tratamento ortopédico 05

RUPTURA DO MENISCO
 
O que é a ruptura do menisco? 
Os meniscos são estruturas de tecido fibrocartilaginoso, que se localizam entre o osso da coxa (fêmur) e o osso da perna (tíbia), ou seja, no centro do joelho.  Cada perna conta com dois meniscos, o medial está na parte interna da perna e o lateral encontra-se na parte externa. O menisco medial é 20 vezes mais lesionado do que o menisco lateral. Eles agem como amortecedores de impacto e distribuidores das pressões que atingem a região. 

Como o próprio nome diz, ruptura do menisco é uma lesão que ocorre nessa estrutura. 
Como ocorre?
Pode ocorrer durante uma torção com o joelho flexionado ou por conseqüências de processos degenerativos.

Quais são os sintomas?
Dor na articulação com edema imediato e fluído no joelho, chamado efusão. Alguns pacientes relatam o fato do joelho ficar travado em uma posição e de ouvir um estalo no momento da lesão.
O paciente pode ficar impossibilitado de dobrar ou estender a perna completamente.

Como é diagnosticada?
O médico examina o joelho e procura susceptibilidade à dor ao longo da linha da articulação. Ele movimentará o joelho em várias direções e isso talvez cause dor sobre a superfície do menisco lesionado.
Raios X podem ser solicitados para constatar possível lesão nos ossos do joelho, porém a ruptura do menisco não irá aparecer. Entretanto, a Ressonância Nuclear Magnética (RNM), por vezes, é útil no seu diagnóstico.
Como é tratada?
O tratamento pode incluir:
• Aplicação de compressas de gelo sobre o joelho por 8 minutos, com pausas de 3 minutos, repetindo até completar o ciclo total de 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.
• Uso de um travesseiro embaixo da perna para elevar o joelho.
• Uso de uma faixa elástica em volta do joelho para diminuir o edema.
• Uso de muletas.
• Uso de antiinflamatórios ou analgésicos, prescritos pelo médico.
• Fisioterapia.



Quando retornar aoesporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:
• Dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor.
• Recuperar a força normal da perna lesionada, em comparação à outra.
• Não apresentar mais edema no joelho.
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Correr em linha reta a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar.
• Fizer viradas bruscas a 45º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Correr, desenhando no chão um "8", inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Fizer viradas bruscas a 90º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Pular com ambas as pernas e depois somente com o lado lesionado, sem sentir dor.


Como evitá-la?
Infelizmente, a maioria das lesões do menisco ocorre em acidentes imprevisíveis. Entretanto, podem ser evitadas se o paciente mantiver a musculatura da coxa forte e alongada.
Para esquiar, deve-se pedir ajuda a um profissional treinado para certificar-se de que as amarras do esqui estejam corretamente ajustadas e não se soltem, em caso de queda.

Exercícios de reabilitação da ruptura do menisco:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.


1 - Alongamento em Pé da Panturrilha:

Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito. 

A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são. 

Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede. 

Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado. 

Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.

2 - Alongamento na Parede da Musculatura Isquiotibial:

Deitar de costas no chão, com as nádegas próximas ao batente de uma porta aberta, de forma que a perna sã fique totalmente estendida através dela.

A perna lesionada deve estar sempre levantada e encostada contra a parede, de modo que seu calcanhar descanse contra o batente. 

Um alongamento muito forte será sentido na parte posterior da coxa.

Manter por 60 segundos e repetir 3 vezes.



3 - Elevação Com a Perna Estendida: 

Deitar com a perna do lado lesionado estendida e a sã dobrada, com o pé apoiado no chão. 

Puxar os dedos do pé da perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder.

Contrair os músculos da parte de cima da coxa e levantar a perna estendida, de 10 a 15 centímetros do chão.

Manter a posição de 3 a 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna.

Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.




4 - Deslizamento do Calcanhar: 

Sentar com as costas eretas, sobre uma superfície firme e estender as pernas para frente. 

Lentamente, deslizar o calcanhar da coxa lesionada em direção às nádegas, levando o joelho no sentido do tórax.

Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes.


5 - Deslizamento na Parede Com Bola:
Ficar em pé com as costas, ombros e cabeça encostados em uma parede, olhando para frente.
Manter os ombros relaxados e os pés, um pouco afastados da parede, separados na mesma distância dos ombros.
Colocar uma bola média entre os joelhos.
Sem tirar o tronco, a cabeça e os ombros da parede, agachar e, ao mesmo tempo, apertar a bola entre as pernas.
Manter essa posição por 10 segundos e, lentamente, voltar para a posição inicial.
Repetir 20 vezes.



6 - Step Lateral:
De pé e de lado, com a perna lesionada em cima de um degrau e a perna sã no chão, colocar o peso na perna lesionada, estender o joelho enquanto tira a perna sã do chão.
Lentamente voltar à posição inicial.
Repe

tir 10 vezes o exercício.
SÍNDROME DA BANDA ILIOTIBIAL
O que é a síndrome da banda iliotibial? 

A banda iliotibial é uma camada densa e fibrosa de tecidos conectivos, que tem origem na Espinha Ilíaca Antero superior (aquela protuberância óssea na região anterior do tronco) e se dirige para baixo, pela parte externa da coxa atravessando o lado externo do joelho e se ligando à parte lateral de cima do osso da perna (tíbia). A síndrome é caracterizada pela inflamação da extremidade inferior desta banda. 
Como ocorre?
Ao flexionar e estender o joelho, a parte inferior da banda passa por cima do côndilo femoral lateral, uma saliência óssea do fêmur que está na logo acima do joelho. Quando existe atrito entre essas duas estruturas, a banda iliotibial fica irritada e inflamada, causando dor.
É mais comum em corredores de longas distâncias e ciclistas, mas qualquer atleta que tenha os fatores facilitadores do encurtamento desta banda pode desenvolver a síndrome.
Os fatores predisponentes do encurtamento da banda são:
• Músculos tensos no quadril, pélvis ou perna,
• Diferença de comprimentos entre as pernas,
• Desalinhamento dos membros inferiores, como: joelho varo, rotação interna do joelho, pé plano,
• Correr em superfície inclinada ou com calçados que causem muito desgaste na parte externa do calcanhar.

Quais são os sintomas?
Dor na parte lateral do joelho.

Como é diagnosticada?
O médico examinará o joelho à procura de sensibilidade e de tensão na banda iliotibial.

Como é tratada?
O tratamento pode incluir:
• Aplicação de compressas de gelo sobre a tira iliotibial por 8 minutos, seguidos de 3 minutos de pausa. Esse ciclo deve ser repetido até completar 20 a 30 minutos, pode ser feito a cada 3 ou 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor desapareça.
• Massagem com gelo: Congele água em um copo descartável e rasgue a parte de baixo dele. Esfregue o gelo sobre o joelho por 5 a 10 minutos.
• Uso de medicamentos antiinflamatórios, de acordo com a prescrição do médico.
• Alongamentos, recomendados pelo médico e fisioterapeuta.
• O médico pode aplicar uma injeção de corticosteróide para ajudar a diminuir a inflamação e a dor.
Enquanto o joelho se recupera, a atividade anteriormente praticada sem problemas, deve ser substituída por ma que não agrave a lesão. Por exemplo, andar de bicicleta ao invés de correr.



Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:
• Dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor.
• O joelho e a perna recuperarem a força normal, em comparação ao joelho e perna não lesionados.
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Correr em linha reta a toda velocidade, sem mancar.
• Não apresentar edema no joelho.
• Fizer viradas bruscas ou abruptas a 45º.
• Fizer viradas bruscas ou abruptas a 90º.
• Puder correr fazendo o “8” de 18 metros.
• Correr fazendo o “8” de 9 metros.
• Pular com ambas as pernas e depois pular só com a perna lesionada, sem sentir dor.
Como evitar a síndrome da banda iliotibial?
A melhor maneira de evitá-la é fazendo aquecimento e alongamento adequados antes do exercício.


Exercícios de reabilitação da síndrome da banda iliotibial:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
A reabilitação deverá acontecer de maneira progressiva e durará em média 6 meses.

Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.


1 - Alongamento da Tira Iliotibial (em pé):
Em pé, cruzar a perna boa na frente da lesionada e curvar-se para baixo, tocando a mão nos dedos dos pés.
Manter essa posição por 30-60 segundos.
Levantar e repetir 3 vezes.



2 - Alongamento da tira iliotibial (de lado):
Com o lado lesionado perto da parede e apoiar a mão do lado lesionado na parede.
Cruzar a perna boa sobre a perna lesionada, mantendo o pé da perna boa estável.
Inclinar o corpo contra a parede.
Manter o alongamento por 10 segundos e repetir.



