8 minutos, seguido de 3 minutos sem gelo. Repetir esse ciclo até completar 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.
• Fazer massagens com gelo, por 5 a 10 minutos.
• Fisioterapia.
O médico poderá recomendar:
• Uso de medicamento antiinflamatório, por 4 ou 5 semanas.
• Uso de uma tira, que é enrolada em volta do antebraço abaixo do cotovelo, agindo como um novo campo de conexão para os músculos do antebraço, evitando que eles puxem o epicôndilo dolorido.
• Em casos severos, cirurgia poderá ser recomendada.
Durante a recuperação da lesão, o esporte anteriormente praticado deve ser substituído por um que não piore a condição. Por exemplo: correr ao invés de jogar tênis.
Para jogar tênis o médico, provavelmente, recomendará o uso de uma raquete com uma empunhadura maior e poderá sugerir melhoras na maneira de empunhar ou de realizar os movimentos do jogo com a raquete.
Se gelo, descanso, medicamento antiinflamatório e uma tira para o cotovelo não aliviarem os sintomas, talvez seja necessário fazer fisioterapia. O médico também poderá recomendar uma injeção da medicação cortisona a ser aplicada em volta do epicôndilo lateral para reduzir a inflamação.



Quando retornar ao esporte ou atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente. Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando os itens listados abaixo puderem ser realizados, progressivamente:
• Usar força empunhar a raquete de tênis, taco de basebol, taco de golfe, sem sentir dor.
• Trabalhar no teclado do computador, sem sentir dor.
• Em esportes, tais como, ginástica, é importante conseguir suportar o peso do corpo com o cotovelo lesionado, sem sentir dor.
• Não haja mais edema em volta do cotovelo lesionado.
• Ter força normal, comparado ao cotovelo não lesionado.
• Ter total alcance de movimento do cotovelo, comparado ao cotovelo não lesionado.


Como posso prevenir o "Cotovelo de Tenista" ?
• Realizar a atividade da forma apropriada e com os acessórios adequados,
• Aquecer antes e depois de jogar tênis ou praticar atividades, que envolvam os músculos do braço e do cotovelo.
• Compressa de gelo no cotovelo após exercício ou trabalho.
Em atividades relacionadas ao trabalho, é importante adotar uma postura correta e garantir que a posição dos braços, durante o trabalho, não causem excesso de uso do seu cotovelo ou músculos do braço.

Exercícios de reabilitação para a epicondilite lateral:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios a seguir são apenas um guia do tratamento básico, por isso o paciente deve fazer o tratamento acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado. Os exercícios de alongamento 1 a 3 podem ter início imediato e os demais exercícios, quando os primeiros forem praticamente indolores.
1 - Arco de Movimento do Punho: 

Dobrar o punho o máximo possível, para frente e para trás. 

Fazer 3 séries de 10 repetições.









2 - Arco de Movimento do Antebraço:
Com o cotovelo de lado, dobrado a 90º, girar devagar a mão para cima e manter por 5 segundos; depois, devagar, girar a mão para baixo e manter por 5 segundos.

Fazer 3 séries de 10 repetições.

É importante manter o cotovelo a 90º durante todo o exercício.



3 - Arco de Movimento do Cotovelo: 

Em pé, flexionar o cotovelo, levando a mão, com a palma para cima, de encontro ao ombro.

Estender o cotovelo, deixando-o o mais reto possível.

Fazer 3 séries de 10 repetições.




4 - Fortalecimento do Punho: 
A - Flexão do Punho:

Segurar uma lata de conserva, com a palma da mão para cima, e dobrar o punho para cima.

Sempre devagar, abaixar o peso e retornar à posição inicial. 

Fazer 3 séries de 10 repetições.  Gradualmente, deve-se aumentar o peso da lata.



B - Extensão do Punho:

Segurando a mesma lata, com a palma da mão para baixo, dobrar o punho para cima.

Sempre devagar, abaixar o peso e retornar à posição inicial.

Fazer 3 séries de 10 repetições.  Gradualmente, deve-se aumentar o peso da lata.



C - Afastamento Radial do Punho:
Com o punho na posição lateral e o polegar para cima, segurando a lata de conserva, dobrar o punho para cima, com o polegar em direção ao teto. 

Abaixar o peso e retornar à posição inicial, o antebraço não deve se mover durante todo
o exercício.