3 - Alongamento em Pé da Panturrilha:

Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito. 

A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são. 

Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede. 

Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado. 

Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.

4 - Alongamento na Parede da Musculatura Isquiotibial:

Deitar de costas no chão, com as nádegas próximas ao batente de uma porta aberta, de forma que a perna sã fique totalmente estendida através dela.

A perna lesionada deve estar sempre levantada e encostada contra a parede, de modo que seu calcanhar descanse contra o batente. 

Um alongamento muito forte será sentido na parte posterior da coxa.

Manter por 60 segundos e repetir 3 vezes.




5 - Alongamento do Quadríceps:
Em pé, de cabeça erguida, manter o lado são do corpo junto a uma parede e apoiar a mão contra ela.
Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega, sem arquear a coluna.
Manter a posição por 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.


6 - Postura do Quadríceps Vastus Medialis: 
Sentar no chão com a perna lesionada estendida à frente.

Tentar contrair o músculo da parte de cima da coxa, empurrando a parte de trás do joelho para baixo em direção ao chão.

Concentrar a contração na parte interna da coxa.

Manter essa posição por 5 segundos e repetir 10 vezes. 

Fazer 3 séries.


7 - Elevação Com a Perna Estendida: 

Deitar com a perna do lado lesionado estendida e a sã dobrada, com o pé apoiado no chão. 

Puxar os dedos do pé da perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder.

Contrair os músculos da parte de cima da coxa e levantar a perna estendida, de 10 a 15 centímetros do chão.

Manter a posição de 3 a 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna.

Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.




8 - Adução do Quadril Deitado de Lado:
Deitar sobre o lado lesionado, com a perna de cima dobrada e o pé posicionado sobre o solo à frente da perna lesionada, que permanece estendida.
Elevar a perna lesionada, o mais que puder, mantendo os quadris firmes.
Manter 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.


9 - Agachamento na Parede Com Bola:
Ficar em pé com as costas, ombros e cabeça encostados em uma parede, olhando para frente.
Manter os ombros relaxados e os pés, um pouco afastados da parede, separados na mesma distância dos ombros.
Colocar uma bola média entre os joelhos.
Sem tirar o tronco, a cabeça e os ombros da parede, agachar e, ao mesmo tempo, apertar a bola entre as pernas.
Manter essa posição por 10 segundos e, lentamente, voltar para a posição inicial.
Repetir 20 vezes.



10 - Adução do Quadril Com a Faixa Terapêutica:
Em pé, de lado para uma cama, com o lado lesionado mais próximo dela.
Prender uma faixa elástica no “pé” da cama e a outra extremidade, da faixa, no tornozelo da perna lesionada.
Mantendo o joelho da perna lesionada estendido, levá-la
através do corpo, afastando-a da cama.
Retornar à posição inicial. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.


SÍNDROME PALETOFEMORAL
 
O que é a síndrome patelofemoral ? 
É a dor na região anterior do joelho, na parte de trás da patela.
O termo patelofemoral parece apropriado, já que não é possível distinguir qual estrutura, a patela ou o fêmur, é especificamente afetada. Já lhe foram dados vários nomes, incluindo: desordem patelofemoral, mau alinhamento patelar, joelho de corredor e condromalácia, mas hoje em dia, os termos síndrome da dor patelofemoral, dor anterior do joelho ou instabilidade femuropatelar são, preferencialmente, usados.
É mais comum em adolescentes, mulheres e atletas, especialmente corredores.

Como ocorre ?
A síndrome patelofemoral é multifatorial, provavelmente ocorre pela combinação de:
• Microtraumas repetitivos,
• Mau alinhamento da patela,
• Uso excessivo da articulação do joelho,
• Desalinhamento do mecanismo extensor do joelho associado a uma movimentação lateral excessiva da patela.
A parte superior da patela é ligada a um grande grupo de músculos da coxa, chamado quadríceps, e sua extremidade inferior é ligada ao tendão patelar, que se insere no osso da perna, logo abaixo do joelho.
A patela apóia-se em sulcos nas extremidades do osso da coxa (fêmur), chamados côndilos femorais e durante a extensão e flexão do joelho, a patela “flutua” sobre eles.
Porém, pessoas que apresentam desequilíbrios de força entre os músculos laterais e mediais da coxa, aumento do ângulo Q (pessoas que tem o quadril largo), patela alta ou hipermóvel e joelho valgo (para dentro) favorecem a instabilidade e a lateralização da patela, tirando-a do “trilho”. Quando isso acontece, acontece uma compressão da patela no côndilo femoral, podendo irritar a superfície posterior da patela e causando dor.

Quais são os sintomas ?
O principal sintoma é a dor na região anterior do joelho, entre a patela e o fêmur. Essa dor é intensificada quando alguma atividade que aumenta a carga nesta articulação é realizada, como: corridas, escaladas, agachamentos, o simples fato de ajoelhar ou de ficar muito tempo sentado. Alguns pacientes referem sensação de instabilidade do joelho e, raramente, é acompanhada de edema.


Como é diagnosticada ?
O médico revisará os sintomas, examinará o joelho e o alinhamento do membro inferior. Ele poderá pedir raios-x.

Como é tratada ?
O paciente deve fazer:
• Compressas de gelo sobre os joelhos por 20 a 30 minutos, a cada 3 ou 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor desapareça,
• Elevação do joelho, colocando um travesseiro debaixo da perna, quando houver dor,
• Uso dos medicamentos antiinflamatórios, prescritos pelo médico,
• Os exercícios recomendados pelo médico ou fisioterapeuta.
O médico poderá recomendar o uso de órteses no tornozelo ou no joelho. Durante a recuperação da lesão, a atividade ou esporte praticado anteriormente, deverá ser modificado, para que não agrave a condição. Por exemplo: Alguém que costumava correr, agora terá que caminhar.
Em casos severos de síndrome patelofemoral, a cirurgia poderá ser indicada.
O médico mostrará exercícios que ajudarão a diminuir a dor na parte de trás da patela.

Quando retornar ao esporte ou à atividade ?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que levaria a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando os itens listados abaixo forem realizados, progressivamente:
• Dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor,
• Joelho e perna recuperarem a força normal, em comparação ao joelho e perna não lesionados,
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar,
• Correr em linha reta, a toda velocidade, sem mancar,
• O joelho não estiver edemaciado,
• Fazer viradas bruscas, a 45º,
• Fazer viradas bruscas, a 90º,
• Correr, fazendo o “8”, de 18 metros,
• Correr, fazendo o “8”, 9 metros,
• Pular com ambas as pernas e só com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como evitar a síndrome patelofemoral ?
A melhor maneira de evitá-la é mantendo os músculos da coxa alongados e fortalecidos, principalmente a parte interna.
Também é importante usar sapatos adequados e que tenham um bom apoio para os pés.

Exercícios de reabilitação da síndrome patelofemoral:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios listados aqui são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.


1 - Alongamento em Pé da Musculatura de Isquitibiais: 

Começar colocando o calcanhar da perna lesionada sobre um banco de, aproximadamente, 40 cm de altura.

Inclinar o tronco para frente e flexionar o quadril até sentir um leve alongar na parte posterior da coxa.

Colocar as mãos nos pés ou, se não for possível, nos tornozelos. 

Manter os ombros e as costas eretos.

Manter o alongamento por 30 a 60 segundos e repetir o exercício 3 vezes.

2 - Mobilidade Patelar: 
Sentar com a perna lesionada estendida à frente do tronco e com os músculos da coxa relaxados.

Com o dedo indicador e polegar, gentilmente pressionar a patela para baixo em direção ao seu pé. 

Manter essa posição por 10 segundos. Retornar à posição inicial.

Então, puxar a patela para cima em direção à cintura. Manter por 10 segundos. Retornar à posição inicial.

Depois, tentar empurrar suavemente a patela para dentro em direção à outra perna e manter por 10 segundos. 

Repetir esses exercícios por aproximadamente 5 minutos.





3 - Alongamento do Quadríceps:
Em pé, de cabeça erguida, manter o lado são do corpo junto a uma parede e apoiar a mão contra ela.
Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega, sem arquear a coluna.
Manter a posição por 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.


4 - Postura do Quadríceps:
Sentar no chão com a perna lesionada estendida à frente.
Tentar contrair o músculo da parte de cima da coxa, empurrando a parte de trás do joelho para baixo em direção ao chão.
Concentrar a contração na parte interna da coxa.
Manter essa posição por 5 segundos e repetir 10 vezes.
Fazer 3 séries.