Fazer 3 séries de 10 repetições. 


5 - Pronação e Supinação: 

Substituir o martelo da figura ao lado por uma régua, segurando-a com o cotovelo dobrado a 90º, fazer o movimento de rotação, primeiro com a palma da mão para cima e depois para baixo.

Fazer 3 séries de 10 repetições de cada exercício.












6 - Extensão do Punho: 

Segurar o cabo de uma vassoura com ambas as mãos, com os braços no nível dos ombros, os cotovelos retos e as palmas das mãos para baixo girar o cabo da vassoura para trás, como se estivesse enrolando alguma coisa usando o cabo de vassoura.

Repetir por 1 minuto e descansar.  Fazer 3 séries.






 
EPICONDILITE MEDIAL (COTOVELO DE GOLFISTA)
 
O que é a epicondilite medial? 
A articulação do cotovelo é formada pelo osso do braço (úmero) e os ossos do antebraço (ulna e rádio).  Na extremidade inferior do úmero existem duas protuberâncias ósseas, chamadas de epicôndilos.  A saliência mais próxima do tronco chama-se epicôndilo medial.  Os tendões dos músculos responsáveis pela flexão do punho ligam-se ao epicôndilo medial.

A epicondilite medial é a inflamação desta protuberância óssea lateral e também pode ser conhecida como tendinite nos flexores do punho.


Como ocorre?
Ocorre pelo uso excessivo do músculo responsável por dobrar os dedos e o punho. Quando esses músculos são excessivamente usados, os tendões são repetidamente puxados no seu ponto de inserção (o epicôndilo medial). Como resultado, os tendões se inflamam, e pequenas e repetidas rupturas no tecido do tendão causam dor.
Isso normalmente acontece em esportes, como: golfe, esportes de arremesso, e esportes com raquete. Também pode ocorrer ao realizar atividades do dia-a-dia, como carpintaria e digitação.

Quais são os sintomas?
Dor no lado interno do cotovelo (a parte próxima ao corpo), que pode irradiar ao longo da parte interna do antebraço, ao dobrar o punho. Também pode haver dor ao fechar a mão com os dedos para dentro.

Como é diagnosticada?
O médico examinará o cotovelo à procura de susceptibilidade a dor no epicôndilo medial.

Como é tratada?
Aplicar compressas de gelo sobre o cotovelo por 8 minutos, seguidos de 3 minutos de descanso; este ciclo deve se repetir até totalizar 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.
Se o cotovelo estiver edemaciado, é importante elevá-lo; quando estiver deitado, colocar um travesseiro sob ele e ao sentar, usar o encosto da cadeira para apóia-lo.
O uso de uma faixa elástica pode auxiliar a reduzir o edema.
Durante a recuperação da lesão, o esporte ou a atividade usualmente praticados devem ser mudados para que não haja piora da condição. Por exemplo, trocar o jogo de golfe por uma caminhada e escrever usando uma caneta ao invés de digitar.
O médico poderá prescrever uma tira, ou outros produtos, para ser usada logo abaixo da região dolorida do cotovelo. Isso permitirá que os músculos do antebraço façam pressão contra a tira, ao invés de fazer pressão contra o epicôndilo dolorido. Ele também poderá prescrever antiinflamatórios.
Aplicação de injeção de cortisona na região do epicôndilo medial para reduzir a
inflamação, também pode ser utilizada. O paciente receberá orientações para realizar exercícios para o cotovelo. Em casos graves pode ser necessário realizar uma cirurgia.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno ao esporte ou à atividade aconteça o mais rápido
e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe a possibilidade de piora da lesão, que pode levar a um dano permanente.
Como cada indivíduo é diferente do outro, a velocidade de recuperação também é. Por isso, o retorno ao esporte será determinado pela recuperação do cotovelo, não existindo um protocolo ou um tempo exato para isto acontecer.
Geralmente, quanto mais rápido o médico for consultado após a lesão, mais rápida será a recuperação.
O retorno à atividade ou ao esporte acontecerá quando for possível:
• Empunhar a raquete de tênis, taco de basebol ou taco de golfe, usando força.
• Trabalhar no teclado do computador, sem sentir dor no cotovelo.
• Em esportes, tais como, ginástica, é importante conseguir suportar o peso do corpo com o cotovelo lesionado, sem sentir dor.
E quando:
• Não houver edema no cotovelo lesionado.
• A força estiver recuperada, comparado ao cotovelo não lesionado.
Ter total alcance de movimento do cotovelo.
Como preveni-la?
Uma vez que a epicondilite medial ocorre pelo uso excessivo dos músculos que flexionam o punho, é importante não sobrecarregá-los. Aos primeiros sinais de dor na parte interna do cotovelo, deve-se diminuir a atividade e procurar um médico. Usar uma tira para o cotovelo e alongá-lo, pode ajudar a prevenir a epicondilite medial.

Exercícios de reabilitação para a epicondilite medial:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.
1 - Arco de Movimento do Punho: 

Dobrar o punho o máximo possível, para frente e para trás. 

Fazer 3 séries de 10 repetições.









2 - Arco de Movimento do Antebraço:
Com o cotovelo de lado, dobrado a 90º, girar devagar a mão para cima e manter por 5 segundos; depois, devagar, girar a mão para baixo e manter por 5 segundos.

Fazer 3 séries de 10 repetições.

É importante manter o cotovelo a 90º durante todo o exercício.



3 - Arco de Movimento do Cotovelo: 

Em pé, flexionar o cotovelo, levando a mão, com a palma para cima, de encontro ao ombro.

Estender o cotovelo, deixando-o o mais reto possível.

Fazer 3 séries de 10 repetições.




4 - Fortalecimento do Punho: 
A - Flexão do Punho:

Segurar uma lata de conserva, com a palma da mão para cima, e dobrar o punho para cima.

Sempre devagar, abaixar o peso e retornar à posição inicial. 

Fazer 3 séries de 10 repetições.  Gradualmente, deve-se aumentar o peso da lata.



B - Extensão do Punho:

Segurando a mesma lata, com a palma da mão para baixo, dobrar o punho para cima.

Sempre devagar, abaixar o peso e retornar à posição inicial.

Fazer 3 séries de 10 repetições.  Gradualmente, deve-se aumentar o peso da lata.



C - Afastamento Radial do Punho:
Com o punho na posição lateral e o polegar para cima, segurando a lata de conserva, dobrar o punho para cima, com o polegar em direção ao teto. 

Abaixar o peso e retornar à posição inicial, o antebraço não deve se mover durante todo
o exercício.

Fazer 3 séries de 10 repetições. 


5 - Pronação e Supinação: 

Substituir o martelo da figura ao lado por uma régua, segurando-a com o cotovelo dobrado a 90º, fazer o movimento de rotação, primeiro com a palma da mão para cima e depois para baixo.

Fazer 3 séries de 10 repetições de cada exercício.












6 - Enrolamento do Bíceps (Fortalecimento):
Em pé, segurando uma lata de conserva, dobrar o cotovelo do braço comprometido e elevar a mão, com a palma para cima, de encontro ao ombro.

Lentamente, retornar à posição inicial e estender o braço. 

Repetir 10 vezes.  Aumentar o peso gradualmente.







 
LUXAÇÃO DO COTOVELO
 
A luxação do cotovelo é comum em crianças. Nos adultos, é a 3ª articulação mais luxada (as mais comuns são do ombro e dos dedos). Em geral ocorre após uma queda sobre a mão espalmada, com o cotovelo fletido ou semi-fletido. Pode haver associação de fraturas,
lesões de nervos e de partes moles (tendões e músculos).

O paciente chega ao pronto socorro com dor intensa, deformidade e incapacidade de movimentar o cotovelo.


Tratamento:

A redução deve ser feita o mais breve possível. Preferencialmente, deve-se fazer o raio-x (RX) antes da redução, para verificar possíveis fraturas associadas. A redução é obtida com tração do anterbaço lenta e contínua, até o alinhamento anatômico da articulação.

Após obter a redução. o cotovelo deve ficar imobilizado por um período variável (em geral 1 semana) e depois iniciar fisioterapia para reabilitação.

Pode haver instabilidade residual do cotovelo, dependendo da lesão inicial. Pode haver necessidade de abordagem cirúrgica nestes casos.

OSTEOCONDRITE DISSECANTE (LASCAS DE OSSO) DO COTOVELO

O que é a osteocondrite dissecante do cotovelo? 
É uma doença em que os fragmentos do osso ou da cartilagem do cotovelo se soltam e flutuam pela articulação. A cartilagem é um tecido duro e suave que acolchoa a superfície das articulações.