5 - Elevação Com a Perna Estendida: 

Sentar com a perna lesionada estendida e a outra perna dobrada com o pé apoiado no chão.

Puxar os dedos do pé da sua perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder, enquanto contrai os músculos da parte de cima da coxa. 

Elevar a perna de 10 a 15 centímetros do chão, manter por 5 segundos e, então, abaixar a perna, lentamente.

Repetir 10 vezes e fazer 03 séries.




6 - Elevação Com a Perna Estendida em Prono:
Deitar com as costas para cima e com a perna lesionada estendida afastá-la do chão.
Manter 5 segundos, voltar à posição inicial.
Fazer 3 séries de 10 repetições.



7 – Levantar Pesos Estendendo a Perna (Musculação):
Esse exercício deve ser feito com tornozeleiras de pesos.
Sentar em um banco com as tornozeleiras presas aos tornozelos, estender o joelho, deixando a perna reta.
Os últimos quinze graus de extensão são os mais importantes e, por isso, a perna deve estar estendida por completa.
Alternar as pernas. Fazer 3 séries de 10.



8 – Fortalecimento de Isquiotibiais:
Em pé, com as mãos apoiadas em uma cadeira, flexionar o joelho, levando o pé em direção às nádegas.
Manter 5 segundos e relaxar.
Fazer 3 séries de 25 repetições.


9 – Adução de Quadril:
Em pé, de lado para uma cama, com o lado lesionado mais próximo dela.
Prender uma faixa elástica no “pé” da cama e a outra extremidade, da faixa, em seu tornozelo, da perna lesionada.
Mantendo o joelho da perna lesionada estendido, levá-la através do seu corpo, afastando-a da cama.
Retornar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.


 
 
SUBLUXAÇÃO PATELAR
 
O que é subluxação patelar? 
É o deslocamento lateral, temporário e parcial da patela, que sai da sua posição normal.
A patela deve ficar posicionada entre duas sali ências ósseas, chamadas côndilos femorais, na extremidade inferior do osso da coxa (fêmur), mas durante a subluxação ela se movimenta para a lateral.
Como ocorre?
O deslocamento temporário da patela normalmente ocorre durante uma extensão forçada da perna.
Existem alguns fatores que podem facilitar a subluxação da patela:
• Desequilíbrio da força entre os músculos da parte interna e da parte externa da coxa. Fraqueza dos músculos internos e muita força dos músculos da parte de fora da coxa.
• Desalinhamentos do membro inferior, como: patela alta, joelhos valgos, subdesenvolvimento do côndilo femoral externo, ângulo Q aumentado (quadris largos), etc.

Quais são os sintomas ?
Dor intensa e edema.

Como é diagnosticada?
O médico verificará os sintomas e examinará o joelho do paciente. Dependendo do grau da lesão é possível sentir a patela deslizar para fora quando o paciente dobra ou estica o joelho.
Raios X podem auxiliar no diagnóstico.

Como é tratada ?
O tratamento pode incluir:
• Aplicação de compressa de gelo sobre o joelho por 8 minutos, com pausa de 3 minutos. O ciclo deve ser repetido até completar 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.
• Elevação do joelho.
• Uso de medicamentos antiinflamatórios.
• Uso de uma órtese prescrita pelo médico, para manter a patela no lugar.
• Fisioterapia, para fortalecer a parte interna do músculo da coxa.
Algumas pessoas precisam submeter-se a cirurgia para evitar a repetição da subluxação da patela.
No período de recuperação da lesão sugere-se que o paciente mude de esporte ou de atividade para uma que não piore a condição. Por exemplo, andar de bicicleta em vez de correr.



Quando retornar ao esporte ou atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:
• Dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor.
• Recuperar a força normal de joelho e perna, em comparação ao joelho e perna não lesionados.
• Não apresentar edema no joelho.
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Correr em linha reta a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar.
• Fizer viradas bruscas a 45º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Correr, desenhando no chão um "8", inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Fizer viradas bruscas a 90º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Pular com ambas as pernas e depois somente com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como evitá-la?
A melhor maneira de evitá-la é mantendo fortes os músculos das coxas, particularmente, o grupo de músculos da parte interna (vasto medial oblíquo).

Exercícios de reabilitação da subluxação patelar:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.


1 - Alongamento na Parede da Musculatura do Jarrete Isquiotibial: 
Deitar de costas no chão, com as nádegas próximas ao
batente de uma porta aberta, de forma que a perna sã
fique totalmente estendida através dela. 

A perna lesionada deve estar levantada e encostada contra a parede, de modo que o calcanhar descanse contra o batente. 

Um alongamento muito forte será sentido, na parte posterior da coxa. 

Manter por 60 segundos e repetir 3 vezes.
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2 - Alongamento em Pé da Panturrilha:
Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito. 

A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são. 

Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede. 

Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado. 

Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.
3 - Postura do Quadríceps:
Sentar no chão com a perna lesionada estendida à frente.
Tentar contrair o músculo da parte de cima da coxa, empurrando a parte de trás do joelho para baixo em direção ao chão.
Concentrar a contração na parte interna da coxa.
Manter essa posição por 5 segundos e repetir 10 vezes.
Fazer 3 séries.


4 - Elevação Com a Perna Estendida: 

Deitar com a perna do lado lesionado estendida e a sã dobrada, com o pé apoiado no chão. 

Puxar os dedos do pé da perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder.

Contrair os músculos da parte de cima da coxa e levantar a perna estendida, de 10 a 15 centímetros do chão.

Manter a posição de 3 a 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna.

Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.




5 - Extensão do Quadril de Bruços: 
De bruços e com as costas sempre retas, contrair uma nádega contra a outra e, ao mesmo tempo, suspender a perna lesionada, uns 10 cm do solo.

Manter a perna elevada por 5 segundos e, então, abaixá-la. 

Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.




6 - Levantamento de Peso com Elevação da Perna Estendida
O paciente deve sentar na beira da cama, com as pernas dobradas para fora. 

Estender o joelho, principalmente os últimos graus.

Mantém 3 segundos.

Relaxar e repetir por 10 vezes.

Quando ficar fácil, deve-se usar caneleiras com peso.

 
 
TENDINITE PATELAR (JOELHO DE SALTADOR)
 
O que é a tendinite patelar? 

O tendão patelar está localizado bem abaixo da patela e faz a ligação entre ela e o osso da perna (tíbia).  A tendinite patelar, também, chamada de “joelho de saltador”, é a inflamação deste tendão, causando dor nesta região.
Como ocorre?
A atividade que mais causa a tendinite patelar é o salto realizado excessivamente. Outras atividades que podem causar a tendinite patelar, quando realizadas repetidamente, são: correr, caminhar e andar de bicicleta. Todas essas atividades causam estresse no tendão patelar, podendo levar à inflamação.
Tendinite patelar também pode ocorrer em pessoas que possuem um desalinhamento dos membros inferiores, como: quadris largos, joelhos valgos ou pés com arcos que se chocam quando você corre ou anda (pé chato), condição que se chama pronação acentuada.

Quais são os sintomas?
• Dor e sensibilidade ao redor do tendão patelar.
• Edema no joelho ou onde o tendão patelar se conecta ao osso da perna.
• Dor ao saltar, correr ou caminhar, especialmente ladeira ou escada abaixo.
• Dor ao dobrar ou esticar a perna.
• Sensibilidade na parte de trás da patela.


Como é diagnosticada?
O médico examinará o joelho procurando por sensibilidade no tendão patelar. Ele pode pedir para o paciente correr, saltar ou agachar para saber se esses exercícios causam dor.
Os pés serão examinados para descobrir se há pronação acentuada.
O médico poderá pedir raios-x do joelho.

Como é tratada?
• Aplicação de compressas de gelo sobre a área por 8 minutos, seguidos de 3 minutos sem gelo, repetindo até completar o ciclo total de 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.
• Uso de medicamentos antiinflamatórios, prescritos pelo médico.
• Uso de uma faixa para ser colocada sobre o tendão patelar, chamada tira-infra-patelar. A tira irá amparar o tendão patelar visando evitar desgaste e dor nele.
• Uso de suportes para o arco, feitos sob medida, em caso de pronação acentuada.
Durante a recuperação da lesão, o esporte ou a atividade, anteriormente praticados, devem ser mudados para outros que piorem a condição. Por exemplo: Nadar ao invés de jogar basquete.