As lascas de osso comumente vêm do osso do úmero (braço).

Como ocorre?
Normalmente ocorre após um movimento que envolva força e sobrecarga na articulação do cotovelo. Esse problema é muito comum em atletas que praticam ginástica olímpica e esportes com arremesso.

Quais são os sintomas?
Dor ao movimentar o cotovelo. O cotovelo pode estalar ou travar e alguns pacientes relatam sentir as lascas dentro da articulação.
Pode haver edema e o movimento de extens ão do braço pode ficar limitada.

Como é diagnosticada?
O médico examinará o cotovelo e revisará os sintomas. Ele poderá pedir um raio-x, que, pode mostrar fragmentos ósseos ou uma anormalidade na superfície da articulação.

Como é tratada?
O tratamento inclui:
• Repouso para o ombro até que os sintomas desapareçam, podendo durar semanas.
• Aplicar compressas de gelo sobre o cotovelo, por 8 minutos seguidos de 3 minutos de pausa. Esse ciclo deve ser repetido até completar 20 ou 30 minutos, a cada 3 a 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor e o inchaço desapareçam.
• O médico poderá receitar antiinflamatórios ou analgésicos.
• Pequenas lascas ósseas que não afetem o movimento do cotovelo e não causem maiores dores, não precisam ser removidas. A cirurgia remove grandes lascas ósseas.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
Para retornar, seguramente, ao esporte ou à atividade é necessário:
• Poder empunhar a raquete de tênis, taco de basebol, taco de golfe ou trabalhar no teclado do computador, sem sentir dor no cotovelo.
• Na ginástica e em lutas marciais, é importante conseguir suportar o próprio peso com o cotovelo lesionado, sem sentir dor.
• Não haver inchaço em volta do cotovelo lesionado e que a força esteja normal, comparada à do cotovelo não lesionado.
• Ter total amplitude de movimento do cotovelo.

Como evitá-la?
Ela normalmente ocorre por traumas ao cotovelo, que não são previsíveis.

SÍNDROMES COMPRESSIVAS
Trata-se da compressão local de um nervo, levando a alterações sensitivas, motoras, da, e, às vezes, a variados graus de atrofia muscular. Alguns exemplos são a Síndrome do Túnel Carpo, a neurite ulnar, a Síndrome do Pronador e a Síndrome do Túnel radial. Destas, no cotovelo, a mais comum é a neurite ulnar.

O nervo ulnar pode ser comprimido em vários locais, sendo mais comum ocorrer no sulco atrás do cotovelo - o túnel cusital - local onde refirimos "choque" ao sofrermos um trauma
direto.

A compressão pode ocorrer por traumas locais, por posturas viciosas (deitar sobre o braço ou manter os cotovelos fletidos por períodos prolongados) ou por deformidades ósseas no cotovelo.

Sintomas:
A neurite do ulnar cursa com sensação de formigamento ou choques na ponte interna do antebraço. No 5º dedo e na 1/2 lateral do 4º dedo. Em geral pioram os moviventos de flexão e pronação do antebraço.

Diagnóstico:
Para se confirmar o local da compressão, pode-se realizar uma ressonância magnética (RM) do cotovelo (observar possíveis tumores ou lesões anatômicas que comprimam o nervo) ou também uma eletroneuromiografia.

Tratamento:
• Modificar atividades e locais de apoio para evitar a compressão local. Existe a opção do uso de órteses que limitam a flexão maior que 90º do cotovelo. Fisioterapia local também pode ser útel para amenizar o desconforto e alongar a musculatura.
• O tratamento cirúrgico pode ser indicado quando não há melhora após 3-4 meses de
abordagem clínica, ou quando há fraqueza progressiva. Pode-se realizar a liberação e tranmissão do nervo.

SÍNDROME DE OVERUSE (SOBRECARGA)
São causadas ou agravadas por movimentos repetitivos, com microtraumas locais (em geral unidade miotendinía). Engloba várias doenças também conhecidas como "LER / DORT", tais como Síndrome do Túnel Carpo, epicondilite, tendinites, etc... Há também fraturas por estresse, mais comuns em praticantes de atividades esportivas.


Sintomas:

Tipicamente ocorre da, fadiga, alterações sensitivas difusas e de difícil localização. Há comumente a sensação de edema, embora não seja visível ao exame físico.

Há indivíduos que estão "em risco" para estas síndormes, sobretudo aqueles com exposição ao estresse físico (repetições, sobrecarga, extremos de temperatura, vibrações etc...), e também o extresse emocional.


Tratamento:

O enfoque multidisciplinar é necessário, com a abordagem médica, fisioterápica, psicológica e de terapeutas ocupacionais.

Inicialmente o tratamento deve incluir gelo e repouso, com exercícios de alongamento progressivo. É importante, no entanto, tratar a causa, ou seja, localizar o foco do problema (má ergonomia no local de trabalho, jornadas excessivas, etc...) e saná-lo.

Antinflamatórios também têm seu papel, associados a analgésicos. O uso de antidepressivos pode ser útil se houver quadro de depressão associado.

Punho e Mão:
 
 



 
 
 
CISTO SINOVIAL (GANGLION)
 
O que cisto sinovial ou ganglion? 
É uma bolsa fechada e edemaciada sob a pele. Esta bolsa liga-se ao tendão ou à articulação.

O cisto contém um fluído denso e claro, similar ao da articulação e pode variar de tamanho, podendo ser pequena como uma ervilha ou como uma bola de golfe.

Pode se desenvolver em qualquer área do corpo, onde haja uma articulação sinovial ou ao longo de bainhas dos tendões, mas é mais comum em mãos e punhos.

Este cisto é o tipo mais comum de tumor benigno na mão ou no punho e acomete, principalmente, indivíduos entre 15 e 40 anos.

Como ocorre?
Sua causa é desconhecida.

Quais os sintomas?
Sensação de desconforto ou dor, que é agravada por atividades que realizam movimentos repetitivos do punho. A região do cisto pode ficar edemaciada e desfigurada, chegando até a romper e a extravasar o líquido. Os sintomas mais importantes acontecem pelo aumento da pressão das estruturas vizinhas ao cisto.

Como é diagnosticado?
Inicialmente será feito um exame clínico. A radiografia da região, habitualmente, tem aspecto normal.
O m édico poderá fazer uma punção no cisto e retirar uma amostra do fluído dentro desta bolsa ou, até, retirá-lo por completo.

Como é tratado?
A menos que o cisto cause dor, ele não precisará ser tratado. Se doer, colocar gelo sobre ele por 20 a 30 minutos, três ou quatro vezes ao dia ou, pelo menos, uma vez diariamente, até que se torne menos doloroso.
Tomar aspirina ou algum outro medicamento antiinflamatório pode ajudar.
O líquido pode ser removido com uma agulha, mas o cisto tende a se encher novamente.
Não se deve tentar espremê-lo, pois mesmo que se tenha sucesso aparente no início, habitualmente, o cisto volta. Além disso, existe a possibilidade de lesionar seriamente a região.
Nos casos de dor ou de aparência desagradável, o cisto pode ser removido cirurgicamente, por meio de um pequeno corte na pele, de rápida cicatrização.

Quando retornar ao esporte ou atividade?
O objetivo da reabilitação é que o paciente possa retornar ao esporte ou à atividade o mais rápido e seguramente possível.
Se o retorno for precoce, existe o risco de agravar a lesão e causar danos permanentes ao paciente. Como cada caso é diferente do outro, o retorno ao esporte dependerá da ausência de sintomas, não existindo um protocolo ou número exato de dias indicado para este retorno.
Geralmente, quanto mais tempo se demora para buscar auxílio e tratamento médico, após
a presença dos sintomas da lesão, maior será o tempo para recuperá-la.
Pode se retornar ao esporte quando não houver dor ao praticá-lo.
O uso de uma munhequeira ou um enfaixamento com esparadrapo no punho pode ser ben éfico.
Em esportes como a ginástica, a participação é limitada enquanto houver dor no punho ao dar uma cambalhota ou em apoio palmar.
Em esportes como beisebol ou tênis, é importante não sentir dor no punho quando empunhar ou balançar o taco de beisebol ou a raquete de tênis.

Como posso prevenir-me do cisto sinovial ou ganglion ?
Não existe maneira conhecida de preveni-lo, pois suas causas são desconhecidas. 