Quando retornar ao esporte ou à atividade ?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:
• Puder dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor.
• Possuir total força da perna lesionada, em comparação à outra perna.
• Não possuir mais edema no joelho.
• Puder correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Puder correr em linha reta a toda velocidade, sem mancar.
• Puder fazer viradas bruscas a 45º.
• Puder fazer viradas bruscas a 90º.
• Puder correr fazendo o “8” de 18 metros.
• Puder correr fazendo o “8” de 9 metros.
• Puder pular com ambas as pernas e depois somente com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como evitá-la?
A tendinite patelar é comumente causada por desgaste durante atividades como salto ou corrida. A melhor maneira de evitá-la é possuir fortes músculos nas coxas e um bom alongamento das pernas.

Exercícios de reabilitação da tendinite patelar:
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

1 - Mobilidade Patelar: 
Sentar com a perna lesionada estendida à frente do tronco e com os músculos da coxa relaxados.

Com o dedo indicador e polegar, gentilmente pressionar a patela para baixo em direção ao seu pé. 

Manter essa posição por 10 segundos. Retornar à posição inicial.

Então, puxar a patela para cima em direção à cintura.

Manter por 10 segundos. Retornar à posição inicial.

Depois, tentar empurrar suavemente a patela para dentro em direção à outra perna e manter por 10 segundos. 

Repetir esses exercícios por aproximadamente 5 minutos.



2 - Alongamento em Pé da Musculatura de Isquitibiais: 

Começar colocando o calcanhar da perna lesionada sobre um banco de, aproximadamente, 40 cm de altura.

Inclinar o tronco para frente e flexionar o quadril até sentir um leve alongar na parte posterior da coxa.

Colocar as mãos nos pés ou, se não for possível, nos tornozelos. 

Manter os ombros e as costas eretos.

Manter o alongamento por 30 a 60 segundos e repetir o exercício 3 vezes.




3 - Alongamento do Quadríceps:
Em pé, de cabeça erguida, manter o lado são do corpo junto a uma parede e apoiar a mão contra ela.
Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega, sem arquear a coluna.
Manter a posição por 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.


4 - Postura do Quadríceps:
Sentar no chão com a perna lesionada estendida à frente.
Tentar contrair o músculo da parte de cima da coxa, empurrando a parte de trás do joelho para baixo em direção ao chão.
Concentrar a contração na parte interna da coxa.
Manter essa posição por 5 segundos e repetir 10 vezes.
Fazer 3 séries.


5 - Elevação Com a Perna Estendida: 

Sentar com a perna lesionada estendida e a outra perna dobrada com o pé apoiado no chão.

Puxar os dedos do pé da sua perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder, enquanto contrai os músculos da parte de cima da coxa. 

Elevar a perna de 10 a 15 centímetros do chão, manter por 5 segundos e, então, abaixar a perna, lentamente.

Repetir 10 vezes e fazer 03 séries.





6 – Levantar Pesos Estendendo a Perna (Musculação):
Esse exercício deve ser feito com tornozeleiras de pesos.
Sentar em um banco com as tornozeleiras presas aos tornozelos, estender o joelho, deixando a perna reta.
Os últimos quinze graus de extensão são os mais importantes e, por isso, a perna deve estar estendida por completa.
Alternar as pernas. Fazer 3 séries de 10.
CISTO DE BAKER (CISTO SINOVIAL POPLÍTEO)
 
O que é o Cisto de Baker ou Sinovial Poplíteo? 

A bolsa sinovial é um saco repleto de fluído, que age como um amortecedor entre os tendões, os ossos e a pele. O cisto de Baker é um edema anormal da bolsa sinovial, que está localizada no espaço atrás do joelho, na fossa poplítea

Como ocorre ?

A causa exata do cisto de Baker ainda é desconhecida.  Entretanto, o cisto pode ocorrer quando a produção de fluído está aumentada, como no caso de artrite ou após uma lesão.


Quais os sintomas ? 
Os pacientes apresentam edema na região poplítea, que pode ser acompanhada de dor e de rigidez, sem relatar história de trauma.  Se o cisto romper, pode haver edema e dor na panturrilha, podendo ser confundida com uma trombose venosa profunda.

Como é diagnosticado ?

O médico examinará os joelhos e procurará por uma saliência na parte de trás deles. Normalmente a ressonância magnética não é necessária, mas pode ajudar a determinar o tamanho e características do cisto, além de ser útil para verificação de lesões intra-articulares.


Como é tratado ?

O desconforto inicial, causado pelo cisto de Baker, pode ser tratado com uma faixa elástica. O  médico poderá prescrever medicamento antiinflamatório e o cisto poderá ser drenado.  Em casos raros, poderá ser feita uma cirurgia para remoção do cisto. Algumas vezes o cisto desaparece sozinho. Se o cisto não causar incômodo, não há necessidade de tratamento.


Como o cisto sinovial de Baker pode ser evitado ?

Não existe nenhuma maneira de evitar que o cisto de Baker se forme.
 
DISTENSÃO DA MUSCULATURA DA PANTURRILHA
 
O que é a distensão musculatura da panturrilha? 

A distensão é uma lesão na qual fibras musculares ou tendões são estirados ou rompidos; no caso da panturrilha, a lesão é nos músculos e tendões atrás da perna, abaixo do joelho.

Como ocorre?
Pode ocorrer durante alguma atividade física, que exija imenso esforço de flexão plantar dos tornozelos e pés. Pode acontecer durante a corrida, o salto ou uma arrancada.

Quais são os sintomas?
Dor imediata, na parte de trás da perna. Às vezes, é possível sentir ou escutar um estalo e o paciente relata “sensação de pedrada” na parte de trás da perna. O paciente sentirá dificuldades em ficar nas pontas dos pés. A panturrilha pode ficar edemaciada e com hematomas.

Como é diagnosticada?
O médico examinará a perna e encontrará sensibilidade, dor e incompetência no músculo da panturrilha.

Como é tratada?
O tratamento poderá incluir:
• Compressas de gelo na musculatura por 30 minutos, sendo que cada 8 minutos de gelo deve ser seguido de uma pausa de 3 minutos. Pode ser feito a cada 3 ou 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça,
• Elevação da perna colocando um travesseiro sob ela.
• Uma faixa elástica envolta na perna, para comprimir, evitando que o edema piore, sempre vigiar a circulação dos pés e dedos. Em caso de piora da dor, ou qualquer prejuízo da circulação, retirar a faixa,
• Muletas no caso de dificuladade para andar.
• Antiinflamatórios de acordo com prescrição do médico.
• Fisioterapia, para tratar o tecido do músculo.
Enquanto a lesão não estiver, totalmente, recuperada, o esporte ou a atividade, realizada anteriormente à lesão, deverá mudar para que não haja agravamento da condição. Por exemplo: Nadar ao invés de correr.

Quando posso retornar ao esporte ou atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno ao esporte ou à atividade aconteça o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe a possibilidade de piora da lesão, que poderia levar a um dano permanente.
Como cada indivíduo é diferente do outro, a velocidade de recuperação também é. Por isso, o retorno ao esporte será determinado pela recuperação dos músculos da panturrilha, não existindo um protocolo ou um tempo exato para que isto aconteça. Geralmente, quanto mais rápido o médico for consultado após a lesão, mais rápida será a recuperação.
• Possuir total alcance de movimento da perna lesionada, em comparação a não lesionada.
• Possuir total força da perna lesionada em comparação a não lesionada.
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Correr em linha reta, a toda velocidade sem mancar.
• Fazer viradas bruscas a 45º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Correr, desenhando no chão um 8 de 18 metros, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Fazer viradas bruscas a 90º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente a toda velocidade.
• Correr, desenhando no chão um 8 de 9 metros, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Pular com ambas as pernas e somente com o lado lesionado sem sentir dor.

Como previni-la?
A melhor maneira de prevenir a distensão da panturrilha é realizando aquecimento e alongamento da panturrilha, antes e depois do exercício. Isso é especialmente importante na prática de exercícios que envolvem saltos ou esportes de velocidade.
Também é importante manter condicionamento físico constante (evitar ser “atleta de fim de semana”).

Exercícios de reabilitação distensão da panturrilha:
*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios devem ser feitos com a supervisão de um fisioterapeuta e poderão ter início após o início da cicatrização da lesão, aproximadamente 2 semanas. Alguns dos exercícios que serão feitos na fisioterapia podem ser feitos em casa:

1 - Alongamento Com a Toalha: 
Sentar sobre uma superfície firme, com a perna lesionada estendida à frente do corpo.  Laçar o pé com uma toalha e puxá-la, suavemente, em direção ao corpo, mantendo os joelhos estendidos. 