REMOÇÃO DO CISTO SINOVIAL (GANGLIONECTOMIA)
O que é a remoção do cisto sinovial ? 
A remoção do cisto sinovial, chamada ganglionectomia, é o procedimento pelo qual o médico remove um cisto da uma parte do seu corpo.

O cisto sinovial é uma bolsa fechada e edemaciada sob a pele. A bolsa está conectada ao tendão ou à articulação. O cisto contém um fluído similar ao da articulação.
Alternativas para esse procedimento incluem:

• Tirar o fluido com uma agulha ou seringa, com ou sem uma injeção de cortisona.

• Escolher não se tratar, reconhecendo o risco da condição.



Como me preparo para uma ganglionectomia ?

• Planejar os cuidados e recuperação do pós-operatório, especialmente em caso de anestesia geral.

• Ter um tempo para descansar e encontrar pessoas para ajudar nas atividades do
dia-a-dia.

• Seguir as instruções do médico.

• Não comer ou beber nada 8 horas antes da cirurgia.

• Não tomar nem mesmo: café, chá ou água.



O que acontece durante o procedimento ?

Será ministrada uma anestesia geral, que relaxa os músculos e põe o paciente para dormir, ou regional, que anestesia parte do corpo do paciente enquanto ele permanece acordado. Todos os tipos de anestesia tem o objetivo de evitar a dor durante a cirurgia.

Após um corte na pele, o médico cortará em volta do cisto e o removerá. Então, ele fechará o corte com pontos ou tiras cirúrgicas especiais.



O que acontece após o procedimento ? 

O paciente poderá ir para casa no mesmo dia da cirurgia. Um volumoso curativo, com ou sem tala, cobrirá a área onde existia o cisto. Retornar ao médico dentro de uma semana, para remoção dos pontos. 

O paciente deve perguntar ao médico quais passos deve seguir e quando deverá retornar para um check-up.



Quais são os benefícios desse procedimento ? 

A região onde o cisto estava deverá retornar a função normal.  O aspecto cosmético deverá ser melhor e a dor, diminuir.



Quais são os riscos associados a esse procedimento ?

• Existem alguns riscos quando a anestesia geral é usada geral.  O paciente deverá discutir esses riscos com o médico.

• A anestesia regional talvez não adormeça a área o suficiente, podendo causar um pequeno desconforto.

• Em raros casos, poderá haver uma reação alérgica à droga usada na anestesia.

• Anestesias locais são consideradas mais seguras que anestesias gerais.

• O cisto pode retornar.

• Existe um pequeno risco de infecção e sangramento. Entretanto, normalmente, o corte cicatriza rapidamente, sem maiores problemas.

• Em raros casos, nervos e vasos sanguíneos na área podem ser danificados.

• A cicatrização do corte pode formar uma cicatriz disforme. Normalmente a cicatriz se torna imperceptível, à longo prazo.



Quando chamar o médico ? 

Chame imediatamente o seu médico se:

• Houver aumento de dor, mesmo se estiver usando medicamento para dor, recomendado por ele

• Houver pus, surgir rubor, grande edema e sensibilidade, perto do corte e dos pontos.

DEDO EM GATILHO

DEDO EM MARTELO
O que é o dedo em martelo? 
É uma lesão que ocorre na ponta do dedo, sendo uma lesão pura do tendão extensor ou também uma fratura no dorso da falange distal (ponta do dedo), causada por uma pancada em sua extremidade.

No dedo em martelo, o tendão que retifica a ponta do dedo é lesionado, comprometendo esta habilidade, podendo causar a incapacidade de esticar totalmente o dedo.

Como ocorre?
Normalmente, há um impacto direto contra a ponta do dedo ou um trauma com o dedo dobrado.

Quais os sintomas?
Dor e edema na ponta do dedo. Perda da capacidade de esticar a ponta do dedo, que pode se tornar permanente se for uma lesão antiga ou se não houver interferência de um médico.

Como é diagnosticado?
O médico examinará o dedo e analisará os sintomas. Raios-X podem ser feitos, para constatar se há fratura.
Pode ocorrer a ruptura do aparelho tendinoso extensor do dedo ou o arrancamento de um pedaço de osso pelo tendão que se conecta a ele, na última falange do dedo.