Manter essa posição por 30 segundos e repetir 3 vezes.

Para um bom alongamento, é necessário sentir, apenas, um desconforto, não devendo causar uma dor aguda.

Quando esse alongamento for muito fácil, deve-se iniciar o alongamento da panturrilha em pé.



2 - Alongamento da Panturrilha em Pé:
Ficar em pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.
A perna lesionada deve estar, aproximadamente, 30 a
60 cm atrás da perna não lesionada. Manter a perna sã estendida, com o calcanhar no chão, e inclinar em direção à parede.
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha da perna lesionada.
Manter por 30/60 segundos e repetir 3 vezes.





3 - Resistência a Dorsiflexão: 

Sentado com a perna lesionada estendida e o p é perto de uma cama, enrolar a faixa ao redor da planta do pé.

Prender a outra extremidade da faixa no pé da cama.

Puxar os dedos do pé, no sentido do corpo.

Lentamente, retornar à posição inicial.

Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.




4 - Resistência à Flexão Plantar:
Sentado com a perna lesionada estendida, laçar a planta do pé com o meio da faixa.
Segurar as pontas da faixa com ambas as mãos e, suavemente, empurrar o pé para baixo apontando os dedos do pé para frente, tencionando a faixa terapêutica (thera band), como se estivesse acelerando o pedal de um carro.


Os exercícios 5, 6 e 7 poderão ter início quando o paciente puder ficar nas pontas dos pés, sem sentir dor.



5 - Levantamento em Pé do Calcanhar:

Segurar em uma cadeira e suspender o corpo sobre os dedos dos p és, tirando os calcanhares do chão, ficando nas pontas dos pés. 

Manter esta posição por 3 segundos e, lentamente, voltar à posição inicial.

Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

À medida que o exercício ficar fácil, levantar, apenas, o lado lesionado.






6 - Equilíbrio Sobre Uma Perna:
Ficar em pé, sem apoiar em nada e tentar equilibrar-se sobre a perna lesionada. Não deixar que o arco do pé aplaine-se, nem que os dedos do pé se dobrem.
Começar com os olhos abertos e, posteriormente, tentar fazer o exercício com os olhos fechados.
Manter a posição sobre uma única perna por 30 segundos.
Repetir 3 vezes.





7 - Pulo Na Parede:
De frente para uma parede, prender um pedaço de fita adesiva na parede, a mais ou menos sessenta centímetros acima da cabeça.
Pular com os braços estendidos acima da cabeça e tentar tocar a fita adesiva.
Fazer o exercício mantendo os joelhos flexionados ao apoiar ambos os pés no chão, com o objetivo de amortecer a queda.
Progressivamente fazer o exercício com apenas uma perna.



Outro bom exercício é pular em um só pé. O paciente pode cruzar a sala pulando em um só pé, o mais alto que puder. Pular corda também é um bom exercício, mas esses exercícios só podem ser feitos quando a reabilitação muscular estiver completa.

DISTENSÃO DO LIGAMENTO COLATERAL LATERAL

O que é a distensão do ligamento colateral lateral? 

A distensão é o estiramento ou a ruptura de um ligamento, que é uma forte tira de tecido que liga um osso ao outro. O ligamento lateral colateral está localizado na parte lateral do joelho; ele liga a parte de baixo da coxa (fêmur) ao osso externo da perna (fíbula).
As distensões podem ser classificadas em graus I, II e III, dependendo da sua gravidade:
• Distensão grau I: dor com dano mínimo ao ligamento.
• Distensão grau II: Lesão parcial de algumas fibras do ligamento e pequena frouxidão na articulação.
• Distensão grau III: Ruptura completa do ligamento e a articulação fica instável.
Como ocorre?
Através de um movimento de rotação ou de uma pancada na parte interna do joelho, que o force para a lateral.

Quais os sintomas?
Dor na parte externa do joelho, que pode inchar. Não é comum escutar ou sentir estalos quando a lesão ocorre. Mesmo com a dor, na hora da lesão, freqüentemente, é possível caminhar e até voltar a um jogo inacabado. Até 8 horas após a lesão, a dor costuma aumentar e a mobilidade pode ficar limitada.
Como é diagnosticada?
O médico examinará o joelho à procura de sensibilidade na parte lateral. Ele, gentilmente, moverá o joelho para descobrir se a articulação está instável e se o ligamento está distendido ou rompido. O ligamento, geralmente, apresentará rigidez em todo seu comprimento. O médico poderá, ainda, pedir um raio-x ou uma ressonância nuclear magnética.



Como é tratada ?
• Aplicação de compressas de gelo no joelho por 20 ou 30 minutos, sendo que a cada 8 minutos de gelo deve-se fazer uma pausa de 3 minutos. Pode ser feito a cada 3 ou 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça;
• Elevação do joelho, colocando um travesseiro por baixo dele, impedindo que o edema piore;
• Uso de uma faixa elástica em volta do joelho, para ajudar a diminuir o edema;
• Uso de muletas;
• Uso de anti-inflamatórios ou analgésicos, prescritos pelo médico;
• Fisioterapia.
Enquanto o paciente se recupera da lesão, o esporte ou a atividade, que eram feitos anteriormente, deverão ser adaptados ou alterados, para que não haja uma piora da condição. Por exemplo: nadar ao invés de correr.

Quando posso retornar ao meu esporte ou atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno ao esporte ou à atividade aconteça o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe a possibilidade de piora da lesão, que pode levar a um dano permanente.
Como cada indivíduo é diferente do outro, a velocidade de recuperação também é. Por isso, o retorno ao esporte será determinado pela recuperação do joelho, não existindo um protocolo ou um tempo exato para que isto aconteça.
Geralmente, quanto mais rápido o médico for consultado após a lesão, mais rápida será a recuperação.

Para retornar, seguramente, ao esporte ou à atividade é necessário:
• Dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor;
• Ter força normal, em comparação ao joelho e perna não lesionados;
• O joelho não apresentar edema;
• Poder correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar;
• Poder correr em linha reta, a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar;
• Poder fazer viradas bruscas, a 45º;
• Poder fazer viradas bruscas, a 90º;
• Poder fazer o “8”, com 18 metros;
• Poder fazer o “8”, com 9 metros;
• Poder pular com ambas as pernas e, depois, só com a perna lesionada, sem sentir dor. Se o paciente sentir instabilidade, dor ou edema, deve procurar um médico.

Como posso evitá-la?
Infelizmente, a maioria das lesões do ligamento colateral lateral ocorrem durante acidentes imprevisíveis. Entretanto, pode-se evitar essas lesões mantendo forte a musculatura da coxa e tendo uma rotina de um bom alongamento da perna.
Em atividades, como esquiar, é importante que a amarra do esqui esteja corretamente ajustada, por um profissional treinado, para que os esquis não fiquem presos aos pés em caso de quedas.

Exercícios de reabilitação da distensão do ligamento colateral lateral:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir objetivos como analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito em casa e sem a supervisão de um profissional.
Os exercícios 1, 2, 3 e 4 podem ter início imediato. Quando a dor do joelho diminuir pode-se iniciar o exercício 5.


1 - Deslizamento do Calcanhar:
Sentar com as costas eretas sobre uma superfície firme e estender as pernas para frente, lentamente, deslizar o calcanhar da perna lesionada em direção às nádegas, puxando o joelho para peito.
Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes.






2 - Abdução e Adução do Quadril: 

Deitado sobre as costas, com as pernas estendidas e os dedos dos pés virados para cima, deslizar a perna lesionada lateralmente, o mais que puder.  Voltar a posição inicial e repetir 10 vezes.



3 - Elevação Com a Perna Estendida 

Deitar com a perna do lado lesionado estendida e a sã dobrada, com o pé apoiado no chão. 

Puxar os dedos do pé da perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder.

Contrair os músculos da parte de cima da coxa e levantar a perna estendida, de 10 a 15 centímetros do chão.

Manter a posição de 3 a 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.



4 - Flexão de Bruços do Joelho: 
Deitar sobre o abdômen, com as pernas estendidas.

Flexionar o joelho do lado lesionado até que o calcanhar se encontre com as nádegas. 

Voltar à posição inicial e repetir 10 vezes o exercício.

Fazer 3 séries. Quando ficar fácil, pesos podem ser colocados no tornozelo.


5 - Deslizamento na Parede:
Encostar os ombros, as costas e a cabeça contra uma parede e olhar para frente.
Manter os ombros relaxados e pés a uma distância de 30 cm da parede.
Deslizar parede abaixo até que as coxas fiquem quase paralelas ao chão, conservando sempre a cabeça e tronco eretos.
Manter esta posição por 20 segundos.
Repetir o exercício 10 vezes e, aos poucos, aumentar o tempo especificado acima, para fortalecer ainda mais o músculo quadríceps. 

 
DISTENSÃO DO LIGAMENTO COLATERAL MEDIAL
 
O que é a distensão do ligamento colateral medial ? 

A distensão é o estiramento ou a ruptura de uma estrutura, neste caso, um ligamento, que é uma forte tira de tecido que liga um osso ao outro. O ligamento medial colateral está localizado na parte interna do joelho e liga a extremidade inferior do osso da coxa (fêmur) à extremidade superior do osso da canela (tíbia).
As distensões podem ser classificadas em graus I,II e III dependendo da sua gravidade.
• Distensão grau I: dor com dano mínimo aos ligamentos.
• Distensão grau II: Lesão parcial de algumas fibras do ligamento e pequena frouxidão na articulação
• Distensão grau III: Ruptura completa do ligamento e a articulação fica bastante solta ou instável. Pode existir associação com lesão do menisco medial.

Quais os sintomas ?
Dor na face interna do joelho, que pode ficar inchado. Pode se sentir instabilidade no joelho e na hora da lesão, é comum escutar ou sentir um estalo.

Como é diagnosticada?
O médico examinará o joelho. Gentilmente, ele o moverá para descobrir se a articulação está instável e se o ligamento está distendido ou rompido. Às vezes, é necessário pedir um raio-x ou uma ressonância nuclear magnética do joelho.

Como é tratada?
O tratamento poderá incluir:
• Aplicação de compressas de gelo no joelho por 20 ou 30 minutos, sendo que cada 8 minutos de gelo deve ser seguido de uma pausa de 3 minutos. Pode ser feita a cada 3 ou 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça,
• Elevação do joelho, colocar um travesseiro por baixo dele, impedirá que o edema piore;
• Uso de antiinflamatórios ou analgésicos, prescritos pelo médico;
• Uso de um imobilizador de joelho, para evitar maiores lesões e minimizar a dor causada pela movimentação;
• Uso de muletas;
• Fisioterapia.
Enquanto a lesão não for totalmente curada, o esporte ou a atividade, praticados anteriormente, deverá ser adaptado ou alterado para um que não piore a condição. Por exemplo: nadar ao invés de correr.

Quando retornar ao esporte ou atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando os itens listados abaixo forem realizados, progressivamente:
• Dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor;
• O joelho e perna recuperarem a força normal, em comparação ao joelho e perna não lesionados;
• O joelho não estiver com edema;
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar;
• Correr em linha reta, a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar;
• Fazer viradas bruscas, a 45º;
• Fazer viradas bruscas, a 90º;
• Fazer o “8”, com 18 metros;
• Fazer o “8”, com 9 metros;
• Pular com ambas as pernas e somente com a perna lesionada, sem sentir dor. Se o paciente sentir instabilidade, dor ou edema, o médico deverá ser consultado.

Como evitar a distensão do ligamento colateral medial ?
Infelizmente, a maioria das lesões do ligamento lateral medial ocorrem durante acidentes imprevisíveis. Entretanto, é possível evitar essas lesões mantendo forte a musculatura das coxas e as pernas, bem alongadas.

Ao esquiar, a amarra do esqui deve ser corretamente ajustada por um profissional treinado, para que os esquis se soltem dos p és, em caso de quedas.

Exercícios de reabilitação da distensão do ligamento colateral medial:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios devem ser feitos na presença de um fisioterapeuta. Os exercícios 1 a 4 podem ter início imediato. Quando a dor do joelho tiver diminuído, os outros exercícios devem ser incluídos no plano de tratamento. 


1 - Deslizamento do Calcanhar:
Sentar com as costas eretas sobre uma superfície firme e estender as pernas para frente, lentamente, deslizar o calcanhar da perna lesionada em direção às nádegas, puxando o joelho para peito.
Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes.






2 - Adução Isométrica do Quadril Sentado: 

Sentado, com as pernas dobradas a 90 º, um travesseiro colocado entre os joelhos e os pés totalmente apoiados sobre o solo. 

Apertar o travesseiro por 5 segundos e relaxe. 

Repetir 20 vezes.



3 - Elevação Com a Perna Estendida 

Deitar com a perna do lado lesionado estendida e a sã dobrada, com o pé apoiado no chão. 

Puxar os dedos do pé da perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder.

Contrair os músculos da parte de cima da coxa e levantar a perna estendida, de 10 a 15 centímetros do chão.

Manter a posição de 3 a 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.



4 - Adução do Quadril Deitado de Lado: 

Deitar sobre o lado lesionado, com a perna de cima dobrada e o pé posicionado sobre o solo à frente da perna lesionada, que permanece estendida. 

Elevar a perna lesionada, o mais que puder, mantendo os quadris firmes. 

Manter 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna.

Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.


5 - Flexão de Bruços do Joelho: 
Deitar sobre o abdômen, com as pernas estendidas.

Flexionar o joelho do lado lesionado até que o calcanhar se encontre com as nádegas. 

Voltar à posição inicial e repetir 10 vezes o exercício.

Fazer 3 séries. Quando ficar fácil, pesos podem ser colocados no tornozelo.


6 - Deslizamento na Parede:
Encostar os ombros, as costas e a cabeça contra uma parede e olhar para frente.
Manter os ombros relaxados e pés a uma distância de 30 cm da parede.
Deslizar parede abaixo até que as coxas fiquem quase paralelas ao chão, conservando sempre a cabeça e tronco eretos.
Manter esta posição por 20 segundos.
Repetir o exercício 10 vezes e, aos poucos, aumentar o tempo especificado acima, para fortalecer ainda mais o músculo quadríceps.
7 - Exercícios Com a Faixa Terapêutica: 

A - Resistência a dorsiflexão:

Sentar com a perna estendida e o pé perto da porta.  Enrolar a faixa ao redor da planta do pé e prender a outra extremidade da faixa na porta, fazendo um nó na faixa e enfiando-a entre a porta e o batente.

Fechar a porta. Puxar os dedos do pé de encontro ao rosto. 

Lentamente, retornar à posição inicial. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.



B - Resistência à flexão plantar:
Sentar com a perna estendida, laçar a planta do pé com o meio da faixa e segurar as pontas da faixa, com ambas as mãos.

Suavemente empurrar o pé para baixo, apontando os dedos do pé para frente, tencionando a faixa terapêutica.



C - Inversão com resistência:

Sentar com as pernas estendidas e cruzar a não lesionada sobre o tornozelo lesionado.

Enrolar a faixa envolta do pé lesionado e, em seguida, laçar o pé bom para que a faixa terapêutica (thera band) fique com uma ponta presa.  Segurar a outra ponta da faixa com
a mão.

Virar o pé bom para dentro e para cima. Isso tencionará a faixa. Retornar à posição inicial.

Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.



D - Eversão com resistência:

Sentar com ambas as pernas estendidas e a faixa laçada em volta de ambos os pé, lentamente mover o pé lesionado para cima e para fora.

Manter essa posição por 5 segundos. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.




DOENÇA DE OSGOOD SCHLATTER (OSTEOCONDRITE DA TUBEROSIDADE
 ANTERIOR DA TÍBIA
 
O que é a doença de Osgood-Schlatter? 
A perna é composta por 2 ossos: a tíbia, que fica na parte de dentro da perna e a fíbula, que fica do lado de fora.  Na tíbia existe uma área chamada tuberosidade, que está localizada aproximadamente 2 cm abaixo da patela e é, exatamente, neste ponto onde o tendão patelar se insere. A enfermidade Osgood-schlatter é um dolorido aumento da tuberosidade da tíbia, é mais freqüente em meninos, entre 10 e 15 anos de idade, praticantes de atividades físicas, sobretudo, futebol e, normalmente, apresenta-se no período de crescimento rápido. 
Como ocorre?
É causada pela solicitação da extensão do joelho em atividades rotineiras na infância e na prática de esportes. É possível que os músculos da coxa e da panturrilha estejam muito tensos.

Quais são os sintomas?
Dor e edema na saliência abaixo da patela.
Como é diagnosticada?
O médico fará um exame físico do joelho e revisará os sintomas. No Raio-x é possível verificar uma tuberosidade tibial aumentada e fragmentos ósseos irregulares ou soltos da tuberosidade da tíbia.