Como é tratado?
O dedo é retificado e colocado em uma tala, por, aproximadamente, 6 semanas, para permitir que o tendão se conecte novamente ao osso. Em caso de um pedaço do osso ter sido arrancado, a imobilização tem o objetivo de permitir que o osso cicatrize.
É importante manter a tala para permitir a cicatrização. O dedo, provavelmente, estará com edema.
Deve-se aplicar compressas de gelo por 20 ou 30 minutos, sendo que a cada 8 minutos de gelo deve-se fazer uma pausa de 3 minutos. Pode ser feita a cada 3 ou 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça.
Quando deitado, elevar a mão, apoiando-a sobre um travesseiro. Quando sentado, elevar a mão apoiada acima do nível do coração, por exemplo, apoiando-a no braço do sofá.
Algumas vezes, é necessário fazer uma cirurgia para correção do problema, o que é mais comum quando há lesão apenas do tendão, sem fratura, pois a cicatrização é mais difícil.
Após a retirada da tala é comum que os pacientes sejam encaminhados para a fisioterapia.

Quando retornar à atividade ou esporte ?
O objetivo da reabilitação é que o retorno ao esporte ou à atividade aconteça o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe a possibilidade de piora da lesão, que pode levar a um dano permanente.
Como cada indivíduo é diferente do outro, a velocidade de recuperação também é. Por isso, o retorno ao esporte será determinado pela recuperação do dedo, não existindo um protocolo ou um tempo exato para isto acontecer. Geralmente, quanto mais rápido o médico for consultado após a lesão, mais rápida será a recuperação.
É importante usar uma tala no dedo em martelo por, pelo menos, 6 semanas após a lesão. Ao usá-la, como recomendado pelo médico, o retorno às atividades pode ser mais rápido. Não usá-la, pode levar à uma lesão permanente ou a uma deformação do dedo.

Como prevenir o dedo em martelo?
O dedo em martelo é causado por uma forte pancada na sua extremidade, normalmente acidental e imprevisível. Por isso, não existe uma maneira de prevenção.

Exercícios de reabilitação da lesão do dedo em martelo:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir objetivos como analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito em casa e sem a supervisão de um profissional.



Figura 1 - Flexão do Dedo 

Gentilmente, auxiliar a flexão da articulação lesionada com a mão oposta. 

Depois, com cuidado, tentar esticar a articulação lesionada, sempre com a ajuda da outra mão. 

Repetir, lentamente, mantendo a posição por 5 segundos ao final de cada movimento.

Fazer 10 vezes, de 3 a 5 vezes por dia.


Figura 2 - Estiramento do Dedo
Com a mão espalmada sobre uma mesa e os dedos estendidos, levantar, individualmente, cada dedo e mantê-lo nesta posição por 5 segundos.

Completar o exercício com os 5 dedos, individualmente. 

Manter cada dedo levantado por 5 segundos e repetir 10 vezes.



Figura 3 - Fechamento do Punho 

Flexionar os dedos, fechando o punho. Se o dedo lesionado não dobrar até o punho, auxilie-o a dobrar, com a mão não lesionada. 

Manter a posição por 5 a 10 segundos e repetir 10 vezes.



Figura 4 - Pegar Objeto

Praticar pegar pequenos objetos com o dedo lesionado e o polegar, como: moedas, bolas de gude, broches ou botões

DUPUYTREN (FIBROMATOSE PALMAR)
Trata-se de um espeçamento, com formação de nódulos, da fascia palmar. É uma doença de causa desconhecida, mas tem componente genético importante, comumente envolvendo indivíduos de ascendência mediterrânea e norte européia.

É mais encontrata em homens, de meia idade, e está associada em maior frequência com epilepsia, diabetes, álcool e tabagismo.

A doença é lenta e, às vezes, progressiva. O paciente nota nódulos em geral indolores, na palma da mão, que podem evoluir para contratura dos dedos e limitação para extensão dos mesmos. O dedo mais acometido é o quarto (anelar)


Tratamento:

A imobilização não é curativa, mas órteses noturnas podem ser uma tentativa de minimizar a piora das contraturas.

A cirurgia é indicada quando há contraturas maiores que 30° entre o metacarpo e a falange ou 10° entre as falanges proximal e média. O procedimento cirúrgico envolve liberação das contraturas e excisão da fáscia acometida.

Pode haver recidiva da doença, mesmo após cirurgia.