Como é tratada?
O tratamento pode incluir:
• Repouso ou atividades que não causem dor,
• Compressas de gelo sobre a área afetada por 8 minutos, retirar o gelo por 3 minutos, repetir até completar 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça,
• Uso de tiras ou bandas elásticas sub-patelares, para diminuir a tração do tendão
patelar sobre a inserção na tíbia,
• Fisioterapia.

Quando retornar ao esporte ou atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando os itens listados abaixo acontecerem, progressivamente:
• A tuberosidade tibial não estiver sensível,
• Poder dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor,
• O joelho e a perna recuperarem a força normal, em comparação ao joelho e perna não lesionados,
• O joelho não estiver edemaciado,
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar,
• Correr em linha reta, a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar,
• Fazer viradas bruscas, a 45º,
• Fazer viradas bruscas, a 90º,
• Correr, desenhando, no chão um "8", inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade,
• Pular com ambas as pernas e, depois, apenas com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como evitá-la ?
É muito difícil evitar a doença de Osgood-Schlatter. A coisa mais importante a ser feita é limitar as atividades da criança, tão logo apareça uma saliência dolorida na parte de cima do osso da canela. Um aquecimento apropriado e exercícios de alongamento para coxa e panturrilha podem ajudar a prevenir a enfermidade.

Exercícios de reabilitação para a enfermidade de Osgood-schlatter:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir objetivos como analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito em casa e sem a supervisão de um profissional.
Os exercícios 1 e 2 podem ter início imediato. Quando a dor já não for intensa, os demais exercícios podem ser iniciados.

1 - Alongamento de Isquiotibiais na Parede:
Deitar de costas no chão, com as nádegas próximas ao batente de uma porta aberta, de forma que a perna sã fique totalmente estendida através dela.
A perna lesionada deve estar levantada e encostada contra a parede, de modo que o calcanhar descanse contra o batente.
Um alongamento muito forte será sentido, na parte posterior da coxa.
Manter por 60 segundos e repetir 3 vezes.



2 - Alongamento em Pé da Panturrilha:
Ficar de p é, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.
A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.
Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.
Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.



3 - Alongamento do Quadriceps:
Em pé, de cabeça erguida, manter o lado são do corpo junto a uma parede e apoiar a mão contra ela.
Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega, sem arquear a coluna.
Manter a posição por 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.



4 - Elevação Com a Perna Estendida 

Deitar com a perna do lado lesionado estendida e a sã dobrada, com o pé apoiado no chão. 

Puxar os dedos do pé da perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder.

Contrair os músculos da parte de cima da coxa e levantar a perna estendida, de 10 a 15 centímetros do chão.

Manter a posição de 3 a 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.



5 - Extensão do Quadril de Bruços:
Deitar sobre a barriga e contrair as nádegas, uma contra a outra, e elevar a perna lesionada, aproximadamente 10 centímetros do solo.
Com a coluna reta, manter a perna elevada por 5 segundos e relaxar.
Fazer 3 séries de 10.

 
LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA) E SUA RECONSTRUÇÃO
 
O que é o Ligamento Cruzado Anterior (LCA)? 

Ligamentos são fortes tiras de tecido que conectam um osso ao outro. O Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é um de quatro grandes ligamentos no joelho. Ele está no centro da articulação do joelho, ligando o osso da coxa (fêmur) ao osso canela (tíbia).

O LCA, junto com o ligamento cruzado posterior, ajuda a manter o joelho estável, não permitindo que o fêmur deslize ou rode sobre a tíbia. 
Como ocorre a lesão?
A lesão de LCA costuma ser uma lesão de esportes e resulta de uma rotação ou hiperextensão brusca do joelho, mas também pode ocorrer quando o fêmur é empurrado para trás e o pé está fixo no chão.
O LCA, na maioria das vezes, tem todas as suas fibras rompidas, caracterizando um caso mais grave, ou apenas algumas delas sofrem a ruptura.
Em aproximadamente 50% dos casos, a lesão deste ligamento vem acompanhada de uma lesão de menisco, em alguns casos ela acontece junto com uma lesão do ligamento colateral lateral.

Quais os sintomas?
Normalmente os pacientes sabem exatamente quando romperam o ligamento, 33% dos pacientes relata ter ouvido um estalo e dor na hora da lesão.
Quando a lesão ocorre durante alguma atividade física, o paciente é incapaz de terminar o exercício por causa da dor e da instabilidade no joelho.
Os principais sintomas relatados são a dor, a instabilidade e o edema, que acontece principalmente nas primeiras horas após a lesão.
Como é diagnosticada?
O médico examinará o joelho, fará testes específicos para esta lesão e perguntará como a lesão aconteceu. Geralmente ele pedirá Raio-X, para certificar que não existe fratura e uma Ressonância Nuclear Magnética, para avaliar o grau da lesão do ligamento.

Qual é o tratamento?
• Compressas de gelo sobre o joelho durante 8 minutos, seguidos de 3 minutos de pausa, esse ciclo deve se repetir até completar 30 minutos, pode ser feito 3 vezes por dia, durante 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça,
• Manter o joelho elevado sempre que possível, para ajudar a diminuir o edema,
• Uso de uma tala imobilizadora e muletas, para proteger o joelho.
• Em casos de edemas muito grandes, o médico poderá decidir remover o líquido do joelho, com ajuda de uma seringa e agulha.
Geralmente quando a lesão é parcial, quando o paciente não pratica esportes ou já tem uma idade avançada, o tratamento será conservador e o paciente será encaminhado à fisioterapia.
Mas o paciente deverá considerar a opção de fazer a cirurgia (mesmo com a lesão parcial) se ele:
• Apresentar grande instabilidade de joelho,
• For atleta profissional,
• For jovem e gostar de praticar esportes,
• Quiser prevenir lesões futuras.
Quando a lesão é completa, o médico decidirá se o paciente deve fazer fisioterapia intensiva ou se fará a cirurgia e depois a reabilitação. O LCA, quando rompido por completo, não pode ser costurado novamente, por isso a reconstrução dele é feita usando um enxerto, proveniente de outro ligamento ou de um tendão de outras partes da perna, que é colocado no lugar e fará a função do LCA.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:
• Conseguir dobrar e esticar o joelho totalmente, sem dor;
• Recuperar a força, quando comparada com a outra perna;
• Não apresentar mais edema;
• Conseguir andar, sem dor e sem mancar;
• Conseguir correr, sem dor e sem mancar;
• Conseguir fazer mudanças de direção bruscas, sem dor;
• Conseguir correr, em “8”, sem dor;
• Conseguir pular com as duas pernas e somente com a lesionada, sem sentir dor.
Pacientes que passaram por cirurgia devem ter autorização do médico para retornar ao esporte.

Como evitar a lesão do ligamento cruzado anterior?
Infelizmente, a maioria das lesões do ligamento cruzado anterior ocorre durante acidentes imprevisíveis. Entretanto, é possível evitar essas lesões, mantendo a musculatura das pernas fortes e bem alongadas.
Ao esquiar, a amarra do esqui deve estar corretamente ajustada por um profissional treinado, para que eles se soltem dos pés do indivíduo em casos de quedas.

Como é feita a reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior?
O LCA rompido não pode ser recosturado, ele tem que ser substituído por um enxerto.
O tecido de reposição é chamado enxerto, que pode vir de diversos lugares do corpo.
Os tendões são tiras de tecido conjuntivo, que ligam os músculos aos ossos. O enxerto mais freqüentemente usado nesta cirurgia, é o que é retirado do tendão patelar. Esse tendão conecta a patela ao osso da perna (tíbia). O enxerto é feito do terço central do tendão patelar.
Outra opção de enxerto bastante utilizada vem do tendão dos músculos semitendíneo e grácil, que estão na parte de trás da coxa.
Se o enxerto vier do próprio corpo do paciente, é chamado de enxerto autólogo. Se o enxerto vier de um banco de tecidos (alguém que tenha morrido), é chamado homólogo.
Médicos estão tentando usar algumas espécies de enxertos sintéticos, mas até agora não funcionaram bem. Pesquisas vêm sendo feitas, para descobrir melhores tipos de enxertos que possam ser usados.
O médico discutirá com você as opções e o ajudará a decidir qual procedimento é melhor.


O fêmur e a tíbia são perfurados e o LCA rompido é removido





O enxerto é passado através das perfurações substituindo o LCA rompido





O enxerto é preso ao local através de parafusos, grampos ou outros implantes que podem ser de metal ou de material bio-absorvível. 



Exercícios de reabilitação da lesão do ligamento cruzado anterior:


*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional 

A reabilitação deverá acontecer de maneira progressiva e durará em média 6 meses.

Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado. 

A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

Os primeiros exercícios a serem realizados são: 
      

1 - Deslizamento do Calcanhar
Sentar com as costas eretas, sobre uma superfície firme e estender as pernas para frente.
Lentamente, deslizar o calcanhar da coxa lesionada em direção às nádegas, levando o joelho no sentido do tórax.
Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes.



2 - Contração do Quadríceps:
Pressionar a cama com a parte de trás do joelho, manter 5 segundos e relaxar.
Repetir 10 vezes.



3 - Elevação da Perna Estendida:
Com o joelho da perna operada, totalmente estendido na cama, elevar a perna, manter alguns segundos e descer.
Repetir 10 vezes.


4 - Flexão de Bruços do Joelho: 
Deitar sobre o abdômen, com as pernas estendidas.

Flexionar o joelho do lado lesionado até que o calcanhar se encontre com as nádegas.

Voltar à posição inicial e repetir 10 vezes o exercício.  Fazer 3 séries. Quando ficar fácil, pesos podem ser colocados no tornozelo.
 
 
 
MENISCECTOMIA ARTROSCOPICA
 
O que é a meniscectomia artroscopica ? 

É o procedimento pelo qual o médico usa um artroscópio e outros instrumentos para remover ou reparar todo ou parte do menisco danificado. O menisco é um pedaço de tecido elástico, que fica entre os ossos da articulação do joelho. Um artroscópio é um tubo com uma luz na ponta que projeta a imagem do interior da articulação em um monitor de televisão, e tem aproximadamente o mesmo diâmetro de um lápis.


Como se preparar para uma meniscectomia artroscópica?

Planejar os cuidados e a recuperação do pós-operatório, especialmente em casos de anestesia geral. Procurar tempo para descansar e pessoas para ajudar nas atividades do dia-a-dia.

Seguir as instruções que o médico passar. Não comer ou beber nada após a meia-noite nem na manhã antes da cirurgia.


O que acontece durante o procedimento? 

Será ministrada uma anestesia geral, regional ou local. A anestesia geral relaxa os músculos e a pessoa dorme. Tanto a anestesia local quanto a regional tiram totalmente a sensibilidade de parte do corpo, enquanto o paciente permanece acordado. Todos os três tipos de anestesia devem evitar a dor durante a cirurgia.

O médico, então, irá inserir o artroscópio e um ou dois instrumentos na articulação do joelho através de pequenas incisões. Um fluído será injetado dentro do joelho para expandir a articulação, com o intuito de aumentar a visibilidade das estruturas.


O médico examinará o joelho para verificar se há danos. Ele reparará uma ruptura na cartilagem ou raspará a cartilagem do joelho removendo pedaços dela. O médico removerá o artroscópio e os instrumentos e fechará as pequenas aberturas com pontos.

O que pode acontecer após a cirurgia?

Normalmente o paciente vai para casa no mesmo dia e deve manter a perna elevada. Nos primeiros dias, é importante que o paciente descanse e para retornar às atividades normais é preciso que o médico autorize.

Após a artroscopia o paciente deve:

• Usar muletas por um ou dois dias ou até que o médico autorize andar sem elas,

• Manter a perna elevada, com o pé mais alto que o joelho e o joelho mais alto que o quadril,

• Colocar compressas de gelo por 8 minutos, seguidos de 3 minutos de pausa. Esse ciclo deve ser repetido por até minutos, 3 a 4 vezes ao dia e até que os sintomas desapareçam,

• Dobrar o joelho assim que os sintomas diminuírem,

• Trocar as ataduras após 4 dias e cobrir com gaze e band-aid,

• Usar a tala, se o médico recomendar.



Quais são os benefícios do procedimento?

A artroscopia trata o joelho sem que haja necessidade de realizar uma cirurgia com incisões maiores.

A recuperação após a artroscopia é mais rápida.



Quais os riscos associados ao procedimento?

• Riscos da anestesia.

• Podem ocorrer danos aos vasos sanguíneos e aos nervos ao redor do joelho, que pode levar a insensibilidade, fraqueza na região da perna que fica abaixo do joelho.

• Existe o risco de trombose venosa profunda, condição na qual o sangue forma coágulos dentro de uma veia.

• Risco de infecção e de sangramento.



Quando chamar o médico?

Deve-se chamar o médico se:

• Houver muita secreção no local dos pontos.

• Houver alguma dor diferente.

• O joelho travar.

• Houver febre.

• Aparecer sintomas de trombose venosa profunda.

• Houver sinais de infecção.

OSTEOCODITRE DISSECANTE (LASCAS DE OSSO) DO JOELHO
O que é a osteocondrite dissecante do joelho? 

É uma doença em que fragmentos do osso ou da cartilagem se soltam e flutuam pela articulação do joelho. Outros termos para essa condição são: fratura condral e fratura osteocondral.

Também pode referir-se aos fragmentos como corpos soltos na articulação.

Como ocorre ?
Normalmente ocorre através de uma lesão prévia ao joelho, que causa a ruptura de um pedaço do osso ou da cartilagem da parte de trás da patela.

Quais são os sintomas ?
O joelho pode travar de vez em quando e às vezes é possível perceber as protuberâncias na superfície da articulação.


Como é diagnosticada ?
O médico examinará o joelho e poderá perceber que ele estala ou trava. Raio-x e ressonância nuclear magnética podem mostrar os fragmentos ósseos.

Como é tratada ?
Corpos soltos que causam sintomas, talvez tenham que ser removidos cirurgicamente.

Quando retornar esporte ou à atividade ?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:
• Puder dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor.
• O joelho e perna recuperarem a força normal, em comparação ao joelho e perna não lesionados.
• O joelho não estiver inchado.
• Puder correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Puder correr em linha reta a toda velocidade, sem mancar.
• Puder fazer viradas bruscas ou abruptas a 45º.
• Puder fazer viradas bruscas ou abruptas a 90º.
• Puder correr fazendo o “8” de 18 metros.
• Puder correr fazendo o “8” de 9 metros.
• Puder pular com ambas as pernas e somente com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como prevenir a osteocondrite dissecante do joelho ?
Ela normalmente ocorre por traumas ao joelho que não são previsíveis.

PLICA SINOVIA
O que é a plica sinovial? 
A plica é uma prega normal na membrana sinovial e geralmente passa despercebida por uma vida inteira. É um tecido característico do período embrionário e que deveria ser absorvido pela cápsula articular, mas pode estar presente no joelho de mais de 70% da
população.

O joelho pode conter até 5 plicas,  duas delas são consideradas minidobras e as outras três são estruturas distintas, são elas: suprapatelar (acima da patela), medial (na parte medial do joelho, a mais comum) e infrapatelar (abaixo da patela).

Como ocorre?
Pode se tornar patológica em algumas pessoas devido a:
• Grande quantidade de estresses mecânicos sofridos durante a prática esportiva,
• Uso excessivo da articulação,
• Traumatismos (quedas ou acidentes),
• Desalinhamento do membro inferior,
• Condições inflamatórias locais.
Nesses casos, a plica se inflama e fica mais espessa.

Quais são os sintomas?
Dor e edema na saliência abaixo da patela.

Como é diagnosticada?
A inflama ção e o espessamento da plica causam muita dor.
Não existe predominância de sexo ou idade. A dor geralmente é aguda e vem acompanhada de sensação de queimação, edema e estalos.


Como é tratada?
O tratamento inicial é de aplicação de gelo, uso de antiinflamatórios, repouso das atividades físicas e fisioterapia. Quando não se obtém melhora, o médico poderá optar por uma aplicação local de corticoesteróide (infiltração) e, em último caso, por uma
artroscopia.

Exercícios de reabilitação da plica sinovial

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um
profissional.

1 - Alongamento dos Isquiotibiais:

Deitar de costas no chão, com as nádegas próximas ao batente de uma porta aberta, de forma que a perna sã fique totalmente estendida através dela.

A perna lesionada deve estar sempre levantada e encostada contra a parede, de modo que seu calcanhar descanse contra o batente. 

Um alongamento muito forte será sentido na parte posterior da coxa.

Manter por 60 segundos e repetir 3 vezes.




2 - Alongamento do Quadríceps:

Em pé, de cabeça erguida, manter o lado são do seu corpo junto a uma parede e apoiar a mão contra ela.

Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega. 

Não enrolar ou girar as costas.  Repetir 3 vezes.


3 - Elevação Com a Perna Estendida: 

Com o joelho da perna operada, totalmente estendido na cama, elevar a perna, manter alguns segundos e descer.

Repetir 10 vezes.